Suspensão do Playce é “uma guerra a que assistimos com pena”, diz Pedro Morais Leitão

Líderes das donas da TVI e da SIC dizem "assistir com pena" à "guerra" entre a AdC e as operadoras de telecomunicações que levou à suspensão do Playce e afirmam querer "fazer parte da solução".

Pedro Morais Leitão (Media Capital), Francisco Pedro Balsemão (Impresa), Nicolau Santos (RTP) e Carla Borges Ferreira (+M / ECO)

O Playce “é um assunto em curso entre a Autoridade da Concorrência e as operadoras de telecomunicações. É uma guerra deles e a que assistimos com alguma pena, mas que acho que tem que se resolver”, respondeu Pedro Morais Leitão, CEO da Media Capital, na 10ª edição do Encontro de Produtores Independentes de Televisão, que está a decorrer esta quinta-feira, num painel que pela primeira vez juntou os CEO dos grupos de media.

Já Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, avançou que a posição do grupo dono da SIC tem sido a de que o Playce devia ter contado com as operadoras free-to-air (em sinal aberto) desde o primeiro dia. “Sabemos melhor que ninguém explorar os nossos conteúdos e achamos que o Playce deve ter esse mesmo conceito. Os conteúdos são nossos, somos nós que devemos explorá-los“, disse.

Queremos fazer parte da solução. Mas é preciso, primeiro, que o tema se resolva“, afirmou no debate “Posicionamento dos Media no Futuro Global”, referindo também que “ainda há muita água para correr debaixo da ponte” em relação a este tema.

Quanto aos impactos económicos desta suspensão, Pedro Morais Leitão defendeu que, “tal como está configurado neste momento” o Playce não consistia numa fonte de financiamento relevante para os operadores de televisão. “Era uma operação totalmente controlada pelas operadoras de telecomunicações e à qual nós tínhamos acesso a uma parte das receitas muito limitada“, afirmou no painel que juntou os CEO dos grupos de media.

Por seu lado, Francisco Pedro Balsemão adiantou que a Impresa já tinha orçamentado um valor para 2025 em relação às receitas oriundas do Playce, pelo que agora, sem acesso a esse valor, “já foi dada instrução às equipas comerciais para conseguirem captar esses valores de outra forma”.

Recorde-se que, como avançou o +M, o Playce, plataforma agregadora de publicidade endereçada disponibilizada através do Meo, Nos e Vodafone, foi suspenso a partir do dia 1 de maio, fruto de uma decisão que resultou de uma nota de ilicitude da Autoridade da Concorrência (AdC). Isto significa que terminaram os 30 segundos de publicidade nas gravações, sistema que tinha vindo a ganhar, pela sua eficácia, escala junto dos anunciantes.

A suspensão do Playce ocorreu tendo em conta que a AdC abriu um processo pelo que considera serem práticas anticoncorrênciais nos 30 segundos de publicidade que antecedem as gravações de programas nas boxes dos operadores, o Playce terá respondido, mas uma decisão final do regulador só seria esperada mais perto do final do ano. A suspensão do serviço antecedeu assim o que as operadoras receavam vir a ser o desfecho deste processo.

Já em 2021, recorde-se, as operadoras Meo, Nos e Vodafone – bem como a consultora Accenture, responsável pelo suporte tecnológico e operacional do Playce – foram acusadas pela AdC de terem feito um “acordo anticoncorrencial nos serviços de televisão por subscrição”. Em causa estava o facto de, através do Playce, os consumidores serem obrigados a ver os anúncios, com um máximo de 30 segundos e que não dão para passar à frente, como “condição de acesso” às gravações das boxes.

Em abril do ano passado, a plataforma contava com mais de 400 anunciantes, embora o nível de investimento ainda não fosse o desejado, referia João Epifânio, na altura porta-voz do projeto lançado comercialmente em setembro de 2020.

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Proteger marcas e invenções é um desafio no mercado global

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  • 8 Maio 2025

Num mundo de inovação acelerada, garantir a segurança da propriedade intelectual é vital para a competitividade e sobrevivência das empresas. “A marca é a base da concorrência leal”, aponta perito.

“Imaginem um mundo sem marcas. Seria um mundo sem cor”, começou por desafiar Nuno Fernandes Thomaz, presidente da Centromarca, na abertura da conferência “Proteção de Marcas” promovida pela associação. Para Thomaz, as marcas não são apenas sinais distintivos, mas representam valor, história, qualidade e confiança. “As boas marcas têm sempre uma meta: melhorar a vida das pessoas”, afirmou, sublinhando que a propriedade intelectual (PI) é hoje um campo de batalha onde se decide parte do futuro da economia.

Nuno Fernandes Thomaz, presidente da Centromarca

O ECO e a RCF reuniram, no Estúdio ECO, em Lisboa, vários especialistas e representantes de empresas para debater os desafios crescentes que se colocam à proteção de marcas num mercado global e digitalizado. Em foco esteve a usurpação de identidades comerciais e o aumento da contrafação, que em 2024, só em Portugal, representou quase 43 milhões de euros em receitas perdidas.

