O que é que a tecnologia tem? O novo diamante do M&A português

Inteligência Artificial é o maior motor deste movimento, que deverá continuar ao longo de 2025. Metas são diversificar portefólio, ter mais clientes, entrar noutros países ou ganhar talento.

A tecnologia portuguesa entrou de rompante em 2025 com uma onda de fusões e aquisições de grande dimensão para o que é comum no país. Negócios de fora para dentro e de dentro para fora, como a compra da Claranet Portugal pela Nos ao grupo inglês por 152 milhões de euros, que irá certamente mexer nos rankings de M&A no arranque do ano.

Já no ano passado o setor da Internet, software e serviços de Tecnologia da Informação (TI) foi o segundo com mais negócios em Portugal: 70, o que catapultou a indústria do digital para o segundo lugar da tabela logo atrás do indestronável imobiliário (105 transações). Certo é que houve uma redução de 18% em termos homólogos, mas essa queda foi generalizada a todos os setores, no contexto da baixa no M&A.

A diferença é que agora há um ingrediente para adocicar esta receita: Inteligência Artificial (IA). “De acordo com uma pesquisa da Bain com mais de 300 profissionais de M&A em vários países, 21% estão atualmente a utilizar IA generativa durante os processos, um aumento de 16% em relação ao ano passado, e um em cada três antecipa estar a utilizá-la até ao final do ano. Embora atualmente esta tecnologia seja mais usualmente utilizada para encontrar e validar negócios, na Bain, estimamos que a IA generativa possa ser utilizada em todas as etapas de um processo de M&A nos próximos cinco anos”, antecipa Álvaro Pires, partner da consultora Bain & Company.

Diversificação de portefólio; expansão da base de clientes; entrada noutra geografia; acesso a conhecimento e talento; escala e estratégia são as seis principais razões para as tecnológicas seguirem este caminho de consolidação, segundo Paulo Morgado, ex-vice-presidente da Capgemini e sócio da Antas Cunha responsável pela área de Technology Transactions.

“As empresas, através de aquisições, tentam rapidamente diversificar a sua oferta. Ou seja, estão em setores que podem ser considerados mais commodity e de maior concorrência e acabam por adquirir empresas com ofertas relativamente desenvolvidas em áreas como IA e cibersegurança e poupam recursos no desenvolvimento de novos produtos”, afirma Paulo Morgado.

O especialista em M&A na tecnologia destaca que a fusão tende a diluir os custos de estrutura e indiretos (marketing, questões jurídicas, investigação e desenvolvimento), porque “quanto maior é a escala de uma empresa mais competitiva se torna”. Comprar para assim se internacionalizar também diminui o tempo e custos de entrada”, esclarece.

Os maiores negócios ‘digitais’ de 2024

A consultora PwC fez a due diligence de um desses casos de aquisição para expandir além-fronteiras: o da Boost IT e da Hexis Technology Hub pela dinamarquesa Emagine. Ao ECO, o diretor de Corporate Finance Advisory da PwC Portugal constata que o setor tecnológico tem sido um dos mais ativos nos últimos anos, inclusive em serviços de TI, outsourcing e nearshoring.

Portugal é um mercado muito apetecível pela pool de talentos altamente qualificados, custos laborais competitivos, empresas com competências robustas e localização geográfica, bem como ao nível de empresas mais inovadoras, focadas no desenvolvimento de software. A nossa expectativa é que este dinamismo se mantenha em resultado da contínua tendência de consolidação por partes de grandes players europeus, em especial os franceses e nórdicos”, afiança José Melo Guimarães.

Portugal é um mercado muito apetecível pela ‘pool’ de talentos altamente qualificados, custos laborais competitivos, empresas com competências robustas e localização geográfica e inovação das empresas

Paulo Morgado

Sócio da Antas da Cunha Ecija

Na opinião de Paulo Morgado, a lógica governamental também tem influência no M&A, porque aumenta a soberania tecnológica dos países. “Aqui em Espanha assistimos à compra de 10% da Telefónica pelo Estado, que a partir daí equaciona poder fazer uma concentração de outras empresas de tecnologia. Por outro lado, se associarmos o que se passou na semana passada, com os mercados a afundar por causa da chinesa DeepSeek e as suas soluções mais eficientes de IA, às declarações de Donald Trump com avisos às empresas americanas para se posicionarem na linha da frente e a uma certa inação – e estou a ser simpático – na Europa, vemos o efeito que estas empresas têm no poder dos países”, exemplifica o antigo CEO da Capgemini, defendo a criação de uma estratégia (cluster) para o TI como houve com a Autoeuropa, no automóvel.

