Falências e registos de empresas na UE caíram no primeiro trimestre

Quedas homólogas foram de 0,9% e 5,1%, respetivamente. Construção, comércio, serviços de alojamento e restauração não registavam tão poucas empresas desde 2019. Portugal está a meio da tabela.

As falências e os registos de novas empresas na União Europeia (UE) caíram no primeiro trimestre do ano, informou esta sexta-feira o Eurostat. Entre janeiro e março de 2025, o número de declarações de insolvência na UE diminuiu 0,9%, em termos homólogos, e os registos de empresas reduziram 5,1%.

Apesar da queda, as falências ainda se mantêm acima do período pré-pandemia, em 2018 e 2019, segundo o organismo de estatística da UE. E não está a refletir-se na criação de novas empresas, uma vez que, no primeiro trimestre, os registos de empresas desceram em todos os setores de atividade económica, tendo a queda mais notável sido observada na construção, comércio e informação e comunicação.

“Os registos das empresas desceram para níveis inferiores aos anteriores à crise da Covid-19 (quarto trimestre de 2019) em setores da economia tais como: construção, comércio, serviços de alojamento e restauração. Na indústria, houve menos empresas registadas no primeiro trimestre de 2025 do que no quarto trimestre de 2019, antes da pandemia”, lê-se no relatório do Eurostat publicado esta manhã.

Portugal viu as insolvências baixarem 10,8% do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre de 2025, o que coloca o país a meio da tabela. Nesta comparação em cadeia, entre os países da UE para os quais existem dados disponíveis, os maiores aumentos nas declarações de falência foram registados na Grécia (+35,9%), na Suécia (+22,7%) e na Estónia (+20,4%), enquanto as maiores quedas observaram-se no Chipre (-70,0%), em Malta (-66,6%) e na Letónia (-21%).

Quanto aos registos de novas empresas, Portugal ficou na linha de água na comparação em cadeia (+0,2%). O ranking dos Estados-membros da UE com os maiores aumentos nos registos de novas empresas, do último trimestre do ano passado para o primeiro de 2025, foi liderado pelo Chipre (+9,8%), na Lituânia (+8,9%) e na Croácia (+4,2%). Já as maiores reduções nos registos de novas empresas verificaram-se nos Países Baixos (-38,4%), na Roménia (-32,3%) e em Espanha (-16,1%).

O índice de registo de empresas e falências dos 27 Estados-membros contraiu de 107.1 nos primeiros três meses de 2024 para 101.6 entre janeiro e março deste ano, sendo que em Portugal se manteve semelhante de um ano para o outro (121.3 e 121.6, respetivamente). Trata-se do sexto valor mais elevado da tabela dos países da UE, logo abaixo da Alemanha.

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Já são conhecidos os vencedores dos Prémios da Compensação

  • Trabalho
  • 16 Maio 2025

Os Prémios da Compensação reconhecem as empresas que estão a "transformar o mundo do trabalho". Natixis, Volt Games, Weezie, Untile, SIXT e Padaria Portuguesa estão entre os premiados da 1ª edição.

Estão encontrados os vencedores dos Prémios da Compensação, uma iniciativa promovida pela Coverflex que distingue empresas e profissionais que lideram o futuro do trabalho em Portugal, através de estratégias focadas no bem-estar, na inovação e na flexibilidade.

A cerimónia de entrega dos prémios decorreu em Lisboa e reuniu mais de 100 convidados, entre finalistas, especialistas em gestão de pessoas e vozes influentes do ecossistema empresarial, num momento de celebração e reflexão sobre o futuro da compensação.

Vencedores: categoria Empresas

Na categoria de Empresas, a distinção de “Melhor Política de Compensação” foi atribuída à Natixis (segmento de grandes empresas), à Zühlke Engineering (médias empresas) e à Ubbu (pequenas empresas), reconhecendo estratégias consistentes e centradas nas pessoas.

O título de “Líder em Inovação na Compensação” foi entregue à Carwow, nas médias empresas, e à Volt Games, nas pequenas empresas, pela capacidade de desenvolver abordagens diferenciadoras na forma como compensam os seus colaboradores.

A Mobilwave e a Weezie receberam uma distinção no segmento de “Líder em Transparência na Compensação”, enquanto média e pequena empresas, respetivamente, posicionando-se como exemplos de comunicação aberta e prática justa na gestão da compensação.

