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Fidelidade lança livro “A Jóia Que o Rei Não Quis”

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  • 21 Novembro 2024

O livro resulta de uma "aprofundada pesquisa de fontes documentais da mais diversa natureza", as quais integram o acervo documental que é objeto de tratamento e conservação pela Fidelidade.

“A Jóia Que o Rei Não Quis” é o nome do livro lançado pela Fidelidade, que celebra os 150 anos de história da “Faca de Mato”. Da autoria de Mónica Bello e editado pela Guerra & Paz, a obra “retrata a história ficcionada de uma joia da ourivesaria portuguesa do século XIX, uma Faca de Mato com cento e trinta animais de caça minuciosamente esculpidos em prata, que faz parte do acervo histórico da Fidelidade”, explica-se em nota de imprensa.

“Celebrando os seus 150 anos de história, a Faca de Mato foi encomendada por D.Fernando II ao mestre Rafael Zacarias da Costa, que dedicou onze anos de trabalho na sua criação. Finalizada a peça, D. Fernando II desistiu da compra e a faca, segurada pela Fidelidade, seguiu para Inglaterra na esperança de encontrar um comprador. Durante a viagem, em 1875, o navio que transportava a Faca naufragou e a peça só seria recuperada, um ano depois, por mergulhadores contratados pela Fidelidade”, acrescenta-se.

Esta é “uma obra que nos convida a mergulhar na fascinante história da Faca de Mato, uma peça única que simboliza a ligação profunda entre a Fidelidade e a história de Portugal“, diz Jorge Magalhães Correia, chairman da Fidelidade, citada em comunicado.

O livro resulta de uma “aprofundada pesquisa de fontes documentais da mais diversa natureza“, as quais integram o acervo documental que é atualmente objeto de tratamento e conservação pela Fidelidade, refere-se ainda na mesma informação.

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Washington sanciona cerca de 50 bancos russos

  • Lusa
  • 21 Novembro 2024

As sanções visam, em particular, o braço financeiro do gigante do gás Gazprom, o Gazprombank.

O Governo norte-americano anunciou esta quinta-feira uma série de sanções contra cerca de 50 instituições bancárias russas, com o objetivo de limitar “o acesso ao sistema financeiro internacional” e reduzir o financiamento do esforço de guerra russo na Ucrânia.

As sanções, que visam em particular o braço financeiro do gigante do gás Gazprom, o Gazprombank, afetam também cerca de 40 gabinetes de registos financeiros e 15 diretores de instituições financeiras russas. “Esta decisão tornará mais difícil ao Kremlin [presidência russa] ter capacidade para contornar as sanções dos Estados Unidos para financiar e equipar o seu Exército”, declarou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, num comunicado.

“Continuaremos a tomar medidas contra qualquer canal de financiamento que a Rússia possa utilizar para apoiar a sua guerra ilegal e não provocada na Ucrânia”, acrescentou. Noutro comunicado, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca (presidência norte-americana), Jake Sullivan, recordou que “em setembro, o Presidente [Joe] Biden anunciou um aumento da ajuda e de outras ações para apoiar a Ucrânia na sua resistência à agressão russa”.

“Hoje, os Estados Unidos impõem sanções significativas a mais de 50 instituições financeiras para reduzir a sua capacidade de prosseguir a sua violenta guerra contra o povo ucraniano”, sublinhou Sullivan. As sanções afetam o Gazprombank, mas também todas as suas filiais no estrangeiro, instaladas no Luxemburgo, em Hong Kong, na Suíça, em Chipre e na África do Sul.

Elas têm também como alvo mais de 50 instituições bancárias de pequena e média dimensão que se suspeita que Moscovo utiliza para canalizar pagamentos de equipamento e tecnologias que a Rússia está a adquirir. A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

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Telpark aposta em campanha outdoor nas ruas de Lisboa 

  • + M
  • 21 Novembro 2024

O conceito criativo foi desenvolvido pela GCI - Brand Influence, a quem a Telpark entregou recentemente o design gráfico, assessoria de imprensa, gestão de redes sociais e a implementação de eventos.

Com o objetivo de “estabelecer uma conexão personalizada com o público-alvo“, a Telpark lançou uma campanha de exterior na cidade de Lisboa, onde salienta que “pertence à cidade e está ao serviço de quem nela vive”.

A campanha foi desenvolvida com um storytelling assente em dois eixos de proximidade. Se, por um lado, é possível encontrar mensagens macro que introduzem a marca ao cliente (referindo as funcionalidades da app Telpark e detalhes relativos à conveniência dos parques disponíveis), “num território menos informativo e mais emocional, as mensagens afunilam em tom fun, direcionando-se especificamente para algumas das localizações e bairros mais emblemáticos de Lisboa”, explica-se em nota de imprensa.

