Rock in Rio Lisboa regressa ao Parque Tejo em 2026

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

No sábado, de acordo com a organização, estiveram na 'cidade do rock' 60 mil espectadores.

O festival Rock in Rio Lisboa, cuja 10.ª edição hoje domingo, vai regressar ao Parque Tejo em 2026, anunciou a organização, revelando que aquele espaço volta a estar acessível ao público a partir de 15 de julho.

“A próxima edição do Rock in Rio Lisboa está confirmada nesta casa linda que é o Parque Tejo“, afirmou a diretora do festival, Roberta Medina, numa conferência de imprensa ao início da tarde, no recinto do Rock in Rio Lisboa, convocada para assinalar o último dia da 10.ª edição. O Rock in Rio Lisboa acontece de dois em dois anos, por isso a 11.ª edição irá acontecer em 2026.

Desde que se estreou em Portugal, em 2004, a ‘cidade do rock’, o recinto do festival, foi sempre erguido no Parque da Bela Vista, tendo este ano acontecido, pela primeira vez, no Parque Tejo.

Aquele espaço, que começou a ser recuperado para acolher, em agosto do ano passado a Jornada Mundial da Juventude, voltará a estar acessível ao público em geral, “parcialmente”, a partir de 15 de julho. De acordo com Roberta Medina, a partir desse dia “a população pode voltar a passear no Parque Tejo”.

Com o Parque Tejo sem grandes alterações desde agosto do ano passado, o espaço estará novamente acessível com algumas infraestruturas deixadas no local pelo festival.

Vamos deixar uma unidade de casas de banho permanentes, vamos entrar em detalhes com a Câmara Municipal de Lisboa e as Juntas de Freguesia para ver se deixamos algumas mesas para picnics“, referiu Roberta Medina.

A mudança do Rock in Rio Lisboa do Parque da Bela Vista para o Parque Tejo originou várias críticas por parte do público, nomeadamente em relação aos acessos ao recinto, falta de sombras e longas filas para aceder a espaços de restauração e casas de banho.

Como o festival aconteceu em dois fins de semana — nos dias 15 e 16 de junho e hoje e sábado — a organização anunciou durante a semana que esteve “a preparar operações para melhorar os principais temas apontados pelo público”.

Para que o público seja “avisado sobre informações como filas, espaços de alimentação com menos fila, WC disponíveis com menos afluência, avisos de concertos quase a começar, entre outros”, foi criado um canal de WhatsApp Oficial do Rock in Rio Lisboa, que “qualquer pessoa pode seguir”, de forma a “receber informação em tempo real antes e durante o festival”.

Além disso, reforçou o apelo para que o público recorra aos transportes públicos para chegar ao recinto, recordando que, além de um ‘shuttle’ que circula entre a Estação do Oriente e a ‘cidade do rock’, há a estação de comboios de Sacavém, situada a sete minutos a pé do recinto e que “operou em tranquilidade no primeiro fim de semana”.

As portas da ‘cidade do rock’ abriram às 13:00, pela última vez este ano. E a essa hora já largas centenas de pessoas estavam à espera para entrar.

Hoje, a lotação está esgotada, sendo esperados 80 mil espectadores, à semelhança do que aconteceu nos dias 15 e 16 de junho.

Segundo Roberta Medina, ter três dias esgotados é “algo que nunca tinha acontecido no Rock in Rio Lisboa”. No sábado, de acordo com a organização, estiveram na ‘cidade do rock’ 60 mil espectadores.

Aos 300 mil espectadores presentes nos quatro dias da 10.ª edição, é preciso juntar os cerca de 14.500 credenciados, entre ‘staff’ e jornalistas.

O 10.º Rock in Rio encerra hoje com Aitana, Ne-Yo, Camila Cabello e Doja Cat, no Palco Mundo, o principal do festival. Nos outros palcos atuarão, entre outros, Pedro Sampaio, Luísa Sonza, Anselmo Ralph, ProfJam, MC Cabelinho, Veigh e April Ivy.

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UEFA vai reforçar medidas para impedir adeptos de invadir relvados

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

A decisão surge depois de vários episódios, o último dos quais no sábado, quando pelo menos seis adeptos entraram em campo para tentar tirar selfies com Cristiano Ronaldo.

A UEFA anunciou domingo o reforço das medidas de segurança para evitar a invasão de campo por parte de adeptos no decorrer do Europeu de futebol da Alemanha.

A decisão surge depois de vários episódios, o último dos quais no sábado, quando pelo menos seis adeptos entraram em campo para tentar tirar selfies com Cristiano Ronaldo.

Vão ser implementadas medidas de segurança adicionais nos estádios para melhor atender às exigências do torneio e prevenir tais incidentes“, revelou a UEFA, sem especificar o seu conteúdo na prevenção contra os ‘intrusos’, que serão alvo de processos criminais.

A UEFA recorda que “qualquer incursão no campo constitui uma violação das regras do estádio e resultará na expulsão do mesmo, na proibição de assistir aos restantes jogos do torneio e na apresentação de uma queixa criminal formal por invasão“.

No sábado, em Dortmund, vários adeptos entraram em campo rumo a Cristiano Ronaldo, que no fim da partida em que Portugal venceu a Turquia por 3-0, da segunda jornada do Grupo F, voltou a ser alvo do assédio de diversos fãs, que têm interrompido várias partidas.

Apesar dos adeptos aparentarem desejar apenas uma foto com o seu ídolo, este plano da UEFA visa proteger os futebolistas de qualquer perigo.

As invasões de campo começam a ser recorrentes, sendo que um dos prevaricadores neste Euro2024 entrou com uma câmara rumo ao belga Kevin De Bruyne, no desafio contra a Eslováquia, em Frankfurt.

