5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 9 Janeiro 2025

No mesmo dia em que o setor do turismo vai estar em debate, o Tribunal de Contas Europeu divulga um relatório sobre pagamentos digitais na UE. INE e Eurostat divulgam um conjunto de estatísticas.

Esta quinta-feira, o setor do turismo e o seu futuro vão estar em debate, numa conferência que conta com a presença de Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo. O Tribunal de Contas Europeu divulga um relatório sobre pagamentos digitais na União Europeia e a Associação Fiscal Portuguesa promove a conferência “Apresentação do Orçamento de Estado para 2025”. INE e Eurostat divulgam um conjunto de estatísticas e dados.

O futuro do turismo em debate

É com o objetivo de debater o estado e as perspetivas do turismo nacional que o Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) promove uma nova edição da IPDT Tourism Conference, sob o tema “Turismo em Portugal: Estratégias para Liderar em 2025”. Na iniciativa, onde marca presença Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, vai também ser apresentado o Anuário e Barómetro do Turismo 2025.

Como vão os pagamentos digitais na UE?

O Tribunal de Contas Europeu divulga também esta quinta-feira um relatório sobre os pagamentos digitais na União Europeia. Em setembro, o Banco Central Europeu (BCE) defendeu que o euro digital permitiria à União Europeia passar da “dependência à autonomia”, competindo com serviços de pagamento online como PayPal ou Apple Pay dos Estados Unidos ou Alipay da China.

Conferência “Apresentação do Orçamento de Estado para 2025”

Organizada pela Associação Fiscal Portuguesa (AFP), e contando com a participação da secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, enquanto oradora, a conferência “Apresentação do Orçamento de Estado para 2025” decorre esta quinta-feira no Salão Nobre da Sede da AFP, em Lisboa.

INE mostra como vai o comércio internacional

O Instituto Nacional de Estatística divulga dados sobre o comércio internacional, relativos a novembro. Nesse mesmo mês, o INE mostrou que o défice da balança comercial de bens se tinha agravado pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2023, tendo as exportações e as importações aumentado, respetivamente, 9,7% e 7% em termos homólogos, levando a um aumento do défice em 30 milhões de euros. Além disso, o INE apresenta ainda os índices de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços, também de novembro.

Como evoluíram os preços de importação industrial?

Já a nível europeu, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia revela como evoluíram os preços de importação industrial na UE, durante o mês de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dos códigos de conduta à informalidade, como gerem as empresas as relações pessoais entre trabalhadores?

Empresas com sete ou mais trabalhadores têm de ter um código de boa conduta, mas não tem de incluir necessariamente regras sobre as relações pessoais entre trabalhadores.

O tema ganhou relevo com a recente polémica em torno de um relacionamento próximo e pessoal mantido em segredo entre o CEO demissionário da Galp e uma diretora de topo da cotada. Mas não se extingue nessa empresa. Afinal, como gerem as empresas as relações pessoais entre os trabalhadores?

Os empregadores com, pelo menos, sete trabalhadores têm de ter códigos de boa conduta, mas estes não incluem necessariamente regras sobre as relações entre colegas, explicam os advogados ouvidos pelo ECO. Assim, há várias empresas no panorama nacional que não têm fixadas quaisquer regras internas sobre esta matéria.

Desde 2017 que as empresas com sete trabalhadores ou mais têm de ter, por lei, códigos de conduta. Mas estes visam prevenir e combater o assédio no trabalho, pelo que não é obrigatório que incluam regras quanto ao relacionamento pessoal entre os trabalhadores.

Aliás, o advogado João Roque Branco, da Gómez-Acebo & Pombo, ressalva em declarações ao ECO, que “não se pode confundir” a matéria do assédio com as relações pessoas entre trabalhadores, “ainda que de cariz íntimo e romântico”.

Ainda assim, estes códigos de boa conduta podem, sim, ir mais longe do que está na lei e debruçar-se, por exemplo, sobre as relações entre trabalhadores e os “potenciais conflitos de interesse que rodeiam essas relações”, indica o mesmo.

Segundo o advogado, são raros, no cenário português, os códigos de conduta que proíbam expressamente ou obrigam à revelação pelos trabalhadores de relações afetivas entre estes, “sendo bastante mais frequente e generalizada a prática de remeter a questão da existência de relações íntimas entre os trabalhadores para o quadro mais geral dos conflitos de interesse“.

Na mesma linha, José Pedro Anacoreta, sócio da PLMJ, diz ao ECO que “não é muito comum” haver regulamentos internos nas empresas portuguesas quanto às relações pessoais entre trabalhadores, deixando claro que até seria ilegal proibir expressamente as relações românticas. “Não podemos impedir as pessoas de se relacionarem, desde que isso não tenha reflexos no trabalho”, defende.

