BF Grupo investe 25 milhões de euros em residências sénior em Portugal

  • Lusa
  • 25 Junho 2024

“O nosso objetivo é ter mil camas até 2030”, adiantou o fundador e presidente do BF Grupo.

O BF Grupo investiu 25 milhões de euros em residências sénior em Portugal, incluindo duas em Lisboa e uma nova que será inaugurada esta quinta-feira em Cascais, indicou a empresa, que pretende abrir mais unidades até 2030. “As residências de Lisboa (são duas, São Miguel e Ávila) e a de Cascais, construída de raiz”, representam “um investimento de 25 milhões de euros.

O BF Grupo quer até 2030 abrir novas residências em Oeiras, no Estoril, em Sintra, em Coimbra e no Porto”, disse Jorge Fonseca, fundador e presidente do BF Grupo, questionado pela Lusa.

“O nosso objetivo é ter mil camas até 2030”, adiantou. Num comunicado, a empresa disse que a Momentus Sénior é uma empresa que integra a holding do BF Grupo, tendo começado em Lisboa, “com a requalificação de dois espaços, atualmente transformados em residências sénior (Ávila e São Miguel)”.

Na próxima quinta-feira, “e após mais de dois anos de obras, o grupo inaugura em Cascais, sendo o objetivo investir em mais uma unidade em Lisboa e noutros pontos do país”, destacou.

“A Momentus Sénior de Cascais é um edifício construído de raiz, imaginado por nós, com todas as valências possíveis e com capacidade para quase uma centena de residentes. Neste momento marcamos presença na área metropolitana de Lisboa, mas o nosso objetivo é termos unidades de Norte a Sul do país”, disse Jorge Fonseca, citado na mesma nota.

Segundo o grupo, estas residências dispõem de “quartos individuais e quartos duplos e uma equipa multidisciplinar permanente”.

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SRS Legal assessorou a Costaterra

A equipa, liderada pela sócia Alexandra Valente , incluiu ainda as associadas Andreia Rodrigues Lopes e Clara Andrade Coelho e o estagiário Daniel Macedo Ferreira.

A SRS Legal assessorou a Costaterra, sociedade que está a desenvolver um empreendimento de residências de luxo em Melides, na compra de 100% do capital social da Vertigem Azul – Turismo de Natureza, Lda., empresa pioneira na observação dos golfinhos do estuário do Sado, com mais de 25 anos de existência.

A equipa da SRS Legal, liderada pela sócia responsável pelo Departamento de Corporate & Finance – Alexandra Valente (sócia), incluiu as associadas Andreia Rodrigues Lopes e Clara Andrade Coelho e o estagiário Daniel Macedo Ferreira.

Trata-se de um empreendimento turístico com quatro quilómetros de frente da costa. Os preços das moradias no Costa Terra começam nos 4,6 milhões de dólares – cerca de 4 milhões de euros. O campo de golfe que o projeto contempla foi desenhado pelo famoso arquiteto Tom Fazio e o design de interiores do projeto está nas mãos da portuguesa Alexandra Champalimaud, que hoje vive em Nova Iorque (EUA).

 

 

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Reforço de 103 funcionários “não serão suficientes”, avisa presidente da AIMA

Luís Goes Pinheiro adiantou ainda que quanto às manifestações de interesse e processos administrativos de autorização de residência há "342 mil pedidos pendentes" e cerca de "70 mil em tramitação".

O presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) avisou que os 103 funcionários que estão em processo de contratação para o organismo “não serão suficientes para resolver necessidades”, defendendo por isso, que “são necessários mais recursos humanos”, mas também “incentivos de outra natureza”, nomeadamente financeiros.

“Claro que faltam funcionários na AIMA e, muito provavelmente, os 103 [funcionários] que neste momento estão em processo de contratação não serão suficientes para resolver as necessidades“, afirmou Luís Goes Pinheiro, que esteve a ser ouvido na comissão Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, na sequência de um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) e do Livre.

“São necessários mais recursos humanos” para “reduzir o número de pendências e dotar a AIMA de capacidade” para processar rapidamente os pedidos, admitiu o responsável, defendendo que “é necessário que haja mais mediadores [culturais], dado que estes são “absolutamente fundamentais”, mas também são “necessários prestadores de serviços”. “Todas essas pessoas são absolutamente criticas”, reiterou.