Já o prémio “Líder em Literacia Financeira” destacou novamente a Natixis, a Aqualab e New Trading Horizons (NTH), nas categorias de grandes, médias e pequenas empresas, respetivamente, pelo seu compromisso com a capacitação financeira das suas equipas.

Vencedores: categoria Pessoas

Além das empresas, os Prémios da Compensação incluem uma categoria dedicada a Pessoas, que reconhece profissionais que estão a implementar e a inspirar práticas mais humanas nas suas organizações.

Elisabete Duarte, chief pperating officer da Untile, foi distinguida como “Embaixadora da Compensação”; Adriana Rodrigues, executive people business partner da SIXT, venceu o prémio de “Embaixadora de Diversidade e Inclusão”, e Susana Rosa, chief people officer da Padaria Portuguesa, recebeu o título de “Embaixadora de Inovação para Pessoas”.

“A compensação assume um papel cada vez mais estratégico na forma como as organizações atraem e valorizam talento. Com esta iniciativa, quisemos reconhecer quem está a liderar esse caminho em Portugal — com práticas mais transparentes, inclusivas e centradas nas pessoas. Esta primeira edição dos Prémios da Compensação representa um passo importante na construção de uma nova cultura de gestão de pessoas, e é com grande entusiasmo que vemos tantas empresas a contribuir ativamente para essa transformação”, afirma Inês Odila, country manager da Coverflex em Portugal.

Esta 1.ª edição dos Prémios da Compensação marca o início de um movimento a que a Coverflex pretende dar continuidade, destacando o que de melhor se faz na gestão de talento e compensação.

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Portuguesa i-charging é a tecnológica de mais rápido crescimento na Europa, diz Deloitte

A tecnológica de carregamento elétrico lidera o ranking "Technology Fast 500 EMEA 2024", da Deloitte. Ao todo, Portugal colocou 15 empresas no ranking.

A portuguesa i-charging é a tecnológica de mais rápido crescimento no mercado da Europa e Médio Oriente (EMEA). Com a startup, que atua no setor da mobilidade elétrica, estão outras 14 startups nacionais, duas das quais no top 10 do “Technology Fast 500 EMEA 2024”, da Deloitte.

Depois de liderar o ranking nacional da Deloitte, o “Technology Fast 50 Portugal”, com um crescimento de 65.881% a startup portuguesa, que desenvolve tecnologia de carregamento elétrico, lidera o ranking da Deloitte para o mercado europeu e do Médio Oriente.

No “top 10” das 500 mais, a startup é ainda acompanhada pelas portuguesas Bloq.it (32.351%), na segunda posição do ranking global, e pela Coverflex que, com um crescimento 10.534%, ocupa a 7.ª posição da tabela.

Fonte: “Technology Fast 500 EMEA 2024”, da Deloitte.

Das 50 startups nacionais que tinham registado crescimentos elevados no ranking nacional da Deloitte, um total de 15 alcançou o ranking das 500 mais na Europa e Médio Oriente.

Além da i-charging, da Bloq.it e da Coverflex, atingiram o ranking a Horus Software (no 135.º lugar, com um crescimento de 1.187%); a EFFY (138.º lugar, com 1.138%), a Genesis.studio (221.º lugar, com 840% de crescimento), a Ztech (280.ª posição, com um crescimento de 672%); a EVOX Technologies (371.ª posição, com uma taxa de 490% de crescimento).

No 381.º lugar surge a Replai (com 479% de crescimento); seguida da Musiversal (394.ª posição com uma evolução de 455%); a Biometrid (406.º lugar com uma crescimento de 446%); a knok (423.º lugar com uma evolução de 426%); a PICadvanced (457.ª posição, com uma evolução de 395%); a Addvolt (473.ª posição, com crescimento de 381%), também presentes no ranking. Por fim, quase a fechar a tabela, no 499.º lugar, surge a Infraspeak, com um crescimento de 351%.

Fonte: “Technology Fast 500 EMEA 2024”, da Deloitte.

Portugal coloca 15 tecnológicas entre as 500 de maior elevado crescimento na Europa e Médio Oriente, superando países como Espanha (cinco empresas), Itália (quatro) ou Bulgária (oito). Mas é o Reino Unido, com um total de 78 empresas, que obtém o maior número de presenças no ranking da Deloitte, seguido da Suécia, Noruega e Finlândia, com 50 empresas cada.

