Multipessoal passa a Clan e reforça aposta no digital

Portuguesa Multipessoal passa a chamar-se Clan. Nome que até agora dizia respeito apenas ao seu braço digital passa a ser o seu título oficial. Ainda assim, lojas físicas mantêm-se.

A Multipessoal, empresa de recursos humanos portuguesa, decidiu aproveitar 2025 para reforçar a sua aposta na digitalização, numa altura em que a procura de emprego tem sido transferida, cada vez mais, para o universo virtual. Assim, a partir deste mês, passa a chamar-se Clan, assumindo oficialmente o nome que até agora designava apenas a sua ferramenta digital de emprego.

“Hoje parece-nos disparatado ter de ir a uma loja procurar emprego. Vamos para o digital, porque temos de responder a todos“, sublinhou esta quinta-feira André Ribeiro Pires, COO do Clan (anterior Multipessoal), num evento de apresentação que decorreu em Lisboa.

De acordo com o responsável, com mais de 30 anos de história, esta empresa conta hoje com dez mil trabalhadores ativos e cerca de três mil candidatos de emprego por dia. Para estes candidatos, continuarão a estar disponíveis as lojas físicas do Clan, mas a aposta nos canais digitais é agora reforçada.

“Mantendo a relação humana, moderna e inovadora, que é o que gostaríamos que nos marcasse para sempre”, assinalou o COO esta manhã.

Já Eduardo Lopes, diretor de marketing, da empresa em questão realçou: “Mais do que prometer empregos de sonho, queremos não falhar com as pessoas e conseguir o compromisso de, quando elas precisam, estarmos prontos“.

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Cruzeiros tiveram impacto de 61 milhões na economia da Madeira em 2024

Turismo de cruzeiro na Madeira registou, em 2024, o melhor ano de sempre, ultrapassando a marca histórica de 700 mil passageiros. Impacto direto dos cruzeiros na economia regional foi de 61,4 milhões.

Os portos da Madeira bateram recordes no ano passado e tiveram o melhor ano de sempre, ao movimentar 728.604 passageiros e 271.974 tripulantes, o que representa um crescimento de 16,7% e 12,3%, respetivamente, em relação ao ano anterior. A Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM) calcula que os cruzeiros tiveram um impacto de 61,4 milhões na economia regional.

“Foi um ano notável. Pela primeira vez, atingimos a marca histórica de 700 mil passageiros de cruzeiros, que tiveram um efeito multiplicador no tecido económico madeirense com impacto no comércio, na restauração, nas empresas de animação turística e em muitos outros serviços”, sintetiza a presidente do conselho de administração da APRAM, Paula Cabaço, sublinhando o aumento do número de pernoitas de navios no Porto do Funchal.

Pela primeira vez, atingimos a marca histórica de 700 mil passageiros de cruzeiros, que tiveram um efeito multiplicador no tecido económico madeirense com impacto no comércio, na restauração, nas empresas de animação turística e em muitos outros serviços.

Paula Cabaço

Presidente da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM)

Das 316 escalas de navios recebidas em 2024, um aumento de 13,26% em relação ao ano anterior, 88 foram pernoitas. “Com mais tempo em porto, os turistas de cruzeiro têm mais oportunidades e disponibilidade para aproveitaram a oferta da cidade, o que se traduz num maior impacto na economia local, com benefícios para atividades como a restauração, o comércio e atividades culturais e de lazer”, afirma Paula Cabaço, em comunicado.

A Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira dá nota que 2024 “foi também um ano bastante positivo” no que toca às estreias. Foram 23 navios que fizeram escala inaugural no Funchal, sendo que desses, seis foram de navios começaram a navegar nesse ano. “Dos sete navios lançados no ano passado pelas principais companhias de cruzeiros, seis fizeram escala no Porto do Funchal”, diz Paula Cabaço, adiantado que todo este crescimento foi traduzido num impacto direto de 61,4 milhões de euros na economia regional, o que corresponde a um aumento de 20,3% comparativamente a 2023.