O conceito criativo foi desenvolvido pela GCI – Brand Influence, agência do Grupo GCIMedia a quem a Telpark entregou recentemente não apenas o design gráfico, mas também a assessoria de imprensa, a gestão de redes sociais e a implementação de eventos.

Esta campanha visa mostrar que a Telpark está presente em cada bairro de Lisboa com o objetivo de oferecer distintas soluções de mobilidade seja para quem precisa de estacionar ou para quem necessita, por exemplo, de carregar o seu veículo, sempre ao melhor preço e com a maior comodidade. Outra vertente desta campanha é a de explicar os benefícios e descontos exclusivos da app Telpark, que assegura aos utilizadores um estilo de vida sem preocupações”, diz João Almeida, diretor territorial da Telpark Portugal, citado em comunicado.

Além de estar presente em suportes de exterior na capital lisboeta – através de mupis, outdoors e autocarros – a campanha decorre ainda nas plataformas digitais da Telpark na sua rede de parques. A empresa gestora de infraestruturas de mobilidade opera em 25 municípios em Portugal, contando com 38 parques de estacionamento na capital.

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Greenvolt sai de bolsa após KKR comprar as últimas ações

A Greenvolt deixa a Euronext Lisboa após a KKR adquirir as ações restantes dos pequenos investidores. A CMVM registou a aquisição potestativa, marcando o fim da cotação em bolsa.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) registou esta quinta-feira a aquisição potestativa Gamma Lux Aggregator (uma empresa do private equity norte-americano KKR) sobre as ações da Greenvolt que ainda se encontravam nas mãos dos pequenos investidores, colocando um ponto final na cotação dos títulos da empresa liderada por João Manso Neto.

Esta operação surge na sequência da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela GVK Omega e concluída a 25 de outubro, que resultou na obtenção de 97,64% dos direitos de voto da Greenvolt.

Com o registo desta oferta potestativa, a Gamma Lux Aggregator, uma sociedade de direito luxemburguês, já iniciou a aquisição das restantes 3,8 milhões de ações da Greenvolt, representativas de 2,36% do capital social da empresa, por forma a deter a totalidade do capital da empresa de energias renováveis. Para isso, compromete-se a pagar os acionistas minoritários uma contrapartida de 8,3107 euros por ação, valor idêntico ao oferecido na OPA.

“A contrapartida a pagar por todas as ações-alvo foi transferida da conta bancária aberta junto da Société Générale Luxembourg e encontra-se depositada numa conta bancária aberta junto do Banco Santander Totta, S.A., à ordem dos titulares das ações-Alvo”, destaca a empresa do grupo do KKR no comunicado enviado para a CMVM.

Com esta aquisição potestativa, as ações da Greenvolt são imediatamente excluídas da negociação na Euronext Lisboa. “A aquisição potestativa pela Lux Aggregator das ações-alvo implica, nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 195.º do Cód. VM, a exclusão das ações do mercado regulamentado Euronext Lisbon, com efeitos imediatos”, lê-se no comunicado.

Esta situação marca o fim de um capítulo para os investidores que acompanharam a empresa desde a sua entrada em bolsa e reduz ainda mais as opções de investimento no mercado acionista português.

Os investidores que quiserem impugnar a oferta potestativa da KKR tem agora 30 dias para se expressar, mas, segundo Octávio Viana, presidente da ATM – Associação de Investidores, “não parece que faça qualquer sentido fazê-lo.”

A última sessão das ações da Greenvolt em bolsa ficou marcada por uma queda de 0,24%, com os títulos a terminarem a sessão a cotar nos 8,22 euros.

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BES: Lesados veem “luz ao fundo do túnel” após reunião com grupo parlamentar do PSD

  • Lusa
  • 21 Novembro 2024

Nova reunião entre a Associação Lesados do Papel Comercial do BES e o grupo parlamentar do PSD ficou marcada para janeiro.

A Associação Lesados do Papel Comercial (ALPC) do BES disse esta quinta-feira existir “luz ao fundo do túnel” para uma solução que os satisfaça, após a reunião com o grupo parlamentar do PSD.

Em declarações à agência Lusa, após a reunião na Assembleia da República, em Lisboa, Jorge Novo da direção da ALPC disse que esta foi a primeira reunião com o grupo parlamentar do PSD desde que o atual Governo (PSD/CDS-PP) está no poder, tendo os representantes da ALPC se reunido com os deputados Hugo Carneiro e Hugo Soares (líder parlamentar do PSD).