Capital de risco explica crescimento

“É um setor que tem tido muito dinamismo, beneficiando também do facto de haver muitos deals [negócios] de levantamento de capital. Há negócios – a maioria ou pelo menos uma grande parte – que contam para essas listas que são rondas de VC [venture capital] para capitalização de empresas. É uma característica particular deste setor”, explica Pedro Brás da Silva, partner da Deloitte Portugal especializado em Tecnologia, Media e Telecomunicações.

De facto, apesar de o mercado transacional como um todo ter registado quedas tanto em número de operações como em valor, em 2024 registaram-se 70 transações de capital privado (private equity) num total de 3,5 mil milhões de euros – mais 56% do que em 2023 – e 122 rondas de investimento de capital de risco (venture capital) acumulando 886 milhões de euros, o que representa um crescimento também a dois dígitos (+55%) no montante investido. “No sentido de fusão ou de intervenção estratégica de negócio diria que são menos de 20% das operações”, acrescenta Pedro Brás da Silva em declarações ao ECO.

O sócio da Deloitte Portugal recorda que ao pico do M&A no pós-pandemia, por volta de 2021-2022, se seguiram quedas motivadas por fatores geopolíticos, como a guerra na Ucrânia, e a inflação elevada. “Não é que as entidades não estivessem dispostas a fazer as operações, havia essa disposição. Simplesmente existia uma diferença de expectativas de valores e adiamentos”, diz o partner da área de Financial Advisory (Assessoria Financeira) na Deloitte Portugal.

Em 2024, assistiu-se a um renascimento deste género de operações e este ano a expectativa é que se mantenha. Aliás, sete dias antes da ida às compras da Nos, a portuguesa PHC Software, até então liderada pelo empresário Ricardo Parreira e com sede no Taguspark, rendeu-se à segunda investida da francesa Cegid, grupo europeu de programas cloud para gestão de finanças, recursos humanos e retalho das empresas, depois de uma primeira tentativa de aquisição em 2022. “Entretanto, vimos uma retoma e agora há estabilidade. Não diria que é uma grande exuberância no número de ações, apesar das compras da PHC pela Cegid e Claranet pela NOS. Essas acabam por ter relevância”, admite Pedro Brás da Silva.

Afonso Lima, associate partner da Clearwater International, refere ao ECO que este movimento está a ser liderado pelos private equities, que perceberam que as necessidades de computação são cada vez emergentes e criaram plataformas específicas para essa área. O assessor financeiro de M&A, que esteve envolvido no processo de venda de 100% do capital da PHC, conta que apoiou na “organização da casa”, que inclusive envolveu auditorias tecnológicas.

“Nos últimos anos, a PHC foi uma empresa muito abordada por múltiplos investidores para comprar, para investir, para o Ricardo Parreira [fundador e ex-CEO] se juntar… O que acontece é que íamos falando regularmente com ele e houve um momento em que se mostrou aberto a fazer essa reflexão sobre o futuro da empresa, incluindo uma transição de gestão”, conta o perito da Clearwater.

Mais impacto teve ainda a compra da Vision-Box, que faz controlo de fronteiras online com biometria, pela gigante Amadeus, por 320 milhões de euros. O valor pago foi mais do dobro do negócio Nos/Claranet e foi suficiente para mover os ponteiros do M&A no setor.

Para evitar que negócios destes escorreguem, José Melo Guimarães, diretor de Corporate Finance Advisory na PwC, deixa um conselho: “É fundamental que os empresários do setor se preparem para o processo de venda de forma a evitar o aparecimento de contingências durante os processos de análise dos compradores, que resultam frequentemente em ajustamentos significativos na valorização atribuída e a consequente ruptura na negociação”, alertando para o “elevado” número de transações que acaba por não se concretizar por impreparação das empresas, que estão em crescimento acelerado.