Às vezes, existem regras para evitar que familiares não estejam no mesmo departamento de uma empresa… Mas mesmo isso é raro.

José Pedro Anacoreta

Sócio da PLMJ

Já no que diz respeito às relações familiares, o advogado indica que existem empresas que têm definidas regras para evitar que membros de uma família trabalhem no mesmo departamento, mas mesmo essas “são raras”, diz.

Regra geral, as relações pessoais entre trabalhadores são, assim, tratadas “caso a caso”, de forma mais informal, explica José Pedro Anacoreta.

Também em matérias de negociação coletiva, esta não tem sido uma matéria discutida, garantem os advogados ouvidos pelo ECO, pelo que, mesmo a nível setorial, tende a não existir um regulamento sobre as relações pessoais entre colegas. Antes, os dados conhecidos relevam que são, sobretudo, os salários o principal foco da negociação coletiva.

Encaixar as relações no combate à corrupção

Para as empresas que tenham, pelo menos, 50 trabalhadores, há mais obrigações a cumprir do que a referida quanto ao assédio no trabalho. Ao abrigo do Regime Geral de Prevenção da Corrupção, têm de estabelecer, nomeadamente, um plano de prevenção, criar um canal de denúncias, dar formação sobre a matéria e definir um código de conduta.

“As empresas tiveram de criar códigos de conduta que estabelecem as regras de atuação de todos os dirigentes e trabalhadores em matéria de ética profissional“, lembra Gonçalo Pinto Ferreira, sócio da Telles, em conversa com o ECO.

Mais uma vez, o foco do código a que as empresas estão obrigadas por lei não são as relações pessoais ou familiares entre os trabalhadores, mas os empregadores podem aproveitar para o fazer, até para garantir a “imparcialidade e transparência”. Deste modo, o advogado da Telles refere que “muitas empresas” optam por ir para lá dos temas referentes à corrupção, não sendo “invulgar ver nos códigos de conduta de grandes empresas um conjunto de regras sobre relações”, salienta.

A experiência demonstra que, na elaboração dos códigos de conduta, muitas empresas optam por ir para lá dos temas referentes à corrupção.

Gonçalo Pinto Ferreira

Sócio da Telles

Por exemplo, “muitas vezes” está definida a obrigatoriedade de comunicar relações que podem gerar conflitos de interesse, de modo a que a empresa possa tomar medidas, assinala Gonçalo Pinto Ferreira. “Já tive casos em que as empresas encontraram funções alternativas noutros departamentos [para os empregados], depois de terem sido comunicadas as relações”, conta o advogado.

O sócio da Telles admite que estas são questões sensíveis, sendo preciso encontrar um equilíbrio com a liberdade pessoal do trabalhador. “Tem de haver algum bom senso e equilíbrio”, defende.

Por exemplo, no caso de dois cônjuges que trabalhem numa linha de produção numa fábrica que não reportem um ao outro pode não haver necessidade de um travão. Circunstância diferente são situações que envolvem um cônjuge que é chefe do outro ou responsável pela sua avaliação. “Neste contexto, não me repugna não pode haver relações pessoais“, afirma o mesmo.

“É essencial que nessa fixação seja realizada uma ponderação adequada entre as obrigações dos trabalhadores (por exemplo, em matéria de reporte), a proteção da sua vida privada e o modo e instrumentos ao dispor da empresa para prevenir, ou reagir, a eventuais desconformidades”, argumenta, no mesmo sentido, Tiago Cochofel, da Antas da Cunha Ecija.

Caso amoroso pode levar a despedimento?

Importa notar que quem violar as regras que fiquem previstas nesse âmbito não é alvo de um despedimento com justa causa de forma automática. Mas tal não está também totalmente fora da mesa, assume Gonçalo Pinto Ferreira. Há que apurar os factos e perceber o impacto da relação em causa.

O advogado João Roque Branco também considera que importa apurar a repercussão do comportamento na dinâmica empresarial, havendo, mais uma vez, casos e casos.

Trata-se, tão só, de reconhecer que, em certos casos, a dinâmica empresarial, até para a defesa do bem estar dos trabalhadores coletivamente considerados, implica uma postura de permanente transparência e isenção daqueles que detém poder de direção, poder disciplinar e poder de decisão.

João Roque Branco

Advogado do departamento de Direito do Trabalho do escritório de Lisboa da Gómez-Acebo & Pombo.

Assim, atira: “não será relevante, para salvaguardar qualquer conflito de interesses, que esse mesmo trabalhador revele ao seu empregador que se encontra numa relação afetiva com um dos trabalhadores sujeitos à sua avaliação? E não será relevante, do ponto de vista disciplinar, que aquele primeiro trabalhador não tenha cumprido tal dever, escondendo do seu empregador aquele facto, participando no processo de decisão que levou à promoção do seu parceiro romântico, eventualmente em detrimento de outros trabalhadores? Pensamos que sim, que todas estas questões podem assumir, no caso concreto, relevância disciplinar por poderem constituir uma violação do dever de lealdade do trabalhador para com o empregador“.