Na final da Liga dos Campeões, em Londres, entre o Real Madrid e o Borussia Dortmund, registaram-se várias invasões do relvado, alegadamente motivadas por uma oferta de dinheiro de um conhecido youtuber.

Quando se disputarem os jogos desta noite, estarão cumpridos mais de metade dos desafios do Euro2024, nomeadamente 26 dos 51 do programa que termina em 14 de julho.

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Direção Executiva do SNS garante urgências materno-infantis

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

As 12 urgências de obstetrícia e pediatria encerradas estão a funcionar em rede com outras unidades, diz em comunicado a direção do SNS.

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) assegurou domingo que as 12 urgências de obstetrícia e pediatria encerradas estão a funcionar em rede com outras unidades, garantindo o acesso a cuidados de saúde a todos os utentes.

Estes serviços de urgência que manifestam alguns constrangimentos têm a urgência interna em funcionamento, sendo que, alguns estão dotados de capacidade de receber casos urgentes referenciados pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela Linha SNS 24 grávidas“, refere a DE-SNS em comunicado.

No âmbito dos Serviços de Urgência de Obstetrícia e Pediatria do SNS, a DE-SNS esclarece que “o Plano de Verão, previamente anunciado pelo Governo, está a ser cumprido sem qualquer dificuldade e que as 12 urgências que este domingo apresentam constrangimentos estão a funcionar em rede com outras unidades, garantindo assim o acesso a cuidados de saúdes a todos os utentes”.

Realça ainda que há 125 serviços de urgência em Portugal continental que estão hoje abertos 24 horas.

Em particular, sobre os serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia localizados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, afirma que “o plano assistencial está a ser cumprido”. “As três maternidades localizadas na Península de Setúbal estão a desenvolver a sua atividade em modelo de rotatividade semanal, garantindo aqui uma urgência sempre aberta ao exterior”, salienta.

No caso da Grande Lisboa, as urgências de obstetrícia/ginecologia ao fim de semana estão asseguradas através da abertura permanente da Maternidade Alfredo da Costa e do Hospital de Cascais, que são apoiados pelo Hospital de São Francisco Xavier um fim de semana por mês e pelo Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) outros dois fins de semana por mês.

A DE-SNS adianta que, no caso dos hospitais de Caldas da Rainha, do Médio Tejo e de Santarém, também existe uma coordenação para que resposta ao nível da urgência de obstetrícia/ginecologia seja alternada.

Recorda que este plano para as urgências de obstetrícia da Região de Lisboa e Vale do Tejo foi acordado entre o Ministério da Saúde, com os diretores clínicos e presidentes dos conselhos de administração dos hospitais envolvidos, em reuniões que contaram também com a colaboração do colégio de Obstetrícia da Ordem dos Médicos.

Sublinha que “o reforço do trabalho em rede entre as equipas de instituições hospitalares e dos cuidados de saúde primários, assim como o planeamento estratégico atempado da resposta”, é uma das suas missões centrais.

A Direção Executiva do SNS refere que é o “organismo responsável por estabelecer a estratégia adequada para assegurar uma cultura de previsibilidade, segurança e confiança na utilização dos serviços de saúde, bem como uma utilização que maximize os recursos disponíveis e induza um melhor planeamento”.

No comunicado, agradece “a todas as equipas profissionais de saúde do SNS que têm permitido, numa época tão difícil como o verão, continuar a assegurar aos cidadãos cuidados assistenciais de urgência em segurança e com qualidade”.

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Montenegro diz a PS e Chega para se juntarem ao Governo e “decidir bem”

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

"A uns e a outros nós dizemos: preocupem-se menos em juntarem-se um com o outro, juntem-se aos portugueses", acrescentou Luís Montenegro, no congresso da JSD.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, apelou este domingo ao PS e ao Chega para se “preocuparem menos em juntar-se um com o outro”, mas antes para se juntarem ao Governo para “decidir bem” sobre as necessidades dos portugueses.

Se o Partido Socialista, a vontade que tem é juntar-se com o Chega ou o Chega a vontade que tem é juntar-se com o Partido Socialista, a vontade do Partido Social Democrata é juntar-se com Portugal e com os portugueses para resolver os seus reais problemas“, afirmou o líder social-democrata, no encerramento do 28.º Congresso da Juventude Social-Democrata (JSD), em Lisboa.

O também primeiro-ministro deixou mais um recado aos dois partidos.

“A uns e a outros nós dizemos: preocupem-se menos em juntarem-se um com o outro, juntem-se aos portugueses, e a melhor maneira de se juntarem aos portugueses é juntarem-se ao Governo para decidir bem aquilo que hoje são as principais necessidades da vida de cada português”.

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Costa tenta resistir a uma “meia vitória” no Conselho Europeu. E Meloni pede mais

Especialistas ouvidos pelo ECO acreditam que proposta para divisão do mandato no Conselho Europeu é "pouco viável", reiteram confiança em Costa e rejeitam que Meloni tenha margem para negociar.

Foi uma proposta tirada da cartola do Partido Popular Europeu (PPE) que não agradou aos socialistas do S&D. Uma divisão a meias do mandato de presidente do Conselho Europeu entre os dois maiores grupos políticos, em Estrasburgo, seria uma “meia vitória” para António Costa, que já vinha a trilhar caminho para Bruxelas e que esperava ficar à frente do órgão que representa os 27 Estados-membros por, pelo menos, cinco anos, como acontece sempre.

Não me parece que seja uma luta interessante. É uma tentativa de o PPE vender caro um acordo com os socialistas”, simplifica Henrique Burnay. Poderá ser uma proposta sem pernas para andar, e que, se for avante, criaria “instabilidade política e não traria vantagens para a União Europeia”, antecipa o consultor de assuntos europeus e professor convidado no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Isto porque a proposta prevê que, caso António Costa seja nomeado e fique à frente do Conselho Europeu, ficaria apenas por dois anos e meio. O que significaria que, em 2026 aconteceriam novas negociações, “e especulações”, sobre que líder social-democrata preencheria a segunda parte do mandato. “A menos que já se saiba quem seria”, propõe Burnay. O que poderá ser o caso.