Segundo o responsável, entre manifestações de interesse e processos administrativos de autorização de residência a AIMA tem “342 mil pedidos pendentes” e cerca de “70 mil em tramitação”.

Ainda assim, o presidente da AIMA sublinhou que o reforço de recursos humanos por si só não será suficiente para resolver os problemas do organismo. “Precisamos de incentivos de outra natureza”, sinalizou Luís Goes Pinheiro, que diz ter recebido com agrado o anúncio de que será criado um prémio de desempenho para os trabalhadores da AIMA. “É mais do que merecido, é mais do que justo que haja uma compensação adicional”.

Luís Goes Pinheiro defendeu ainda que é “absolutamente crítico” reforçar a estrutura tecnológica, bem como estabelecer “parcerias com entidades públicas e até com outras entidades do setor social”. “É absolutamente crítico que se continue a trabalhar em conjunto com as associações”, nomeadamente as que se dedicam ao apoio dos migrantes.

O presidente da AIMA admitiu ainda que o fim das manifestações de interesse levará, consequentemente, a uma diminuição dos pedidos”, mas sublinhou que “não basta resolver os problemas dos processos pendentes”, instando que sejam criadas “soluções em larga escala”. “É fundamental que a AIMA ganhe capacidade de responder de forma elástica” para que possa responder a “variações de procura”, indicou.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h01)

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Baixar dívida pública? É altura de pôr mais dinheiro no bolso dos portugueses, diz Horta Osório

António Horta Osório argumenta que Portugal deve usar o excedente orçamental atual em medidas para cortar custos e impostos para as empresas e, assim, melhorar salários.

Pela primeira vez em 50 anos, Portugal tem as “contas certas”. Para António Horta Osório, o banqueiro português e atual chairman da Bial, o país deveria usar esta margem orçamental e usar o excedente ao nível das contas públicas para baixar custos e impostos para as empresas e, assim, promover a competitividade e melhorar salários.

“Portugal alcançou uma situação extraordinária” nos últimos anos, com a dívida sobre o Produto Interno Bruto a baixar os 100% e a contrariar aquela que tem sido a evolução de países como Espanha e França, destacou António Horta Osório, na conferência organizada pela ocasião do centenário da Bial, que decorre esta terça-feira no Porto e que conta com a presença do ministro da Economia, Pedro Reis, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que aproveitou a ocasião para condecorar a Bial com a Ordem de São Tiago de Espada, pelo seu papel na transformação cultural e papel na ciência e inovação para transformar Portugal.

Para o atual chairman da farmacêutica centenária, mantendo a tendência dos últimos anos “chegaremos a 2029 com cerca de 80% de dívida sobre PIB, o que seria muito abaixo de Espanha e de França, com a dívida a aproximar-se de 130% do PIB”. Apesar de reconhecer a importância das contas certas, o ex-CEO do Lloyds Bank defende que “agora” que o país tem “contas públicas equilibradas, é altura para melhorar qualidade de vida dos portugueses e salários”.

Para Horta Osório é preciso “olhar para os vários cenários macroeconómicos e pensar qual o ritmo que a descida da dívida deve ter“, alinhando as contas certas com reformas estruturais com um “efeito multiplicador positivo” para o país.

Portugal devia “usar o excedente para baixar os custos e os impostos sobre as empresas”, defendeu o banqueiro, salvaguardando a necessidade de “considerar-se medidas reformistas para baixar o IRC e a taxa social única para as empresas”, para desta forma aumentar a competitividade e permitir que empresas possam exportar mais, com “um efeito multiplicador positivo, que pela primeira vez em 50 anos temos oportunidade de usar.”

“Temos não só as finanças públicas equilibradas, mas sustentadas e estamos muito melhor que a França, que é a âncora da UE”, reforçou, destacando que é necessário traçar uma meta ao nível do ritmo de descida da dívida e, a partir daí, definir o excedente que pode aplicar-se na economia.

“Queremos ir para 75% a 80% do PIB, quando os outros querem ir para 100%, ou ficar pelos 85% a 90%? O Governo devia ver para onde quer ir”, sintetizou. Para o banqueiro, “o dinheiro é melhor utilizado no bolso dos portugueses e das empresas e tem efeito multiplicador e é melhor usado do que ser o Estado a gastar”.

Já Luís Portela, presidente da Fundação Bial, destacou a necessidade de falar na criação de riqueza. “Habituamo-nos a ouvir falar de apoios, subsídios. Mas para distribuir é preciso criar riqueza”, destacou.