Na visão do mesmo, há que reconhecer que, em certos casos, a dinâmica empresarial, até para a defesa do bem estar dos trabalhadores, “implica uma postura de permanente transparência e isenção daqueles que detém poder de direção, poder disciplinar e poder de decisão”. Daí que, como lembra a famosa frase, “à mulher de César não basta ser, deve parecer”,remata João Roque Branco.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acionistas da Galp mantêm confiança na petrolífera apesar de saída do CEO

A demissão de Filipe Silva surpreendeu o mercado, mas não afetou a confiança dos acionistas. As ações da Galp seguem em linha com os seus pares e alguns investidores reforçaram as suas posições.

A demissão do CEO da Galp Energia GALP 0,68% , Filipe Silva, anunciada esta terça-feira, surpreendeu o mercado e os pequenos investidores, que até então manifestavam preocupação com uma possível saída precipitada da liderança.

A decisão, comunicada como sendo por “razões familiares”, surge na sequência de uma investigação interna sobre um alegado relacionamento próximo e pessoal com uma diretora de topo da companhia.

Apesar da notícia inesperada, o mercado reagiu com relativa calma. Na quarta-feira, as ações chegaram a subir 0,4% e a cair 1,7%, fechado com uma perda de 0,4%, em sintonia com a queda de 0,5% do PSI, mas longe da desvalorização de 1,4% do Stoxx Europe 600 Oil & Gas, o índice que agrega as 21 maiores empresas do setor e do qual a Galp faz parte.

A mesma tranquilidade é partilhada por Pedro Barata, gestor do GNB Portugal Ações, que em novembro tinha na Galp a segunda maior posição do fundo de ações nacionais, com um peso de 9,55% da carteira. “A situação foi inesperada, mas acreditamos que o novo CEO irá seguir a estratégia até agora definida”, refere Pedro Barata, sublinhando ainda que se tal se confirmar não vê razões para alterar a confiança no título.

Com uma atitude mais proativa esteve Carlos Pinto, gestor do Optimize Portugal Golden Opportunities, que apesar da petrolífera nacional ser a terceira maior posição do fundo em novembro, com um peso de 7,1% do portefólio, reforçou recentemente a aposta na empresa. “Aproveitámos para aumentar a nossa exposição à Galp para diminuir a subponderação ao índice”, destaca o gestor, que antecipava uma saída de Filipe Silva “pró-ativa” logo no dia seguinte à sua audição no Comité de Ética.

Embora considerando que a demissão do CEO não seja uma boa notícia, Carlos Pinto refere que “o impacto não deve ser materialmente significativo, dado que o plano estratégico está delineado pelo principal acionista, a Amorim Energia.”

A perspetiva dos gestores de fundos parece alinhar-se com a visão de longo prazo que os pequenos investidores já manifestavam antes da demissão. “O mercado em geral, tendo em conta a abertura da cotação em ligeira alta (apesar de atualmente em queda ligeira), ignorou absolutamente o efeito da demissão do CEO da Galp”, refere Octávio Viana, presidente da ATM – Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais, reforçando a ideia de que “esse sentimento é o mesmo de vários dos nossos associados, quer acionistas quer obrigacionistas.”

Evolução das ações da Galp

Próxima liderança deverá ser uma escolha interna

Antes da demissão, os pequenos investidores expressavam mais preocupação com uma possível saída do CEO do que com o alegado conflito de interesses associado ao relacionamento do gestor da empresa com uma diretora de topo, refere Ocávio Viana ao ECO.

O caso do alegado conflito de interesses, além de materialmente irrelevante, não constituiu preocupação para os acionistas da Galp, cuja cotação não sofreu grande efeito, o que se deduz acontecer por acreditarem que a sociedade tem mecanismos de controlo interno que permitam mitigar ou pelo menos reduzir os riscos derivados de qualquer conflito ao nível da imaterialidade, mesmo quando considerando o potencial agregado de eventos”, destaca Octávio Viana.

Esta confiança nos mecanismos internos da Galp para gerir riscos e conflitos de interesse parece ter sido um fator crucial na reação relativamente serena do mercado. Os investidores acreditam que a empresa possui sistemas robustos que não dependem exclusivamente da responsabilidade das partes envolvidas.

No entanto, o presidente da ATM alerta que, uma “demissão inesperada de um CEO merece sempre um acompanhamento do mercado, por forma a verificar se tal é suscetível de afetar a gestão operacional da empresa, pelo menos no curto prazo.” Esta cautela reflete a necessidade de monitorizar possíveis impactos operacionais e organizacionais decorrentes da mudança de liderança.

