Governo e sindicato dos farmacêuticos chegam a acordo

Farmacêuticos irão aumentar, em média, seis níveis na tabela remuneratória das categorias de assessor sénior, assessor e assistente.

O Governo e o sindicato dos farmacêuticos chegaram a acordo para uma valorização remuneratória faseada entre 2025 e 2027 para todos estes profissionais. De acordo com o comunicado divulgado esta sexta-feira pelo Ministério da Saúde, os farmacêuticos irão aumentar, em média, seis níveis na tabela remuneratória das categorias de assessor sénior, assessor e assistente.

O processo de negociação entre as partes arrancou no final de abril, ficando assim concluído nove meses depois. “Neste acordo será garantido o enquadramento na carreira farmacêutica dos profissionais cuja equiparação à especialidade foi obtida durante o ano de 2024“, pode ler-se no comunicado.

Os residentes farmacêuticos também irão ter valorizações até 2027, “diferenciando-se a sua formação especializada do primeiro e segundos anos do terceiro e quartos anos, aumentando seis níveis remuneratórios em 2027 para aqueles que estiverem na última fase desta formação”.

“Durante 2025, o governo compromete-se a salvaguardar a manutenção do contrato a termo resolutivo incerto, ou da comissão de serviço até ao recrutamento por concurso em função das necessidades dos estabelecimentos ou serviços de saúde, com o limite de 18 meses“, refere.

Foi ainda acordada a abertura de 50 vagas para concursos de assessores seniores e de 150 assessores, respetivamente, em 2025 e em 2027.

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Sindicato dos Jornalistas fez queixa da RTP à ACT

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2025

O sindicato indica que "26 jornalistas" estão enquadrados, há muitos anos, "em Nível de Desenvolvimento da Carreira de Jornalista, abaixo do núcleo essencial de funções que prestam diariamente".

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) fez uma queixa na Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) devido ao que diz ser “uma violação grosseira da RTP” no reenquadramento de profissionais da empresa.

Num comunicado, o SJ referiu que “fez uma queixa na Autoridade para as Condições do Trabalho face ao que considera uma violação grosseira da RTP e ao incumprimento da convenção coletiva que está em vigor nesta unidade do setor empresarial do Estado e que se repete há vários anos”.

De acordo com o sindicato, “em causa está o processo de reenquadramentos profissionais que decorreu na empresa em 2024”, tendo o SJ, em maio do ano passado, entregado à RTP “um dossier com 26 pedidos de reenquadramento profissional fundamentados juridicamente nas regras estabelecidas no Acordo de Empresa com respeito aos Níveis de Desenvolvimento da Carreira de Jornalista e conforme o Regulamento do processo de reenquadramentos”.

Segundo o SJ, “são 26 jornalistas enquadrados, há muitos anos, em Nível de Desenvolvimento da Carreira de Jornalista, abaixo do núcleo essencial de funções que prestam diariamente, e que por isso recebem remuneração abaixo da devida, à luz da tabela salarial em vigor”. O sindicato disse depois que desses 26 jornalistas, apenas dois profissionais viram a sua situação profissional legalizada.

“Face ao que considera uma violação grosseira da RTP para com estes trabalhadores, dos deveres de pagamento da retribuição justa e adequada e de contribuição para a elevação da produtividade, bem como ao incumprimento da convenção coletiva que está em vigor nesta unidade do setor empresarial do Estado e que se repete há vários anos, o SJ fez uma queixa na Autoridade para as Condições do Trabalho pedindo uma ação inspetiva”, indicou.

 

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Líder eslovaco admite estar “farto” de Zelensky. “Anda pela Europa a pedir esmolas”, disse

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2025

A “decisão unilateral” do Presidente ucraniano de cortar o gás russo do gasoduto significará uma perda anual de "quase 500 milhões de dólares" para a Eslováquia.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, comparou o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a um mendigo que “anda pela Europa a pedir esmola” e admitiu estar farto do líder ucraniano. “Não estou aqui para dar a mão ao Presidente Zelensky. Admito que por vezes estou farto dele. Anda pela Europa a pedir esmolas”, disse Fico numa audição da comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros.

Fico referia-se à persistência de Zelensky em solicitar ajuda militar e financeira aos aliados europeus para defender a Ucrânia da agressão russa a que está sujeita há quase três anos. No dia 9, Zelensky participou na abertura da 25.ª reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, na base aérea norte-americana de Ramstein, na Alemanha, para discutir com os seus principais aliados formas de apoio ao país no combate à invasão russa.