Em média as tecnológicas presentes no ranking registam um crescimento de 1,585%, havendo 178 tecnológicas com crescimentos acima dos 1,000%. Portugal tem cinco tecnológicas com esse desempenho.

Analisando por setor, as empresas de software dominam o ranking — com 243 presenças, seguidas de fintech —, embora em termos de taxas de crescimento sejam as tecnológicas do setor ambiental que assinalam a maior evolução média: 3.121%.

Fonte: “Technology Fast 500 EMEA 2024”, da Deloitte.

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Infraestruturas de Portugal é até agora o maior beneficiário do PRR

PRR pagou 7.731 milhões de euros aos beneficiários até 14 de maio. Ou seja, os beneficiários receberam mais 106 milhões face à semana anterior. Empresas lideram com mais verbas pagas.

A Infraestruturas de Portugal é o beneficiário do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que mais verbas recebeu da bazuca, destronando o Banco de Fomento, que ocupava essa posição há muito. Os pagamentos aos beneficiários finais chegam aos 7,73 mil milhões de euros, de acordo com a atualização dos dados publicada esta sexta-feira pela estrutura de missão Recuperar Portugal.

Com 289,97 milhões de euros recebidos, a IP está no topo. Mas, na verdade, ainda lhe falta receber quase outro tanto. A empresa liderada por Miguel Cruz já recebeu 57% das verbas que lhe estão destinadas, um valor que contrasta com os 98% já recebidos pelo Banco de Fomento (264,13 mil milhões de euros).

Em terceiro lugar surge a Secretaria-Geral da Educação e Ciência, que já recebeu 100% das verbas da bazuca — 228,16 milhões de euros.

Destaque ainda para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), que apesar de já ter recebido 168,48 milhões de euros, esse montante corresponde apenas a 22% do bolo total a receber e não sofreu qualquer alteração. Um sinal dos problemas que a entidade tem enfrentado para cumprir a meta de construir ou reabilitar 26 mil casas com verbas da bazuca. Ainda esta semana, o Governo admitiu que “a execução dos projetos do PRR, destinados ao alojamento estudantil a preços acessíveis tem tido algumas dificuldades para manter o normal ritmo e a concretização das intervenções previstas”. Estão apenas prontas 2.139 camas das 19 mil previstas, o que coloca a taxa de execução em 11%.

Em termos gerais, o PRR pagou 7.731 milhões de euros aos beneficiários até 14 de maio. Ou seja, os beneficiários receberam mais 106 milhões face à semana anterior. O total de pagamentos corresponde a 35% da dotação e do valor contratado e a 36% do aprovado.

As empresas continuam a ter o montante recebido mais elevado (2.735 milhões), seguidas das entidades públicas (1.665 milhões) e das autarquias e áreas metropolitanas (948 milhões).

Já as aprovações de projetos estão em 21.461 milhões de euros, o que corresponde a 97% da dotação e do valor contratado e a mais 187 milhões de euros comparativamente com a semana anterior, uma forte aceleração face aos 35 adicionais que se registaram na semana de 7 de maio.

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Fisco não dá isenção automática de IRS a quem arrendou casas ao Estado

  • ECO
  • 16 Maio 2025

Proprietários de casas arrendadas ao Estado para que este as subarrenda não podem entregar declaração de IRS automática para beneficiar da isenção de IRS prevista no Arrendar para Subarrendar.

A isenção de IRS é uma das principais motivações para a adesão ao Programa Arrendar para Subarrendar, no qual privados arrendam imóveis ao Estado para que este os subarrende a preço acessível. Mas, na hora de tratar deste imposto, os proprietários estão a descobrir que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) trata aquele rendimento como tributável e não dá isenção automática, revela o Diário de Notícias (acesso pago).

“O valor pago pelo IHRU [Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana] aparece como não estando isento, o sistema englobou os rendimentos [as rendas mais o produto do trabalho] e o resultado é que tenho, por ter recebido o valor de um ano de rendas no ato de assinatura do contrato, mais de 3.800 euros para pagar”, relata o proprietário de um T3 em Cascais que aderiu ao programa.