Para António Cunha Reis, diretor jurídico da The Navigator Company, a proteção da marca é uma questão de sobrevivência. “Exportamos cerca de 90% do que produzimos, para 130 países. Temos de ter proteção relativamente ao nosso produto em todas essas geografias”, aponta. Cunha Reis descreveu o esforço contínuo da empresa em identificar e impugnar tentativas de cópia e valorizou o papel do instituto de investigação Raiz, criado para garantir a inovação e qualidade dos seus produtos. Em Portugal, em 2024, foram feitos 347 pedidos de registo de patentes e solicitados mais de 21 mil registos de marcas nacionais.

Também António Soares Franco, vice-presidente da José Maria da Fonseca (JMF), destacou os riscos de um mercado sem regras claras. A JMF detém a marca Periquita — “a marca de vinho tinto mais antiga de Portugal” — e, segundo Soares Franco, já teve de se defender de múltiplas tentativas de registo da marca para outras categorias, sobretudo no Brasil, onde tem grande reputação. “São custos de contexto que temos de suportar. Estamos a falar, muitas vezes, de milhares de euros”, referiu.

Do ponto de vista jurídico, João Paulo Mioludo, diretor da RCF Protecting Innovation, salientou que as empresas têm cada vez mais consciência da importância do registo e defesa da sua marca. “À medida que as marcas ganham reputação, tornam-se mais apetecíveis para o mercado da contrafação”, explicou. Com recurso a bases de dados e inteligência artificial, é possível detetar marcas potencialmente conflituantes e avisar os clientes a tempo de reagirem, partilhou.

O painel alertou ainda para as dificuldades específicas em mercados como a China, onde apesar de melhorias recentes, continuam a existir desafios à proteção eficaz da propriedade intelectual. Um exemplo citado foi o de uma empresa nacional de tubagens cuja embalagem foi copiada na íntegra e colocada à venda na China apenas uma semana após a sua apresentação pública.

A importância de defender a PI levou à criação do sistema de patente unitária na União Europeia (UE), tema abordado no segundo painel da conferência. João Jorge, administrador da RCF, explicou que este novo modelo permite proteção em múltiplos países através de um único pedido, com vantagens em termos de custo e gestão. No entanto, alertou que “muitas empresas portuguesas ainda não estão preparadas” para litígios internacionais, que podem ser extremamente dispendiosos.

O sistema de patente unitária da UE visa simplificar e tornar mais acessível a proteção de invenções no espaço europeu. Ao permitir que uma única patente tenha efeito legal em vários Estados-Membros aderentes (18, atualmente), elimina a necessidade de validações nacionais múltiplas, reduz custos e centraliza eventuais litígios no Tribunal Unificado de Patentes. “Acredito que aos poucos os outros países vão entrar neste sistema. Aos poucos, os 18 passarão a 27 Estados-membros”, apontou João Jorge.

Para Sónia Josué, Sócia e Innovation Manager da WeADD, “é pela patente que nos diferenciamos e que nos protegemos no mercado global”. A empresa já conta com mais de 25 famílias de patentes, e trabalha ativamente na análise do potencial de ideias inovadoras. Já Mariana Belo Oliveira, do Instituto Raiz, lembrou que a investigação aplicada está no centro da atividade da entidade, que detém 48 famílias de patentes.

Apesar dos avanços legislativos e tecnológicos, os especialistas concordaram que o maior desafio continua a ser o combate à contrafação e a necessidade de respostas judiciais mais rápidas. Como frisou João Paulo Mioludo, “as apreensões de produtos falsificados seguem o código de processo penal, o que não dá uma resposta célere”. E acrescentou que “o comércio de contrafação tem vindo sempre a aumentar, mas há muita coisa que pode ser feita”.

A conclusão foi unânime: é fundamental criar uma cultura de marca sólida em Portugal, apoiada por sistemas eficazes de proteção e vigilância, sob pena de comprometer não só o esforço das empresas, mas também os direitos dos consumidores.

Assista a conferência completa no vídeo abaixo:

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A importância de debater o futuro dos territórios

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  • 8 Maio 2025

Ricardo Cardoso, Organizador do Congresso da Segurança e Integridade Digital, destaca a relevância de iniciativas para discutir cibersegurança num momento em que o mundo está cada vez mais digital.

Num mundo cada vez mais interligado e tecnologicamente dependente, a realização do Congresso da Segurança e Integridade Digital no Algarve, mais concretamente em Vilamoura, Município de Loulé, no próximo dia 12 de Maio de 2025, é não apenas oportuna, mas absolutamente necessária. Este evento representa uma oportunidade estratégica para a região posicionar-se na vanguarda da transição digital, um processo inevitável e urgente que toca todas as áreas da nossa sociedade, desde o tecido empresarial às instituições públicas, passando pelo quotidiano dos cidadãos.