Fico reagiu também com veemência à decisão de Zelensky em não renovar o contrato de trânsito de gás com a Gazprom para o gasoduto Druzhba, que priva a Eslováquia de ter acesso a combustível mais barato e de impor taxas de trânsito para o gás fornecido a países terceiros, estimadas em cerca de 500 milhões de euros por ano.

No início de janeiro, Zelensky cortou o fluxo de gás russo em trânsito pelo seu território, o que fez prejudicou a Eslováquia, um país altamente dependente do combustível russo. Fico avançou na altura que a “decisão unilateral” do Presidente ucraniano significará uma perda anual de “quase 500 milhões de dólares” para a Eslováquia, e acusou o líder ucraniano de sabotar as finanças da União Europeia (UE).

Durante a mesma sessão parlamentar, o primeiro-ministro eslovaco deu explicações sobre a sua recente e controversa viagem a Moscovo, afirmando que o objetivo do seu encontro com o Presidente russo Vladimir Putin consistia na negociação de formas alternativas de fornecimento de gás natural russo.

Confrontado com questões da oposição, Fico afirmou que “Moscovo teve as suas razões para violar o direito internacional” e invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022. Segundo o primeiro-ministro, a Eslováquia é um dos países mais afetados pelo conflito entre Moscovo e Kiev, que já privou a população eslovaca do fornecimento de gás durante a crise de 2008.

“Se a Ucrânia nos enganar, como nos enganou em 2008, e nos prejudicar, seremos os primeiros a suspender qualquer ajuda humanitária” a Kiev, disse o chefe do Governo eslovaco.

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Reforma fiscal já no terreno com duas entidades. Governo anuncia simplificação tributária “brevemente”

Conclusões dos trabalho serão entregues em abril e junho, mas o Executivo já anunciou que irá "muito em breve" apresentar "uma agenda que pretende diminuir os custos de contexto".

O antigo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e o ex-ministro da Economia, Carlos Tavares, lançaram o repto ao Governo de Luís Montenegro para avançar com uma comissão para uma reforma fiscal, ideia bem vista dentro do Executivo, mas na realidade já há duas unidades no terreno.

As conclusões destas entidades serão entregues em abril e junho, respetivamente, mas a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, já anunciou que “está a ser ultimada e será apresentada muito brevemente uma agenda para a simplificação fiscal que pretende diminuir os custos de contexto”, afirmou esta quinta-feira, no âmbito de uma iniciativa da Associação Fiscal Portuguesa (AFP).

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já tinha indicado, no final do ano passado, que o Governo iria apresentar um programa de simplificação fiscal ambicioso. Agora Cláudia Reis Duarte reforça esta ideia, explicando que o objetivo é avançar com uma reforma, no sentido da “eliminação e simplificação das obrigações fiscais e da melhoria dos serviços dos Estado com os contribuintes”.

“Desta forma, o Governo pretende contribuir para um reforço da confiança dos cidadãos e das empresas com o sistema e com a administração tributária”, sublinhou.

Está a ser ultimada e será apresentada muito brevemente uma agenda para a simplificação fiscal que pretende diminuir os custos de contexto.

Cláudia Reis Duarte, secretária de Estado dos Assuntos Fiscais

O compromisso também tinha sido assumido no relatório do Orçamento do Estado para 2025. Aquando do debate da proposta orçamental, o ministro das Finanças enviou uma nota explicativa, na qual defendia a adoção de “um conjunto de alterações legislativas e dos procedimentos e processos administrativos”, de modo a “diminuir os custos de cumprimento para os cidadãos e as empresas e os custos administrativos para o Fisco.”

Uma dos duas entidades já a trabalhar é liderada por Rogério Fernandes Ferreira, fiscalista e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de António Guterres, e foi criada, em julho, pelo atual Ministério de Joaquim Miranda Sarmento. Trata-se de uma comissão para a revisão do processo e procedimento tributário e das ­garantias dos contribuintes com vista a uma maior simplificação fiscal e uma maior justiça fiscal. Ouvidas mais de 90 entidades, esta unidade deveria apresentar o relatório no final deste mês, mas pediu a prorrogação por mais três meses, pelo que só deverá entregar as conclusões no final de abril.