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Operação Marquês: novo debate instrutório para Sócrates e Santos Silva

  • ADVOCATUS
  • 25 Junho 2024

Apesar de ter solicitado que Ivo Rosa assumisse a condução da instrução do processo, a juíza Sofia Pires voltou atrás e aceitou proferir a nova decisão instrutória de Sócrates e Santos Silva.

A juíza de instrução criminal Sofia Pires voltou atrás e aceitou proferir a nova decisão instrutória de José Sócrates e Carlos Santos Silva no âmbito da Operação Marquês, ao invés de Ivo Rosa, avança a Sic Notícias. Os motivos prendem-se com os “prazos prescricionais em curso” e como os “princípios da celeridade e da confiança dos cidadãos no funcionamento do sistema e na realização justiça”.

Em causa estava uma decisão de março do Tribunal da Relação que anulou toda a decisão instrutória em que Ivo Rosa tinha mandado para julgamento Sócrates e Santos Silva apenas por seis crimes de branqueamento e falsificação de documentos. Mas a juíza Sofia Silva, que substituiu no processo Ivo Rosa, achava que devia ser o magistrado a presidir a fase de instrução.

Ainda assim, Ivo Rosa encontra-se de baixa médica desde janeiro e sem previsão para regressar às funções. Agora, a juíza Sofia Silva terá que realizar novamente o debate instrutório, apenas com José Sócrates e Carlos Santos Silva “para que o juiz assista à argumentação dos sujeitos processuais”.

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Associação interpõe ação em tribunal contra Linha de Muito Alta Tensão no Alentejo

  • Lusa
  • 25 Junho 2024

A LMAT “projetada para o concelho de Ferreira do Alentejo”, no distrito de Beja, atravessa “Figueira dos Cavaleiros, Ferreira do Alentejo e Canhestros”, até ao concelho de Santiago do Cacém.

A Associação ProtegeAlentejo interpôs uma ação em tribunal para tentar impugnar a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) da Linha de Muito Alta Tensão do projeto da central fotovoltaica Fernando Pessoa, no concelho de Santiago do Cacém (Setúbal). Em comunicado enviado esta terça-feira à agência Lusa, a associação revelou que a ação administrativa que visa impugnar a DIA emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente deu entrada, no passado domingo, no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja.

A Linha de Muito Alta Tensão (LMAT) prevista para o eixo Ferreira do Alentejo – Vale Pereiro – Sines, com uma capacidade de 400 Kv (quilovolt), tem como promotor a Rede Elétrica Nacional (REN) e recebeu “declaração de impacte ambiental favorável condicionada”, explicou à Lusa a porta-voz da associação, Liliana Silva. “No Estudo de Impacte Ambiental [EIA] desta LMAT está [descrito] que uma das razões de ela ser projetada é para escoar a energia produzida pela central fotovoltaica Fernando Pessoa e, como tal, não poderíamos ficar insensíveis a esta questão”, afirmou.

Até porque, lembrou a porta-voz da ProtegeAlentejo, em dezembro de 2023, a associação avançou com uma outra ação judicial para impugnar a DIA da central fotovoltaica Fernando Pessoa (THSiS), projetada para o concelho de Santiago do Cacém. Essa ação “continua a decorrer em tribunal e há um outro processo, que foi instruído pelo Ministério Público, que também está a decorrer e ainda nada está decidido”, precisou.

A central, desenvolvida pelo promotor SUNSHINING, SA, “tem uma DIA favorável condicionada”, o que coloca limites “a uma eventual linha, por isso não se entende como é que a REN já coloca as coisas como se não houvesse retorno” no projeto, argumentou Liliana Silva.

A LMAT “projetada para o concelho de Ferreira do Alentejo”, no distrito de Beja, atravessa “Figueira dos Cavaleiros, Ferreira do Alentejo e Canhestros”, até ao concelho de Santiago do Cacém (Setúbal), passando pelas freguesias de “Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, São Domingos e Vale de Água, Abela e Ermidas–Sado”, numa extensão de 76 quilómetros.

Além de considerar que o EIA “tem imensas lacunas” e “inúmeras questões que não foram acauteladas”, a responsável argumentou que os proprietários dos terrenos por onde a LMAT vai passar estão a ser contactados para eventuais compensações, acusando a REN “de má-fé”. “Estão, neste momento, já a comunicar com proprietários, muitos deles nem sequer tinham conhecimento que havia este projeto na calha, para os compensarem com valores aleatórios, quando nada ainda está decidido [pelo tribunal]”, criticou.