O proprietário enviou um pedido de esclarecimento ao IHRU, que lhe respondeu que, para beneficiar da isenção do IRS, “será necessário preencher corretamente a Declaração de Rendimentos modelo 3 do IRS” e salienta que, “para garantir o direito à isenção, a declaração não poderá ser submetida de forma automática“.

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Marcelo Lebre, da unicórnio Remote, junta-se à rede Endeavor

Empreendedor português foi selecionado num painel de seleção internacional extraordinário, em Lisboa, à margem do encontro Outliers, realizado em Portugal e, pela primeira vez, fora dos EUA.

Marcelo Lebre, co-fundador da Remote, em entrevista ao ECO/Pessoas - 06OUT21Marcelo Lebre, cofundador e presidente da unicórnio Remote, é o mais recente Endeavor Entrepreneur de Portugal. O empreendedor português foi selecionado num painel de seleção internacional extraordinário, em Lisboa, à margem do encontro Outliers, realizado em Portugal e, pela primeira vez, fora dos EUA.

“Tornar-me parte da rede internacional que ajuda a amplificar o impacto dos empreendedores é uma forma de partilhar a minha experiência, enquanto fundador e empresário, e simultaneamente retribuir, conectar e apoiar outros founders. Essa também é uma forma de empreender. Estou muito entusiasmado por poder representar Portugal na lista global de empreendedores Endeavor”, diz Marcelo Lebre, cofundador e presidente da Remote, citado em comunicado.

O fundador da Remote junta-se a oito empreendedores portugueses — que inclui o fundador da Indie Campers, Hugo Oliveira, selecionado em fevereiro de 2025; José Salgado e Sérgio Vieira, fundadores da Bizay, selecionados em 2023, e os fundadores da Coverflex, Luís Rocha, Miguel Santo Amaro, Nuno Pinto, Rui Carvalho e Tiago Fernandes, que integraram a rede em março de 2024 — parte do grupo de Endeavor Entrepreneur de Portugal.

“Ter a oportunidade de selecionar um empreendedor português num painel de seleção internacional em solo nacional tem outro sabor. A experiência do Marcelo Lebre, como cofundador de um unicórnio desenvolvido em plena pandemia, traz à Endeavor Portugal e à rede global um reforço na importância da visão e resiliência necessárias para criar valor para a economia e para o ecossistema nacional. É tempo de celebrar e continuar a construir a rede com os melhores fundadores portugueses”, assinala Ricardo Mesquita, managing director da Endeavor Portugal, citado em comunicado.

Com foco no conceito de “efeito multiplicador” dos empreendedores, que criam um círculo virtuoso, investindo e criando novas empresas, a Endeavor apoia as empresas em fase de crescimento para escalarem mais rapidamente, com acesso a mentoria, capital entre outras ferramentas de suporte.

A rede está presente em 45 países e apoia mais de 2.000 empreendedores, cujas empresas juntam um lucro agregado de mais de 28 mil milhões de dólares, sendo criadores de mais de 3,9 milhões de empregos e, em 2021, levantaram mais de 4 mil milhões de dólares de capital, segundo dados partilhados pela organização.

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Euribor desce a três e seis meses para novos mínimos desde dezembro de 2022 e abril passado

  • Lusa
  • 16 Maio 2025

Com as alterações desta sexta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 2,101%, ficou abaixo da taxa a seis (2,156%) e a 12 meses (2,142%).

A Euribor desceu esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a quinta-feira, nos dois prazos mais curtos para mínimos desde dezembro de 2022 e 23 de abril passado, respetivamente.

Com as alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,101%, ficou abaixo da taxa a seis (2,156%) e a 12 meses (2,142%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou esta sexta-feira, ao ser fixada em 2,156%, menos 0,005 pontos e um novo mínimo desde 23 de abril. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor baixou, ao ser fixada em 2,142%, menos 0,019 pontos do que na quinta-feira.
  • Também a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, recuou esta sexta-feira, para 2,101%, menos 0,026 pontos e um novo mínimo desde 20 de dezembro de 2022.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses).

A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em abril desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Exportações da UE para os EUA disparam quase 60% em março

Excedente comercial do bloco europeu atingiu um novo recorde, com os EUA a continuarem a ser o principal destino das exportações, que dispararam num mês que ficou marcado pelo anúncio das tarifas.

