Agência Europeia do Ambiente alerta para contaminação generalizada por químicos eternos

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Os "químicos eternos" são compostos sintéticos do grupo das substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas (PFAS), que resistem à degradação e são prejudiciais para a saúde e ambiente.

O uso generalizado de polímeros PFAS (compostos químicos sintéticos) pode levar à contaminação da água, ar, solo, alimentos e até pessoas, alerta a Agência Europeia do Ambiente (AEA) num documento publicado esta terça-feira. A AEA diz ainda que esses produtos químicos, também chamados “químicos eternos”, podem também contribuir para o aquecimento global e para a destruição da camada do ozono.

Os “químicos eternos” são compostos sintéticos do grupo das substâncias perfluoroalquiladas e polifluoroalquiladas (PFAS), que resistem à degradação e são prejudiciais para a saúde e ambiente.

Por esse motivo têm estado no centro das atenções, especialmente alguns compostos como o perfluorooctanossulfonato (PFOS), substância que já é considerada como poluente global, ou o ácido perfluorooctanóico (PFOA, usado nos utensílios de cozinha antiaderentes). Os “polímeros PFAS” têm sido considerados como tendo menos impactos na saúde e no ambiente.

No entanto, segundo a análise hoje divulgada pela AEA, “PFAS polymers in focus: supporting Europe’s zero pollution, low-carbon and circular economy ambitions”, os polímeros PFAS podem causar “vários tipos de impactos durante o seu ciclo de vida”.

Os polímeros PFAS representam atualmente uma parte significativa, 24-40%, do volume total de PFAS colocado no mercado da UE, e são amplamente utilizados numa vasta gama de produtos e tecnologias.

Embora seja geralmente aceite que os polímeros PFAS são menos tóxicos do que os PFAS não poliméricos, por terem dimensão molecular maior o que limita a sua absorção pelas células vivas, segundo a AEA há preocupações sobre potenciais impactos que incluem efeitos tóxicos para trabalhadores, ambiente e comunidades que rodeiam as fábricas desses produtos.

“Além disso, existem preocupações ambientais e de saúde humana provocadas pela degradação ao longo do tempo de certos polímeros PFAS em compostos mais pequenos e persistentes, que podem ter uma toxicidade mais elevada do que os seus compostos de origem”, acrescenta a AEA.

Depois, assinala-se ainda na análise, durante a produção de polímeros PFAS podem ser libertados gases com um efeito de estufa muito potente, como o trifluorometano – HFC-23, e substâncias que podem degradar a camada de ozono, como o diclorofluorometano – HCFC-22. A Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Noruega e Suécia apresentaram recentemente uma proposta de restrição universal dos PFAS, incluindo os polímeros PFAS.

Em dezembro do ano passado a AEA já tinha alertado que a maioria dos rios, lagos, águas de transição e costeiras da Europa está poluída com pelo menos um dos muitos compostos químicos persistentes do grupo PFAS, uma “família” de até 10.000 compostos. Os polímeros PFAS são usados em diversos produtos pelas suas propriedades antiaderentes, impermeáveis e resistentes a manchas.

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Dona da Parmalat compra Queijos Tavares com duas fábricas e 120 trabalhadores

Com a aquisição do grupo português Queijos Tavares, a gigante francesa que detém marcas como a Parmalat, Ucal ou Santal passa a contar com mais duas fábricas em Portugal.

A multinacional francesa Lactalis comprou o grupo português Queijos Tavares, proprietário dos queijos Seia do Tavares, Serras de Penela, Damar e Monte da Soalheira. O negócio, do qual não foi adiantado o valor, contempla a integração dos 120 trabalhadores das duas fábricas localizada em Seia e no Fundão, que se juntarão aos atuais 700 da Lactalis em Portugal.

O ano passado, a multinacional francesa Lactalis comprou o grupo português Sequeira & Sequeira, proprietário do Queijo Paiva. Com estas duas aquisições, a Lactalis passará a ter quatro unidades de produção em Portugal.

“Após a integração do Sequeira & Sequeira em 2024, a integração da Queijos Tavares permitirá à Lactalis em Portugal consolidar a produção e a comercialização de queijos locais e complementar a sua oferta de produtos em Portugal”, lê-se no comunicado da Lactalis Portugal.