Ricardo Cardoso, Organizador do Congresso da Segurança e Integridade Digital

A digitalização da economia e da vida social traz consigo inúmeras vantagens — desde o aumento da eficiência até à criação de novas oportunidades de negócio — mas também impõe desafios sérios, nomeadamente no que toca à segurança dos dados, à privacidade dos utilizadores e à resiliência dos sistemas informáticos. O Congresso propõe-se a debater precisamente estas questões, através de um programa abrangente que inclui temas como o ciberespaço, a segurança digital, o RGPD (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados), o RGPC (Regime Geral de Prevenção da Corrupção), a Inteligência Artificial e os Bairros Comerciais Digitais.

O Algarve, tradicionalmente associado ao turismo e à sazonalidade, enfrenta o desafio de diversificar a sua base económica e de criar estruturas sustentáveis que permitam atrair e fixar talento, inovação e investimento. A aposta na transição digital e na segurança cibernética é uma peça-chave dessa transformação. Temos de garantir que os nossos empresários, desde os pequenos negócios locais até às startups tecnológicas, estão preparados para operar num ambiente digital seguro, ético e competitivo. Este Congresso é, nesse sentido, um momento formativo e inspirador, capaz de capacitar os agentes económicos da região para as exigências do futuro.

"A IA já não é um conceito do futuro, está entre nós, moldando o modo como vivemos, trabalhamos e interagimos. (…) Temos de assegurar que esta tecnologia é usada para criar valor acrescentado, respeitando sempre os direitos fundamentais dos cidadãos e promovendo a coesão territorial.”

Ricardo Cardoso, Organizador do Congresso da Segurança e Integridade Digital

Os Bairros Comerciais Digitais, por exemplo, representam uma excelente oportunidade de revitalização do comércio local, promovendo a sua integração no ecossistema digital sem perder a identidade de proximidade que os caracteriza. Esta é uma forma concreta de levar a inovação até às pequenas empresas, muitas vezes afastadas dos grandes centros de decisão e desenvolvimento tecnológico. Ao mesmo tempo, a criação de aceleradoras digitais permite que novas ideias floresçam no Algarve, reforçando o tecido empresarial com projetos inovadores, alinhados com as necessidades do presente e as exigências do amanhã.

A discussão sobre a aplicação da Inteligência Artificial e a sua regulação ética é outro ponto fundamental. A IA já não é um conceito do futuro, está entre nós, moldando o modo como vivemos, trabalhamos e interagimos. O Algarve não pode ficar à margem deste debate. Temos de assegurar que esta tecnologia é usada para criar valor acrescentado, respeitando sempre os direitos fundamentais dos cidadãos e promovendo a coesão territorial. Também aqui, o Algarve vai estar na linha da frente.

Ricardo Cardoso, Organizador do Congresso da Segurança e Integridade Digital

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Monte da Bica investe 1,5 milhões em boutique hotel no Alentejo

A herdade Monte da Bica, situada no coração do Alentejo, na zona de Montemor-o-Novo, inicia um novo capítulo da sua história que remonta há mais de 100 anos. Nos planos está a exportação de vinho.

A proprietária da herdade alentejana Monte da Bica vai investir mais de 1,5 milhões de euros para construir um boutique hotel, novos lagares e uma sala de provas. Nos planos da herdeira está ainda a exportação de vinho.

“Estamos a dar início a uma nova fase deste projeto de alma portuguesa e tão profundamente alentejana: o Monte da Bica“, afirma Manuela Pinto Gouveia, proprietária do Monte da Bica, localizada em Lavre, Montemor-o-Novo.

“Em 2027, concretizamos um sonho antigo dos meus pais: o hotel. Queremos recuperar a hospitalidade da nossa casa de família, criar uma experiência imersiva e ajudar a fixar gente e talento na região criando oportunidades de emprego”, conta a dona do Monte da Bica, citada em comunicado.

Desde 1919, a família Pinto Gouveia orgulha-se de ser proprietária desta herdade, conhecida pela sua longa tradição na produção de cortiça e cereais. Com cerca de 350 hectares de terra, o Monte da Bica tem atividade em áreas como a cortiça, pinhão, eucalipto, mel, sementes e pecuária.

Desde 2016 dedica-se também à produção de vinhos, com a primeira vinha a ser plantada em 2005. Atualmente tem um portefólio composto por dez vinhos.

Com uma nova adega e uma adega-galeria na sala das barricas que acolhe exposições de arte regulares, o “Monte da Bica quer afirmar-se não apenas como produtor de vinhos, mas também como destino obrigatório no Alentejo, promovendo a cultura, o terroir e a identidade singular da região”.

Monte da Bica quer afirmar-se não apenas como produtor de vinhos, mas também como destino obrigatório no Alentejo, promovendo a cultura, o terroir e a identidade singular da região.

Manuela Pinto Gouveia

Proprietária do Monte da Bica

A marca está ainda a iniciar os primeiros passos rumo à internacionalização, com planos para começar a exportar ainda este ano para mercados como Angola, Irlanda, Brasil, Canadá e Espanha.