A Galp, que negoceia atualmente com uma capitalização bolsista de 11,3 mil milhões de euros em bolsa e registou lucros recordes de 890 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, enfrenta agora o desafio de manter a estabilidade e continuidade da sua gestão.

A empresa comunicou que irá divulgar o nome do novo presidente executivo “nos próximos dias”, o que pode ajudar a acalmar quaisquer preocupações remanescentes dos investidores.

Carlos Pinto refere que a Galp, “tendo já sido assumido que a designação de o novo CEO está por dias, e que não implica qualquer alteração ao plano estratégico, tudo indica que será uma nomeação interna.” Esta perspetiva de continuidade parece ser um fator tranquilizador para os investidores.

No entanto, Carlos Rodrigues, presidente da Maxyield – Clube de Pequenos Acionistas, refere que “os pequenos acionistas e o mercado de capitais valorizam a estabilidade, pelo que entendem que a Galp não deve continuar a ser um ‘cemitério’ de CEO, como se verifica pela renúncia ao cargo pelos últimos três presidentes da comissão executiva, no decurso dos últimos quatro anos e antes do termo dos seus mandatos.”

Além disso, o presidente da Maxyield sublinha a necessidade de a avaliação anual da administração e fiscalização da petrolífera nacional, não dever “continuar a ser um ritual praticado pelo acionista maioritário nas Assembleias Gerais anuais, sem explicitar de forma quantitativa e qualitativa os méritos da respetiva atividade”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Advogados querem cancelar eleições antecipadas marcadas pela bastonária

Pedro Carrilho Rocha e Vitor Marques Moreira - ambos candidatos às eleições antecipadas da Ordem dos Advogados, querem que a convocatória do escrutínio seja considerada ilegal e inconstitucional.

Pedro Carrilho Rocha e Vítor Marques Moreira, candidatos às eleições antecipadas da Ordem dos Advogados (OA), querem que estas sejam consideradas ilegais e inconstitucionais. Para isso, enviaram esta quarta-feira um requerimento ao ainda presidente do Conselho Superior da OA, Paulo de Sá e Cunha – em que pedem que seja declarada a ilegalidade da convocatória de eleições marcadas para março, “por vício de competência e violação do Estatuto da Ordem dos Advogados”.

Os dois advogados querem ainda que seja reconhecida a inconstitucionalidade dos atos que determinaram o fim antecipado dos mandatos iniciados em janeiro de 2023 e que sejam adotadas medidas para anular a convocatória e garantir que as eleições sejam realizadas no período eleitoral previsto no estatuto. Ou seja, de 15 a 30 de novembro.

Vitor Marques Moreira avançou com a candidatura à liderança do Conselho Superior da Ordem dos Advogados a 24 de dezembro. No seu percurso conta a passagem pelo Conselho Geral da Câmara dos Solicitadores, pelo Conselho Geral da OA (2008 a 2010), representante da OA na Assembleia da República junto da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, presidente do Instituto dos Advogados de Empresa da Ordem dos Advogados (2008 a 2013) e membro do Bureau de Directores da ECLA – European Company Lawyers Association (2008 a 2013).

Pedro Rocha será candidato ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados. O advogado exerceu o cargo de Vogal Conselheiro no Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados no triénio 2022-2025 (até ao ano de 2024).

A convocatória para as eleições para os órgãos da Ordem dos Advogados, feita pela bastonária da OA, Fernanda de Almeida Pinheiro, a 5 de Dezembro de 2024, foi efetuada fora do período eleitoral ordinário, estabelecido no artigo 13.º, n.º 1 do Estatuto da Ordem dos Advogados, que prevê que as eleições devem ocorrer entre os dias 15 e 30 de novembro de cada triénio.

Esta convocatória “viola o princípio da legalidade, bem como normas e princípios constitucionais, configurando uma situação de grave irregularidade e atentando contra a autonomia democrática da Ordem dos Advogados e os direitos dos seus membros”, dizem os dois advogados, que defendem ainda que esta função é competência do Conselho Superior e não da bastonária.

Dizem ainda que esta decisão constitui uma violação do princípio da não retroatividade das normas restritivas de direitos, consagrado no artigo 18.º, n.º 3 da CRP e que “compromete os direitos de representação democrática dos membros eleitos em 2023, cuja expectativa legítima era o exercício de um mandato de três anos”.

Paulo de Sá e Cunha, presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados.Henrique Casinhas/ECO

Conselho Superior ainda não decidiu

O Conselho Superior da Ordem dos Advogados está a avaliar a legalidade desta convocação de eleições antecipadas desde inícios de dezembro. Este é o órgão jurisdicional supremo da Ordem dos Advogados, que tem ainda competência para julgar os recursos das decisões dos Conselhos de Deontologia em matéria disciplinar e para dar parecer sobre os honorários a pedido dos tribunais, dos advogados ou dos seus clientes.