Como lembra em comunicado, enviado às redações, esta transação está ainda sujeita à condição de ser emitida uma decisão de não oposição por parte das entidades competentes, no que se refere ao controlo de operações de concentração.

Fundado em 1996, o Grupo Queijos Tavares é um dos maiores produtores regionais de queijos e também o “principal fabricante em Portugal de queijos de especialidade de ovelha, incluindo ainda no seu portefólio três queijos de denominação de origem protegida (DOP)”.

(Notícia atualizada com mais informação)

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+M

Ikea estreia-se no mundo da moda e lança a sua primeira coleção de roupa

  • + M
  • 29 Abril 2025

A coleção inclui hoodies com o logótipo da marca sueca, mas também t-shirts em tons de preto, branco e rosa e uma seleção de acessórios, como chapéus, garrafas reutilizáveis ou guarda-chuvas.

Já conhecida pelos seus móveis, a Ikea aposta agora no lançamento de uma coleção de roupa que replica o design e a estética dos seus produtos.

A Aurtiende, uma coleção limitada e “criada para quem adota o estilo de vida Ikea, dentro e fora de portas”, apresenta uma série de peças de roupa de estilo urbano e prático, que “une design funcional e conforto”.

“Ao longo de 20 anos em Portugal, a Ikea tornou-se numa love brand. Uma marca de todos e para todos, em quem as pessoas depositaram confiança para fazer da sua casa um lugar melhor para estar. Achámos que esta relação com a marca vai muito além do que acontece dentro de portas, e esta divertida coleção Aurtiende leva essa paixão para as ruas. Com o mesmo estilo, a mesma praticidade e a mesma boa disposição” diz Jacqueline Annan, commercial activity leader da Ikea Portugal, citada em comunicado.

Criada pelos designers de interiores da Ikea, a coleção inclui hoodies com o logótipo da marca sueca, em preto, branco e verde, mas também t-shirts em tons de preto, branco e rosa. A gama conta ainda com uma seleção de acessórios, desde chapéus a garrafas reutilizáveis, sacos e tote bags até guarda-chuvas com as cores da bandeira sueca (azul e amarelo).

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Sofia Tenreiro é a nova CEO da Siemens Portugal

A nova CEO da Siemens Portugal, Sofia Tenreiro, assumirá as novas funções a partir de sexta-feira, dia 1 de maio.

A Siemens Portugal elegeu uma nova presidente executiva, Sofia Tenreiro. A nova CEO, que irá suceder a Fernando Silva, assumirá as novas funções a partir de sexta-feira, dia 1 de maio. “Estarei focada em dar continuidade ao trabalho que tem sido realizado, com especial foco nos clientes, na inovação e no desenvolvimento de tecnologia com propósito para dar resposta aos desafios mais prementes da atualidade e no trabalho em ecossistema, contribuindo para o estabelecimento de pontes entre o mundo empresarial e industrial, o Governo e a Academia”, refere em comunicado a nova CEO.

Com mais de 25 anos de experiência, Sofia Tenreiro transita da Deloitte Portugal onde liderava o setor Energy, Resources & Industrials. O seu percurso conta ainda com a passagem pela Galp, Microsoft e Cisco Portugal.

Foi um enorme privilégio liderar a Siemens Portugal nos últimos anos, e ter testemunhado o impacto extremamente positivo que esta tem na sociedade, bem como o importante contributo que tem dado na concretização dos planos de descarbonização e de transformação digital dos seus clientes e parceiros”, sublinha Fernando Silva, que ocupou o cargo entre janeiro de 2023 e abril deste ano, mantendo-se agora como presidente do Conselho de Administração.

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Matinal aposta em novo posicionamento focado no autocuidado

A marca avança com um novo posicionamento para se tornar "mais relacionável e relevante para um grupo maior de consumidores", recorrendo a um investimento em comunicação superior ao dos últimos anos.

A Matinal está a apostar num novo conceito, assente na assinatura “Começo por mim”. O objetivo passa tanto por resumir como “fazer evoluir a posição da marca” no autocuidado, “um território que sempre foi o seu”, aponta José Pedro Silva, coordenador de desenvolvimento de marcas e mercado de bebidas e food da Lactogal, grupo detentor da Matinal.