As exportações da União Europeia para os Estados Unidos dispararam cerca de 60% em março, um mês que ficou marcado pelo anúncio de tarifas sobre vários países e setores por parte da administração republicana. O forte crescimento das vendas para os EUA, que é o principal mercado de exportação do bloco, impulsionou um novo recorde da balança comercial de bens da UE.

Os anúncios de novas taxas aduaneiras aceleraram as vendas aos EUA, com os clientes a anteciparem a entrada em vigor destas tarifas. Segundo o Eurostat, as exportações para os EUA subiram 59,5% face ao período homólogo, para 71,4 mil milhões de euros. Este valor representa 28,2% das exportações de 254,8 mil milhões de euros da UE, em março.

Os EUA são o principal destino das vendas fora do bloco europeu, tendo absorvido mais de 20% das exportações no ano passado. No entanto, a política comercial mais agressiva adotada por Donald Trump afetou os fluxos de vendas, sobretudo num momento em que havia ainda muito incerteza sobre o real impacto das medidas. À data, Trump ainda não tinha anunciado quais seriam as tarifas a aplicar sobre os bens que chegavam da União Europeia, mas já tinha deixado claro que iria avançar com taxas sobre as importações europeias.

Em termos mensais, as exportações para os EUA também cresceram. Aumentaram 38,5% face aos 51,9 mil milhões de euros exportados para terras de Tio Sam em fevereiro.

Na lista dos principais compradores da UE, em março, segue-se o Reino Unido, com exportações no valor de 30,8 mil milhões, e a Suíça com 20,9 mil milhões de euros.

Já a China foi o principal fornecedor da União Europeia. Dos 219,5 mil milhões de euros registados em importações pelos 27, 48,6 mil milhões de euros tiveram como origem a China, enquanto os EUA exportaram 30,7 mil milhões de euros para a União Europeia.

Excedente volta a fixar novo recorde

A União Europeia continua a conseguir desequilibrar favoravelmente a balança das exportações e das importações, garantindo um excedente da balança comercial de bens recorde de 52,1 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que compara com os 50,9 mil milhões registados nos primeiros três meses de 2024.

Em março, o excedente comercial subiu para 35,3 mil milhões de euros, acima dos 22,3 mil milhões registados no mesmo mês de 2024. A sustentar este crescimento estiveram as exportações (254,8 mil milhões de euros), que aumentaram 15,2% face ao período homólogo, ao passo que as importações, de 219,5 mil milhões, subiram a um menor ritmo: 10,4%.

O grupo dos produtos químicos e afins registou um saldo positivo de 41,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 20 mil milhões em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Em sentido oposto, os produtos industriais, alimentos e bebidas e matérias-primas apresentaram uma descida dos seus excedentes de 4,4 mil milhões, 2,1 mil milhões e 0,7 mil milhões, respetivamente, refere o Eurostat.

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S&P: Novobanco pode protagonizar maior IPO na banca europeia em mais de dez anos

Agência de rating lembra percurso de sucesso do Novobanco: "De um dos bancos falidos mais conhecidos da Europa transformou-se num banco mais rentável e eficiente que a maioria dos pares europeus".

Se o Novobanco decidir avançar para a bolsa, poderá protagonizar a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de um banco europeu em pelo menos dez anos, de acordo com a agência de notação financeira Standard & Poor’s.

O maior IPO de um banco na Europa foi concretizado pelo neerlandês ABN Amro, em 2015, no valor de 3,84 mil milhões de euros. Desde então, todas as entradas em bolsa de bancos europeus tiveram valores abaixo.

O Novobanco pode assim trazer um novo capítulo na banca europeia. O banco português está a trabalhar no IPO há vários meses – em fevereiro a Lone Star, que detém uma participação de 75%, deu o mandato à administração para avançar nesse caminho. O CEO Mark Bourke tem insistido na ideia de ter um “banco independente” e adiantou recentemente que essa operação poderá acontecer no final de junho ou em setembro, mediante as condições do mercado.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir a tabela.

O banco português poderá estar avaliado entre 5,5 mil milhões e sete mil milhões de euros, de acordo com a corretora espanhola JB Capital. Ou seja, “se for para a bolsa, o IPO do Novobanco poder ser o maior de um banco europeu em anos”, lembra a S&P numa nota publicada esta quinta-feira.