Nessa altura, Fernanda de Almeida Pinheiro garantia ao ECO/Advocatus que esta convocação de eleições “não é ilegal e muito menos inconstitucional”.

A 27 de novembro, um comunicado da bastonária deixou a classe surpreendida, numa manobra política que poucos anteciparam. Num vídeo publicado nas redes sociais, Fernanda de Almeida Pinheiro convocava eleições um ano antes do suposto. As razões? O novo Estatuto dos advogados, em vigor desde abril deste ano, e que obriga a criação de dois novos órgãos na estrutura da Ordem dos Advogados. Ou a convocação de eleições antecipadas.

À data, Fernanda de Almeida Pinheiro decidiu dar posse ao dito Conselho de Supervisão, um desses órgãos previstos no Estatuto.

“Porém, tal decisão gerou alguma divisão na nossa classe, com críticas públicas àquela designação (incluindo de titulares de órgãos da Ordem), apresentação de recursos daquela deliberação e ameaças públicas de ações judiciais. A Ordem dos Advogados não pode viver refém de controvérsias internas, litígios judiciais ou debates infindáveis sobre a regularidade de atos administrativos. O cenário atual não só cria desconfiança e insegurança quanto aos atos praticados pelo Conselho de Supervisão, como compromete a capacidade da Ordem de se focar nos verdadeiros desafios da advocacia”, disse, anunciando de seguida que iria convocar eleições antes do previsto, alterando toda uma tradição relativamente aos atos eleitorais, previsivelmente marcados em novembro e com tomada de posse em janeiro seguinte.

Num artigo de opinião, publicado no jornal Público, o reconhecido constitucionalista, ex- presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados, Bacelar Gouveia, defendeu que a bastonária anunciou “antes das férias de Natal eleições para os órgãos nacionais que apanharam todos os seus possíveis e legítimos adversários desprevenidos; menos ela própria, claro”.

Indo mais além, o jurista considerou que “esta decisão consubstanciou uma aplicação inconstitucional e inadmissível de uma oportunidade legislativa que, sendo acionada, põe em crise princípios do Estado Constitucional, como o democrático e o da tutela da confiança”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco polaco do BCP fez provisões de 122 milhões de euros no quarto trimestre

  • ECO
  • 8 Janeiro 2025

No total, o Bank Millennium anunciou novas provisões de cerca de 122 milhões de euros no quarto trimestre do ano.

O Bank Millennium, o banco polaco do BCP, estima constituir provisões relacionadas com empréstimos hipotecários em moeda estrangeira de 483 milhões de zlótis (cerca de 112,9 milhões de euros), no quarto trimestre do ano.

Além disso, o banco prevê ainda constituir provisões de 39 milhões de zlótis (cerca 9,1 milhões) para riscos legais relacionados com a carteira de crédito originada pelo Euro Bank, “contudo sem impacto nos resultados líquidos”, lê-se em comunicado enviado esta quarta-feira ao mercado.

O valor final das provisões para riscos legais nos resultados do quarto trimestre de 2024 deverá ser conhecido a 24 de fevereiro de 2025, aquando a divulgação do relatório de 2024. Já os resultados consolidados preliminares não auditados para 2024 serão anunciados num current report previsto para 31 de janeiro de 2025.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente guineense reage a investigação a ex-gestor do Novobanco. “É uma palhaçada”

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2025

Carlos Brandão, administrador demitido pelo Novobanco, é suspeito de branquear 500 mil euros após reuniões com governante guineense. "Para mim isso é uma palhaçada”, reagiu Umaro Sissoco Embalo.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embalo, desvalorizou esta quarta-feira as notícias de um alegado esquema de corrupção que aponta para desvio de dinheiro do país por parte de governantes, que seria depositado num banco em Portugal.

“Para mim isso é uma palhaçada. Sabemos qual é o espírito da imprensa portuguesa em relação à Guiné-Bissau”, defendeu Embalo, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de lançamento de um livro no Centro Cultural Português em Bissau.

A imprensa portuguesa tem dado ecos às notícias de uma investigação judicial em curso em Portugal que levou à demissão de Carlos Brandão do cargo de administrador do Novobanco, num processo que teria como cúmplices elementos do Governo da Guiné-Bissau. De acordo com a imprensa portuguesa, Brandão teria recebido desse esquema avultadas somas em euros e que teria depositado no Novobanco.

Umaro Sissoco Embalo negou essa possibilidade e ainda questionou sobre quem teria esse dinheiro na Guiné-Bissau que disse ser um “país de bem”.

“Estava a seguir (a notícia) com todo o interesse, mas a partir do momento que comecei a ouvir os números em causa apaguei aquelas informações. Disse às pessoas que não tem interesse”, observou Embalo.