“Desde a sua origem, Matinal tem abordado o território do autocuidado com diferentes narrativas que foram expressando o espírito da marca e materializando o seu papel social ao longo de cada era da sua história. Hoje, revê este papel centrando-se no ‘eu’, nos momentos em que precisamos de parar para reenergizar, reorganizar ideias e fazê-lo apenas por nós próprios”, explica ao +M.

Enquanto nos anos 90 se apresentou ao mercado com a assinatura “Se eu não gostar de mim, quem gostará?”, a Matinal foi encontrando depois novas versões ao longo dos anos como “Porque eu gosto de mim”, ou mais recentemente como “Desperto o melhor de mim para o mundo”.

Agora, este reposicionamento, bem como a campanha que foi lançada em paralelo, procura “mostrar a importância do autoconhecimento e do autocuidado para que se possa estar pronto para os desafios que o quotidiano traz“.

“Fazer questionar o porquê de toda a pressa e de toda a azáfama, se esta é pelos motivos certos. E trazer a solução de nos obrigar a parar mais por nós em momentos onde a marca, naturalmente, tem vindo a estar presente com todo o seu portefólio, como que pequenos luxos dentro do verdadeiro luxo que é o termos tempo para nós”, explica o responsável.

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Com a campanha, a Matinal “apresenta o primeiro movimento de uma só pessoa para incentivar cada um a dar o primeiro passo no que toca a cuidar de si e a colocar-se em primeiro plano”. O objetivo passa por desafiar os portugueses a “abraçar o objetivo comum de se sentirem melhor e de ganharem importância no seu próprio dia-a-dia”.

“Um movimento que, à semelhança dos outros movimentos sociais, é partilhado por todos, mas que tem a particularidade de precisar de apenas uma pessoa para ter o impacto pretendido. Uma discussão que entendemos ser relevante, sobre a qual temos legitimidade para falar e que nos faz agora lançar o repto aos portugueses para que comecem por si”, diz José Pedro Silva.

Este reposicionamento por parte da Matinal acompanha também as mudanças significativas que tem ocorrido ao longo dos anos. “Se antes falávamos da ostentação, de estar na linha da frente, de não sentir o FOMO (fear of missing out), hoje falamos da possibilidade de reservar o tempo para o que nos faz sentir bem, de agregar mais benefícios às propostas de valor, o JOMO (joy of missing out). Ter tempo em prol do que nos eleva é o verdadeiro luxo”, observa o coordenador de desenvolvimento de marcas e mercado de bebidas e food da Lactogal.

Compreendendo estas tendências, percebemos que estava na hora de nos apropriarmos deste território de forma diferente. Para além disso, o contexto em que vivemos obriga-nos cada vez mais a pensar na importância do estar bem para o bem-estar. Acreditamos que não poderia ser mais atual e relevante. Escolher Matinal sempre disse mais sobre quem compra do que qual a marca de lácteos que prefere, há uma aspiração, uma projeção e partilha de valores, um papel que a marca tem no dia-a-dia do seu consumidor que queremos afirmar, de forma individual mas não individualista”, acrescenta.

Estas mudanças na marca visam também a atualização do seu discurso e dos seus códigos visuais e de fazer um “reframing do que é a marca, sem que se perca o seu papel para o consumidor e para o mercado”.

A Matinal “precisava de uma atualização na sua forma de estar para dar resposta ao que conhecemos ser as necessidades e vontade do nosso consumidor”, diz José Pedro Silva. “Para além disso, queremos tornar a marca mais relacionável e relevante para um grupo maior de consumidores. Acreditamos ter uma plataforma de construção futura da marca que envolve todos os que procuram o melhor para si. Queremos também com esta nova ideia criativa evidenciar as soluções multicategoria da marca, conquistando novas ocasiões de consumo junto destes targets“.

Embora sem revelar valores, José Pedro Silva refere que para este reposicionamento estratégico, que representa um “caminho de longo prazo” para o qual se apostou em “novos parceiros criativos”, foi feito um “investimento significativo e superior àquele que tem vindo a ser o investimento em comunicação de Matinal nos últimos anos”.

Com criatividade da McCann Lisboa, planeamento de meios da Mindshare e assessoria da Burson, a campanha marca presença em televisão, digital, outdoor e ponto de venda. A estratégia de comunicação aposta ainda em influenciadores.