Entre os contributos recolhidos, há uma panóplia de recomendações como o alargamento de prazos para entrega de obrigações declarativas ou a suspensão da aplicação de contraordenações quando os processos são contestados.

A Unidade Técnica de Avaliação Tributária e Aduaneira (U-Tax) foi outro organismo criado, mas com a missão de avaliar os benefícios fiscais que devem ser eliminados por não evidenciaram racionalidade económica e social. Lançado em dezembro de 2023 pelo anterior Governo de António Costa, a poucos dias de entrar em gestão, este organismo da Autoridade Tributária (AT) é uma das condições para o pagamento do oitavo cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em junho.

Já com o Executivo de Luís Montenegro em funções, a economista e professora de econometria no ISEG, Isabel Proença, foi nomeada para presidir à U-Tax. A missão desta unidade é promover “um sistema fiscal mais simples e transparente, com um maior grau de exigência quanto à explicitação dos objetivos extrafiscais que presidam à criação ou manutenção de benefícios fiscais”, de acordo com o despacho.

Esta comissão resulta das conclusões do grupo de trabalho para o estudo dos benefícios fiscais (criado em 2018), que recomendou a sua criação. Até ao final de junho, esta unidade tem de entregar ao Ministério das Finanças um relatório sobre a avaliação dos benefícios e respetivas recomendações.

No âmbito da apreciação do Orçamento do Estado para 2025, em novembro do ano passado, a juíza conselheira do Tribunal de Contas, Ana Furtado, já tinha alertado para a existência de “uma quantidade relevante de despesa fiscal que não está quantificada”.

“Isso é grave”, atirou, indicando que há “110 benefícios fiscais que não são quantificados.

A complexidade e a perda de coerência do sistema fiscal português ao longo dos anos está também presente no Estatuto dos Benefícios Ficais.

Cavaco Silva, antigo Presidente da República, e Carlos Costa, antigo ministro da Economia

A este propósito, Cavaco Silva e Carlos Costa consideram que “a complexidade e a perda de coerência do sistema fiscal português ao longo dos anos está também presente no Estatuto dos Benefícios Fiscais, como resulta claro do relatório de um grupo de trabalho publicado em 2019″.

“Nele se concluía pela existência de 542 tipos de benefícios, dos quais 121 no âmbito do IRC”, escrevem no artigo publicado no Observador.

Para os autores, muitos desses benefícios são “de justificação duvidosa”, foram “criados sem uma cuidada avaliação prévia e sem função económica ou social relevante, decididos ao sabor de pressões de grupos de interesses ou do populismo de políticos”.

“No relatório do Orçamento do Estado para 2025, pode verificar-se que a perda de receita resultante de benefícios fiscais estimada para 2024 ascende a 16,2 mil milhões de euros, com destaque para as taxas reduzidas do IVA, sendo de 4,25 mil milhões de euros no caso dos impostos sobre o rendimento. A perda global de receita fiscal equivale a 5,5% do PIB, uma percentagem muito superior à observada na larga maioria dos países europeus”, concluem.

Não posso, no entanto, deixar de concordar com os autores sobre a pertinência de se designar uma Comissão da Reforma Fiscal.

António Mendonça Mendes, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Com dois organismos no terreno, um para a simplificação fiscal e outro para a avaliação dos benefícios fiscais, será que se justifica uma nova comissão para uma reforma fiscal, como defendem Cavaco Silva e Carlos Tavares à semelhança da que foi criada em 1984 por Mário Soares? O ECO questionou o Ministério das Finanças mas não obteve resposta. Contudo, sabe que o Governo está empenhado nessa matéria com ou sem uma nova unidade para o efeito.

Já o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, que exerceu funções em três governos socialistas de António Costa, mostrou-se um entusiasta. “É uma boa ideia”, afirmou num artigo de opinião que escreveu para o ECO. Uma posição própria e que não vincula o PS.

Embora reconheça que “a criação da U-Tax constitui uma importante concretização resultante do grupo de trabalho para os benefícios fiscais (2018)”, sendo “um instrumento valioso para a avaliação do sistema de benefícios fiscais, e de suporte técnico à tomada de decisões de política fiscal”, Mendonça Mendes não pode “deixar de concordar com os autores sobre a pertinência de se designar uma comissão da reforma fiscal, com tempo necessariamente longo para estudo e reflexão, sem pressa de decisões imediatas”, defende Mendonça Mendes.