O Presidente guineense notou que nem a delegação do Banco Central de Estados da África Ocidental (BCEAO) possui milhares de euros, quanto mais, disse, um cidadão, pelo que aquela notícia “é de gente irresponsável”. Umaro Sissoco Embalo destacou que tem travado um combate à corrupção no país e que na Guiné-Bissau “não existe nenhum rico”.

“Mesmo que eu não goste de ti, dizer milhares de euros é muita coisa. Não estamos a falar de escudos, nem de CFA, estamos a falar de euros”, sublinhou Embalo, referindo-se a antiga moeda corrente de Portugal e a atual moeda da Guiné-Bissau. O chefe de Estado guineense frisou que não gosta de politizar nada, mas que considerava aquelas informações de “infantilismo de gente com vontade malévola de falar mal do país”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro da Educação admite descongelar propinas a partir de setembro

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2025

Fernando Alexandre diz que a "primeira condição para o descongelamento das propinas é a conclusão do estudo de avaliação da ação social".

O ministro da Educação, Ciência e Inovação admitiu esta quarta-feira a possibilidade de descongelar o valor das propinas no ensino superior a partir do próximo ano letivo, em função das conclusões da avaliação do sistema de ação social.

A primeira condição para o descongelamento das propinas é a conclusão do estudo de avaliação da ação social, que está a ser feito pela Universidade Nova (de Lisboa) e que nos vai permitir desenhar um novo sistema”, disse o ministro, em declarações aos jornalistas no final de uma ronda de reuniões com sindicatos sobre a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES).

Questionado sobre o descongelamento do valor das propinas, uma possibilidade levantada pelo ministro na segunda-feira em entrevista ao programa “Tudo é Economia”, da RTP3, Fernando Alexandre considerou que esse não representa o principal custo associado à frequência do ensino superior.

“O que temos de garantir é que, tendo em conta a situação financeira dos alunos e da sua família (…), os alunos têm condições para aceder ao ensino superior e para ter um percurso académico bem-sucedido”, afirmou. O objetivo é que o novo regulamento de ação social, que deverá estar em vigor já no início próximo ano letivo, em setembro, reflita todos os custos que os estudantes ao frequentar o ensino superior e que, sublinhou o ministro, “envolvem muitas dimensões, incluindo as propinas”.

O possível descongelamento do valor das propinas chegou a ser noticiado por vários órgãos de comunicação social no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), mas a medida não chegou a constar da proposta do Governo. Na altura, o ministro da Educação evitou comentar o tema, mas, mesmo antes de a proposta de OE2025 ser entregue na Assembleia da República, confirmou finalmente que as propinas continuariam congeladas.

De acordo com o governante, o estudo de avaliação do sistema de ação social, a cargo da Universidade Nova de Lisboa, deverá estar concluído ate ao final de abril, sendo que o relatório da primeira parte, referente ao diagnóstico, foi entregue em dezembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Millennium BCP aposta em tenista Nuno Borges como embaixador

  • + M
  • 8 Janeiro 2025

Também no campo do ténis, o Millennium BCP renovou em setembro a parceria com o Estoril Open até 2027. O banco apoia a competição desde 2015.

Nuno Borges, atualmente número 36 do ranking ATP e o melhor tenista português da atualidade, é o novo embaixador do Millennium BCP. A marca vai patrocinar o desportista durante os próximos dois anos.

“O ténis é uma modalidade que tem contribuído para projetar a imagem de um Portugal moderno e competitivo à escala mundial. Para além do Millennium Estoril Open, estaremos também ao lado do grande tenista Nuno Borges, que será embaixador do Millennium BCP pelo seu exemplo de competitividade e rigor. O Nuno Borges é um talentoso desportista com provas dadas e já com um valioso contributo para o desenvolvimento do ténis em Portugal“, refere Miguel Maya, CEO do Banco, citado em comunicado.

Ao apoiar Nuno Borges, a instituição bancária “associa-se não só a um indiscutível talento nacional, mas também num profissional que corporiza os valores de dedicação, resiliência, rigor e profissionalismo, valores que o Millennium BCP incorpora na sua atividade diária”, refere-se em nota de imprensa.

Visando reforçar o seu posicionamento e aposta no território do desporto, o Millennium BCP lançou também um filme no digital e redes sociais, protagonizado pelo seu novo embaixador.

Com o claim “Acreditar é o primeiro passo”, o filme “mostra que ao lado do Nuno Borges continuamos a apoiar quem faz do acreditar o ponto de partida para grandes conquistas”, refere-se em nota de imprensa. O vídeo percorre ainda a história do tenista, desde que este começou a jogar ténis, fazendo um pequeno resumo das suas principais etapas e feitos.