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Politécnico da Guarda e World Talents querem atrair investimento estrangeiro

Politécnico da Guarda estabelece parceria com World Talents, plataforma que faz a ponte entre empreendedores, investidores, e os ecossistemas de startups e universidades.

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e a plataforma World Talents (WT) estabeleceram uma parceria com o propósito de captar investimento estrangeiro para o país, contribuindo ainda para a dinamização da economia do interior do país. A World Talents já “atraiu cerca de 80 empreendedores e empresas para o país, com um investimento total de aproximadamente 2,8 milhões de euros”, avança esta empresa.

Depois das universidades de Coimbra, Évora, Algarve e da Beira Interior, chegou agora a vez de o IPG estabelecer uma parceria com a WT, uma plataforma faz a ponte entre empreendedores, investidores e os ecossistemas de startups e instituições de Ensino Superior.

“O IPG tem vindo a criar novas oportunidades de investimento que promovem o crescimento dos nossos docentes e investigadores nas áreas do empreendedorismo, inovação tecnológica e transferência de conhecimento”, começa por afirmar Joaquim Brigas, presidente do Instituto Politécnico da Guarda. “A parceria com a World Talents reforça este compromisso e acreditamos que poderá ter um impacto relevante no nosso plano de ação”, assinala.

A parceria com a World Talents reforça este compromisso e acreditamos que poderá ter um impacto relevante no nosso plano de ação.

Joaquim Brigas

Presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Já Bernardo Saraiva, cofundador e diretor da WT, acrescenta, por sua vez, que “a World Talents acredita que a inovação e o crescimento do ecossistema de startups em Portugal passam também pela atração de empreendedores internacionais”.

Por isso mesmo, explana, “através do programa de mentoria e apoio ao desenvolvimento de tecnologias proprietárias [da WT], esses empreendedores podem fazer a diferença no crescimento do Politécnico da Guarda, num momento em que a missão desta instituição é avançar nos seus programas doutorais e licenciaturas diferenciadoras”.

World Talens - IPG

O programa Global Talent Portugal proporciona às universidades acesso a novas oportunidades de financiamento e recursos para fortalecer projetos de pesquisa e desenvolvimento, além de ampliar a sua rede de contactos internacionais.

Já aos empreendedores é dada oportunidade de estabelecer as suas atividades no país, contribuindo para os ecossistemas locais através de investimento, projetos de pesquisa e desenvolvimento e transferência de conhecimento, segundo detalha a WT.

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Banca está a devolver os 125 euros deduzidos indevidamente a reformados

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Desde que ocorreu o pagamento da meia-pensão pelas instituições de crédito aos bancários reformados em 2023, verificaram-se alguns erros no processamento, indica o sindicato.

Os sindicatos bancários da UGT anunciaram que a maioria dos bancos está a regularizar o pagamento em falta relativo à meia-pensão, ou seja, os 125 euros deduzidos indevidamente a alguns bancários reformados em 2023.

Recorde-se que desde que ocorreu o pagamento da meia-pensão pelas instituições de crédito aos bancários reformados [em 2023], verificaram-se alguns erros no processamento, levando centenas de sócios a contactar os Sindicatos com dúvidas e reclamações”, lembram o MAIS SBN – Sindicato dos Bancários do Norte e os SBC – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Banca em comunicado.

Desde essa altura, os sindicatos asseguram que desenvolveram todos os esforços no sentido da reposição dessa quantia aos reformados, reclamando junto de todas as entidades envolvidas, dos bancos ao Ministério das Finanças, a devolução dos 125 euros.

“A situação está finalmente a ser regularizada, com base na recente informação prestada pela Direção-Geral de Finanças, que facultou a cada uma das instituições as listagens com os erros apurados no processamento”, acrescentam.

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Depois do apagão de mais de dez horas, há direito a uma indemnização?

Do encerramento de aeroportos à perturbação generalizada nos transportes, falta de sinalização das ruas, falta de rede móvel e de eletricidade em todo, o país parou durante mais de dez horas.

Portugal e Espanha estiveram às “escuras” desde as 11h30 de segunda-feira até perto da meia-noite desta terça-feira em algumas zonas. Um dia marcado por um apagão generalizado na Península Ibérica mas também em algumas cidades europeias. Do encerramento de aeroportos, à perturbação generalizada nos transportes, falta de sinalização das ruas, falta de rede móvel ou nas próprias casas dos portugueses, o caos instalou-se no país. Mas será que existe algum direito a algum tipo de indemnização, depois deste apagão de mais de dez horas?