A ideia de dividir a presidência do Conselho Europeu foi lançada pelo primeiro-ministro croata Andrej Plenković, sob o argumento de que na União Europeia existem atualmente 12 líderes que pertencem à família do PPE, enquanto os socialistas são representados apenas por quatro. Ainda assim, os sociais-democratas não estão à frente dos Governos em França (liberal), Alemanha e Espanha (socialistas) ou Itália (conservador), quatro países-chave para assegurar a eleição do presidente do Conselho Europeu. Embora tenham expectativas de que isso possa vir a mudar em 2027.

O timing do croata pode sugerir que a proposta nasceu “por interesse próprio”, indica Tiago Antunes, ex-secretário de Estado de Assuntos Europeus ao ECO. Mas isso só seria viável se o seu mandato, renovado em março passado, fosse interrompido, uma vez que o primeiro-ministro da Croácia terá o seu lugar assegurado, pelo menos, até 2028. Uma situação que poderia verificar-se com mais líderes europeus que estejam agora em plenas funções caso fossem chamados a preencher a segunda metade do mandato no Conselho Europeu. “Pouco conveniente”, diz Burnay.

Não sendo ainda claro quem poderia suceder a António Costa na presidência do Conselho Europeu, torna-se difícil que a proposta seja adotada na próxima e última reunião entre os líderes europeus a 27 de junho, depois de, no primeiro encontro informal, em Bruxelas, não ter sido possível chegar a acordo. Olaf Scholz e Pedro Sánchez, os principais negociadores dos socialistas, estarão encarregues de que isso não acontece.

Chanceler alemão Olaf Scholz (à direita), o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez (à esquerda) e o primeiro-ministro português António Costa (à direita) conversam na varanda da Chancelaria em Berlim, Alemanha, a 14 de outubro de 2022.EPA/JOHN MACDOUGALL / POOL

Vejo pouco caminho para a proposta fazer vencimento. É desequilibrada”, considera o socialista Tiago Antunes, argumentando que, caso se concretize, significaria que o PPE ficaria com quatro mandatos nos cargos de topo da União Europeia: Um de cinco anos, renovável, metade da presidência do Parlamento Europeu e outra metade no Conselho Europeu, “enquanto o S&D ficaria apenas com dois”, conclui o ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus.

No entanto, os resultados das eleições dão ao PPE alguma margem para fazer exigências. A família política do PSD e do CDS foi a grande vencedora das eleições europeias de 9 de junho, tendo conseguido assegurar 190 mandatos no Parlamento Europeu (mais 14 face a 2019). Enquanto os socialistas perderam três eurodeputados para 136.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver a infografia.

Tudo bem que ganharam as eleições, mas não foi pelo dobro. A proposta não faz sentido”, remata Tiago Antunes, que pertenceu ao Governo de António Costa.

Não é viável que venha a acontecer”, corrobora o politólogo José Filipe Pinto, relembrando que nesta fase do diálogo os grupos políticos estão focados em “regatear” face o resultado das eleições, recordando o resultado do processo negocial em 2019. “Foi uma ronda de 24 horas. Quando os líderes saíram da sala, estavam completamente de rastos”, relembra.

Até 27 de junho ainda está tudo em aberto, mas não se esperam grandes surpresas para o quarteto já proposto, à semelhança do que aconteceu em 2019: Ursula von der Leyen para a Comissão Europeia, António Costa para o Conselho Europeu, Kaja Kallas para a alta representante da União Europeia para a política externa e Roberta Metsola para os primeiros dois anos e meio à frente do Parlamento Europeu – a única instituição em Bruxelas cujo mandato é dividido pelos dois maiores grupos políticos. A segunda metade ficará nas mãos dos socialistas. Assim, espera-se que a lógica se mantenha na próxima legislatura.

“Até 2019, o critério era: quem presidia a Comissão era o partido que tinha tido mais votos nas eleições para o Parlamento. Por sua vez, presidia o Conselho Europeu o grupo político com mais chefes do Governo e o Parlamento era dividido entre os dois maiores grupos”, recorda Henrique Burnay. Mas isso mudou com as eleições anteriores, altura em que os liberais foram chamados a participar no processo e lhes foi atribuída a presidência do Conselho Europeu, hoje ocupada pelo belga Charles Michel, considerado por José Filipe Pinto como alguém com “franco peso político”, ao contrário do “europeísta convicto, quase federalista”, António Costa.

Conselho Europeu com António Guterres - 23MAR23
Charles Michel (à esquerda) e António Costa (à direita)European Union

Muito dificilmente António Costa deixará de ser eleito porque cumpre com vários critérios que são pedidos aos candidatos à presidência do Conselho Europeu”, explica o politólogo e professor catedrático de Relações Internacionais na Universidade Lusófona, referindo que a paridade, origem geográfica e orientação política continuam a ser fatores determinantes. “Os socialistas não vão aceitar dividir o mandato com o PPE, que, apesar de ser a maior força, está longe de ser maioritária”, diz José Filipe Pinto.

Assim, o ex-primeiro-ministro português poderá chegar mesmo a Bruxelas. O próprio pediu que se deixasse “o Conselho Europeu trabalhar“, afastando qualquer preocupação quanto ao decorrer das conversas.

No Conselho [Europeu] é fácil chegar a acordo. Há uma maioria mais do que suficiente para que António Costa seja aprovado”, garante Henrique Burnay, relembrando que nesta situação nem os votos da extrema-direita serão postos em causa, ao contrário do que se está a passar com a reeleição de Von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia. “Nenhum socialista diz que Costa não quer os votos de Viktor Orbán, que já concordou, ou de Meloni”, sublinha o consultor europeu.