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Prejuízos dos incêndios na Califórnia podem chegar a 146 mil milhões de euros

  • ECO
  • 10 Janeiro 2025

Incêndios no sul da Califórnia poderão causar um prejuízo histórico de até 146 mil milhões de euros, de acordo com uma estimativa preliminar, numa altura em que as chamas ainda lavram na região.

Os incêndios que estão em curso na região de Los Angeles, nos Estados Unidos, deverão provocar perdas económicas totais entre 135 mil milhões e 150 mil milhões de dólares (o equivalente a 132 mil milhões e 146 mil milhões de euros), de acordo com uma estimativa avançada pela AccuWeather e citada pela BBC.

Este intervalo é calculado numa altura em que os fogos continuam a alastrar-se rapidamente para áreas residenciais densamente povoadas. Além disso, algumas zonas ainda não comunicaram informações sobre os danos, feridos e outros impactos, indicou o vice-presidente senior da AccuWeather, Jonathan Porter. “Estes infernos velozes e movidos pelo vento criaram uma das catástrofes de incêndios florestais mais dispendiosas da história moderna dos EUA”, afirmou o responsável.

“Os ventos fortes de um furacão fizeram com que as chamas rasgassem áreas repletas de casas multimilionárias”, indica o também meteorologista chefe. “Os danos totais e as perdas económicas decorrentes desta catástrofe do incêndio florestal podem atingir quase 4% do PIB anual do Estado da Califórnia”, ilustra o representante. A Califórnia é a maior economia dos Estados Unidos da América e a quinta mundial, com um PIB na casa dos nos 3,9 biliões de dólares em 2023, segundo o Public Policy Institute of California.

Segundo a AccuWeather, a zona com maiores perdas económicas dos incêndios situa-se numa área que vai de Santa Mónica a Malibu, afetando alguns dos imóveis mais caros do país, com valores médios das casas superiores a dois milhões de dólares (cerca de 1,94 milhões de euros).

Os especialistas indicam que podem surgiu novos fogos nos próximos dias e que as perdas económicas “poderão ser revistas em alta, talvez mesmo substancialmente”, lê-se num comunicado. Os incêndios já tiraram a vida a dez pessoas.

A estimativa da AccuWeather também contabiliza a perda de salários e a deslocação de habitações para milhares de pessoas em todo o sul da Califórnia, cujos empregos foram afetados, o que pode resultar num grande número de despedimentos ou encerramento de empresas e eliminação de postos de trabalho.

Prevê-se que esta catástrofe venha a agravar a crise dos seguros na Califórnia, uma vez que os prémios de seguro em zonas de alto risco continuam a aumentar e que cada vez mais seguradoras estão a recusar-se a emitir novas apólices. Milhares de casas e empresas danificadas ou destruídas eram propriedades multimilionárias, muitas das quais podem ter sido subseguradas ou não tinham seguro. Os proprietários de imóveis na zona afirmaram que algumas das principais companhias de seguros deixaram de cobrir os incêndios em algumas das zonas afetadas nos últimos meses.

“As famílias e as empresas precisam de poder adquirir um seguro a um preço razoável, mas as companhias de seguros não podem continuar a absorver prejuízos enormes atrás de prejuízos enormes. Esta é uma questão importante que a sociedade precisa de resolver num mundo em que os impactos climáticos extremos são cada vez maiores”, indicou Jonathan Porter.

As autoridades dizem que mais de 1.000 estruturas, na sua maioria casas, foram destruídas pelos incêndios até agora e cerca de 130.000 pessoas continuam sob ordem de evacuação, um número que continua a mudar, adianta a Euronews.

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Maria João Carioca e João Diogo Marques da Silva são novos co-CEO interinos da Galp

A ex-CFO e o vice-presidente da área comercial foram nomeados co-CEO interinos, após a saída de Filipe Silva. A Galp não especificou se as nomeações serão até à próxima AG ou até o fim do mandato.

Maria João Carioca, que liderava a pasta das finanças na Galp GALP 1,55% desde maio de 2023, e João Diogo Marques da Silva, até agora vice-presidente executivo para a área comercial, foram nomeados como co-CEO interinos da petrolífera, anunciou empresa em comunicado divulgado no site da CMVM.

A nomeação vem na sequência da saída de Filipe Silva, que apresentou a demissão na sequência de uma investigação interna sobre um relacionamento com uma diretora de topo, noticiada pelo ECO.