E acrescentou que o promotor tem apresentado o projeto “como se fosse um dado adquirido” para que “os proprietários julguem que já não podem fazer nada”, pelo que “há má fé nas atitudes tomadas, nomeadamente pela REN”. No comunicado, a associação criticou a “completa desconsideração pelo Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional, o modo inadequado como foi anunciada e gerida a consulta pública” e alegou que foi “ignorado o direito garantido à propriedade privada, aquando dos trabalhos de campo, durante a preparação do Estudo de Impacte Ambiental”.

A Associação ProtegeAlentejo é constituída por residentes das freguesias de São Domingos e Vale de Água, entre outros, que se opõem à construção da central fotovoltaica. A Iberdrola e a Prosolia Energy obtiveram, em 31 de janeiro de 2023, licença ambiental para construir, em São Domingos, a central Fernando Pessoa, com 1.200 megawatts (MW) de potência instalada, anunciada como a maior da Europa e a quinta maior do mundo.

O projeto inicial da Prosolia Energy envolvia mil milhões de euros de investimento e gerou contestação popular, em abril de 2021.

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Primeiros 11 dias de Europeu com uma audiência televisiva de quase 20 milhões

  • + M
  • 25 Junho 2024

Acompanhe as audiências de todos os jogos do Euro 2024, numa análise da agência de meios Dentsu/Carat para o +M/ECO, e confira os resultados desportivos.

Ao longo dos primeiros 11 dias de Campeonato Europeu, foram quase 20 milhões os telespectadores que, em acumulado, acompanharam os jogos pela televisão em Portugal. A estreia da equipa portuguesa na competição, frente à Chéquia, foi o jogo com maior audiência até agora, tendo sido visto por cerca de 3,6 milhões de pessoas na SIC e Sport TV, revela a análise elabora pela Dentsu/Carat para o +M.

No top três dos jogos mais vistos, segue-se a partida da equipa das quinas contra a Turquia, vista por quase 2,8 milhões de telespectadores na RTP1 e Sport TV, e o confronto entre as seleções de Espanha e Itália, transmitido na RTP1 e Sport TV, e que foi acompanhado por mais de 1,8 milhões de telespectadores.

Portugal, Chéquia, Itália, França e Turquia captaram até agora as maiores audiências em Portugal do Europeu. O Grupo F, de Portugal, lidera as audiências até ao momento com cerca de 6 milhões e 600 mil telespectadores.

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase e Audiência Acumulada

Audiência Fase a Fase

Audiência por seleção

Jogos e Resultados – 1ª Fase

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Todos os serviços públicos passam a ter atendimento presencial sem marcação prévia

Reforma da Administração Pública passa também por reforçar atendimento ao público: serviços passam a ter de aceitar atendimento sem marcação e haverá informação em tempo real sobre tempos de espera.

Todos os serviços públicos do Estado central vão passar a garantir atendimento presencial sem marcação prévia. Esta é uma das medidas da reforma da Administração Pública, que foi aprovada esta terça-feira em Conselho de Ministros. Segundo explicou o ministro da Presidência, há hoje serviços onde é impossível ser atendido sem marcação prévia, mesmo que seja apenas para entregar um simples documento.

“O Conselho de Ministros deu uma instrução vinculativa a todos os serviços centrais, [segundo a qual estes] devem garantir que todos os dias há um tempo para o atendimento sem marcação, podendo manter o atendimento com marcação, que é importante para muitos”, explicou António Leitão Amaro, em declarações aos jornalistas.

De acordo com o ministro da Presidência, há já serviços que têm uma “combinação equilibrada” entre o atendimento presencial com marcação e o atendimento espontâneo ou sem marcação. Mas há muitos outros em que esse não é o caso.

“Como um relatório da Provedora de Justiça disse, há muitas outros serviços que ainda vivem na época da Covid-19, não estando abertos nem sequer para meras entregas de documentos de cidadãos que se dirigem espontaneamente. Precisamos de regressar a um serviço adequado aos portugueses“, salientou o governante.

Portanto, o Governo garante agora que todos os serviços têm atendimento presencial sem marcação, sendo que para os cidadãos que vão, como referido, apenas entregar documentos haverá canais simplificados (também sem marcação prévia), através dos quais serão emitidos “comprovativos simplificados“.