“Há uma luz ao fundo do túnel. Eles também querem resolver a nossa situação, é lamentável andarmos nisto há 10 anos”, disse à Lusa Jorge Novo. O lesado do Banco Espírito Santo (BES) disse ainda que os deputados do PSD lhes disseram que iriam abordar em breve o tema com o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Nova reunião entre a ALPC e o grupo parlamentar do PSD ficou marcada para janeiro. Segundo Jorge Novo, na associação estão representados lesados que aderiram em 2017 à solução do papel comercial (em que recuperaram parte do investimento) e clientes que não aderiram por discordarem de que fosse recuperado apenas parte do dinheiro.

Os lesados que aderiram ao mecanismo de recuperação de créditos pretendem que todos recuperem 75% dos investimentos (a solução de 2017 fez depender o dinheiro recuperado do capital investido), enquanto os lesados que não aderiram pretendem recuperar 100% do investimento. “Queremos que o Governo resolva essa situação. Temos de conversar, analisar a situação. Vamos ver o que daqui para a frente sairá”, afirmou.

Em agosto, numa manifestação no Porto para assinalar os 10 anos da queda do BES, o vice-presidente da Associação dos Lesados do Papel Comercial (ALPC) Rui Alves disse à Lusa que “dos 2.100 lesados do papel comercial, há 258 lesados que não receberam os 75%” da indemnização parcial, estimando que para esses são precisos mais 39 milhões de euros. Já para os 20 a 25 lesados que não assinaram o acordo com o banco e que querem ser ressarcidas na totalidade estimou que são precisos seis milhões de euros.

O BES desapareceu há mais de dez anos, no domingo 3 de agosto de 2014, quando foi alvo de uma medida de resolução. A queda do banco e do Grupo Espírito Santo fez milhares de lesados, desde logo clientes do papel comercial. Dez anos depois da queda do BES, o julgamento do processo BES/GES arrancou em outubro passado.

Em 15 de outubro, no arranque do julgamento, o lesado do BES Jorge Novo interpelou o líder histórico do BES, Ricardo Salgado, durante a sua chegada ao tribunal. Então, em declarações à Lusa, Jorge Novo (que esteve reunido com o grupo parlamentar do PSD) disse que havia uma provisão para o papel comercial mas que transitou para o Novobanco e que aí “foi desaparecendo” e afirmou esperar que o atual Governo “resolva da situação”.

Os lesados do BES têm-se organizado em várias associações consoante os seus casos. Também a ABESD (Associação de Defesa dos Clientes Bancários) e a ALEV (Associação de Lesados Emigrantes da Venezuela e África do Sul) defendem que o poder político tem de tomar mais medidas para que lesados que representam recuperem perdas.

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Samsung investiga mito “Leiria não existe”. Criatividade é da Uzina

  • + M
  • 21 Novembro 2024

Numa série de quatro episódios desenvolvida em conjunto com a agência Uzina e a produtora Fred Fabrik, a Samsung vai averiguar a veracidade do mito da internet de que “Leiria não existe”.

Unindo-se ao humorista Guilherme Fonseca, a Samsung Portugal quer tirar a limpo – através da ferramenta Circle to Search da Google e da inteligência artificial do Galaxy S24 – se Leiria existe mesmo ou não.

O novo projeto da marca tecnológica “Leiria Não Existe” consiste numa série de quatro episódios que tem por base “um dos maiores mitos urbanos portugueses da internet“: que “Leiria é inventada e não passa de um território imaginário”.

“Introduzindo a funcionalidade do Circle to Search, presente nos smartphones Galaxy da Samsung, o humorista Guilherme Fonseca vai tentar descobrir mais informação acerca de alguns dos símbolos icónicos da cidade, como o Castelo de Leiria ou a Brisa do Lis. A partir desta ferramenta, a veracidade dos factos vai ser – ou não – confirmada”, explica-se em nota de imprensa.

Desenvolvida em conjunto com a agência criativa Uzina e a produtora Fred Fabrik, a série vai dar destaque a alguns dos sítios mais icónicos da cidade num “verdadeiro roteiro turístico”, como o Castelo de Leiria, a Praça Central, a Capela de Nossa Senhora da Encarnação ou o Santuário dos Milagres.

Melhor do que tentar comunicar uma das funcionalidades originais dos nossos smartphones, é demonstrar o impacto que esta pode ter no nosso dia-a-dia, sobretudo para as novas gerações. E nada melhor do que um verdadeiro mito da internet para dar força a uma das ferramentas mais poderosas dos nossos Galaxy. Desde o início que acreditámos que este poderia ser o caminho e, com a ajuda do Guilherme, tudo fez sentido“, Ana Oliveira, diretora de marketing e retail da divisão de mobile na Samsung Portugal, citada em comunicado.