Exigências de Meloni sobem de tom

O primeiro encontro entre os líderes não contou apenas com uma proposta surpresa dos sociais-democratas. Também houve mal-estar da primeira-ministra italiana e líder dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que, após ter saído vitoriosa nas eleições europeias em Itália, viu-se excluída das conversações para os cargos de topo. A italiana criticou o método levado a cabo pelos três principais grupos políticos que, ao invés de analisarem, primeiro, o resultado das eleições — que revelaram uma subida da direita, sobretudo dos grupos mais extremados –, colocaram em cima da mesa os quatro nomes propostos para os cargos de topo.

“O método está errado. Não vou aceitar este pacote de nomeações pré-definidas. As soluções discutidas não foram abordadas entre todos. Mas, acima de tudo, faz pouco sentido que se fale em nomes antes de se analisar os votos”, cita o Corriere Roma as declarações de Giorgia Meloni após o encontro de 17 de junho. “Penso que aqueles que estão a tentar fazer este acordo tentaram apressar-se porque se aperceberam que poderia ser um acordo frágil“, cita também o Politico as palavras da governante.

Giorgia Meloni, primeira-ministra de ItáliaEuropean Union

Para a primeira-ministra italiana, o ECR tem o direito de se sentar à mesa das negociações, e, perante o possibilidade de o grupo se manter como a terceira força política no Parlamento Europeu (as negociações para a formação dos grupos vão continuar até ao dia 4 de julho), o cargo de alta representante da UE para a política externa cai sobre o colo dos conservadores. Afinal, os cargos de topo são distribuídos pelos três maiores grupos políticos. Mas isso não se deverá suceder.

“As negociações estão a decorrer e os números não estão estabilizados. Mas mesmo que haja uma inversão da ordem, e o ECR passe a ser a terceira força política, os termos da negociação não vão mudar porque há uma maioria no Parlamento de partidos pró-europeus. Se o ECR for incluído nas conversas, essa maioria deixaria de existir, porque o S&D deixaria de querer fazer parte dela”, explica Tiago Antunes.

“Neste momento, não é relevante quais foram os partidos que subiram ou desceram mas sim onde está a maioria. Há uma maioria entre PPE, S&D e liberais. Uma maioria entre PPE, S&D e ECR não existe”, sublinha o ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus. Ou seja, um candidato conservador (possivelmente Elisabetta Belloni, chefe dos serviços secretos italianos) ao cargo de alto representante nunca seria viabilizado, mesmo que Von der Leyen procure votos do PPE para ajudar Meloni nessa missão.

As três maiores famílias [PPE, S&D e liberais] não precisam de negociar com o ECR para conseguir a eleição de todos os cargos. Conseguem fazê-lo entre eles”, explica José Filipe Pinto. “Mesmo que o ECR se mantenha como terceira força política, não é garantido que o PPE e o S&D negociem com o ECR porque, ideologicamente, estão mais próximos dos liberais”, diz.

Perante as fracas chances de conseguir um lugar na mesa dos cargos de topo, Meloni explora as suas opções. Citando fontes próximas de Itália, o Politico aponta que a primeira-ministra italiana está de olho nas pastas de maior relevo na Comissão Europeia, como a da Economia (atualmente a cargo de Paolo Gentiloni) ou até mesmo uma das três vice-presidências do executivo comunitário. Raffaele Fitto, ministro dos Negócios Estrangeiros, é um dos nomes apontados.

Mas, neste momento, “é tudo provisório”. E assim continuará a ser até 27 de junho, dia do Conselho Europeu, e até 4 de julho, altura em que terminam as negociações para a formação dos grupos políticos para o Parlamento Europeu. No dia 16 de julho, os 720 eurodeputados tomarão posse.

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PRR: Metalurgia alerta para “muito baixos” níveis de execução por falta de resposta do IAPMEI

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

"Não digo a administração do IAPMEI. Mas a estrutura, a máquina, não dá resposta", afirmou o vice-presidente executivo da AIMMAP

A Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos (AIMMAP) lamenta a “ausência de resposta” do IAPMEI às empresas envolvidas nas agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), temendo que os índices de execução acabem por ser “muito baixos”.

Não digo a administração do IAPMEI, que até tem sido muito colaborante e construtiva no sentido de tentar apoiar as empresas. Mas a estrutura, a máquina, não dá resposta“, afirmou o vice-presidente executivo da AIMMAP em entrevista à agência Lusa.

Salientando que “as empresas precisam de ser esclarecidas relativamente a algumas matérias”, porque “há muita burocracia, há previsões que não fazem grande sentido e há muitas dúvidas“, Rafael Campos Pereira refere que “perguntam como fazer, mas continuam a não ter as respostas de que precisam“.

Neste contexto, o responsável diz que “há empresas, no âmbito das agendas mobilizadoras [do PRR], que já desistiram dos projetos e outras estão a pensar fazê-lo, porque não têm resposta às dúvidas que colocam e não conseguem ultrapassar a burocracia em tempo útil“.

Estamos a perder muito tempo e temo que, nomeadamente no que diz respeito à questão das agendas mobilizadoras, os índices de execução venham a ser muito baixos”, alerta.

O setor metalúrgico e metalomecânico aplaude o regresso da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) à esfera do Ministério da Economia, considerando que é “uma boa medida” e que poderá eliminar alguns constrangimentos.

“Creio que fez sentido uma fase em que a AICEP esteve no Ministério dos Negócios Estrangeiros e também na Presidência do Conselho de Ministros, quando se tentou reforçar o peso da diplomacia económica. Hoje, acho que já temos um estado de maturidade um bocadinho maior e que, na prática, havia a tendência de associar a AICEP à Economia e eram criados constrangimentos exatamente pelo facto de não estar dentro desse ministério”, afirmou.