“É com muita felicidade que passo a vestir a camisola da grande equipa Millennium BCP. Sei que partilhamos valores comuns e acredito que, com esta nova parceria, ambas as partes vão sair vitoriosas. Estou pronto para dar o máximo, e estou certo de que com esforço e dedicação, tudo é possível”, diz Nuno Borges.

Recorde-se que, também no campo do ténis, o Millennium BCP renovou em setembro a parceria com o Estoril Open até 2027, competição que apoia desde 2015.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ocupação por quarto no Algarve sobe para 34,9% em dezembro

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2025

Em dezembro, "as unidades de alojamento no Algarve registaram uma subida de 1,0 pontos percentuais na taxa de ocupação por quarto, face ao mês homólogo de 2023”, segundo a AHETA.

A ocupação média por quarto nas unidades de alojamento algarvias registou uma subida homóloga de 3,0%, em dezembro de 2024, situando-se nos 34,9%, segundo dados revelados esta quarta-feira pela Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Em dezembro, as unidades de alojamento no Algarve registaram uma subida de 1,0 pontos percentuais na taxa de ocupação por quarto, face ao mês homólogo de 2023”, informou a AHETA num comunicado, acrescentado que a taxa de ocupação “foi de 34,9%, acima do valor verificado em 2023 (+1,0 pontos percentuais, +3,0%)”.

A associação empresarial algarvia, sediada em Albufeira, adiantou que os mercados emissores de turistas que mais contribuíram para o aumento na ocupação foram o neerlandês e o alemão, que registaram subidas homólogas de 1,2 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente.

Quanto ao mercado nacional, apontado como um dos principais visitantes da região no período da passagem do ano, os dados da AHETA registaram uma “descida homóloga de 0,4 pontos percentuais” no último mês do ano transato.

A principal associação hoteleira do Algarve assinalou também que o valor da estadia média foi de 3,3 noites, registo que classificou como “semelhante” ao obtido em dezembro de 2023.

O mercado norueguês, com uma média de 8,4 noites, e o holandês, com 6,9, foram aqueles que registaram “estadias médias mais prolongadas” nas unidades de alojamento algarvias, referiu ainda a AHETA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Síria pede na ONU fim da ingerência estrangeira

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2025

O embaixador sírio na ONU pediu urgência do levantamento das sanções contra o seu país, uma necessidade geralmente partilhada pela comunidade internacional.

O Governo provisório da Síria defendeu esta quarta-feira, perante o Conselho de Segurança da ONU, o fim da “ingerência estrangeira”, pedindo que “os atores externos não procurem os seus benefícios contra os interesses do povo sírio”.

Esta é a primeira vez que o Governo provisório da Síria, liderado pelo ex-islamista Ahmad al-Charaa, se manifesta oficialmente na ONU, embora tenha sido pela boca do embaixador do Governo deposto, o diplomata Koussay Aldahhak, a quem o Governo de Damasco pediu para continuar provisoriamente em funções até que a sua situação na ONU seja esclarecida.

Aldahhak sublinhou que as autoridades “deram um primeiro passo para preservar as instituições e evitar o seu colapso, sabendo perfeitamente que tal colapso teria consequências desastrosas, como aquelas a que assistimos noutros lugares”, numa referência ao que sucedeu no Iraque na era pós-Saddam Hussein.

O embaixador sírio dedicou a maior parte do seu discurso a pedir a todos os atores externos que cessem a interferência no seu país, mas apenas mencionou pelo nome uma das nações acusadas de interferir nos assuntos sírios, Israel, que bombardeou dezenas de alvos militares e expandiu a sua presença nos Montes Golã, que ocupa desde 1974.

“Israel não deve aproveitar as circunstâncias atuais para violar a soberania síria na tentativa de impor uma nova realidade através de incursões militares. Antes deve cumprir os compromissos de 1974 e as resoluções da ONU”, insistiu o embaixador sírio.

Outra mensagem que Aldahhak trouxe ao Conselho de Segurança das Nações Unidas foi a urgência do levantamento das sanções contra o seu país, uma necessidade geralmente partilhada pela comunidade internacional, mas que entra em conflito com os procedimentos legais de cada país e do próprio Conselho de Segurança.

“A Síria sofreu durante muitos anos. É tempo de respirarmos de alívio e de termos uma vida digna, como qualquer outro povo no mundo. Apelamos à ONU e aos seus Estados-membros para que levantem, de imediato e completamente, as medidas coercivas e tragam o financiamento necessário que responda às necessidades humanitárias”, concluiu o embaixador.

Na reunião do Conselho de Segurança, o enviado da ONU para a Síria, Geir Pedersen, advertiu contra “erros” que poderão prejudicar a transição política do país e denunciou os riscos associados aos “ataques” de Israel à integridade territorial da Síria. “As decisões tomadas hoje determinarão o futuro a longo prazo. Há oportunidades e perigos reais”, declarou o representante da ONU, apelando à Síria e à comunidade internacional para que “tenham sucesso na próxima fase”.