Fonte: APRAMAPRAM

Outro parâmetro em crescimento foi o abastecimento de navios de cruzeiro. Em 2024, os Portos da Madeira registaram 73 operações logísticas ao longo do ano, representando um aumento de 73,8% em relação ao ano anterior. “Um claro sinal o aumento da competitividade do Porto do Funchal e da confiança que as companhias têm na capacidade de resposta das infraestruturas e recursos portuários regionais”, avança a APRAM. “São as empresas regionais que mais beneficiam destas operações”, assinala Paula Cabaço.

A região da Madeira alcançou, em 2024 o prémio de Melhor Terminal de Cruzeiros do Mundo em termos de Sustentabilidade, atribuído pelos World Cruise Awards”.

As nossas previsões apontam para mais um ano de crescimento”, conclui a presidente da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira.

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BIGhub levanta dez milhões para criar serviço de pagamento no próprio dia e impulsionar crescimento

Desse montante, oito milhões é para a criação do serviço de pagamento no próprio dia, o BIGcash, para os lojistas nos marketplaces.

Equipa BiGhub

A BIGhub, startup portuguesa dedicada à integração de lojas em marketplaces europeus, levantou dez milhões de euros para a criação de um serviço de pagamento no próprio dia aos lojistas e anunciantes nos marketplaces e impulsionar o seu crescimento.

“É com entusiasmo que recebemos este investimento perfeitamente alinhado com o nosso foco estratégico em capitalizar o crescimento da empresa, tanto a nível interno, com o aumento da equipa, como a nível externo, para a expansão de novos mercados”, diz Rúben Lamy, fundador e CEO da BIGhub, citado em comunicado.

A startup recebeu uma injeção de capital de dois milhões de euros, por parte da Blue Crow Capital, ficando em aberto mais um milhão de euros, com as mesmas condições da ronda, por parte de um outro investidor estratégico, informa. Esse montante “servirá para ativar o crescimento da equipa e expandir a marca para novos mercados”.

Hoje a empresa opera no mercado português, espanhol, alemão, italiano e francês e conta com 41 colaboradores. A expectativa é contratar mais 25 pessoas, adianta fonte oficial ao ECO, embora sem precisar um prazo.

Além destes dois milhões, soma-se um financiamento de oito milhões de euros, também da BlueCrow Capital, especificamente “para criar a BIGcash, um serviço que permite o pagamento no próprio dia aos lojistas e anunciantes dentro dos marketplaces, em vez de esperarem os habituais 45 dias”, informa a empresa.

Fundada em 2022, a BIGHub posiciana-se como uma aceleradora de vendas, ajudando empresas a destacar os seus produtos nos maiores marketplaces europeus. Já abriram 400 lojas e faturaram mais de cinco milhões de euros, segundo informa comunicado.

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Bruxelas lança concurso de mil milhões para impulsionar defesa na UE

Sem descurar a responsabilidade dos 27 em matéria de defesa, a Comissão Europeia está em busca de projetos as áreas do combate terrestre, espacial, aéreo e naval, resiliência energética e ambientais.

Numa altura em que o debate na União Europeia (UE) em torno dos gastos com a defesa sobe de tom, a Comissão Europeia lançou um concurso de mil milhões de euros para financiar projetos de investigação e desenvolvimento no domínio da defesa.

Segundo o comunicado divulgado esta quinta-feira, serão chamados a concurso projetos nas áreas do combate terrestre, espacial, aéreo e naval, bem como a resiliência energética e a transição ambiental, fazendo deste a quinta iniciativa promovida pelo Fundo Europeu de Defesa (FED).

A nota informa que os projetos e tecnologias no setor de combate terrestre, espacial, aéreo, resiliência e segurança energética e transição ambiental contarão com um orçamento de 100 milhões de euros. Já o setor de investigação e desenvolvimento (I&D), “em áreas criticas no contexto operacional atual e futuro, como o ciberespaço, o combate naval e a guerra submarina”, contará com um orçamento de 40 milhões de euros.

O Fundo Europeu de Defesa, com um orçamento de cerca de 7,3 mil milhões de euros para o período de 2021-2027, é o instrumento da Comissão para apoiar a I&D colaborativa no domínio da defesa. Os projetos poderão começar a ser submetidos a partir de meados de fevereiro de 2025, e o prazo decorrerá até 16 de outubro de 2025.