“Portanto, fazer regressar a AICEP à tutela do ministro da Economia é uma boa medida neste momento em concreto, não tenho a menor dúvida sobre isso”, enfatizou Rafael Campos Pereira.

Relativamente ao novo presidente indicado pelo Governo para a AICEP – Ricardo Arroja, em substituição de Filipe Santos Costa, que tinha iniciado funções há um ano – o dirigente da AIMMAP diz ter “as melhores expectativas”.

No que diz respeito aos projetos relacionados com a descarbonização, o dirigente associativo refere que o setor tem várias iniciativas em curso e “está a avançar”: “Todo o nosso setor está bastante envolvido em tudo o que são medidas de implementação de economia circular, ‘ecodesign’, eficiência energética e descarbonização, e tem havido várias iniciativas nas empresas tendo em vista todos esses objetivos“, referiu.

“Além disso — acrescentou — temos promovido ações de capacitação para as empresas poderem dar resposta a estas exigências, assim como vários ‘workshops’ para fazer chegar esta mensagem a um número crescente de empresas”.

Rafael Campos Pereira explica que, em termos de emissões, o setor se propõe “acompanhar as exigências e os compromissos do Estado português”. “Queremos reduzir o peso dos combustíveis fósseis na nossa atividade produtiva“, disse, explicando que o setor da metalurgia e da metalomecânica “é relativamente heterogéneo, mas a principal parte da indústria não é de energia tão intensiva como, por vezes, se pensa”.

“Há uma parte que sim, mas outra parte que não, e há um conjunto grande de empresas que já estão bastantes descarbonizadas, algumas por natureza, outras pela evolução que têm desenvolvido. Portanto, diria que o nosso setor não é preocupante nessa área, há outros que o são muito mais, mas, mesmo assim, estamos empenhados em reduzir o peso dos combustíveis fósseis na nossa indústria“, concluiu.

 

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Governo cria grupo de trabalho para transposição da Diretiva Energias Renováveis

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

Até 1 de julho o grupo vai preparar e apresentar propostas técnicas que permitam transpor para o ordenamento jurídico nacional disposições europeias.

O Ministério do Ambiente e Energia criou um grupo de trabalho para acelerar a transposição da Diretiva Europeia RED III (Diretiva Energias Renováveis) para a legislação nacional, anunciou hoje a Adene — Agência para a Energia, que integra o grupo.

A Diretiva RED III estabelece metas ambiciosas para aumentar a quota de consumo final bruto de energia proveniente de fontes renováveis para 42,5% até 2030, um aumento significativo em relação aos 32% anteriormente definidos“, explicou a agência, em comunicado.

Segundo a mesma nota, este grupo de trabalho vai, numa primeira fase, até dia 01 de julho, preparar e apresentar propostas técnicas que permitam transpor para o ordenamento jurídico nacional disposições que agilizem o licenciamento de energia renováveis.

Já numa segunda fase, o grupo vai ter como missão identificar as áreas temáticas e os diplomas que possam acomodar a transposição total da RED III, até 21 de maio de 2025.

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Sócrates ataca “duplo critério moral” sobre escutas

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

Sócrates ataca o recurso às escutas nas investigações judiciais, uma "violência ilegítima do Estado português" sobre o indivíduo, afirmando que "este método deixou de ser exceção".

O ex-primeiro-ministro José Sócrates criticou domingo o “duplo critério moral” de silêncio da sociedade sobre as escutas na operação Marquês em contraste com a “viva indignação” no caso ‘Influencer’, em que está envolvido António Costa.

Numa nota enviada às redações, Sócrates ataca o recurso às escutas nas investigações judiciais, uma “violência ilegítima do Estado português” sobre o indivíduo, afirmando que “este método deixou de ser exceção e se transformou em regra”.

Há 10 anos, refere na nota, o antigo chefe de Governo afirma-se vítima desse método, uma “violência ilegítima do Estado Português” que foi “normalizada e tolerada por todos — pela política, pelo jornalismo, pelo poder judiciário”.

“O silêncio sobre o que aconteceu no processo Marquês comparado com a viva indignação que agora é usada no processo ‘Influencer’ representa um duplo critério moral que considero absolutamente inaceitável”, escreveu.

A publicação de escutas telefónicas, refere ainda Sócrates, “é usada em Portugal como meio que visa comprometer a reputação individual de adversários políticos” e à “nojeira de hoje”, do processo ‘Influencer’, “junta-se a tentativa de esquecimento da nojeira de ontem”, no caso Marquês.

Na quarta-feira, o Ministério Público abriu uma investigação a fugas de informação no processo Influencer, depois de ter sido divulgada a transcrição de escutas a conversas telefónicas entre o ex-primeiro-ministro, António Costa, e o então ministro das Infraestruturas, João Galamba.

No processo Operação Marquês, Sócrates foi acusado pelo MP, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 09 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa ilibou o ex-governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento por três crimes de branqueamento e três de falsificação.

A decisão de janeiro da Relação determinou a ida a julgamento de um total de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, revogando a decisão instrutória, que remeteu para julgamento José Sócrates, Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, Ricardo Salgado e o antigo motorista de Sócrates, João Perna.

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Transportes, fogo e ruas cortadas. Tudo o que tem de saber antes da noite de S. João no Porto

Metro do Porto e STCP reforçam a circulação durante toda a noite de São João, no Porto e em Gaia. Saiba quais as ruas cortadas e os pontos altos desta festividade que junta milhares de pessoas.

Reza a tradição que na noite do São João, de 23 para 24 de junho, todos os caminhos vão dar às ruas do Porto e Vila Nova de Gaia, entre arraiais com bailes, rusgas, sardinhadas e caldo verde para petiscar. Regra geral, o carro fica em casa e o caminho faz-se a pé de alho-porro e martelo na mão, e com muita diversão à mistura com o aroma de manjericos no ar.