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) já avançou que o Regulamento da Qualidade de Serviço prevê compensações pagas aos consumidores pelos operadores de redes quando sejam ultrapassados o número ou duração máxima das interrupções regulamentadas. Contudo, nem tudo são boas notícias. “Se o incidente for classificado como um evento excecional os consumidores podem não ter direito a compensação“, lê-se no comunicado publicado esta terça-feira.

Um evento “excecional” decorre quando tiverem reunidas quatro condições: baixa probabilidade de ocorrência do evento ou das suas consequências; provoquem uma significativa diminuição da qualidade de serviço prestada; não seja razoável, em termos económicos, que os operadores de redes evitem a totalidade das suas consequências; e que o evento e as suas consequências não sejam imputáveis aos operadores de redes.

“É responsabilidade dos operadores de redes requererem e fundamentarem o pedido para classificação como evento excecional, se assim o entenderem, sendo de especial relevância a análise técnica a realizar pelas diversas entidades envolvidas”, sublinha a ERSE.

Ao ECO/Advocatus, o advogado José Luís Moreira da Silva considera que “muito dificilmente” os portugueses terão direito a alguma indemnização decorrente do apagão. “Aplica-se aqui a lei geral da responsabilidade extracontratual, ou seja, é preciso que seja detetado o responsável e este tenha atuado com culpa. O que neste caso me parece difícil“, assume.

Ainda assim, alerta que em determinados casos pode aplicar-se a responsabilidade contratual, desde que o contrato de fornecimento de energia celebrado com o consumidor inclua “algum dispositivo que regule a responsabilidade do fornecedor por cortes de energia” e o “caso presente não se possa incluir num caso de força maior que isente a responsabilidade do fornecedor”.

“Outra situação pode ser vista. Na Lei de crise energética, o Estado pode requisitar serviços de privados ou impor determinadas restrições na utilização da energia. A lei prevê um mecanismo arbitral de cálculo das compensações devidas por essas intervenções estatais. Não sei se haverá aqui algum caso destes”, aponta o advogado.

Caso haja direito a compensações, a ERSE explica que estas são pagas de “forma automática” aos clientes no início do próximo ano através da fatura do seu comercializador. “Uma interrupção com a duração da verificada, a 28 de abril de 2025, poderá ter um impacto significativo nos indicadores de qualidade de serviço que são apurados anualmente”, assumem.

Rui Mesquita, sócio da Antas da Cunha Ecija especialista na área de Seguros e Responsabilidade Civil sublinha que “não existe ainda explicação definitiva sobre as causas da falha. Em função da responsabilidade, e excluindo situação externa ou de força maior, poderá existir responsabilidade e obrigação de indemnizar por parte do responsável. Embora na prática seja processo complexo e de difícil concretização prática, apenas subsumível eventualmente como ação de consumidores/ lesados ( class actions/ ação popular, em que se protegem interesses difusos mas de relevância pública)”, explica o advogado.

“Sem prescindir , existem diversos seguros de danos na sua vida corrente que podem eventualmente ter cobertura para os danos resultantes diretamente do apagão, como sejam danos elétricos em equipamentos eletrónicos, como computadores, ou eletrodomésticos, como frigoríficos ou televisores, resultantes de sobretensão ou curto circuito. Ou mesmo o caso de deterioração de alimentos refrigerados, em função da interrupção do fornecimento de energia. Tais seguros encontramos no seguro multirrisco da nossa habitação (o seguro incêndio é o obrigatório mas geralmente é contratado um pacote de coberturas), ou seguro multirrisco comércio ou mesmo industrial, em que estão até eventualmente cobertos lucros cessantes)”, conclui.

 

Consumidores podem pedir indemnizações

Independentemente da resposta ser positiva ou negativa, a ERSE alerta que os consumidores podem sempre reclamar junto dos comercializadores de energia ou operadores de rede por eventuais prejuízos caudados pelo apagão. E o que devem fazer? Basta apresentarem provas desses prejuízos.

“Por regra, as interrupções de fornecimento não provocam danos em equipamentos. A reposição do serviço cumpre regras que visam acautelar danos em equipamentos”, refere.