“O apreço pelo vinho foi-me transmitido pelo meu pai, que me deixou em herança uma vinha familiar dedicada à produção de vinhos premium, produzidos em pequenas quantidades”, afirma Manuela Pinto Gouveia. “Herdados foram também o entusiasmo com que aqui se produz cada garrafa, a atenção ao detalhe, o profundo afeto pela terra e o compromisso com a excelência”, acrescenta.

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Conselho Superior da Magistratura nomeia os novos juízes presidentes para cinco comarcas

O Conselho Superior da Magistratura deliberou, em reunião plenária realizada a 6 de maio, nomear os novos juízes presidentes das comarcas de Aveiro, Braga, Faro, Lisboa e Porto.

O Conselho Superior da Magistratura deliberou, em reunião plenária realizada a 6 de maio, nomear os novos juízes presidentes das comarcas de Aveiro, Braga, Faro, Lisboa e Porto. Relativamente à comarca de Bragança, foi decidido que a presidência será assegurada, em regime de acumulação, pela juíza presidente da comarca de Vila Real. Foi ainda deliberado prorrogar as comissões de serviço dos atuais juízes presidentes até 31 de agosto, de forma a assegurar a transição de funções. As novas nomeações produzem efeitos a partir de 1 de setembro de 2025.

Na Comarca de Lisboa foi nomeada a juíza de direito Cláudia Pedro Loureiro. Iniciou funções em março de 2000, em Lisboa. Desde 2003 exerce funções na área cível, também na Comarca de Lisboa, estando atualmente colocada no juízo central cível de Lisboa.

Na Comarca do Porto foi nomeada a juíza de direito Ana Cristina Rodrigues Alves Nogueira Guedes da Costa. Iniciou funções judiciais em julho de 2000, no Tribunal da Comarca de Vila do Conde. Esteve nos tribunais de Valpaços, Lamego, Santa Maria da Feira e Santo Tirso. Coordenou, desde 2014, várias secções nas áreas cível, de comércio, de família e menores e criminal. Desde 2022, está colocada no juízo central cível de Vila Nova de Gaia.

Na Comarca de Aveiro foi nomeado o juiz de direito Carlos Alberto Casas Azevedo. Iniciou funções judiciais em julho de 1999, no Tribunal da Comarca de Ovar. Está colocado, desde 2017, em Santa Maria da Feira, tendo coordenado várias unidades da instância central e local.

Na Comarca de Braga foi nomeada a juíza de direito Filipa Isabel Afonso Gomes Freitas Aguiar. Iniciou funções judiciais em julho de 2001, no Tribunal da Comarca de Ílhavo. Exerceu nos tribunais de Guimarães, Ponte de Lima, Marco de Canaveses, Valongo, Vila Nova de Famalicão e Braga.

Na Comarca de Bragança foi deliberado confiar a presidência, em acumulação com a de Vila Real, à juíza desembargadora Maria Hermínia Néri de Oliveira. A decisão teve por base o regime de acumulação previsto para comarcas de menor dimensão, nos termos definidos no aviso de abertura do procedimento. Esta acumulação vigora até à realização do próximo movimento judicial e posterior abertura de novo procedimento, uma vez que os candidatos admitidos não reuniam todos os requisitos exigidos.

Na Comarca de Faro foi designado Paulo Renato de Freitas Belo. Iniciou funções judiciais em julho de 2001, no Tribunal Judicial de Braga. Em 2011 cumpriu uma comissão de serviço no Supremo Tribunal de Justiça. Desde 2014, encontra-se colocado em Portimão, primeiro na secção cível e, desde 2021, no juízo do trabalho. Exerce atualmente também funções no juízo central criminal de Portimão, em regime de acumulação.

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“Um dia vamos ter de pôr cobro a isto.” Direito à greve ‘descarrila’ campanha eleitoral e até Marcelo entra a bordo

Montenegro vê greve "injusta" na CP e avisa que “um dia vamos ter de pôr cobro a isto". Pedro Nuno fala em “ameaça inaceitável”. Alterar a lei da greve? “Depois logo veremos”, responde Marcelo.

Ao segundo dia de greve na CP, novamente com uma adesão de 100% nas contas dos sindicatos, a paralisação dos comboios em todo o país contamina em definitivo a campanha eleitoral. Luís Montenegro falou numa greve “absolutamente injusta” e avisou que “um dia vamos ter de pôr cobro a isto”. Pedro Nuno Santos fala numa “ameaça inaceitável” por parte do candidato da AD e avisa: “não passarão”. E até o Presidente da República fez questão de entrar neste debate.

Na linha do que dissera na véspera o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que a classificou como uma “greve política” e acusou os sindicatos de “parar o país por interesse político” a pensar nas eleições, o candidato da AD insistiu esta quinta-feira de manhã com a “convicção que, depois de visto todo o processo negocial, houve critérios de natureza político-partidária, eventualmente ligados ao contexto eleitoral, que acabaram por ser preponderantes para a greve”.