Confrontado com o desafio de unificar o país, fragmentado após mais de dez anos de guerra, o novo líder, Ahmad al-Charaa, comprometeu-se a desmantelar as fações armadas, incluindo o grupo sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que liderou os grupos armados que tomaram Damasco a 8 de dezembro e depuseram o Presidente Bashar al-Assad, que fugiu para a Rússia.

Al-Charaa, anteriormente conhecido pelo seu nome de guerra Abu Mohammad, indicou também que as eleições poderiam demorar quatro anos a serem organizadas e anunciou a sua vontade de apelar a um diálogo nacional.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eurowings liga Dusseldorf aos Açores a partir de maio

  • Lusa
  • 8 Janeiro 2025

A ligação Ponta Delgada - Dusseldorf começará a ser feita a partir de 10 de maio, mas a associação não revela qual a frequência da ligação aérea.

A companhia aérea Eurowings vai ligar Ponta Delgada, nos Açores, a Dusseldorf, na Alemanha, a partir de 10 de maio, anunciou esta quarta-feira a associação de promoção turística Visitazores.

A associação da Visitazores congratula-se pela garantia da operação da Eurowings nos Açores, consolidando aquela que tem vindo a ser uma estratégia de promoção nos mercados emissores internacionais de maior relevância para a região, no caso em apreço, da Alemanha”, refere a associação, em nota de imprensa.

A ligação Ponta Delgada – Dusseldorf começará a ser feita a partir de 10 de maio, mas a associação não revela qual a frequência da ligação aérea, nem por que período de tempo acontecerá.

Citado na nota, o presidente da Visit Azores, Luís Miguel Capdeville Botelho, considera que a chegada da Eurowings à região “é mais uma grande conquista para os Açores e para a Visitazores”.

De acordo coma Visitazores, a nova rota “vem reforçar a notoriedade internacional dos Açores, viabilizando a captação de mais visitantes” de um dos mais importantes mercados emissores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CEO da Lloyd’s of London vai para a Aon este ano

  • ECO Seguros
  • 8 Janeiro 2025

John Neal vai reportar a Andy Marcell, Chief Executive Officer of Risk Capital da Aon, e será membro da equipa de liderança de Capital de Risco da empresa.

O diretor-executivo da Lloyd’s of London John Neal vai abandonar o cargo que ocupa desde outubro de 2018 para se juntar à Aon como Global CEO of Reinsurance and Global Chairman of Climate Solutions. O comunicado do marketplace de seguros e resseguros indica que a data ainda será confirmada “oportunamente”, mas que será ainda este ano.

John Neal, ainda CEO da Lloyd’s of London, vai reportar a Andy Marcell, Chief Executive Officer of Risk Capital da Aon, e será membro da equipa de liderança de Capital de Risco da empresa

“Na Aon, estou ansioso por apoiar os meus colegas que procuram satisfazer as necessidades de resseguro dos clientes e fornecer soluções de seguros inteligentes que ajudem a enfrentar alguns dos desafios mais prementes do mundo, especialmente no que diz respeito à transição climática“, assinala John Neal.

À frente da Lloyds of London, Neal liderou a redefinição da direção estratégica da companhia, transformando-a de “modo a obter consistentemente um desempenho líder no setor, colocando-a na posição financeira mais sólida de que há memória recente, com crescimento sustentável e lucros recorde”, lê-se no comunicado.

Além da melhoria das classificações de solidez financeira, na sua liderança guiou o Lloyds of London durante períodos turbulentos, como o Brexit, o aumento das taxas de juro e inflação, a pandemia da Covid-19 e conflitos geopolíticos.

Os seus planos serão ainda sentidos nos anos vindouros: estabeleceu a agenda estratégica a longo prazo do Lloyd’s of London para proporcionar mudanças digitais, operacionais e culturais no futuro.

O ainda diretor-executivo “tem sido fundamental para promover a força e a contribuição do setor dos seguros junto de partes interessadas importantes, bem como para promover parcerias estratégicas com as Nações Unidas e os governos de todo o mundo. Isto incluiu a sua forte defesa do papel fundamental que a Lloyd’s e o setor segurador global têm no apoio à transição para um futuro sustentável. “.

A sua saída segue-se à do presidente Bruce Carnegie-Brown, que anunciou a sua demissão no ano passado e irá ser substituído por Charles RoxBurgh em maio deste ano.

“Durante 2025, John continuará a apoiar tanto a sucessão planeada de um novo presidente do Conselho da Lloyd’s como a transição da liderança executiva”, afirmou Carnegie-Brown no comunicado.

John Neal vai reportar a Andy Marcell, CEO de Capital de Risco da Aon, e será membro da equipa de liderança de Capital de Risco da empresa, indica a corretora em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.