Embora sirva como instrumento para impulsionar a capacidade de defesa da União Europeia, numa altura em que as tensões geopolíticas assim o exigem, o instrumento não surge em substituição das responsabilidade dos Estados-Membros em matéria de defesa e segurança. No entanto, permite alargar os níveis de cooperação entre os 27 Estados-membros e na Noruega (enquanto país associado).

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Preços da habitação aceleram em mais de metade dos municípios mais populosos

Preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi de 1.819 euros/m2. Municípios de Lisboa, Cascais, Oeiras e Porto são os municípios com os preços de habitação familiar mais elevados.

Os preços da habitação aceleraram em 13 dos 24 municípios mais populosos no terceiro trimestre, com Lisboa, Cascais, Oeiras e Porto a apresentaram os mais elevados. Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal subiu 10,8% face ao terceiro trimestre de 2023.

A aceleração dos preços no terceiro trimestre em 13 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes significa também uma subida face aos 12 registados no segundo trimestre. Os dados do organismo de estatística apontam a Maia como o município que registou o maior acréscimo, correspondente a uma subida de 13,8 pontos percentuais (pp.). Por outro lado, as maiores diminuições na taxa de variação homóloga ocorreram no Porto (-10,7 pp.) e em Matosinhos (-10,3 pp.), enquanto o município de Lisboa registou um acréscimo de 1,9 pp.

Os municípios de Lisboa (4.336 euros/m2), Cascais (4.052 euros/m2), Oeiras (3.576 euros/m2) e Porto (2.960 euros/m2) apresentaram os preços da habitação mais elevados.

A um nível global, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal, a métrica que o Executivo pretendia usar na nova lei dos solos, foi de 1.819 euros/m2 no terceiro trimestre, correspondente a uma subida de 10,8% face ao período homólogo de 2023. O aumento verificou-se em 22 das 26 sub-regiões, destacando-se o Alto Alentejo com o maior crescimento (26,3%). As cinco sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro).

De acordo com o INE, nas sub-regiões Grande Lisboa e Área Metropolitana do Porto, o preço mediano das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respetivamente em 63,3% e 54,2%, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional.

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Japonês SoftBank estuda investir até 25 mil milhões de dólares na OpenAI

Grupo do multimilionário Masayoshi Son pode vir a tornar-se no maior investidor da criadora do ChatGPT, superando a Microsoft.

Masayoshi Son, líder do SoftBankEPA/AARON SCHWARTZ / POOL

O grupo japonês SoftBank está a planear um investimento de até 25 mil milhões de dólares (24 mil milhões de euros) na OpenAI, podendo vir a tornar-se no maior investidor da criadora do ChatGPT, superando a Microsoft.

O Financial Times e a Bloomberg noticiam que o montante a investir na OpenAI poderá situar-se entre os 15 mil milhões e os 25 mil milhões de dólares, embora a decisão final ainda não esteja tomada e a intenção possa acabar por não sair do papel.

Este investimento do SoftBank na OpenAI somar-se-ia aos mais de 15 mil milhões de dólares que o grupo liderado pelo empreendedor Masayoshi Son já se comprometeu a canalizar para o projeto Stargate.

O projeto é uma joint venture entre o SoftBank e a OpenAI, que inclui outros investidores, anunciada este mês pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, que contempla um financiamento de pelo menos 100 mil milhões de dólares para construção de infraestruturas para IA, como data centers.

A própria OpenAI comprometeu-se a investir cerca de 15 mil milhões no Stargate, pelo que o investimento do SoftBank na empresa comandada por Sam Altman cobriria este valor. O projeto ambiciona chegar aos 500 mil milhões de dólares de investimento, como anunciou Trump.

Atualmente, a Microsoft é de longe o maior financiador da OpenAI, tendo investido já 13 mil milhões de dólares na empresa que inventou o ChatGPT e que é vista como líder nos últimos avanços na IA generativa.