A ERSE sublinha ainda que o apuramento da responsabilidade por eventuais prejuízos invocados pelos consumidores é competência dos tribunais.

E no caso dos aeroportos?

O apagão de segunda-feira teve também um forte impacto nos aeroportos e as notícias podem não ser muito animadoras para quem tenha enfrentado longos tempos de espera e perturbações nos seus voos. Segundo a empresa especialista em direito dos passageiros, a AirHelp, as perturbações em causa estão foram do controlo tanto das companhias aéreas como dos próprios aeroportos.

Se o atraso for superior a três horas ou se o voo for cancelado, o passageiro afetado não tem direito a qualquer compensação financeira. No entanto, as companhias aéreas são obrigadas a cobrir algumas das necessidades dos passageiros durante a interrupção”, explica a empresa.

Entre as necessidades que os passageiros podem ver ressarcidas está a água, alimentos e o acesso a telecomunicações a partir de duas horas de atraso. A companhia aérea deve ainda fornecer um voo ou transporte alternativo para o destino, mas se o passageiro decidir não voar, a companhia deve reembolsar o preço do bilhete.

“Se o atraso, o cancelamento ou a alteração do voo implicar que o passageiro tenha de pernoitar, a companhia aérea deve oferecer um quarto de hotel e transporte para o hotel. Paralelamente, os passageiros devem guardar todos os cartões de embarque e recibos de comida, bebida e alojamento para acelerar o processo de reclamação”, alerta a AirHelp.

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Banco de Portugal instaurou 115 processos e aplicou coimas de 1,83 milhões no 1.º trimestre

  • Lusa
  • 29 Abril 2025

Dos 115 processos instaurados, 101 respeitam a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita e 13 respeitam a infrações de natureza prudencial.

O Banco de Portugal (BdP) instaurou 115 processos de contraordenação e concluiu 221 nos primeiros três meses de 2025, tendo aplicado coimas de 1,83 milhões de euros, anunciou esta terça-feira o regulador.

Segundo a síntese de atividade sancionatória do BdP relativa ao período entre janeiro e março, “dos 115 processos instaurados, 101 respeitam a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita, 13 respeitam a infrações de natureza prudencial e um respeita a infrações de natureza comportamental”.

Já nos processos concluídos, “110 respeitam a infrações de natureza comportamental, 78 respeitam a infrações relacionadas com atividade financeira ilícita, 17 respeitam a infrações de natureza prudencial, 15 respeitam a infrações a deveres relativos à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e um respeita a infrações às regras em matéria de recirculação de numerário”.

O BdP informou ainda que, no âmbito destes processos concluídos, foram aplicadas coimas que totalizaram 1.831.250,00 euros, dos quais 40.000 euros suspensos na sua execução.

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Receitas da Allianz Partners sobem 8,7% para recorde de 10,1 mil milhões

  • ECO Seguros
  • 29 Abril 2025

A seguradora indica que o crescimento da receita e lucros assenta no investimento em tecnologia e na aposta na melhoria da eficiência operacional. 

As receitas da Allianz Partners subiram 8,7% em 2024 face ao ano anterior para recorde de 10,1 mil milhões de euros. Segundo comunicado avançado pela seguradora, o lucro operacional subiu 10,7% alcançando 333,5 milhões de euros, impulsionado por todos os segmentos de negócio.

CEO da Allianz Partners, Tomas Kunzmann: “Estes resultados refletem o dinamismo que gerámos em todas as áreas do nosso negócio e o nosso compromisso firme em oferecer soluções inovadoras aos nossos parceiros e tranquilidade aos seus clientes”.

A Allianz Partners indica que o crescimento da seguradora assenta num contínuo investimento em tecnologia com o objetivo de digitalizar os serviços da seguradora, ao mesmo tempo que aposta na melhoria da eficiência operacional. Os investimentos da seguradora na modernização visam responder às exigências dos clientes, aumentar a sua satisfação e quer continuar a “ser um parceiro de confiança para os diversos setores que servimos.”.

O nosso investimento na transformação em TI abrirá caminho para mais melhorias nas margens e temos a oportunidade de escalar o nosso modelo de negócio, repensando os nossos processos de ponta a ponta, aproveitando ainda mais os dados e a inteligência artificial.”, afirmou Michael Buttstedt, CFO da Allianz Partners.