Em declarações aos jornalistas na Figueira da Foz, à margem de uma ação de campanha para as legislativas de 18 de maio que até teve como tema a habitação, Luís Montenegro referiu que esta é “uma greve absolutamente injusta” e que, “entre o prejuízo causado à vida das pessoas e a discussão laboral, que é legítima, há uma desproporção enorme”. “Francamente, um dia vamos ter de pôr cobro a isto”, acrescentou o primeiro-ministro.

Mesmo salientando que “não [quer] com isto ofender o direito à greve”, o líder da coligação de direito referiu que “há que ponderar todos os interesses que têm de ser assegurados por parte dos poderes públicos”. “O direto à greve não está em causa. Os efeitos da greve é que não podem ser de tal forma desproporcionais, que todos os outros cidadãos têm uma compressão dos seus direitos. Também há o direito a trabalhar, também há o direito a circular”, frisou.

O presidente do PSD, Luis Montenegro, conversa com Pedro Santana Lopes, presidente da câmara municipal da Figueira da Foz, durante uma ação de campanha para as eleições legislativas.MIGUEL A. LOPES/LUSA 8 maio, 2025

Poucos minutos depois, a partir da Covilhã, o secretário-geral do PS falou em “autoritarismo” e disse ser “inaceitável que um primeiro-ministro, em plena greve, use da ameaça”. “A forma como o Governo tem de lidar com uma greve, que não conseguiu impedir pela negociação, é ameaçar com a alteração à lei. Isto é muito preocupante. (…) Lida muito mal com algumas das maiores conquistas da nossa liberdade, como o direito de os trabalhadores reivindicarem melhores condições remuneratórias”, resumiu.

“Esta declaração do primeiro-ministro é um insulto à democracia. Há uma greve a decorrer com adesão de 100% dos trabalhadores da CP. O Governo falhou na negociação e agora quer responsabilizar os sindicatos e os partidos. É chantagear, ameaçar os trabalhadores portugueses todos com uma alteração à lei da greve. Isso é inaceitável e quero dizer que não passarão”, completou Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, durante um contacto com a população na Covilhã, no âmbito da campanha para as eleições legislativasJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA 8 maio, 2025

Já questionado em Braga sobre estas declarações de Luís Montenegro, o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, assumindo-se como “um lesado da CP”, mostrou-se igualmente “disponível” para avaliar alterações legislativas, sem pôr em causa o direito à greve. “Não há leis intocáveis”, sublinhou, notando que o partido defende a liberalização do mercado ferroviário, depois de o mesmo ter acontecido no rodoviário, para criar “competição e concorrência”.

Segundo fonte sindical, a adesão ao segundo dia de greve dos trabalhadores da CP é total, com toda a circulação parada. “A adesão é de 100%. Não houve desenvolvimentos. Não houve cedências nem da parte do Governo, nem da parte da CP, portanto a greve mantém-se”, disse à Lusa Júlio Marques, da Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), que integra os 14 sindicatos que convocaram a greve.

Esta paralisação foi convocada contra a imposição de aumentos salariais “que não repõem o poder de compra”, pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos” e pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”, segundo os sindicatos.

O Executivo, pela voz do ministro que tutela os transportes, já argumentou que existe um acordo entre os sindicatos e a administração da CP, mas que não pode ser executado porque o Governo se encontra em gestão. “O acordo estava estabelecido, o Governo não o pode executar por uma questão puramente legal, pela circunstância de ser um Governo de gestão”, afirmou Pinto Luz.

Alterar a lei da greve? “Depois logo veremos”, diz Marcelo

A partir do Palácio de Belém, furando o silêncio a que se tem submetido nas últimas semanas sobre temas da atualidade, Marcelo Rebelo de Sousa já se pronunciou sobre a hipótese de alterar a lei da greve, notando que “neste momento a questão não se põe”. Porquê? “Ainda não temos Parlamento, depois logo veremos”, frisou.

“As greves são uma forma de chamada de atenção em período eleitoral porque os debates políticos envolvem as questões laborais e sociais. Não é por acaso que em períodos pré-eleitorais o número de greves sobe um bocado”, analisou o chefe de Estado. Sobre se isso implicará mudar a Constituição, respondeu que “a lei da greve conheceu alterações ao longo do tempo, mas não é uma questão que está em cima da mesa”.

Sobre o facto de Montenegro ter admitido implicitamente essa hipótese, Marcelo disse que “cada um faz a campanha como quer e assume as responsabilidades para o futuro”. “Limito-me a verificar analiticamente que, em período pré-eleitoral e eleitoral, há maior incidência de conflitos laborais e que ganham maior expressão no período eleitoral – e é natural que eu os protagonistas comentem de um lado e do outro”, rematou.

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SRS Legal assessora o BPI Imofomento na aquisição de um imóvel afeto a uma loja da Obramat

A equipa de advogados neste processo foi composta pela sócia Neuza Pereira de Campos e o associado José Pinto Santos, ambos do Departamento de Direito Imobiliário da SRS Legal.