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Euribor cai em todos os prazos. Taxa a três meses atinge novo mínimo desde fevereiro

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

Esta quinta-feira, a Euribor desceu a três meses para 2,606%, a seis meses para 2,593% e a 12 meses para 2,531%.

A Euribor desceu esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo mínimo desde fevereiro de 2023, mas manteve-se acima de 2,5% nos três prazos. Com estas alterações, no dia em que os mercados esperam que o Banco Central Europeu (BCE) desça de novo as taxas diretoras, a taxa a três meses, que baixou para 2,606%, continuou acima da taxa a seis meses (2,593%) e da taxa a 12 meses (2,531%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou para 2,593%, menos 0,005 pontos do que na quarta-feira.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, para 2,531%, menos 0,004 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 2,606%, menos 0,006 pontos e um novo mínimo desde 7 de fevereiro de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.

Na reunião de política monetária desta quinta-feira, o BCE deverá baixar de novo, pela quarta vez consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base, segundo os analistas. Na anterior reunião, em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, a instituição liderada por Christine Lagarde cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo em todos os prazos, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no mais curto: a três meses desceu 0,182 pontos, para 2,825% (contra 3,007% em novembro); a seis meses caiu 0,156 pontos, para 2,632% (contra 2,788%); e a 12 meses cedeu 0,070 pontos, para 2,436% (contra 2,506%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo cria grupo de trabalho para reformar formação profissional

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Janeiro 2025

Novo grupo de trabalho vai ter de apresentar proposta ao secretário de Estado do Trabalho até ao final de setembro.

O Governo criou mais um grupo de trabalho. Desta vez, o objetivo é elaborar uma proposta de reforma da formação profissional, que deverá ser apresentada à tutela “até 30 de setembro de 2025, de acordo com um despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República.

Além de “realizar um diagnóstico” e “identificar as lacunas e ineficiências” do sistema, nomeadamente “as áreas de sobreposição ou de omissão nas atribuições e competências de regulação da formação profissional”, o grupo de trabalho terá como missão “definir um quadro conceptual sobre formação profissional, estabilizando um glossário comum e mobilizável para fins estatísticos, legislativos e de reporte“.

Segundo o despacho assinado pelo secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, os objetivos incluem, também, “estabelecer normas para a certificação de competências e reconhecimento de qualificações“, “definir um quadro de indicadores comuns de monitorização e avaliação da formação profissional” e “mapear os sistemas de informação de suporte à formação profissional e propor medidas que garantam a sua interligação operacional e de dados”.

Adicionalmente, a proposta a ser elaborada pelo grupo de trabalho terá de integrar “critérios de planeamento e concertação das redes de formação profissional”, bem como uma “proposta de Regime Jurídico da Formação Profissional”, que inclua “diferentes modalidades e percursos formativos e sua relação com as vias profissionais de ensino e formação; formas de organização; formação inicial e contínua de formadores, mediadores e tutores; formação em contexto de trabalho; certificação de entidades formadoras; estatuto do formando; certificação formal das modalidades formativas com recurso aos instrumentos existentes (SIGO); e financiamento da formação profissional”.

O Governo justifica a necessidade de reformar a formação profissional com o facto de esta ser “frequentemente desajustada às necessidades“, carecendo, por isso, “de um alinhamento estratégico com as potencialidades da economia portuguesa e do tecido empresarial”, para otimizar o seu contributo na melhoria da empregabilidade dos jovens e do desempenho dos trabalhadores e das empresas.

O grupo de trabalho, de “natureza temporária” e que irá vigorar “até 31 de outubro de 2025”, será constituído por nove membros, a ser designados “no prazo máximo de dez dias” a partir desta quinta-feira. Os nomes selecionados não terão direito “a qualquer prestação ao pagamento de qualquer remuneração, independentemente da respetiva natureza”.

O grupo de trabalho cessa com a apresentação de um relatório, que deve ocorrer até 31 de outubro ou depois, caso o seu mandato seja prolongado.

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BPI lucra valor recorde de 588 milhões e vai dar até 75% ao acionista

Apesar da descida das taxas, BPI registou em 2024 "o maior resultado de sempre". Atividade em Portugal contribuiu com 556 milhões de euros, mais 15% em comparação com o ano anterior.