A seguradora adianta que o seu negócio na área de saúde cresceu 14,7% face ao ano anterior, alcançando os 3,39 mil milhões de euros em receitas. O aumento das receitas resultou da combinação de novos negócios e crescimento orgânico nos segmentos tradicionais de Seguros Internacionais de Saúde Privada (IPMI) e no segmento de Estudantes Internacionais. O crescimento também foi sustentado “pelo reforço da presença operacional na Ásia e por um foco crescente nos segmentos de retalho.”.

Já na área de Viagens a seguradora indica que continua como a primeira a nível global com o volume de negócios neste segmento a aumentar ligeiramente para 3,2 mil milhões de euros, impulsionado principalmente pela Europa. “O segmento B2C, altamente rentável, continuou a crescer na América do Norte, enquanto os mercados de viagem na América do Norte e na Ásia-Pacífico normalizaram para os níveis pré-COVID, com taxas de adesão e preços de viagem mais baixos em comparação com 2023”, explica a empresa. Para as receitas neste segmento contribui a plataforma da Allianz que permite aos seus parceiros globais personalizar a ofertas de proteção de viagem para os clientes diretamente no processo de reserva – a Allianz Partners quer continuar a expansão em 2025. Do ponto de vista operacional, foram concluídas com sucesso 23.500 repatriamentos médicos em 2024.

Na área de assistência e mobilidade as receitas subiram 13,6%, alcançando os 3,3 mil milhões de euros. Em assistência rodoviária a segurador geriu gerindo 36,9 milhões de casos no último ano.

De acordo com o CEO da Allianz Partners, os resultados de 2024 foram o “melhor desempenho de sempre tanto ao nível do lucro operacional como das receitas”. “Estes resultados refletem o dinamismo que gerámos em todas as áreas do nosso negócio e o nosso compromisso firme em oferecer soluções inovadoras aos nossos parceiros e tranquilidade aos seus clientes”, acrescentou Tomas Kunzmann, que lidera a seguradora que prestou apoio a mais de 100 milhões de clientes globalmente e que em 2024 geriu mais de 260.000 casos por dia.

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Zurich Portugal lança campanha para reforçar posicionamento

  • ECO Seguros
  • 29 Abril 2025

Campanha irá reforçar o posicionamento e ligação com os clientes e vai decorrer até ao final do ano. A judoca Patrícia Sampaio dará a cara.

A Zurich Portugal lança nova campanha “Cuidamos” que assenta numa comunicação mais emocional e relacional com o objetivo de refletir o compromisso da seguradora com a proteção e bem-estar dos clientes.

Segundo comunicado avançado pela empresa, a judoca portuguesa Patrícia Sampaio, embaixadora da Zurich Portugal dará a cara pela campanha que se entenderá até ao final de 2025.

A diretora de marketing da Zurich Portugal, Emília Sanches, acredita que a campanha “irá reforçar o nosso posicionamento no mercado e a ligação que temos com os nossos clientes, colaboradores e parceiros de negócio, demonstrando o nosso compromisso contínuo em oferecer soluções de proteção inovadoras e um serviço de excelência”.

Sob o mote “Mais do que cobrir riscos, cuidamos”, a campanha adota uma comunicação positiva e otimista, que reforça que a atleta Patrícia Sampaio e a seguradora partilham os valores de excelência, cuidado, resiliência e sucesso, essenciais para a Zurich Portugal cumprir com “a sua missão de proteger e cuidar do que mais importa na vida dos seus clientes”.

A campanha, desenhada para consumidores com idades entre os 25 e 54 anos, destaca “três pilares fundamentais que definem a Zurich Portugal”, nomeadamente, “compromisso em resolver sinistros de forma justa, rápida e eficiente”; “a oferta de soluções de prevenção e um serviço ao cliente de excelência, proativo e personalizado” e a “ligação emocional forte da marca com os clientes, colaboradores e parceiros de negócio”, lê-se no comunicado.

Os check in do Aeroporto de Lisboa darão visibilidade máxima à “ligação emocional forte da marca com os clientes, colaboradores e parceiros de negócio”.

A diretora de marketing da Zurich Portugal acredita que a campanha “irá reforçar o nosso posicionamento no mercado e a ligação que temos com os nossos clientes, colaboradores e parceiros de negócio, demonstrando o nosso compromisso contínuo em oferecer soluções de proteção inovadoras e um serviço de excelência”, afirma Emília Sanches, Diretora de Marketing da Zurich Portugal.