Por estes dias, o frenesim já está instalado e as cidades vestem-se a rigor, engalanadas com cascatas são joaninas, balões, e bancadas com iguarias para reconfortar o estômago. Um dos pontos altos é o fogo de artifício por volta da meia-noite sobre o rio Douro, abrilhantando o céu das duas cidades vizinhas durante 16 minutos, num investimento de 72.900 euros repartido entre ambos os municípios.

Horas antes e na Ponte Luís I, que liga as duas cidades nortenhas, mais uma tradição: o cumprimento e o brinde com vinho do Porto entre os dois presidentes de câmara, o independente Rui Moreira e o socialista Eduardo Vítor Rodrigues.

As festas de São João concentram-se, este ano, em três locais emblemáticos da cidade: Palácio de Cristal, Largo do Amor de Perdição (na Cordoaria) e na Casa da Música. Ao contrário dos anos anteriores, a rotunda da Boavista não terá a habitual zona de diversões “devido a constrangimentos logísticos” das obras da Metro do Porto, segundo já afirmou, no final de maio, o autarca Rui Moreira.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro Luís Montenegro juntam-se aos festejos de São João ao início da noite e ao jantar oficial de São João do município do Porto.

O lançamento dos típicos balões de São João só será permitido entre as 21h45 de domingo e a 1h00 de segunda-feira. O espaço aéreo do Aeroporto Francisco Sá Carneiro estará temporariamente encerrado por questões de segurança.

Saiba quais as ruas cortadas e os horários dos transportes durante a noite de São João.

Interdições ao trânsito no Porto e em Gaia

  • Porto: entre as 20h00 do dia 23 e até às 8h00 de 24, o trânsito no centro do Porto vai estar interdito à circulação automóvel na Cordoaria e na Boavista (ligação Palácio Cristal e Casa da Música), locais onde serão instalados os palcos para concertos. Assim como na Avenida Gustavo Eiffel e na Avenida Paiva Couceiro até à rotunda do Freixo, e na marginal até ao cruzamento com a Rua da Restauração.
  • Vila Nova de Gaia: trânsito interrompido entre as 19h00 de domingo e as 8h00 de segunda-feira na Avenida Diogo Leite, Avenida Ramos Pinto, Largo Luís I, Rua Rocha Leão, Calçada da Serra, Rua Casino da Ponte, Rua da Fervença, Rua General Torres (entre o Largo Luís I, a Via da Misericórdia e a Rua Daniel Serrão). Assim como na Rua Cândido dos Reis, Rua do Choupelo (depois do Yeatman Hotel), Rua Serpa Pinto, Rua Dr. António Granjo, Largo da Cruz, Rua Rei Ramiro (entre a rotunda da Rua José Falcão/Rua do Agro e o Largo da Cruz), Cais do Cavaco, Cais Capelo e Ivens, Cais da Fontainha, Cais de Gaia (desde a Avenida Mestre José Rodrigues até ao Largo da Cruz).
  • A circulação pedonal no tabuleiro inferior da Ponte Luis I estará interdita entre as 23h00 e a uma da madrugada, de acordo com as duas autarquias.
  • A Ponte do Infante estará encerrada ao trânsito automóvel a partir das 19h00 de domingo e aos transportes públicos entre as 22h00 do dia 23 de junho e as 03h00 de segunda-feira.
  • Quanto aos transportes públicos, a STCP não circulará entre as 19h do dia 23 e as 6h do dia 24 de junho na Ponte Luís I, assim como entre as 22h do dia 23 e as 3h do dia 24 de junho na Ponte do Infante. Já o metro não pode circular entre as 23h30 do dia 23 e a 1h00 de 24 no tabuleiro superior da Ponte Luís I.
  • Estação do metro do Jardim do Morro vai estar encerrada entre as 14h00 de domingo e as 4h00 de segunda-feira. Não haverá circulação entre General Torres e São Bento entre as 23h30 do dia 23 e a 1h00 do dia 24.

Metro reforça serviço

A Metro do Porto reforça todas as linhas durante toda a noite de São João, com exceção da Linha Violeta, que mantém o horário habitual e encerra à 1h00.

Será ainda interrompida a travessia do metro no tabuleiro superior, entre General Torres e São Bento, entre as 23h45 e até cerca das 4h00 da madrugada devido ao tradicional fogo de artifício no rio Douro e também a partir da Ponte Luiz I. Neste período, a Linha Amarela funcionará de forma regular no Porto entre o Hospital de S. João e S. Bento, e em Gaia entre Santo Ovídio e General Torres.

Encerrada também vai estar a Estação dos Aliados, na Avenida dos Aliados, entre as 21h e as 5h da madrugada, “por motivos de segurança e dada a grande aglomeração de pessoas esperada” nesta artéria da Baixa do Porto, avança a Metro do Porto na sua página da internet.

  • A Linha Azul terá uma frequência de veículos com intervalos de 10 minutos até às 2h00, e 15 minutos após esse horário.
  • Na Linha Vermelha a passagem do metro acontece a cada 15 minutos, entre as 20h00 e as 3h00; passando depois a circular de meia em meia hora.
  • Na Linha Verde o metro circula a cada 10 minutos entre as 20h00 e as 3h00. A partir desse horário a frequência reduz-se para os 20 minutos.
  • Na Linha Amarela entre as 20h00 e as 4h00 da madrugada, a circulação de veículos acontece com intervalos de seis minutos. A partir das 4h00 a frequência diminui gradualmente até atingir os 15 minutos.
  • Na Linha Laranja o intervalo de circulação ronda os 10 minutos entre as 20h00 e as 2h00, e posteriormente e até às 6h00 a frequência aumenta para os 15 minutos.