O BPI registou lucros de 588 milhões de euros em 2024, subindo 12% em comparação com o ano anterior. “Foi o maior resultado de sempre”, anunciou o CEO João Pedro Oliveira e Costa esta quinta-feira em conferência de imprensa, revelando que entre 55% e 75% do resultado irá para o acionista Caixabank.

“Foi um resultado acima do que esperávamos. Resultou de mais negócio e de uma queda mais lenta das taxas de juro do que aquela que prevíamos”, explicou aos jornalistas.

“O tema [dos dividendos] ainda não foi abordado. É tema da assembleia geral do acionista. Diria que a expectativa de acordo com o payout médio dos últimos anos. Entre 55% e 75%, aquilo que o grupo tem vindo a distribuir”, adiantou João Pedro Oliveira e Costa. Contas feitas, entre 320 milhões e 440 milhões de euros irão para o acionista espanhol.

Portugal contribuiu com 556 milhões de euros, com o resultado a subir 15%. Já as operações em Angola e Moçambique deram menos: o BFA lucrou 39 milhões, menos 5%, e o BCI deu menos 3%. João Pedro Oliveira e Costa deu conta da preocupação com os acontecimentos em Moçambique.

Margem sobe 4% mas está a travar

Apesar da descida das taxas de juro ao longo de 2024, a margem financeira subiu 4% para 977 milhões de euros, mas o banco já sentiu um forte travão no final do ano passado que deverá ser mais sentido este ano. As comissões aumentaram 12% para 327 milhões, ajudando o produto bancário a superar os 1,3 mil milhões de euros (+12% em termos anuais).

Os custos operacionais baixaram 1% para 490 milhões, o que permitiu sustentar os resultados e ainda uma melhoria do rácio de eficiência para os 37%, três pontos percentuais abaixo do final de 2023.

Um milhão de clientes digitais

Para o aumento da receita contribuiu a subida do volume de negócios. Nomeadamente a carteira de crédito que cresceu 3% para os 31,1 mil milhões de euros, com os empréstimos da casa a subirem 5% para 15,2 mil milhões (compensando a quebra no crédito pessoal). Já o crédito às empresas aumentou 4% para 12 mil milhões.

No lado dos recursos, os depósitos aumentaram 4% para 30,5 mil milhões de euros, sendo que os recursos fora de balanço tiveram uma subida mais expressiva: mais 10% para 9,5 mil milhões.

O banco destaca ainda que atingiu a “marca mágica” de um milhão de clientes digitais.

750 pedidos ao abrigo da garantia pública

O banco revelou ainda que tem 750 pedidos de jovens para aceder ao mecanismo da garantia pública no crédito à habitação, correspondendo a 140 milhões de euros em empréstimos. O administrador Francisco Matos explicou que 40% destes pedidos já foram aprovados pelo banco, sendo que decisão final está agora do lado dos clientes.

“Este processo iniciou-se no começo do ano. Por essa razão os níveis de contratação no sistema não são ainda relevantes. No BPI, 40% dos pedidos feitos estão agora do lado dos clientes em reflexão, a obter documentos, decisão de escritura”, explicou Francisco Matos.

(Notícia atualizada às 11h47)

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Governo deixa cair gestora do IGCP que saiu do Novobanco após denúncias de trabalhadores

Valéria Cunha estava apontada para a agência que gere a dívida pública, mas Governo retirou a nomeação. Deixou o Novobanco após ter sido denunciada (e investigada) por bullying.

O Ministério das Finanças retirou a nomeação de Valéria Cunha para a próxima administração do IGCP, após ter conhecimento das razões que levaram à sua saída do Novobanco. A gestora chegou a acordo para a saída do Novobanco depois de ter sido denunciada (e investigada) internamente por maltratar os trabalhadores do departamento que liderava, segundo informações recolhidas pelo ECO junto de várias fontes.

As fontes relatam que se tratou de um caso “muito grave” e de um “escândalo” que foi mantido em segredo pelo banco no verão passado, manifestando-se incrédulas com a notícia do ECO sobre a escolha do Ministério das Finanças para um cargo tão relevante como a agência que gere a dívida pública.