A campanha será divulgada em televisão, rádio, digital e out of home, com outdoors de visibilidade nacional, nos transportes públicos de Lisboa e Porto, e presença contínua nos check-in do aeroporto de Lisboa. A campanha será ainda amplificada localmente através dos mupis dos parceiros de negócio da Zurich.

A Zurich Portugal faz parte do Zurich Insurance Group, está em Portugal há 106 anos, conta com mais de 550 colaboradores e uma rede de distribuição com mais de 1.800 Agentes de Seguros, Corretores, Bancos e parcerias, que servem mais de 830 mil clientes.

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Apagão entra na campanha e pode ter consequências nas legislativas

  • Luis Claro
  • 29 Abril 2025

Politólogos dizem que Luís Montenegro reagiu tarde em termos de comunicação. A forma como o governo geriu o dia de segunda-feira entra na campanha e pode ter efeitos eleitorais.

A forma como o governo geriu o apagão desta segunda-feira entrou em força na campanha eleitoral com o governo a ser acusado de reagir tardiamente e o executivo a querer passar uma imagem de eficácia durante as horas de incerteza e perante uma situação de emergência.

A atuação do governo durante a crise, nomeadamente a nível da comunicação, vai agitar o debate nos próximos dias. O PCP pediu, na segunda-feira à noite, um debate de urgência no parlamento e o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, convocou os partidos para uma reunião com o Governo para a tarde desta terça-feira com o objetivo de fazer um ponto da situação.

"Sob o ponto de vista de comunicação a única questão que se pode apontar ao governo é que a reação foi relativamente tardia, nomeadamente da parte do primeiro-ministro.”

António Costa Pinto

Politólogo

Certo é que esta a gestão desta crise poderá ter efeitos eleitorais e o governo podia ter sido mais rápido a reagir. “Sob o ponto de vista de comunicação a única questão que se pode apontar ao governo é que a reação foi relativamente tardia, nomeadamente da parte do primeiro-ministro”. As instruções públicas não foram rápidas da parte do governo”, diz António Costa Pinto, investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Paula do Espírito Santo admite que “a gestão do governo desta crise pode ter efeitos nas eleições legislativas antecipadas, mas tudo “depende dos desenvolvimentos”. A politóloga considera quer o tema “poderá entrar de forma muito forte na campanha” e instalar-se a discussão sobre se o governo conseguiu ou não ser eficaz.

"A gestão do governo desta crise pode ter efeitos nas eleições legislativas antecipadas, mas tudo depende dos desenvolvimentos.”

Paula Espírito Santo

Politóloga

A professora universitária considera que a reação do governo poderia ter sido mais rápida e o primeiro-ministro devia ter falado mais cedo. “Não foi perfeito. Tem de haver uma preparação para situações como esta. Devia ter havido uma capacidade mais ágil para comunicar”, diz ao ECO a politóloga, salientando que “devia haver mais informação para tranquilizar a estabelecer alguma ordem pública, dando informação com alguma frequência”.

Luís Montenegro falou ao país quatro horas depois do apagão e, mesmo antes de a situação estar normalizada, Pedro Nuno Santos defendeu que “a gestão de comunicação numa qualquer crise nunca é fácil, mas hoje exigia-se mais informação e celeridade por parte da Proteção Civil”.

Adelino Maltez considera que o Governo se limitou “a pilotar em automático o sistema”, mas não deixa de apontar falhas de coordenação. A declaração do ministro-adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, a colocar “hipóteses não devia ter acontecido, porque os ministros não são comentadores de energia e se estivesse calado fazia melhor”.

Castro Almeida reagiu ao corte antes do primeiro-ministro e depois do ministro António Leitão Amaro, que foi o primeiro a falar por volta das 12h30 (a eletricidade caiu uma hora antes), e admitiu que o apagão podia ter como causa um ciberataque. Já António Costa Pinto desvaloriza o episódio e considera que foi “apenas uma precipitação” numa altura em que “a informação ainda era escassa e algumas agências noticiosas reputadas acertaram ao lado”.

“O ponto mais importante foi a comunicação ter sido relativamente tardia e as instruções públicas não serem rápidas da parte do Governo”, remata.

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