Os analistas da agência de rating americana lembram que a Lone Star dispõe de outras opções para a venda do banco, nomeadamente a transação com um concorrente direto.

A Bloomberg adiantou na semana passada que o fundo de private equity estava em conversações com o Caixabank, o dono espanhol do BPI. O ECO já tinha avançado em abril com o interesse do grupor francês BPCE, que detém o Natixis. E a Caixa Geral de Depósitos (CGD) também referiu publicamente que estava a analisar o Novobanco.

A S&P faz ainda um resumo do percurso do Novobanco nos últimos dez anos, desde a resolução aplicada ao BES em 2014: “De um dos bancos falidos mais conhecidos da Europa transformou-se num banco mais rentável, eficiente e bem capitalizada do que a maioria dos outros grandes bancos europeus”.

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Salário médio dos trabalhadores portugueses sobe para 1.525 euros no primeiro trimestre

Nos primeiros três meses do ano, a remuneração bruta mensal média por trabalhado aumentou 5,3%, em termos homólogos, para 1.525 euros.

O salário bruto médio dos trabalhadores portugueses foi de 1.525 euros, no primeiro trimestre deste ano. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), tal representa um aumento homólogo de 5,3%, desacelerando face à subida registada no fim de 2024.

“A remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 5,3%, para 1.525 euros, no trimestre terminado em março de 2025, em relação ao mesmo período de 2024″, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

No último trimestre de 2024, a remuneração média tinha subido 6,4%, o que significa que o arranque de 2025 foi sinónimo de uma desaceleração.

Ora, a remuneração total inclui, importa explicar, não só o salário base, mas também, nomeadamente, o subsídio de refeição, as horas extraordinárias.

É composta portanto, duas componentes. A componente base que, como o nome indica, abrange apenas o vencimento base. E a componente regular, que soma ao salário base outras componentes remuneratórias regulares, nomeadamente subsídios de alimentação.

No primeiro trimestre, a componente base aumentou, em termos homólogos, 5,1% para 1.270 euros, enquanto a componente regular subiu 5,4% face há um ano, chegando a 1.356 euros. Em ambos os casos, verificou-se um abrandamento em comparação com os aumentos que tinham sido registados no final de 2024, como mostra o gráfico abaixo.

Destes reforços (na remuneração total, base e regular), uma parte foi, além disso, “absorvida” pelo aumento dos preços. Daí que o INE avance que, em termos reais, a remuneração bruta total mensal média aumentou 2,9% e as suas componentes regular e base aumentaram 3,1% e 2,8%.

“Em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2024, assistiu-se a uma desaceleração dos preços (de 2,6% para 2,3%) e a uma desaceleração das remunerações reais (de 3,4% para 2,8% no caso das remunerações base, por exemplo)”, observa o gabinete de estatísticas.

Por outro lado, no que diz respeito às diferenças entre setores, há a notar que foram as atividades de “agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” a registar o maior acréscimo da remuneração total média (7,9% para 970 euros). Esse foi, ainda assim, o setor com o ordenado médio mais baixo.

Já o setor com o vencimento mais expressivo foi o da “eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio”, mas, neste caso, o primeiro trimestre de 2025 ficou marcado por um recuo homólogo de 6,1%, para 3.066 euros.

Quanto às variações em função da dimensão dos empregadores, realça-se que, enquanto nas empresas de um a quatro trabalhadores o aumento do salário médio foi de 6,5%, naquelas com 250 a 499 trabalhadores o reforço foi de 3,9%. Ainda assim, as primeiras continuaram a pagar pior do que as segunda: 1.066 euros de salário médio contra 1.463 euros de salário médio.

Já quanto à diferença entre o público e o privado, os dados mostram que os salários aumentaram mais no Estado (6,3% contra 5,1%), no primeiro trimestre. O salário médio no setor público fixou-se, assim, em 2.021 euros, enquanto no privado foi de 1.431 euros mensais brutos.

“As diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das Administrações Públicas e o setor privado refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado, na composição etária (com impacto na acumulação de capital humano e de experiência profissional) e nas qualificações dos trabalhadores que os integram”, ressalva o INE.

(Notícia atualizada às 11h52)

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Lince Capital compra 35% de empresa de passeios de barco no Algarve

A entrada da sociedade portuguesa no capital da AlgarExperience foi realizada através do fundo Lince Growth Fund I. O plano é alargar o negócio da operadora turística a mais marinas.