“A Galp informa que o seu Conselho de Administração deliberou por unanimidade nomear os seus administradores Maria João Carioca (CFO) e João Diogo Marques da Silva (EVP Comercial) como co-presidentes interinos da comissão executiva (CEO), acumulando ambas as funções“, referiu a Galp no comunicado. ”

Georgios Papadimitriou, Ronald Doesburg e Rodrigo Vilanova continuarão na comissão executiva com as mesmas responsabilidades, adiantou. Adicionalmente, a Galp informou sobre a cooptação de Nuno Holbech Bastos, ex-diretor da área de Estratégia & M&A da Galp, como membro do conselho de administração e membro da comissão executiva, que será submetida à ratificação dos acionistas na próxima assembleia-geral anual.

Ao nível do conselho de administração, Nuno Holbech Bastos será responsável pela direção da área de Upstream, acrescentou.

“Parceria equilibrada e poderosa”

“A senioridade profissional e a sólida perspicácia financeira da Maria João, combinadas com a profunda integração do João Diogo na nossa cultura empresarial e décadas de serviço dedicado, criam uma parceria equilibrada e poderosa“, sublinhou Paula Amorim, presidente do conselho de administração da Galp.

“Estou confiante de que esta co-liderança irá impulsionar a nossa Empresa, mantendo um caminho estratégico bem definido”, vincou.

Maria João Carioca chegou à Galp em maio de 2023, depois de exercer o cargo de CFO na comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos e ter sido membro do Conselho de Administração da mesma instituição. Acumulou com as funções na CGD, entre 2017 e 2022, o cargo de membro não-executivo do Conselho de Administração da SIBS, depois de já ter tido o mesmo papel, entre 2011 e 2013, na mesma empresa.

Anteriormente, conta uma breve passagem, de menos de um ano, como CEO da Euronext e da Interbolsa, que assumiu após o cargo de Responsável de Estratégia da SIBS. A sua experiência profissional mais longa teve lugar na McKinsey, consultora na qual iniciou o percurso profissional em 1993 e na qual se manteve por 11 anos. É licenciada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa e tem um MBA pela INSEAD.

João Diogo Marques da Silva está na Galp há quase 23 anos. Segundo a sua página no LinkedIn, entrou na empresa em 2002 na área da gestão do planeamento e controlo corporate, tendo passado depois por cargos na gestão financeira das unidades de supply&trading e gas&power, depois na chefia de corporate finance e M&A (2014-2017) e do retalho em Espanha (2017-2023), antes de entrar no board executivo em maio de 2023.

Antes do anúncio das nomeações, as ações da Galp fecharam sexta-feira a caírem 0,77% para 16,185 euros, numa sessão em que o índice PSI desceu 1,53%.

(Notícia atualizada às 18h32)

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Anúncio de companhia aérea paquistanesa faz lembrar atentado de 11 de setembro

  • + M
  • 10 Janeiro 2025

Na imagem escolhida e publicada nas redes sociais é visível um avião a ir em direção à Torre Eiffel, que foi associada pelos internautas ao atentado de 11 de setembro às Torres Gémeas, nos EUA.

A Pakistan International Airlines (PIA) anunciou que os seus voos entre Islamabad e Paris regressavam a partir desta sexta-feira. No entanto, a imagem escolhida para o comunicar causou alguma perplexidade junto dos internautas.

Em causa está uma imagem da Torre Eiffel, com a bandeira da França como pano de fundo, em que se vê um avião a ir em direção ao icónico monumento francês, fazendo relembrar o atentado de 11 de setembro de 2001 às Torres Gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque. A frase que a acompanha: “Paris, We’re Coming Today” (“Paris, estamos a chegar”, numa tradução livre).

A reação nas redes sociais não tardou, tendo um utilizador escrito que o designer deveria ter nascido após 2001. Outros questionaram inclusive se a publicação se tratava de uma atualização de informações ou de um “aviso”. “Isso é… uma ameaça?”, questionou um internauta.

“Não, isto não é uma piada. Eles são claros quanto às suas intenções”, lê-se ainda noutro comentário.

A companhia aérea estatal do Paquistão foi autorizada, quatro anos depois, a voltar a operar na Europa pelos reguladores da União Europeia, que em 2020 tinham suspendido os seus voos depois de um dos aviões se ter despenhado, vitimando 97 pessoas.