STCP com oferta especial de autocarros

A STCP prevê um aumento de frequência e utilização de viaturas com maior capacidade; o que se “traduz num reforço das linhas de autocarro que servem as zonas mais tradicionais das festividades na cidade invicta”. Assegura, assim, uma mobilidade eficaz de e para todos os concelhos onde opera: Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Maia, Matosinhos e Valongo.

  • Linhas que serão suprimidas a partir as 20h00: a linha 403 (Boavista Casa Música-Campanhã), a linha 500 (Praça a Liberdade-Matosinhos Mercado), a linha 900 (Cordoaria-Sto. Ovídio), a linha 904 (Bolhão-Coimbrões) e a linha 11M (Hosp. S. João-Coimbrões).
  • Linhas 200/ 501/ 507/ 601/ 602/ 1M/ 12M/ 13M terminam na Rua da Restauração (junto ao Hospital Santo António).
  • Términos na Rua do Bolhão para as linhas 502/ 600/ 701/ 702/ 3M/ 4M/ 5M. Durante a madrugada, a linha 600 estará articulada com a linha 4M, entre a Ponte da Pedra e o centro do Porto.
  • Términos na Rua Sá da Bandeira para as linhas 401/ 700/ 800/ 801/ 305/ 7M/ 8M / 9M.
  • As linhas da STCP com operação no concelho de Gaia terminam na Av. da República, junto à Câmara de Gaia, a partir das 22h00, pela R. General Torres, R. Daniel Serrão, Av. República.
  • Elétricos históricos: os serviços da linha 1 (Infante-Passeio Alegre) e da linha 18 (Clérigos-Passeio Alegre) irão terminar por volta das 18h00 no domingo. Retomam horário normal na segunda-feira pelas 09h00.

Braga também fervilha com o São João

A cidade de Braga também vive a azáfama das festividades do São João com um programa rico em cortejos, como o Carro das Ervas, a Dança do Rei David e o Carro dos Pastores. O frenesim continua ainda com dezenas de cabeçudos a desfilar pelas ruas ou com o despique de bombos entre muita animação.

Para o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, o “S. João de Braga não se resume apenas a uma noite de folia”. É sim, detalhou, “uma manifestação de cariz cultural e identitário que se estende por onze dias, num programa que envolve toda a comunidade que vive as tradições de forma genuína”.

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Paula Franco reeleita bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

"Fortalecer a profissão, conseguir que atinja patamares de excelência, apostar muito na economia do país, apostar muito em que os contabilistas consigam fortalecer a economia”, são os objetivos.

Paula Franco foi reeleita bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) para o quadriénio 2025-2028, após encabeçar a única lista apresentada e que teve 97,35% dos votos, revelou a própria, assumindo o compromisso de “fortalecer a profissão”.

A eleição dos órgãos sociais da OCC para o quadriénio 2025-2028 ocorreu na sexta-feira, com o registo de 18 mil votantes num universo de 68 mil, indicou à agência Lusa Paula Franco, que está no cargo de bastonária desde 2018.

“Ganhámos com 97,35% dos votos, portanto o resto são nulos e brancos”, sublinhou a reeleita bastonária da OCC, que encabeçou a lista única “Todos contam com Paula Franco”.

“Foi um resultado estrondoso. Foi a segunda melhor eleição de sempre da OCC, mesmo sendo lista única”, sublinhou.

Como compromissos para o próximo mandato, Paula Franco disse que quer “fortalecer a profissão, conseguir que a profissão atinja patamares de excelência, apostar muito na economia do país, apostar muito em que os contabilistas consigam fortalecer a economia”.

“Estamos muito preparados e queremos apostar muito na valorização do contabilista certificado e na sua exigência”, afirmou.

Como balanço do cargo de bastonária até então, Paula Franco sublinhou que “os últimos seis anos foram de muitos sucessos na melhoria das condições de vida dos contabilistas certificados, com o justo impedimento e com as férias fiscais”.

Paula Franco, de 54 anos, é contabilista certificada, consultora fiscal e foi assessora dos últimos dois bastonários da OCC, antes de 2018, prestando apoio técnico no domínio da fiscalidade, contabilidade e segurança social.

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Primeira equipa do país dedicada apenas à urgência arrancou no Hospital São José

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

A equipa com 298 profissionais, que irá crescer até 339, conta também com assistentes sociais, assistentes técnicos e assistentes operacionais.

Perto de 300 profissionais da Unidade Local de Saúde (ULS) São José, em Lisboa, entre médicos, enfermeiros e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, formam a primeira equipa do país em dedicação exclusiva às urgências.

É o primeiro Centro de Responsabilidade Integrada do Serviço de Urgência (CRISU) que surge a nível nacional” e entrou em funcionamento a 17 de junho, anunciou à agência Lusa a presidente da ULS São José, Rosa Valente de Matos.

A equipa com 298 profissionais, que irá crescer até 339, conta também com assistentes sociais, assistentes técnicos e assistentes operacionais.

É uma equipa multidisciplinar, está a funcionar muito bem, e, neste momento, penso que também da parte dos utentes tem havido grande satisfação porque é um projeto amplo“, salientou a presidente da ULS São José.

Para Rosa Valente de Matos, “é um orgulho para o centro hospitalar ter esta equipa que se disponibilizou para fazer um trabalho diferente, numa altura do ano em que todos falam das complicações da urgência”.

Médicas internistas, Felisbela Gomes e Ana Bravo aceitaram o desafio de integrar esta equipa, criada na sequência de uma portaria de 30 de janeiro que estabelece, numa primeira fase, a criação de cinco projetos-piloto de CRISU que irão arrancar também nas ULS de Santa Maria, Coimbra, São João e Santo António.