Uma terceira medida neste âmbito é a disponibilização em tempo real de informação sobre a capacidade e tempo de espera dos serviços públicos, anunciou Leitão Amaro.

O atendimento ao público é um dos seis pilares da reforma da Administração Pública anunciada esta terça-feira. Entre os demais, estão, por exemplo, a concentração do Governo na antiga sede da Caixa Geral de Depósitos, o reforço da capacidade de planeamento das políticas públicas e a promoção do trabalho em rede.

Este plano permitirá uma poupança de 23 milhões de euros por ano, sendo essencial para que o país possa pedir a Bruxelas o quinto cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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Antigos deputados criticam “opacidade” na justiça e querem esclarecimentos da PGR

  • Lusa
  • 25 Junho 2024

A direção da Associação dos Ex-Deputados à Assembleia da República considera que há um continuado agravamento da "opacidade" na justiça e defende que a PGR tem de prestar esclarecimentos.

A direção da Associação dos Ex-Deputados à Assembleia da República (AEDAR) considera que há um continuado agravamento da “opacidade” dos procedimentos judiciários e defende que a Procuradora Geral da República (PGR) tem de prestar esclarecimentos.

“Formula-se publicamente o presente apelo, ao presidente da Assembleia da República [José Pedro Aguiar-Branco], à direção dos grupos parlamentares, ao Governo e ao próprio Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa], a quem cabe garantir o regular funcionamento das instituições democráticas, para que todos concorram para devolver a indispensável confiança no funcionamento do sistema de justiça“, lê-se no comunicado hoje divulgado pela AEDAR.

Para esta associação, que é presidida pelo antigo ministro e deputado socialista Jorge Lacão, em termos específicos, Lucília Gago deve apresentar uma justificação “cabal para a omissão de emissão da diretiva devida para regulação das regras internas do regime de dependência hierárquica e de responsabilidade dos magistrados do Ministério Público“.

Também qual o “conhecimento da diretiva legalmente exigida relativa à regulamentação da recolha administrativa de elementos e informações em fase pré-processual”; da diretiva “legalmente exigida relativa à definição de critérios para atribuição de processos aos diversos órgãos policiais de investigação criminal; das ações legalmente exigíveis, até agora efetuadas, de fiscalização dos diversos órgãos de investigação criminal, destinadas a verificar o grau de cumprimento da legalidade e de garantia de proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos; e dos critérios hierárquicos exigíveis para assegurar a prevenção e a investigação das sistemáticas e graves violações do segredo de justiça”.

“Mais se considera legítimo exigir que os relatórios periódicos — designadamente o relatório anual da atividade do Ministério Público – sejam apreciados na Assembleia da República devendo, na circunstância, a PGR responder, nessa sede, pelos dados e orientações dele constantes ou que dele devessem constar”, assinala-se ainda.

Para esta associação de antigos deputados, “a omissão de tal procedimento representa um défice muito sério de assunção de responsabilidades políticas e institucionais no quadro do funcionamento normal do Estado de Direito democrático, tanto da parte da Assembleia da República como do Ministério Público”.

Os antigos deputados assinalam que “a sociedade portuguesa tem vindo, com perplexidade e sobressalto, a dar se conta que o sistema de justiça, em função de sucessivos procedimentos sem evidência de coerência ou adequada fundamentação, tem vindo a contribuir para a quebra de confiança dos cidadãos na boa aplicação da justiça”.

Criticam, depois, “o recurso a formas de intrusão desproporcionada na esfera da vida privada ou a ingerência em critérios típicos da vida política de que são exemplo o recurso imoderado e banalizado a escutas telefónicas, a operações de busca executadas sob os holofotes do estado espetáculo e a detenções por períodos muito além do constitucionalmente previsto”.

Apontam, ainda, “recorrentes violações do segredo de justiça com consequências indisfarçáveis sobre a normalidade da vida pública e a proteção dos direitos de personalidade”.

Todas estas situações “constituem exemplos manifestos de uma prática abusiva que não pode deixar ficar indiferentes todos os que, ao longo dos anos, se bateram pela realização de um Estado de Direito digno desse nome”, acrescenta-se.

No comunicado, a AEDAR expressa igualmente a sua concordância com o teor do manifesto “Por uma reforma da justiça, em defesa do Estado de Direito democrático”, recentemente subscrito por uma centena de cidadãos “dos mais diversos quadrantes políticos e ideológicos”.