Algar de Benagil


A sociedade portuguesa Lince Capital adquiriu uma participação de 35% na empresa algarvia AlgarExperience – Enjoy the Sea, que organiza passeios turísticos de barco na região sul do país
. O investimento foi realizado através do fundo Lince Growth Fund I, mas o valor não foi revelado pelos novos acionistas da operadora turística marítima.

A entrada da gestora de capital de risco na estrutura acionista da AlgarExperience visa dar gás ao plano de expansão para outras marinas do Algarve e para outros mercados. Atualmente, a AlgarExperience trabalha nas marinas de Albufeira e de Vilamoura e prepara-se para alargar a sua presença à Marina de Lagos.

A operação permitirá consolidar a marca em novos mercados e elevar o posicionamento de Portugal como destino de excelência no turismo náutico”, informa a Lince Capital, liderada por Vasco Pereira Coutinho. Segundo a gestora de venture capital, esta operação significa uma “aposta em ativos nacionais com forte potencial de crescimento e impacto positivo no território”.

O fundador e CEO da AlgarExperience, Pedro Bacalhau, mantém-se como acionista maioritário. “Estamos muito entusiasmados com esta nova etapa da nossa trajetória. A entrada da Lince Capital reforça a nossa confiança no potencial do setor marítimo-turístico e dá um impulso decisivo ao nosso plano de expansão, contribuindo para posicionar Portugal como destino de excelência no turismo náutico”, disse Pedro Bacalhau.

Acreditamos no potencial do setor marítimo-turístico nacional e identificámos na AlgarExperience uma equipa sólida, com uma visão estratégica clara e alinhada com os valores da Lince Capital. Este investimento é um passo natural na nossa missão de apoiar empresas que combinam inovação, sustentabilidade e crescimento responsável”, comentou Lourenço Mayer, responsável de Growth Funds (Fundos de Crescimento) da Lince Capital.

Fundada em 2006, a AlgarExperience – Enjoy the Sea tem uma frota de sete embarcações principais e cinco de apoio para operar uma dezena de atividades, entre os quais visitas às grutas de Benagil (na fotografia) ou passeios para avistar os golfinhos, segundo o portal Visit Portugal. A sociedade que explora a AlgarExperience (nome comercial) é Várzeamar – Actividades Marítimo-Turísticas S.A., sendo que os últimos dados disponíveis (2023) apontam para vendas na ordem dos 5,34 milhões de euros.

A assessoria desta operação esteve a cargo da sociedade de advogados Uría Menéndez e da consultora PwC.

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Estado emprega 760 mil funcionários públicos, um novo máximo histórico

O número de trabalhadores aumentou 1,3% no primeiro trimestre face ao período homólogo do ano passado sobretudo à boleia do aumento das contratações nas autarquias, de professores e enfermeiros.

O Estado emprega quase 760 mil funcionários públicos, um novo máximo histórico. No primeiro trimestre, o número de trabalhadores subiu 1,3% face ao período homólogo do ano passado e 0,7% na variação em cadeia para 758.889, segundo a síntese estatística da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), publicada esta sexta-feira. Esta evolução contraria a regra de uma entrada por cada saída, que tinha sido assumida pelo Governo em outubro, no relatório do Orçamento do Estado para 2025. A publicação do relatório estava prevista para quinta-feira, mas os serviços só o disponibilizaram agora no site, em dia de greve da Função Pública.

O crescimento do número de funcionários públicos deveu-se sobretudo ao aumento das contratações de técnicos superiores e assistentes técnicos para as câmaras municipais, de professores, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica.

“No primeiro trimestre de 2025, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 758.889 postos de trabalho, o que representou um aumento de 1,3%”, isto é, mais “9.852 postos de trabalho, em termos homólogos”, lê-se no relatório da DGAEP. Na variação em cadeia, isto é, face ao último trimestre do ano passado, registou-se um crescimento mais moderado nas contratações, de 0,7%, o que representa mais 5.337 postos de trabalho. Já em comparação com 31 de dezembro de 2011, início da série estatística, verificou-se uma subida de 4,3%, o que corresponde a mais 31.188 postos de trabalho.