Disponibilizado semanalmente, nas páginas de Instagram e YouTube da marca, cada episódio foca-se num conteúdo específico da cidade, desde os monumentos à gastronomia “ou, até, desafiar os leirienses no seu conhecimento sobre a cidade onde habitam”.

“Não era qualquer marca que me levava até Leiria para provar uma teoria da conspiração. ‘Leiria’ pode não existir, mas a liberdade criativa que a Samsung me deu para escrever os guiões, e gravar na cidade, essa existiu e muito. Espero que as pessoas se divirtam tanto a ver, como nós a gravar”, refere Guilherme Fonseca.

O desenvolvimento do projeto contou também com a parceria da Câmara Municipal de Leiria e do Turismo de Leiria.

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Matt Gaetz retira candidatura a procurador-geral dos EUA

  • Lusa
  • 21 Novembro 2024

"Embora o ímpeto fosse forte, é claro que a minha confirmação estava injustamente a tornar-se uma distração para o trabalho crítico da transição Trump/Vance", escreveu Gaetz na rede social X.

O congressista norte-americano Matt Gaetz retirou-se esta quinta-feira do processo de nomeação para o cargo de procurador-geral, para o qual foi indicado pelo Presidente eleito Donald Trump, quando é alvo de suspeitas numa investigação federal sobre tráfico sexual.

Tive excelentes reuniões com os senadores ontem [quarta-feira]. Agradeço o seu feedback atencioso e o incrível apoio de tantos. Embora o ímpeto fosse forte, é claro que a minha confirmação estava injustamente a tornar-se uma distração para o trabalho crítico da transição Trump/Vance”, escreveu Gaetz na rede social X, referindo-se à nova administração do Presidente Eleito e do seu vice-Presidente.

“Não há tempo a perder com uma disputa desnecessariamente prolongada em Washington, pelo que vou retirar o meu nome da consideração para servir como procurador-geral. O Departamento de Justiça de Trump tem de estar a funcionar e pronto no dia 01”, adiantou o congressista da Flórida.

“Continuo totalmente empenhado em garantir que Donald J. Trump seja o Presidente mais bem-sucedido da história. Ficarei para sempre honrado com o facto de o Presidente Trump me ter nomeado para liderar o Departamento de Justiça e estou certo de que ele salvará a América”, conclui Gaetz.

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CMVM vai manter modelo de autorregulação na governança das empresas

O regulador dos mercados faz um balanço positivo do modelo de "autorregulação" através do qual são avaliadas as práticas de governança das empresas. O modelo é para manter.

A avaliação e acompanhamento das práticas de governança das empresas estão sob a alçada do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), que colabora com o regulador dos mercados e a associação de emitentes neste exercício de “autorregulação”. A CMVM está satisfeita com os resultados obtidos, pelo que apoia a continuação deste modelo.

“Neste cenário, neste contexto e com estes resultados, não há motivo para se questionar o caminho feito e colocar em cima da mesa outras opções”, defendeu Juliano Ferreira, administrador da CMVM, quando questionado se a autorregulação é para manter, durante um debate no estúdio do ECO. “Não sendo um padrão a nível internacional, tem dado bons resultados e pode ser exportado potencialmente para outro tipo de áreas de supervisão”, acrescentou.

Vivemos num mundo de excesso de regulação, e há que celebrar estes fenómenos de autorregulação“, considerou Pedro Rebelo de Sousa, Presidente do Conselho Geral do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG), no discurso de encerramento da apresentação do Relatório Anual de Monitorização do Código de Governo Societário — um guia com as melhores práticas de governança –, desenvolvido pelo IPCG.

Da esquerda para a direita: Juliano Ferreira, administrador da CMVM. Abel Sequeira Ferreira, diretor executivo da AEM, Rui Pereira Dias, membro da CEAM — Comissão Executiva de Acompanhamento e Monitorização do IPCG e o moderador do debate, André Veríssimo.

Este relatório anual, que vai na sexta edição, dá conta que, em 2023, 87% das recomendações do Código de Governança Societária do IGCP foram acolhidas, uma evolução positiva em quatro pontos percentuais face a 2022. De momento, 36 empresas são voluntariamente avaliadas em relação às suas práticas de governança com base neste guia do IPCG. O instituto desenvolve o Código e monitoriza a respetiva aplicação em colaboração com CMVM e a Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM).