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Navigator alerta para crescente e insustentável dependência de madeira extra-ibérica

  • Lusa
  • 25 Junho 2024

Administrador da The Navigator Company aponta um crescente “agravamento da dependência de madeira extra-ibérica, sobretudo da América Latina”.

O administrador da The Navigator Company João Lé alertou esta terça-feira para a falta de matéria-prima no setor florestal, nomeadamente da pasta e papel, salientando que o crescente recurso a madeira extra-ibérica “não é sustentável” e “mata” a atividade. “A falta de matéria-prima é um grande desafio que temos. Não é só da nossa fileira, mas temos falta de matéria-prima e cada vez essa falta se vem mais notando”, afirmou o responsável durante uma audiência na Comissão de Agricultura e Pescas, no parlamento.

Devido à falta de matéria-prima nacional, João Lé apontou um crescente “agravamento da dependência de madeira extra-ibérica, sobretudo da América Latina”, agravamento esse que “vem sendo acompanhado de um aumento de preço da matéria-prima” em Portugal. “Desde 2016 até 2022, o preço da matéria-prima nacional aumentou 43%. Portanto, quando se ouve dizer que não há aumentos de preço não é verdade, há aumento de preço”, enfatizou.

Conforme explicou, a “fatura do uso da madeira extra-ibérica” é que “não se consegue ter ciclos de produção sustentáveis, porque os preços da pasta são regulados pelo mercado mundial, não são fixados por cada um dos operadores”. “Estamos a sentir cada vez mais que é preferível estar parado do que produzir com madeira extra-ibérica”, afirmou o administrador da Navigator, avisando que, como resultado, a carência de madeira nacional pode vir a obrigar ao encerramento de fábricas “durante períodos que podem ser de dois ou três meses”.

“Cada vez são maiores os períodos em que somos obrigados a produzir com madeira extra-ibérica e isso não é sustentável e mata o setor”, sublinhou. Na sua intervenção, João Lé recordou ainda que, por solicitação do anterior Governo, foi apresentada “uma proposta de acordo de fileira, que tinha três cenários” e que “ficou no dossiê de transição”.

Na altura, o executivo optou pelo cenário “que não conduz a um aumento da área de eucalipto, mas que quer valorizar e proteger a floresta com uma gestão ativa, aumentar a produção, reduzir o risco de incêndio, fomentar a plantação de autóctones e dinamizar os agentes para cumprir as metas do plano nacional climático”.

“Ou seja, com isto queremos compaginar o ciclo longo da floresta com as necessidades de matéria-prima, fazendo atuar diversos eixos: Por exemplo, arrancando algumas áreas de eucaliptal e plantando com autóctones, noutras replantar essas áreas e noutras plantar noutros locais, fomentando as autóctones”, disse.

Segundo salientou o administrador da Navigator, “a floresta nacional precisa de escala, de gestão agrupada e que se olhe para o cadastro”, assim como de “um regime fiscal que favoreça as intervenções de longo prazo”, de uma simplificação dos regimes de licenciamento e de mais incentivos.

Adicionalmente, referiu aos deputados da Comissão de Agricultura de Pescas, impõe-se um Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) que “funcione”, “atue com tempo” e tenha “gente no terreno”.

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Os negócios e os acionistas da nova empresa da Euronext Lisboa

A Vila dos Números é a terceira SIGI a entrar na bolsa nacional. Nas contas dos investidores, as fortes ligações familiares entre acionistas e administração são só um dos pontos que merecem atenção.

Cláudia Daniela Constance Leal, presidente e acionista da Vila dos Números, foi apresentadora do programa “Bem-vindos” da RTP-África entre 2012 e 2018. Atualmente, além de liderar a mais recente SIGI a chegar à bolsa nacional é também correspondente da estação televisiva moçambicana Televisão de Moçambique em Portugal.

A Vila dos Números é hoje admitida à negociação na Euronext Lisbon Access com uma capitalização bolsista de 6 milhões de euros. É apenas a terceira sociedade de investimento e gestão imobiliária (SIGI) a negociar na bolsa de valores nacional desde que o regime da SIGI foi aprovado há cerca de cinco anos.