A SRS Legal assessorou o BPI Imofomento, fundo de investimento imobiliário aberto gerido pelo BPI Gestão de Ativos, na aquisição de um imóvel afeto a uma loja da Obramat (grupo Aldea), em Alfragide.

A equipa de advogados neste processo foi composta pela sócia Neuza Pereira de Campos e o associado José Pinto Santos, ambos do Departamento de Direito Imobiliário da SRS Legal.

O ativo trata-se de uma grande superfície comercial destinada aos profissionais da construção civil, que será também a sede da Obramat em Portugal.

Em comunicado, o BPI Gestão de Ativos refere que “esta aquisição reforça a posição do fundo no segmento comercial através da aquisição de uma unidade cuja construção terminou em março deste ano, e se localiza numa das melhores zonas comerciais de Portugal, em Alfragide” e que esta localização, aliada às suas características únicas, “sublinha o compromisso do BPI Imofomento em investir em ativos que não só proporcionam rentabilidade, mas que também representam o futuro do mercado imobiliário comercial em Portugal”.

Neuza Pereira de Campos, líder do Departamento de Direito Imobiliário da SRS Legal, afirma: ”foi com satisfação que assessorámos o BPI Imofomento nesta operação, que se distingue pela relevância do ativo e pela sua componente estratégica. A aquisição deste ativo, pela sua dimensão, localização e natureza, representa um investimento alinhado com as dinâmicas atuais do mercado e com os objetivos de valorização sustentável de um portefólio de ativos. Esta operação é um exemplo claro do nosso compromisso em apoiar os nossos clientes na concretização de investimentos estratégicos e de alta qualidade”

O portefólio comercial do BPI Imofomento aposta especialmente em localizações de grande procura, em particular Lisboa, Alfragide e Porto. Atualmente, o fundo detém três centros comerciais, uma grande unidade de retalho e duas grandes superfícies destinados a profissionais.

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Sage e Amazon Web Services aceleram IA nas áreas de contabilidade e compliance

  • Rita Atalaia
  • 8 Maio 2025

A Sage está a trabalhar com a Amazon Web Services (AWS) no desenvolvimento de soluções inovadoras de inteligência artificial adaptadas às necessidades de contabilidade e compliance das PME.

A Sage e a Amazon Web Services (AWS) estão a desenvolver soluções inovadoras de inteligência artificial (IA) para responderem às necessidades de contabilidade e compliance das pequenas e médias empresas (PME).

“Ao tirar partido de serviços de IA da AWS, como o Amazon Bedrock, e de chips de IA desenvolvidos especificamente para este fim, como o AWS Trainium e o AWS Inferentia, a Sage conseguiu acelerar o desenvolvimento, escalar a inovação e disponibilizar soluções com IA de forma mais eficiente“, indica a empresa num comunicado.

“Esta colaboração garante que a Sage pode testar, aperfeiçoar e implementar rapidamente modelos de IA adaptados às complexidades da contabilidade e do compliance, para que os clientes possam aceder mais facilmente às soluções da Sage, obter informações relevantes atempadas e gerir as suas finanças com maior precisão e eficiência”, acrescenta.

No último ano, esta parceria permitiu à Sage desenvolver e implementar “com sucesso Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) e Modelos de Linguagem de Pequena Escala (SLMs) específicos para contabilidade e compliance”, melhorando a “precisão, fiabilidade e eficiência das soluções financeiras com IA” e “permitindo que as PME operem com maior confiança e eficácia”.

Entre os principais avanços, a empresa destaca o aumento da confiança com IA especializada, ao garantir que as respostas geradas são relevantes para questões financeiras e de compliance e “prevenindo informações imprecisas ou enganosas”, mas também a expansão da assistência financeira baseada em IA, ajudando a melhorar o Sage Copilot – assistente com IA da Sage – “permitindo-lhe fornecer informações relevantes em tempo real, automatizar fluxos de trabalho e reduzir a carga de tarefas financeiras manuais”.

“A nossa colaboração com a AWS permite-nos desenvolver e escalar soluções de IA que respondem diretamente aos desafios enfrentados pelas PME“, afirma Amaya Souarez, EVP, Cloud Services & Operations da Sage.

Além de impulsionar modelos contabilísticos com IA, a Sage diz ainda estar a utilizar a tecnologia da AWS para transformar a forma como as PME acedem e interpretam informação financeira. O objetivo é que as empresas possam encontrar mais rapidamente a informação financeira certa e aceder a informações relevantes e atualizadas.

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Portugal é dos países europeus que menos atrai imigrantes altamente qualificados

Portugal é dos países da UE que menos atribui autorizações de residência para talento altamente qualificado, estudantes e investigadores. Já a Alemanha é a campeã europeia.

Portugal é um dos países europeus que menos está a conseguir atrair talento estrangeiro altamente qualificado. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, em 2023, foram atribuídas na União Europeia (UE) 89 mil autorizações de residência e trabalho a estrangeiros qualificados, das quais apenas 26 em Portugal. Na vizinha Espanha, foram atribuídas 370 destas autorizações. E na Alemanha, mais de 69 mil.