Já na abertura, Miguel Athayde Marques, presidente da AEM, tinha sublinhado que este “testemunho de autorregulação” era “de salientar” por ser “invulgar”. Saudou também as empresas que “procuram a melhoria das respetivas condições de governança” por esta via.

Na ótica de Pedro Rebelo de Sousa, desde 2014/2015, quando em Portugal “se demonstrou que grandes empresas eram paradigma de ausência de governance” — nos anos da queda do Banco Espírito Santo –, fez-se uma “viagem” no universo da governança corporativa, que “evolui para esta solução que parece estar a fazer o seu caminho”

A autonomia dada no campo da governança é “intencional” e “não significa um desligamento por parte da supervisão”, já que lhe compete garantir a qualidade da informação, afirmou Juliano Ferreira, membro do conselho de administração da CMVM, no âmbito de um debate que se seguiu à apresentação do relatório, esta quarta-feira, no estúdio ECO.

Juliano Ferreira vê a questão da autorregulação numa lógica de “colaboração ou complementaridade”, sendo que essa complementaridade “traz valor acrescentado para o processo, empresas, acionistas e stakeholders“, considerou.

Em relação aos benefícios deste exercício de autorregulação para empresas que ainda não estão cotadas, Juliano Ferreira destaca que este escrutínio do IPCG pode “deixá-las mais próximas do mercado”. Isto, na medida em que o exercício pode servir de “catalisador de desenvolvimento das empresas”, ao conferir capacidade e estrutura “para poderem pensar em formas alternativas de financiamento que passem pelo mercado”.

 

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Ministra da Justiça designa Susana Videira Diretora-Geral da Política de Justiça

Nova Diretora-Geral da Política de Justiça inicia funções a 1 de dezembro. Susana Videira é licenciada, mestre e doutorada em Direito.

A Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, nomeou Susana Videira como Diretora-Geral da Política de Justiça, para um mandato de cinco anos, função que já desempenhou entre 2013 e 2018.

A escolha vem na sequência do concurso público realizado pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

Desde 2022, Susana Videira coordena a licenciatura em Direito e o mestrado em Direito Judiciário da Universidade Europeia, destacando-se por uma carreira académica sólida. Lecionou em várias instituições de ensino superior, incluindo a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Além da sua experiência académica, Susana Videira é membro efetivo do Conselho Pedagógico do Centro de Estudos Judiciários e tem contribuído com o seu trabalho para diversas comissões e órgãos consultivos de relevância no setor jurídico.

Susana Videira sucede a Lídia Jacob, que liderava a DGPJ em regime de substituição. É licenciada, mestre e doutora em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na área de Ciências Histórico-Jurídicas.

Coordenadora da licenciatura em Direito e do mestrado em Direito Judiciário da Universidade Europeia, onde exerce também como professora associada. É investigadora integrada do IURIS — Instituto de Investigação Interdisciplinar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).

Com experiência na gestão académica e institucional, foi subdiretora e membro do conselho de gestão da FDUL. No âmbito da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução, foi consultora, presidente de júris de recrutamento e especialista em avaliações de risco relacionadas com o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.

No setor público, foi Diretora-Geral da Direção-Geral da Política de Justiça, integrou comissões interministeriais e representou Portugal em organismos internacionais. Entre os seus marcos profissionais, inclui-se a coordenação técnica do Programa de Ajustamento Financeiro para a área da Justiça e a atuação como adjunta em gabinetes ministeriais de diferentes Governos Constitucionais.

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SRS Legal assessora DBRS em elaboração de rating para operação de obrigações de subsidiária do FC Porto

A equipa de Bancário e Financeiro da SRS Legal assessorou a agência Morningstar DBRS no processo de atribuição de rating de investimento à operação de emissão de obrigações da Dragon Notes, do FCP.

A equipa de Bancário e Financeiro da SRS Legal – liderada por Alexandra Valente e João Santos Carvalho – assessorou a agência Morningstar DBRS no processo de atribuição de rating de investimento à operação de emissão de obrigações da Dragon Notes, subsidiária da FC Porto SAD.

Esta emissão foi organizada pelo J.P. Morgan e destina-se à colocação privada junto de investidores institucionais no mercado norte-americano (US Private Placement). O reembolso das obrigações será assegurado por receitas associadas à exploração do Estádio do Dragão.