Oficialmente, as Finanças escusaram-se a fazer comentários, mas o ECO apurou junto de outra fonte governamental que a gestora terá omitido o percurso e as razões que levaram à saída do Novobanco — terá havido um processo em meados do ano passado, suspensão de funções e posterior acordo de saída já no final do ano –, mas perante os dados entretanto conhecidos, e as perguntas do ECO, o Governo decidiu deixar cair o convite à gestora.

Valéria Cunha entrou no Novobanco em fevereiro de 2023 para assumir o cargo de diretora do Departamento de Recuperação de Crédito de Empresas, liderando uma equipa de cerca de 30 trabalhadores. Saiu no final do ano passado após ter chegado a um acordo com o banco na sequência de uma investigação interna, desencadeada por uma denúncia anónima, ter exposto a relação problemática que mantinha com os trabalhadores. Neste período, alguns deles (com muitos anos de casa) acabaram por deixar o banco ou apresentar baixa devido à forma como foram maltratados com ofensas e injúrias em frente aos colegas pela diretora.

Também o Novobanco e a própria Valéria Cunha foram confrontados com as informações do ECO. O banco não comenta e Valéria Cunha não respondeu apesar das várias tentativas de contacto.

Valéria Cunha, Pedro Cabeços e Rui Amaro.

A expectativa do Governo é que a nova equipa inicie funções na próxima semana. A Cresap ainda terá de avaliar os nomes do novo presidente, Pedro Cabeços, e da pessoa for convidada para substituir Valéria Cunha, embora os seus pareceres não sejam vinculativos. A administração do IGCP irá contar ainda com Rui Amaral, que transita da atual equipa de Miguel Martín.

“Espero que a Cresap não aprove [Valéria Cunha]”, confidenciou uma das fontes, que terá sido alvo de ‘bullying’, ainda antes da desistência do processo pelo Governo. Outra das fontes lembrou o percurso profissional de Valéria Cunha, sobretudo ligado à área de recuperação de crédito e reestruturação (no Novobanco e, anteriormente, na Interpath Advisory e na EY Parthenon), que não corresponderá exatamente ao perfil do que o IGCP necessitará.

Valéria Cunha iria substituir Maria Rita Gomes Granger, que estava no IGCP há mais de 11 anos e que tinha a área dos recursos humanos a seu cargo, embora os pelouros de cada um dos novos membros do conselho de administração ainda não tenham sido definidos.

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Confiança dos consumidores aumenta no arranque do ano, mas clima económico interrompe subidas

Confiança dos consumidores subiu após ter recuado em dezembro. Clima económico interrompeu ciclo de subidas que registava desde setembro.

A confiança dos consumidores aumentou em janeiro, depois de ter caído no último mês de 2024. Já o clima económico, que vinha a subir desde setembro, diminuiu ligeiramente no início do ano, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os consumidores arrancaram o ano mais otimistas. Para esta melhoria contribuíram as perspetivas sobre a evolução futura de realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira do agregado familiar, indica o INE.

O instituto adianta ainda que “o saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou em janeiro, depois das diminuições observadas nos dois meses anteriores, enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu, após ter atingido no mês anterior o máximo desde dezembro de 2022“.

Já o indicador de clima económico interrompeu uma série de subidas, que registava desde setembro. Segundo o INE, o indicador de confiança diminuiu ligeiramente no comércio e nos serviços e de forma moderada na indústria transformadora, tendo aumentado na construção e obras públicas.

As perspetivas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentaram em janeiro, em todos os setores, sendo que no caso da construção e obras públicas, este saldo aumentou de forma significativa nos últimos três meses, atingindo o máximo desde abril de 2023.

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Salários sobem até 5% este ano. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

Os desafios e incertezas à espreita são muitos, mas os empregadores nacionais estão abertos a aumentar os salários este ano. Sabe que reforços estão em cima da mesa? Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos. Falamos também sobre a polémica em torno das reformas antecipadas e ainda sobre o subsídio de refeição.

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