“Em 2023, cerca de 89 mil trabalhadores altamente qualificados com origem extra-UE receberam um cartão azul da UE, uma autorização de trabalho e residência destinada às pessoas altamente qualificadas que venham de países fora do bloco comunitário”, informa o gabinete de estatísticas, numa nota publicada esta manhã.

Entre os vários Estados-membros, a Alemanha destaca-se, com 69 mil destas autorizações. Ou seja, 78% dos cartões azuis da UE concedidos em 2023 foram atribuídos pela Alemanha. Seguem-se a Polónia, com sete mil autorizações (8% do total comunitário), e França, com quatro mil autorizações (4% do total da União Europeia).

Já do outro lado da tabela, o Chipre ocupa o pior lugar, com zero cartões azuis da UE atribuídos a talento altamente qualificado. Na base do ranking, estão ainda a Hungria (17 autorizações) e a Eslováquia (24 autorizações).

Não muito longe desses países está Portugal, país onde foram atribuídas apenas 26 cartões azuis da UE em 2023, menos um do que no ano anterior.

Ainda recentemente, na Conferência Anual do Trabalho, César Araújo, presidente da Associação Nacional das Industrias de Vestuário e de Confeção (ANIVEC), apelou à regulação da imigração, deixando claro que o país precisa, sim, das mãos que vêm de fora, mas estas têm de ser qualificadas. “Não queremos quadros de baixa qualificação. Queremos quadros de alta qualificação, que nos venham ajudar na transformação. Temos de regular a imigração e trazer quadros de valor acrescentado”, salientou.

Por outro lado, quanto à origem do talento que está a chegar ao Velho Continente, o Eurostat dá conta que foi aos cidadãos da Índia que foram atribuídos mais cartões azuis da UE (21 mil ou 24% do total referido), seguindo-se os cidadãos da Rússia (nove mil ou 11% do total) e da Bielorrússia (cinco mil ou 6% do total).

Alemanha atrai 144 mil estudantes. Portugal menos de mil

Também no que diz respeito à atração de estudantes e investigadores extra-UE, Portugal não é dos países que sai melhor na fotografia. No total, em 2023, foram atribuídas 979 autorizações a cidadãos de fora do bloco comunitário para estudar e fazer investigação em Portugal, muito abaixo das quase dez mil que tinham sido atribuídas em 2022.

Em contraste, no conjunto da União Europeia, foram concedidas 451 mil destas autorizações em 2023, acima das cerca de 422 mil que tinham sido registadas em 2022.

Já entre os vários países, a Alemanha destaca-se, com 144 mil autorizações (32% do total europeu), seguindo-se França (117 mil ou 26% do total), e Espanha (55 mil e 12% do total).

“Os principais recetores foram os cidadãos da Índia (50 mil ou 11% do total da UE), da China (47 mil ou 10%), de Marrocos (22 mil ou 5%) e dos Estados Unidos (21 mil ou 5%).

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Atenção, eleitores. Inscrições para voto antecipado em mobilidade terminam hoje

Inscrições para votar antecipadamente em mobilidade no dia 11 de maio arrancaram no domingo e terminam esta quinta-feira. Até ontem, cerca de 241 mil eleitores já se tinham inscrito.

As inscrições para o voto antecipado em mobilidade para as legislativas de 18 de maio terminam esta quinta-feira. Todos os eleitores recenseados no território nacional que optem por esta mobilidade irão depositar o seu voto nas urnas a 11 de maio.

A inscrição poderá ser feita através da internet (www.votoantecipado.pt) ou por carta, endereçada à Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, Praça do Comércio, Ala Oriental, 1149-015 Lisboa. No entanto, a missiva terá de ser recebida até esta quinta-feira, comunicando o nome completo, a data de nascimento, o número de identificação civil, a morada, a mesa de voto onde pretende votar e o endereço de correio eletrónico e/ou o contacto telefónico, explica a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Os cidadãos que se inscrevam assim para o voto em mobilidade deverão, no dia 11 de maio, dirigir-se à mesa de voto no município por si escolhido, identificar-se (“de preferência através do Cartão de Cidadão”) e indicar a freguesia onde está recenseado.

Em caso de dúvidas sobre a freguesia onde está recenseado, poderá fazer uma consulta através de três meios:

  • Na Internet
  • Através de SMS (gratuito) para 3838, com mensagem RE (espaço) número de BI/CC (espaço) data de nascimento = aaaammdd
    Exemplo: RE72386718 19820803
  • Na junta de freguesia do seu local de residência.

Entre o dia de início das inscrições, domingo, e quarta-feira, cerca de 241 mil eleitores inscreveram-se na modalidade de voto antecipado em mobilidade, indicou fonte da Administração Eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) à Lusa. Os distritos com maior número de inscritos são Lisboa (72.904), seguido do Porto (39.220) e Setúbal (20.843).