Em declarações ao Porto Canal, o administrador financeiro da SAD portista detalhou a operação de financiamento. “Trata-se de uma operação inovadora a nível nacional e internacional. É uma operação de muito longo prazo, pois estamos a falar de uma operação de 25 anos. É uma emissão obrigacionista que vai ser feita através de uma sociedade que é a Dragon Notes, uma subsidiária do F. C. Porto, que detém 70% dos direitos económicos da Porto Stadco. Aproveito para referir que esta emissão foi possível após a renegociação do acordo com a Ithaka, uma renegociação que foi feita já pela atual Administração e que possibilitou esta operação de emissão de dívida a partir dos 70% dos direitos económicos da Porto Stadco. Através da Dragon Notes, iniciámos a montagem da operação há cerca de seis meses e conseguimos um rating de qualidade por parte de uma agência internacional (DBRS), dando qualidade de investimento a esta operação. É um três B baixo, mas mesmo assim dentro de um nível de ‘investment grade’ de qualidade a nível nacional. Após a atribuição do rating, iniciámos a montagem da operação em conjunto com um banco internacional, o JP Morgan, que nos ajudou”, afirmou José Pereira da Costa.

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Lucros da Altri disparam 218% até setembro. Subida de preços puxa pelas receitas

Nos primeiros nove meses do ano, os lucros do grupo Altri ascenderam a 89,6 milhões de euros. Megacomplexo industrial na Galiza “continua em processo de tramitação da licença ambiental”.

O resultado líquido do Grupo Altri, que detém as unidades industriais Biotek, Caima e Celbi, atingiu 89,6 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que representa um crescimento de 217,6% face aos 28,2 milhões registados no mesmo período do ano passado.

Já o aumento das receitas totais em 11,4%, para 669,7 milhões de euros, é justificado, em comunicado enviado à CMVM, com a “evolução favorável dos preços das fibras celulósicas nos mercados internacionais”. O grupo produziu 815,3 mil toneladas até setembro, 4,3% acima, com as vendas em volume a ascenderam a 827,7 mil toneladas (+2,1%).

Por outro lado, o “foco contínuo na eficiência” resultou numa diminuição dos custos totais em 2,8%, para 489,6 milhões de euros. Como resultado, apresentou um EBITDA de 180,1 milhões – progressão de 84,6% -, correspondendo a uma margem de 26,9%, que fica 10,7 pontos percentuais acima do período homólogo.

O investimento líquido caiu para metade (24,5 milhões de euros) na comparação com uma fase em que instalou uma nova caldeira de biomassa na Caima, o que explica a redução da dívida em 106,9 milhões no final do terceiro trimestre face ao final de 2023. Apesar da distribuição de um dividendo de 51,3 milhões no segundo trimestre, frisa, a dívida líquida do grupo recuou para 249,8 milhões no final de setembro, sendo 36% remunerada a taxa fixa (incluindo contratos de swaps de taxa de juro).

Na nota ao mercado, José Soares de Pina, CEO, destaca a transformação da Biotek numa unidade 100% vocacionada para a produção de pasta solúvel, com aplicação direcionada para a indústria têxtil, até ao final de 2026. Um ano antes prevê concluir na Caima o projeto de recuperação e valorização de ácido acético e furfural de base renovável.

Já quanto ao Projeto Gama, que tinha sido alvo de contestação na Galiza, do qual já ameaçou desistir – “não fazemos investimentos onde não os querem”, avisou o gestor – e em que prevê apoios do PRR espanhol, refere apenas que “continua em processo de tramitação da licença ambiental integrada, um critério importante para permitir a tomada de decisão final de investimento”.

Um relatório da consultora Valora contabilizou que este investimento próximo de mil milhões de euros para produzir pasta solúvel e fibras têxteis sustentáveis (lyocell) vai ter um impacto médio anual de 342 milhões no PIB galego ao longo de 22 anos, após a construção, e irá gerar 3.608 postos de trabalho, dos quais 500 diretos.

Além das três fábricas de fibras celulósicas em Portugal com uma capacidade instalada anual superior a 1,1 milhões de toneladas -, o grupo que no final do ano passado geria quase 93 mil hectares de floresta em Portugal está também presente no setor de energias renováveis de base florestal, nomeadamente a cogeração industrial através de licor negro.

Em matéria de sustentabilidade, na mensagem enviada esta quinta-feira ao mercado, José Soares de Pina destaca que “o grupo atingiu este nível de resultados, compatibilizando a sua atividade com o exigente Compromisso 2030”. “O empenho dos colaboradores e o eficiente trabalho em equipa levou a Altri à liderança mundial do setor de Paper & Pulp em termos de ESG em 2024, reconhecido pela Sustainalytics, uma das principais agências globais de rating ESG”, sublinha.