Ghulam Sarwar Khan, na altura ministro da aviação, revelou que uma investigação sobre o acidente deu a conhecer que quase um terço dos pilotos paquistaneses não estava devidamente habilitado ao exercício da função.

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Santana Lopes lamenta ser o primeiro a ser ouvido por comissão de inquérito à Santa Casa

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2025

A hipótese de a Santa Casa avançar para o Brasil começou a ser estudada "no tempo da Mesa da Dra. Maria José Nogueira Pinto e depois do Dr. Rui Cunha", avança Santa Lopes.

O ex-provedor da Santa Casa de Lisboa Pedro Santana Lopes lamenta ser o primeiro a ser ouvido pela comissão de inquérito, tendo em conta que a internacionalização dos jogos sociais é posterior ao seu mandato.

Num documento com 31 páginas, a que a Lusa teve acesso, Santana Lopes responde por escrito às várias perguntas dos grupos parlamentares da comissão de inquérito à gestão estratégica e financeira e à tutela política da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

Nessa resposta, o ex-provedor tece algumas considerações iniciais, nas quais refere que ser o primeiro a ser ouvido num processo com o qual diz nada ter a ver, ou seja, o processo de internacionalização dos jogos sociais, “é de lamentar”.

“Nunca fizemos nenhum debate específico sobre a estratégia de internacionalização”, garante, acrescentando ter ido a Moçambique visitar a sociedade SOJOGO para procurar “estudar o que lá se passava, tendo de facto variadíssimos problemas na gestão” e referindo a existência de “factos geradores de caos, nomeadamente nas apostas e até nas receitas do jogo – estava tudo numa situação bastante degradada”.

Segundo Santana Lopes, a possibilidade de internacionalização dos jogos sociais surge no mandato do provedor Edmundo Martinho, apesar de a hipótese de a instituição avançar para o Brasil ter começado a ser estudada “no tempo da Mesa da Dra. Maria José Nogueira Pinto e depois do Dr. Rui Cunha”.

O ex-provedor refere, no entanto, que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) “sempre procurou, quanto às receitas que tinha, diversificar a sua atividade e as suas fontes de receita, porque tinha uma dependência excessiva das receitas dos jogos” e dá como exemplo o facto de a instituição ter participado em instituições financeiras como a Imoleasing.

Lembra, por outro lado que a SCML teve parte do seu património entregue ao fundo imobiliário FundBox, que criou o Fundo Santa Casa, por decisão da provedora Maria José Nogueira Pinto, e “para onde passaram alguns ativos importantes”.

“Como outros passaram para a responsabilidade na reabilitação de uma sociedade privada, Coporgeste, de que era acionista também, se bem me lembro, uma entidade ligada ao Grupo Espírito Santo, tendo sido administrador o Dr. José Maria Ricciardi e quando ele saiu, julgo que em 2014, (quando foi a queda do BES), tendo entrado o Dr. Luís Marques Mendes para a administração dessa sociedade que fazia a reabilitação de património, nomeadamente no largo da Misericórdia. Ou seja, vários acordos com privados e grandes investidores ou fundos de investimento, e não com os mais carenciados”, apontou.

Segundo Santana Lopes, “esta é a Santa Casa que existia, que existe, a Santa Casa que tinha um fundo de investimento imobiliário, a Santa Casa que tinha alianças com grupos financeiros, a Santa Casa com participação em sociedades financeiras, a Santa Casa com a sociedade de jogo em Moçambique”.

“Isto existe há décadas e só agora é que o Estado, nomeadamente através agora desta Comissão [de inquérito], parece ter dado por isso. Parece que vivia ao lado, queria ignorar o que era a história da Santa Casa”, critica.

Ainda sobre os jogos sociais, o ex-provedor recorda que discordou com as decisões do governo de Pedro Passos Coelho sobre o jogo online e de como isso foi “uma machadada forte na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa” e questiona os partidos sobre a razão por que os partidos não manifestaram oposição naquela altura.

Em relação às apostas hípicas, e o facto de não terem prosseguido, Santana Lopes culpa o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), que as consideraria atentatórias da dignidade dos animais, e o facto de, na altura, o Governo precisar do “apoio da chamada geringonça”.

Sobre as perguntas que lhe são feitas sobre as estratégias e os resultados financeiros, Santana Lopes lembra que esses resultados estão publicados e que a comissão de inquérito não precisava de lhe perguntar. “A conclusão a extrair é: quando entrámos havia resultados negativos na exploração, nos resultados líquidos nomeadamente, quando saímos eram os resultados mais positivos de sempre, os melhores resultados de sempre”, argumenta.