“Quando nos propuseram este novo projeto na tentativa de resolver alguns problemas da urgência e otimizar os cuidados aos doentes críticos, eu aceitei”, disse Felisbela Gomes, no Hospital São José, onde funciona a Urgência Geral Polivalente da ULS.

Ana Bravo realçou, por sua vez, os benefícios deste novo modelo de organização que visa “melhorar todo o percurso dos doentes críticos” desde a admissão na urgência.

É tentar distinguir os doentes urgentes dos não urgentes para que os realmente urgentes possam beneficiar do atendimento na urgência e nós termos mais atenção para esses doentes“, acrescentou Felisbela Gomes.

Diminuir o tempo de espera dos doentes, agilizar as decisões terapêuticas, bem como retirar “um maior número de doentes não urgentes” para outros cuidados são outros objetivos, apontou.

Nesta fase inicial, integram a equipa 16 internistas, mas a ideia, segundo Ana Bravo, é aumentar até ao final do ano o número de médicos para a equipa assegurar permanentemente as urgências, uma vez que atualmente assegura 12 horas diárias (das 08:00 às 20:00) todos os dias da semana.

Ressalvando ainda ser “um bocadinho cedo” para fazer um balanço do trabalho da equipa, Ana Bravo disse que “a ideia é que tem estado a correr bem”. “Estamos numa fase que ainda estamos a perceber o que vamos poder melhorar, quais os pontos menos bons, mas acho que o mais importante é estarmos todos muito motivados para que corra bem e acho que isso é muito importante nesta fase inicial do projeto“, declarou a médica, sempre atenta ao telemóvel para ver se não recebia uma chamada da urgência.

Há 28 anos a trabalhar no Hospital de S. José, Paulo Barreiro, enfermeiro coordenador do CRISU, disse conhecer “de trás para a frente” o serviço de urgência, onde todos os dias são “um desafio” para dar resposta “de qualidade” a utentes e familiares.

Considerou o novo projeto desafiante porque “permite uma gestão mais flexível”, encaminhando os doentes para o nível de cuidados mais adequado dentro da instituição, através da articulação de cuidados e de recursos dentro da ULS, mas também com outras instituições.

“Este projeto é um desafio que acho que está a correr muito bem e todo o trabalho preparatório que tem vindo a ser feito até ao primeiro dia de funcionamento, só nos deixa orgulhosos e ainda mais motivados para continuar”, salientou Paulo Barreiro.

Rosa Valente de Matos salientou que o serviço de urgência, que é o serviço Central, requer muitos recursos humanos, pretendendo-se com esta reorganização criar sinergias para que os serviços possam funcionar melhor.

O objetivo é que os profissionais estejam mais satisfeitos, porque também vão ter mais incentivos, que os utentes saiam mais satisfeitos e que haja ganhos de eficiência para toda a ULS São José“, que também envolve os cuidados saúde primários, a consulta pós-urgência e a hospitalização domiciliária, disse a presidente da ULS.

Segundo a portaria que criou as CRISU, os profissionais de saúde das várias áreas que integram este modelo de organização, têm acesso a vários incentivos, incluindo financeiros, que estão diretamente relacionados com o desempenho alcançado.

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Novo aeroporto pode ser construído até 2030 se houver bom planeamento

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

"É exequível [construir o novo aeroporto até 2030] se houver planeamento, organização e decisões rápidas", frisou Rosário Partidário.

A coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI) do novo aeroporto afirmou sábado que é possível construir aquela infraestrutura aeroportuária no Campo de Tiro de Alcochete (CTA) antes do mundial de futebol de 2030, se houver um bom planeamento.

“Eu acho que sim, [que o novo aeroporto pode ser construído até 2030], sobretudo se chegarmos à conclusão de que o mundial é uma justificação suficiente para ter um [novo] aeroporto, para trazer os adeptos e as equipas a Portugal”, disse Rosário Partidário.

Portugal, em todas as grandes iniciativas que tem tido, tem sempre um fator de motivação muito forte. Ou é a Expo 98, ou são as Jornadas da Juventude. E, se calhar, é bom termos o mundial como uma justificação para ter uma infraestrutura destas preparada para receber a procura que, eventualmente, vai haver“, acrescentou.

Rosário Partidário falava aos jornalistas depois de participar num encontro, promovido pela plataforma cívica contra a construção do novo aeroporto na Base Aérea do Montijo, para celebrar a decisão do Governo de construir o novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete (CTA), que foi considerado a melhor opção pela CTI.

“É exequível [construir o novo aeroporto até 2030] se houver planeamento, organização e decisões rápidas”, frisou Rosário Partidário.

No encontro realizado na Sociedade “Os Franceses”, no Barreiro, no distrito de Setúbal, em que foi elogiada e homenageada pela plataforma cívica pela “qualidade e pela isenção” do trabalho realizado pela CTI, Rosário Partidário alertou também para a necessidade de se fazer “um plano diretor” para o novo aeroporto.

“Aquilo é uma infraestrutura que vai ter um impacto territorial muitíssimo grande, porque, obviamente, vai atrair muita procura do ponto de vista das indústrias, das empresas, serviços de infraestruturas, disto tudo. E, portanto, aquilo não pode acontecer ao acaso. Tem que haver um plano diretor, que, aliás, no projeto anterior já estava previsto”, justificou.

Tem sempre que haver um plano diretor quando há um investimento que vai provocar um impacto territorial muito grande. Tem que ser assim, não é uma coisa que seja sequer discutível ou debatível, porque está em causa, justamente, a forma como depois, quer a preservação dos valores naturais existentes, quer a futura organização daquele território, se vai desencadear”, acrescentou.

Rosário Partidário considerou ainda que, se houver um bom planeamento, seja o planeamento diretor territorial, seja o planeamento da construção, envolvendo todos os atores que têm relevância para o desenvolvimento do projeto, o novo aeroporto “não vai levar muito tempo a construir”.

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