Este marco na indústria das SIGI é também um episódio relevante na trajetória desta empresa, que após ter sido fundada a 15 de fevereiro de 2010 por Nuno Filipe Jardim Leal com um capital social de 5 mil euros, apresenta atualmente uma estrutura acionista fortemente marcada por laços familiares entre os seus acionistas e membros da administração, contando inclusive na sua “estrutura acionista com capital africano de Moçambique”, refere Cláudia Daniela Constance Leal, presidente do conselho de administração da Vila dos Números, no evento de apresentação da empresa que decorreu esta terça-feira na Euronext Lisboa.

A Vila dos Números é detida integralmente pela Léxico SGPS, uma sociedade gestora de participações sociais, que tem nos irmãos João Ricardo Jardim Leal e Nuno Filipe Jardim Leal os beneficiários efetivos da empresa – este último é ainda diretor na empresa britânica Unistate Invest.

Os resultados líquidos da Vila dos Números referentes a 2023 mostram uma melhoria de 16% face aos resultados de 2022, mas as contas continuam a mostrar prejuízos 114 mil euros.

Na administração da Vila dos Números figuram as mulheres dos dois irmãos Jardim Leal: Cláudia Daniela Constance Leal, que além de ser presidente do conselho de administração da empresa é ainda administradora na Léxico SGPS e correspondente da Televisão de Moçambique em Portugal, e Ana Lúcia Jardim Leal que, responsável pela direção fiscal e financeira da Vila dos Números, assim como da direção comercial e planeamento, depois de ter sido administradora da Voxatlas até ao ano passado — empresa que foi posteriormente fundida com a Vila dos Números em 2023.

Um dos episódios mais significativos na história recente da Vila dos Números foi justamente a incorporação da Voxatlas na empresa, que resultou na transferência total do seu património para a Vila dos Números.

Entre os ativos transferidos da Voxatlas destaca-se um terreno com mais de 24 mil metros quadrados em Boliqueime, na Patã de Cima, avaliado em 1,9 milhões de euros e que está destinado a abrigar uma unidade de turismo rural. Esta operação foi responsável por grande parte do aumento de 32% dos ativos fixos tangíveis da Vila dos Números entre 31 de dezembro de 2022 e 30 de setembro do ano passado para mais de 9 milhões de euros, segundo as contas apresentadas no documento informativo da empresa disponibilizado no site da Euronext.

Património imobiliário

A Vila dos Números apresenta um capital social de 5 milhões de euros (mínimo exigido por lei para ser considerada uma SIGI), dividido em 50 mil ações com um valor nominal de 100 euros cada (17% abaixo do preço do IPO). A empresa revela que a sua avaliação assenta “no valor do ativo deduzido do passivo e de quaisquer imparidades ou contingências que possam ocorrer”.

O documento informativo da empresa revela que o relatório do auditor independente para o ano de 2022 destacou uma reserva em relação a um montante a receber de quase 857 mil euros de uma empresa do grupo da Léxico SGPS (a Estrato Real Unipessoal), em que os auditores “consideraram que não obtiveram evidência suficiente e apropriada que lhes permitisse concluir sobre a sua correta valorização”.

Dos seis imóveis que a Vila dos Números detém em carteira, apenas uma propriedade está arrendada. Trata-se de uma morada de cinco andares em Cascais que está arrendada por 20 mil euros por mês, que confere uma yield de 6,7%.

A empresa dos Jardim Leal esclarece que essa situação já era identificada nas contas de 2021 (apesar de o montante em causa ser de menor dimensão) e que em 2023 obteve uma carta de conforto por parte da Estrato Real Unipessoal a reconhecer que tem uma dívida para com a Vila dos Números, “e em que se comprometem a liquidar a dívida nos próximos 84 meses, sendo a primeira tranche a ser realizada em março de 2024.” A 30 de junho do ano passado, o montante desta dívida ascendia a mais de 1,7 milhões de euros.

À margem do evento de apresentação da empresa aos investidores nas instalações da Euronext, Hugo Pelicano, presidente do conselho fiscal, revela que não só a primeira tranche da dívida foi paga em março como estava previsto, como atualmente é “de cerca de 800 mil euros”.

Os resultados líquidos da empresa referentes a 2023 mostram uma melhoria de 16% face aos resultados de 2022, mas as contas continuam a mostrar prejuízos 114 mil euros. “O resultado líquido é negativo atendendo à empresa estar em investimento ininterrupto desde 2017”, refere a empresa, sublinhando ainda que “os anos de 2022 e 2023 têm-se traduzido num esforço superior pelas empreitadas levadas a cabo em Cascais e na Patã.”