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IGCP realiza na quarta-feira leilão de dívida a um ano de até 1.250 milhões

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2025

O IGCP tem mais duas operações previstas com BT este trimestre, uma em 19 de fevereiro e outra em 19 de março.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar, na quarta-feira, um leilão de Bilhetes do Tesouro (BT), com maturidade a um ano e um montante indicativo de até 1.250 milhões de euros.

Numa nota, o IGCP disse que “vai realizar no próximo dia 15 de janeiro pelas 10:30 horas um leilão da linha de BT com maturidade em 16 de janeiro de 2026, com um montante indicativo entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros”.

O IGCP tem mais duas operações previstas com BT este trimestre, uma em 19 de fevereiro e outra em 19 de março, segundo um calendário publicado no site da entidade.

Numa nota divulgada pelo IGCP, em 13 de dezembro, a instituição disse que o “montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá situar-se em cerca de 18 mil milhões de euros”.

Em 2025, a entidade espera que “o financiamento líquido resultante da emissão” de Bilhetes do Tesouro produza “um impacto positivo de 4,6 mil milhões de euros”, destacou.

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Acerto da retenção do IRS das pensões de janeiro vai ser feito em fevereiro

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2025

O desconto do IRS sobre as pensões de janeiro foi feito com base nas taxas e valores em vigor no final de 2024. Em fevereiro será utilizada a nova tabela de IRS de 2025 e serão realizados os acertos.

As pensões da Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações pagas em fevereiro já vão refletir as novas tabelas do IRS sendo também efetuados os acertos relativos à retenção de janeiro, disse o Ministério do Trabalho à Lusa.

“Nas pensões a pagar em fevereiro, será utilizada a nova tabela de IRS de 2025 e serão realizados os acertos da utilização da anterior tabela em janeiro, quer no Instituto da Segurança Social quer na CGA”, adiantou aquela fonte oficial.

O despacho com as novas tabelas de retenção na fonte foi conhecido no início deste mês, numa altura em que estavam já processadas ou em processamento as pensões pagas pelo ISS e pela CGA, pelo que o desconto do IRS sobre as pensões de janeiro foi feito com base nas taxas e valores em vigor no final de 2024.

Esta situação será colmatada em fevereiro, mês em que os pensionistas receberão as suas reformas com a retenção do IRS feita com base nas tabelas de 2025 e ainda com o acerto relativamente a janeiro.

Por regra, as pensões da Segurança Social são pagas no dia 08 de cada mês, sendo que, quando este dia coincide com um feriado ou fim de semana, o pagamento é feito no dia útil anterior ou no dia útil seguinte, não podendo nunca ser posterior ao dia 10. Na CGA, o pagamento acontece no dia 19, sendo antecipado quando este coincide com um fim de semana ou feriado.

Nas tabelas de retenção que vigoraram em novembro e dezembro de 2024 estavam isentas de IRS as pensões até 820 euros brutos mensais. Em 2025, a isenção aplica-se para reformas de valor até 870 euros brutos mensais. De referir que em 2024, as pensões de janeiro foram pagas com base numa tabela de retenção “provisória” a 328 mil pensionistas, tendo o ISS procedido aos acertos do IRS nas pensões de abril e maio.

O caso surpreendeu a nova equipa do Ministério do Trabalho, liderada por Maria do Rosário Ramalho, que se manifestou “estupefacta” com o sucedido, considerando que o calendário do acerto resultou “exclusivamente de orientação política” do anterior executivo socialista.

As pensões (incluindo as de velhice, invalidez e de sobrevivência) da Segurança Social e da CGA têm este ano um aumento entre 3,85% e 1,85%.

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⛽ Gasóleo vai subir um cêntimo para a semana. Gasolina não mexe

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,643 euros por litro de gasóleo simples e 1,746 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis não deverão mexer muito na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá subir um cêntimo e a gasolina não deverá ter qualquer variação, avançou ao ECO uma fonte do mercado.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,643 euros por litro de gasóleo simples e 1,746 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo subiu 2,2 cêntimos e a gasolina 2,7 cêntimo, um desempenho que foi ao encontro das expectativas do mercado.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a subir 2,43% para os 78,79 dólares por barril, mas já esteve a cotar nos 79,59 dólares, o valor mais elevado em mais elevado dos últimos três meses, e caminha para a terceira semana consecutiva de ganhos com os investidores preocupados com eventuais perturbações no fornecimento do outro negro na sequência de novas sanções impostas à Rússia e ao Irão. Nas últimas três semanas o preço do brent valorizou 9%.