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Ações de Luís Filipe Vieira no Benfica foram compradas por investidor norte-americano

  • ECO
  • 8 Maio 2025

Participação de 3,28% foi leiloada a 7,07 euros por ação, o que perfaz um investimento de 5,33 milhões de euros. Benfica pediu nulidade da venda, devido ao seu direito de preferência.

O bloco de 753.615 ações de Luís Filipe Vieira no Benfica, que foram a leilão semana, foram compradas por um investidor dos EUA, avança o Record. A posição de 3,28% na SAD benfiquista foi vendida por 7,07 euros por ação, o que representa um investimento de 5,33 milhões de euros.

O jornal desportivo avança que a posição foi comprada por Jean-Marc Chapus, através da Plural Markets, uma compra que já foi contestada pelo clube das Águias, que também participou no leilão.

“O Sport Lisboa e Benfica informa que, através da sua participada Benfica SGPS, tomou parte no leilão das ações tituladas por Luís Filipe Vieira, tendo apresentado uma oferta adequada e sido informado de que as referidas ações foram vendidas a um outro licitante por 7,07 euros“, disse o clube em comunicado.

“O Sport Lisboa e Benfica informa que, através da sua participada Benfica SGPS, tomou parte no leilão das ações tituladas por Luís Filipe Vieira, tendo apresentado uma oferta adequada e sido informado de que as referidas ações foram vendidas a um outro licitante por 7,07 euros”, adianta o clube em comunicado. O Benfica adiantou ainda que, “até ao momento, não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência, pelo que, cautelarmente, já requereu a nulidade da venda”.

O valor de venda das ações ficou muito acima do preço de mercado. As ações seguiam a negociar nos 3,8 euros por ação, esta quarta-feira. Ou seja, tendo por base este valor de cotação, o preço pago implica um prémio de 86%.

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Lucros da CP caem para metade em 2024, gastos com pessoal disparam

Lucros da empresa de comboios caíram pelo segundo ano. 2024 ficou marcado pelo início do Passe Ferroviário de 20 euros, e por um aumento de 15 milhões nos custos com pessoal.

A CP – Comboios de Portugal fechou o ano passado com um resultado líquido de 1,8 milhões de euros, metade dos lucros de 3,6 milhões reportados em 2023, segundo dados provisionais a que o ECO teve acesso. Esta quebra de rentabilidade ocorreu num ano em que os gastos com pessoal aumentaram 15 milhões de euros, face ao período homólogo. Apesar da forte descida dos lucros, a empresa de comboios, que apresentou em 2022 o primeiro resultado positivo da sua história, conseguiu fechar o último exercício com rentabilidade positiva pelo terceiro ano.

As vendas da empresa aumentaram de 267,6 milhões de euros, em 2023, para 302,8 milhões, em 2024, num ano marcado pela entrada em vigor do chamado Passe Verde, no valor de 20 euros. A empresa será compensada pelo Governo pela quebra de receitas associadas ao novo título, que vendeu mais de 100 mil passes nos três primeiros meses, até um limite de 23,7 milhões de euros.

O novo passe ferroviário verde tem levado a um aumento do número de passageiros da empresa, mas, pelo menos para já, este crescimento não está a refletir-se em maiores lucros para a companhia. Uma situação que o Executivo espera que se reverta em breve.

Segundo defendeu recentemente o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, “a manter-se esta tendência, a CP não precisará dos 19 milhões de euros que o Governo lá colocou no Orçamento do Estado para precaver essa potencial perda de receita, a CP vai aumentar a sua receita e não vai precisar de um único euro daquele investimento extra”.

Custos com pessoal voltam a subir

Os gastos com pessoal foram a rubrica mais “pesada” nas contas da CP. Segundo os dados provisionais da transportadora, estes custos aumentaram 15 milhões de euros, passando de 160,5 para 175 milhões no final de 2024, colocando pressão nas contas da empresa de comboios.

Já este ano, a administração da CP, liderada por Pedro Moreira, decidiu aplicar unilateralmente aumentos de 34 euros nos salários até 2.631 euros e de 1,7% nos iguais ou superiores, decisão reprovada pelos sindicatos. Estes aumentos decididos unilateralmente estão, aliás, no centro da greve dos comboios que arrancou esta quarta, dia 7 de maio, e dura até dia 14 de maio.

Os sindicatos estão contra a imposição de aumentos salariais “que não repõem o poder de compra”, pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos” e pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”, segundo os sindicatos. A greve que está em curso paralisou a empresa afetando mais de 700 mil passageiros, apesar de o Governo ter comunicado formalmente aos sindicatos que estava limitado nas suas decisões por estar em gestão, aceitando um aumento correspondente ao valor fixado em devido tempo por despacho e que não poderia ultrapassar os 4,7%.

A CP fechou o ano de 2024 com capitais próprios positivos de 388 milhões de euros, face aos 362,7 milhões reportados no exercício anterior. Já o passivo baixou de 366,9 milhões para 269,5 milhões de euros.

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