Em termos homólogos, a variação de 1,3% teve origem principalmente na administração central, onde se registou um aumento de 1,2% de postos de trabalho, o que significa mais 6.521 funcionários públicos, e na administração local, onde as contratações subiram 3,4%, o que corresponde a mais 4.569 postos de trabalho.

“Na administração central, o aumento face ao período homólogo teve origem fundamentalmente nas áreas governativas da Educação, Ciência e Inovação e da Saúde”, de acordo com a síntese estatística. Em concreto, registou-se um “crescimento do número de educadores de infância e de docentes do ensino básico e secundário”, com um aumento de 926 postos de trabalho, e de assistentes operacionais, com mais 832 contratações. O relatório da DGAEP sublinha que “nestas carreiras o aumento resultou sobretudo da celebração de contratos por tempo indeterminado”. O número de docentes do ensino superior também aumentou. Há agora mais 768 professores universitários, mas, neste caso, os contratos são sobretudo a termo.

Na saúde, a DGAEP mostra um aumento de 2.599 funcionários públicos, essencialmente nas carreiras de enfermeiro, onde se verificou um crescimento de 1.005 postos de trabalho, de técnico de diagnóstico e terapêutica, com mais 594 trabalhadores, e de assistente técnico, com a integração de mais 430 funcionários, sobretudo nas entidades do setor Empresarial do Estado, isto é, hospitais EPE.

“Na administração local, o aumento homólogo teve origem, em grande medida, nas câmaras municipais”, destaca a síntese estatística. Foram contratados mais 3.714 trabalhadores, no primeiro trimestre, dos quais 1.999 técnicos superiores e 831 assistentes técnicos.

Já em relação ao trimestre anterior, registou-se um aumento de 5.337 postos de trabalho, o que significa uma variação de 0,7%, “em resultado, principalmente, do acréscimo na administração central, com mais 4.272 postos de trabalho e na administração local, com mais 1.175 funcionários públicos.

Para este crescimento do emprego em cadeia contribuíram essencialmente as contratações a termo de mais 1.389 médicos, que iniciaram o internato, de 1.108 técnicos superiores e de 820 educadores de infância e de professores dos ensinos básico e secundário. “Em sentido contrário, diminuiu o emprego nas Forças Armadas, que registaram menos 392 postos de trabalho, face a 31 de dezembro de 2024”, salienta o relatório.

Na administração local, o aumento face ao trimestre anterior ocorreu nos vários tipos de entidades, com destaque para as câmaras municipais, que vincularam mais 888 trabalhadores, maioritariamente na carreira de técnico superior, e para as juntas de freguesia, que contrataram 230 assistentes operacionais, sobretudo, “em ambos os casos, principalmente vínculos por tempo indeterminado”, de acordo com a síntese.

Salário médio bruto ultrapassa os 1.800 euros

Em janeiro de 2025, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas situava-se em 1 808,2 euros, correspondendo a uma subida de 1,6%, face a outubro de 2024, e a uma variação homóloga de 4,9%.

“Este crescimento é resultado da conjugação de vários fatores, tais como: a entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios, medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas e a atualização do valor da retribuição mínima mensal para 870 euros e do valor da base remuneratória da Administração Pública para 878,41 euros”, explica a DGAEP.

Já o ganho médio mensal, que inclui subsídios e outras componentes remuneratórias não regulares, fixou-se em 2.165,9 euros, no início do ano, o que corresponde a um aumento de 1,1% em cadeia e de 6,3% face a janeiro do ano passado. “A variação homóloga reflete o aumento da remuneração base média mensal e das restantes componentes do ganho, como subsídios, suplementos regulares e pagamento por horas de trabalho suplementar”, de acordo com a síntese estatística.

O relatório assinala que, “durante o ano de 2024 foram aprovadas várias medidas legislativas e regulamentares destinadas à valorização dos trabalhadores, com impacto remuneratório em diversas carreiras, nomeadamente carreiras gerais, carreiras de regime especial de técnico superior especialista em orçamento e finanças públicas e de técnico superior especialista em estatística do INE, carreiras médica, de enfermagem e de técnico auxiliar de saúde, carreiras da Polícia Judiciária, militares das Forças Armadas e da GNR, polícias da PSP, oficiais de justiça, carreira de auditor do Tribunal de Contas e carreira de polícia municipal”.

(Notícia atualizada às 11h23)

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