“Existem vários fatores hoje. No longo prazo, o mercado está focado na perspectiva de sanções adicionais”, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de matérias-primas do Saxo Bank, citado pela Reuters. “No curto prazo, o clima está muito frio nos EUA, aumentando a procura por combustíveis.”

Antes da tomada posse do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, a 20 de janeiro, aumentam as expectativas sobre possíveis interrupções no fornecimento de crude decorrentes de sanções mais rígidas contra o Irão e a Rússia, enquanto os stocks de petróleo permanecem baixos.

Isto poderá materializar-se ainda mais depressa, tendo em conta a expectativa de que o Presidente dos EUA, Joe Biden, anuncie novas sanções contra a economia russa antes de Trump tomar posse. Um dos principais alvos das sanções até agora tem sido a indústria petrolífera e naval da Rússia.

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Dois presidentes de câmaras do PSD em final de mandato nomeados vice-presidentes de CCDR

  • Lusa
  • 10 Janeiro 2025

Autarcas do PSD de Mação e do Cadaval vão deixar a presidência das câmaras, quando estão no limite de mandatos, para serem vice-presidentes das CCDR do Centro e de Lisboa, respetivamente.

Os presidentes social-democratas das câmaras de Mação, Vasco Estrela, e do Cadaval, José Bernardo Nunes, vão deixar as autarquias quando estão no limite de mandatos para serem vice-presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro e de Lisboa, respetivamente.

Para a CCDR do Norte foi nomeado como vice-presidente o ex-deputado do PSD Paulo Ramalho, enquanto para o Alentejo foi escolhido o antigo presidente da CCDR Roberto Grilo.

As nomeações ocorrem depois de o atual Governo ter decidido atribuir ao ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, poderes de superintendência nesta área através de um vice-presidente em cada comissão, que terá a seu cargo os departamentos dedicados à agricultura, desenvolvimento rural e pescas.

Para a CCDR-Centro foi escolhido Vasco Estrela, que cumpre o seu terceiro e último mandato como presidente da Câmara de Mação, no distrito de Santarém, militante social-democrata e advogado de formação.

Na mesma situação está o presidente da Câmara Municipal do Cadaval, José Bernardo Nunes, presidente do PSD na área Oeste, nomeado vice-presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo (LVT).

Paulo Ramalho, nomeado para a CCDR-Norte, é vereador da Câmara Municipal da Maia, advogado, e como deputado fez parte de comissões permanentes de Agricultura e Pescas.

O economista Roberto Grilo regressa à CCDR-Alentejo, que presidiu entre 2015 e 2020, tendo sido o candidato derrotado nas primeiras eleições para o organismo, em 13 de outubro de 2020, quando assumiu uma candidatura independente, apesar da militância no PSD.

Falta ser conhecido o vice-presidente da CCDR do Algarve.

Todas estas nomeações receberam parecer positivo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

A orgânica das CCDR foi alterada a 6 de dezembro, para permitir a nomeação, pelo ministro da Agricultura, de vice-presidentes que terão a seu cargo os departamentos regionais da agricultura, desenvolvimento rural e pescas.

Com esta medida, o Governo pretende que a administração central volte a ter controlo sobre esta área, depois da integração das antigas direções regionais de Agricultura e Pescas nas CCDR, na sequência da reestruturação das comissões regionais, em 2023.

Com esta reestruturação, as CCDR receberam competências de serviços periféricos da administração direta e indireta do Estado em diferentes áreas de governação, para facilitar a sua articulação, “tendo em vista um desenvolvimento regional harmonioso”, entre as quais atribuições das anteriores direções regionais de Agricultura e Pescas.

Em consequência, argumentou o Governo, o ministro da Agricultura e Pescas ficou “desprovido de capacidade de intervenção no território, dado que não ficou prevista a sua participação na tutela da CCDR, onde ficam localizados os departamentos da agricultura e pescas à escala regional ou sub-regional”.

Com a entrada em funções dos novos vice-presidentes, o ministro passa a ter “os poderes de superintendência e tutela na área” em cada CCDR.

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