Atualmente, além do terreno na Patã de Cima que após a conclusão de obras ficará, segundo a empresa, avaliado em 3,3 milhões de euros, a Vila dos Números detém ainda mais cinco imóveis, em que apenas um está atualmente arrendado:

  • Prédio construído em 1928 para habitação com quatro pisos e uma área de construção de 239 metros quadrados em Campo de Ourique, Lisboa, renovado com um valor de mercado de 1.4 milhões de euros e uma renda potencial de quase 6 mil euros mês.
  • Espaço comercial com 215 metros quadrados em Oeiras, avaliado em 307,7 mil euros e com uma renda potencial de 3 mil euros.
  • Moradia de cinco pisos, em Cascais, construída em 1962 e renovada e ampliada em 2023, com uma área de 680 metros quadrados e uma área de terreno de 1460 metros quadrados, que está avaliada em 3,6 milhões de euros e arrendada por 20 mil euros mês.
  • Apartamento construido em 1995 na cidade de Faro com uma área de 132 metros quadrados, avaliado em 320,7 mil euros e com uma renda potencial de 1.350 euros.
  • Terreno rústico sem construção ou em ruínas em São Brás de Alportel, em Pero de Amigos, com uma área de quase 2 hectares numa “zona sem habitações e com terrenos com grandes desníveis de difícil acesso”, que está avaliado em 780 mil euros.

Cláudia Leal destaca na apresentação da empresa na bolsa de Lisboa que os próximos investimentos da empresa passam por imóveis localizados em “áreas de grande crescimento como Lisboa e Algarve”, destacando que a empresa “já identificou várias propriedades imobiliárias que irá apresentar muito em breve”, mas sem especificar que imóveis se tratam.

Notícia atualizada às 16h57 com declarações de Cláudia Leal e Hugo Pelicano.

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Comissão aprova requerimento do PSD para clarificar segredo de justiça

  • Lusa
  • 25 Junho 2024

A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras aprovou por unanimidade o requerimento do PSD para clarificar o conceito de segredo de justiça.

A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras aprovou esta terça-feira por unanimidade o requerimento do PSD para clarificar o conceito de segredo de justiça, após Nuno Rebelo de Sousa ter dito que não falava.

Na reunião desta terça-feira da comissão parlamentar de inquérito, o coordenador do PSD, António Rodrigues, explicou que o requerimento “é muito mais justificado” depois de o filho do Presidente da República ter confirmado a sua audição por videoconferência no dia 3 de julho.

Para António Rodrigues, é “importante que saiba” o que Nuno Rebelo de Sousa poderá dizer à comissão, enquanto arguido, para que não se “limite a um absoluto silêncio”.

Na semana passada, António Rodrigues disse que o seu grupo parlamentar iria requerer um parecer ao auditor jurídico da Assembleia da República para definir “com clareza qual é o conceito de segredo de justiça à luz das comissões parlamentares de inquérito”.

Assim, segundo o deputado social-democrata, a comissão poderia confrontar quem estivesse em situação de arguido.

“Nesta semana, houve algumas informações contraditórias sobre esta matéria, nomeadamente, quer o pouco claro ‘e-mail’ que a comissão recebeu por parte do advogado de Nuno Rebelo de Sousa, que indiciava, de alguma forma, a recusa até de comparecer perante a comissão e, com clareza, dizendo que não iria fazer qualquer tipo de depoimento ou entrega de documentos, exceto ao Ministério Público”, sustentou.

Na quarta-feira, o advogado de defesa do filho do chefe de Estado comunicou à comissão de inquérito que recusava prestar esclarecimentos, admitindo, contudo, estar presente em audição “em momentos futuros”.

Na mesma carta, Nuno Rebelo de Sousa não recusa marcar presença no inquérito parlamentar.

Esta terça-feira, foi anunciado que a audição do filho do Presidente da República vai decorrer na próxima semana.

Na resposta enviada pelos seus advogados à comissão de inquérito, e à qual a Lusa teve acesso, lê-se que “Nuno Rebelo de Sousa estará na CPI, por videoconferência, no dia 3 de julho, pelas 14 horas”.

Na sexta-feira, a comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria voltou a requerer a presença do filho do Presidente da República, propondo que fosse ouvido em 3 ou 12 de julho, presencialmente ou por videoconferência.

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