Como o ECO noticiou no mês passado, a holding detida por Domingos Vieira de Matos prepara-se para aumentar a posição acionista na Altri e poderá chegar aos 17,22% do capital, o que a tornaria uma das maiores acionistas. A VDM Capital celebrou um contrato de equity swap com liquidação financeira, que tem como subjacente uma quantidade máxima de 10 milhões de ações da Altri, representativas de 4,87% do capital social.

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Partidos querem IVA a 6% na comida para bebés e animais de companhia no OE2025

Chega, IL e PAN têm propostas para reduzir o imposto da alimentação infantil, medida que está no programa do Governo, e para baixar a taxa sobre a ração dos animais domésticos. PSD e PS avaliam voto.

O debate orçamental é sempre profícuo em propostas para reduzir o IVA sobre vários bens de consumo. Chega, IL e PAN entregaram projetos de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (2025) que visam baixar o imposto da alimentação infantil e da ração para animais de companhia para a taxa mínima, de 6%, produtos que atualmente são tributados pela taxa máxima de 23%. Iniciativas deverão ser votadas na próxima terça-feira, dia 26.

No PSD, a orientação será para votar favoravelmente apenas a sua única proposta de redução do imposto sobre as touradas. Em relação a outras descidas do IVA, o grupo parlamentar ainda está a estudar o sentido de voto, sendo que, no programa do Governo da Aliança Democrática (AD) de Luís Montenegro, está escrito que deverá ser ponderada “a redução do IVA para a taxa mínima na alimentação para bebés” de forma a apoiar “as famílias no acesso a alimentação adequada do ponto de vista nutricional às necessidades dos bebés”. O PS também está a avaliar as várias iniciativas e ainda não tomou uma posição sobre a viabilização ou não das propostas, sabe o ECO. Será necessário o apoio de pelo menos uma destas bancadas para as alterações serem aprovadas.

No que diz respeito à comida das crianças, o Chega propõe baixar o IVA de 23% para 6% dos “alimentos transformados à base de cereais e alimentos para bebés“, especificamente: “biscoitos e bolachas para bebés; purés de frutas para bebés; sopas para bebés; refeições preparadas para bebés; alimentos lácteos para bebés“, lê-se na iniciativa entregue no Parlamento.

Na nota justificativa, o partido de André Ventura defende que “reduzir o IVA destes alimentos para a taxa reduzida de 6% é uma medida que traz benefícios, por um lado, ao nível do apoio social às famílias ao reduzir os seus custos, especialmente ao das famílias numerosas e das economicamente vulneráveis com bebés”. Para além disso, trata-se de um “claro de apoio à natalidade”, sustenta. “Num contexto em que a demografia portuguesa tem apresentado, durante os últimos anos, um saldo natural negativo, esta medida vai ao encontro do desígnio nacional de promover a natalidade”, de acordo com o texto que suporta a proposta.

A Iniciativa Liberal (IL) apresentou uma proposta de descida do imposto dos “produtos alimentícios destinados a lactentes e crianças de pouca idade, incluindo as fórmulas de transição” e ainda dos “alimentos para fins medicinais específicos e os substitutos integrais a dieta para controlo do peso”. Não é a primeira vez que os liberais defendem o alívio fiscal da comida dos bebés. Nos orçamentos do Estado para 2020, 2021 e 2022 também reivindicaram a redução do IVA da alimentação infantil para a taxa mínima, mas a proposta nunca passou por causa do voto contra do PS. Em 2020 e 2021, o PSD absteve-se e, em 2022, votou favoravelmente. De salientar que o CDS, parceiro de coligação do atual Executivo, também é apologista deste alívio fiscal, tendo inclusivamente apresentado uma proposta nesse sentido, no Orçamento de 2021, que também foi rejeitada.

O partido, liderado por Rui Rocha, sinaliza que o IVA reduzido da comida infantil e dos alimentos para fins medicinais específicos e os substitutos integrais a dieta para controlo do peso já está previsto no Regulamento da União Europeia n.º 609/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho de 12 de junho de 2013.

Em relação aos alimentos dos bebés, argumenta que, embora continuem “a ser tributados à taxa normal, e não à taxa reduzida ou intermédia”, todos os seus ingredientes já beneficiam de “IVA reduzido ou intermédio”. “Assim, a presente proposta visa tributar à taxa reduzida este tipo de produtos, de modo a incentivar a natalidade e desonerar as famílias”, lê-se na nota justificativa em anexo à proposta de alteração.

Os liberais lembram ainda que “a redução dos impostos sobre estes alimentos é uma promessa” do programa do atual Governo, defendendo que “a implementação desta medida, mais que um custo, é uma desoneração e um investimento no reforço da natalidade no país”.

A proposta de redução do IVA da alimentação infantil é uma repetente na arena dos debates orçamentais. De lembrar que, até 2011, estes produtos eram tributados pela taxa intermédia de 13%, mas com a chegada da troika essa benesse acabou e o Governo de coligação PSD/CDS, liderado por Pedro Passos Coelho, decidiu aumentar para a taxa máxima o imposto da alimentação infantil no Orçamento do Estado para 2012.

Na altura, a ministra da Agricultura e líder do CDS, Assunção Cristas, desvalorizou o agravamento da tributação da comida dos bebés com declarações que geraram polémica: “As alturas de crise são também alturas para os pais refletirem sobre o que dão às crianças e voltar a dar fruta em estado natural, e essa não tem o problema do IVA. Basta falar com pediatras ou nutricionistas para perceber que boiões de fruta, de carne ou de peixe não é exatamente o que se deve dar aos bebés”.

Redução do imposto da ração dos animais de companhia

No que diz respeito à ração dos animais de companhia, que abrangem não só cães e gatos, mas também peixes, aves domésticas, pequenos mamíferos, como coelhos ou hamsters, répteis e anfíbios de pequeno porte, Chega e PAN têm duas propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 para reduzir o IVA da taxa máxima, de 23%, para a reduzida, de 6%.

Na argumentação apresentada ao Parlamento, o partido de André Ventura começa por sinalizar que “a evolução da sociedade permitiu a adoção de um novo estatuto jurídico para os animais que passaram a ser reconhecidos como seres vivos dotados de sensibilidade e objeto de proteção jurídica”.

“Ao contrário da maioria dos países europeus, onde se aplica uma taxa reduzida de IVA a produtos alimentares para animais, em Portugal aplica-se a taxa de 23%, em vez de uma taxa intermédia ou mínima. Esta carga fiscal elevada, somada às dificuldades económicas prevalentes, é frequentemente apontada como uma das principais razões para o abandono de animais de companhia, devido ao custo elevado da sua alimentação.”, lê-se na nota justificativa.

Citando o Código Civil, o grupo parlamentar do Chega alerta que “é responsabilidade do proprietário assegurar que os animais tenham acesso a água e alimentos”. “A omissão desses cuidados pode, inclusive, configurar crime contra animais de companhia, punível ao abrigo dos artigos 387.º e 388.º do Código Penal”, acrescentam.

Deste modo, “a aplicação da taxa a 23% a produtos destinados ao consumo animal compromete a satisfação das necessidades básicas de sobrevivência dos animais e onera os seus proprietários, que enfrentam vários custos significativos para assegurar o bem-estar dos mesmos”, defendem os deputados. “Assim, é necessário ajustar a taxa de IVA à evolução legal e social, reduzindo-a para a taxa mínima de 6%, de modo a garantir tanto o cumprimento das necessidades básicas dos animais quanto a sua acessibilidade para os seus proprietários”, sustentam.

Os argumentos do PAN vão na mesma linha. Defendendo que “o bem-estar e a saúde animal são hoje uma preocupação incontornável, que encontra respaldo em diferentes diplomas legislativos”, o partido, liderado por Inês de Sousa Real, considera que “é um dever do Estado minimizar os impactos negativos da crise social na vida de todas as pessoas, através de medidas que assegurem que ninguém fique privado dos seus direitos e do acesso dos seus animais de companhia a cuidados de saúde de que estes possam carecer”.

A nota justificativa do PAN lembra também que “a não prestação de cuidados de alimentação e de saúde a um animal pode, inclusivamente, constituir crime contra animal de companhia”. “A ausência de mecanismos públicos que garantam o apoio às populações mais vulneráveis que detenham animais de companhia é absolutamente fundamental”, escreve a deputada única. Por isso, e “tendo em conta que a alimentação dos animais de companhia continuam a ser taxados à taxa máxima de IVA (23%) e que muitas pessoas não conseguem comportar estes custos, colocando em causa o bem-estar dos seus animais de companhia, é importante que se viabilize o acesso a estes produtos essenciais para a saúde e bem-estar dos animais pela redução da taxa de IVA para os 6%”, conclui Inês de Sousa Real.

De lembrar que a nova diretiva comunitária sobre taxas de IVA, que alargou a possibilidade de aplicar isenções a um conjunto mais vasto de bens e que tem de ser transposta pelo Governo até ao final deste ano, permite não tributar “produtos alimentares (incluindo bebidas, com exceção das bebidas alcoólicas) destinados ao consumo humano e animal”.

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