É fundamental que os empresários se preparem para o processo de venda de forma a evitar contingências durante a análise dos compradores que pode levar a ajustes de preços ou rutura

José Melo Guimarães

Diretor de Corporate Finance Advisory - M&A na PwC

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Multas a companhias aéreas por voos de madrugada disparam para 8,7 milhões

Regulador intensificou ação sancionatória contra as companhias aéreas em 2024, concluindo processos contra 82 transportadoras. Governo tem em avaliação diploma que aperta regras em Lisboa.

O valor das coimas aplicadas pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) às companhias aéreas por incumprimento da legislação do ruído dispararam para 8,7 milhões no ano passado. Um fortíssimo aumento face ao ano anterior, quando o regulador contabilizou apenas 266,2 mil euros.

Em 2024 foram aplicadas coimas no valor de 8.721.600 euros por incumprimentos de faixas horárias e restrições noturnas“, respondeu a ANAC ao ECO, acrescentando que “foram concluídos 246 processos de contraordenação a 82 transportadoras aéreas“.

O regulador assinala que alguns processos ainda não transitaram em julgado e outros foram objeto de recurso e ainda estão em curso, pelo que os montantes finais poderão ser diferentes dos aplicados.

“Sem prejuízo da atividade sancionatória, importa sublinhar que a prioridade da ANAC tem sido trabalhar de forma empenhada com os stakeholders do setor de modo a mitigar a causa raiz destes incumprimentos, garantindo um desenvolvimento sustentado e sustentável do setor, protegendo os passageiros e promovendo o bem-estar das populações”, salienta o regulador.

Os 8,7 milhões de euros em coimas de 2024 comparam com os 266.200 euros por incumprimentos de faixas horárias e restrições noturnas registados em 2023, ano em que foram concluídos 34 processos de contraordenação a 23 transportadoras aéreas. Em 2022, foram apenas 52.400 euros, em resultado de 14 processos de contraordenação a 13 companhias. O regulador atribuiu a forte subida ao crescimento do tráfego aéreo após a pandemia.

A legislação impõe restrições de tráfego noturno entre as 00h00 e as 6h00 no aeroporto de Lisboa, sendo autorizado um número limitado de voos. O Governo pretende, no entanto, apertar as regras.

Foi criado um Grupo de Trabalho para o Estudo e Avaliação do Tráfego Noturno do Aeroporto Humberto Delgado, por iniciativa do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz. O governante afirmou, em novembro, que seria implementado “um hard night curfew [proibição de circulação noturna rígida] que impede voos entre a 1h00 e 5h00 da manhã”.

Este sistema mais restritivo de autorização dos voos noturnos será vertido num diploma. Questionado pelo ECO, o Ministério das Infraestruturas respondeu que “o diploma legislativo aplicável está em análise pelas entidades com competência na matéria”.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) chumbou o plano de ação para o ruído apresentado pela ANA, a concessionária dos aeroportos, para vigorar até 2029. “Pelos elementos entregues não satisfaz”, afirmou esta semana o presidente, José Pimenta Machado, no Parlamento, acrescentando que a empresa será notificada, até 20 de fevereiro, sobre a necessidade de mudanças no plano. O responsável da APA afirmou ainda que o plano de ação anterior não foi integralmente cumprido.

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Um em cada cinco trabalhadores portugueses faz teletrabalho, a maioria em regime híbrido

Quase 1,1 milhões de trabalhadores portugueses exerceram as suas funções em casa com recurso a tecnologia no último trimestre de 2024 (ou seja, em teletrabalho). É uma subida em cadeia de 7%.

Se durante a pandemia o teletrabalho chegou a ser ponderado como o modelo de trabalho do futuro, hoje existem dúvidas quanto a essa perspetiva. Amazon, JPMorgan e Tesla são algumas das empresas (norte-americanas) que decidiram acabar com o trabalho remoto e impor um regresso ao escritório a 100%, contra a vontade de muitos trabalhadores. Pelo contrário, em Portugal, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o trabalho a partir de casa cresceu em 2024. A maioria dos trabalhadores que trabalham à distância está em regime híbrido, isto é, com parte do trabalho em regime presencial e outra parte em teletrabalho.

Segundo o destaque publicado esta semana pelo gabinete de estatísticas, havia 5,1 milhões de empregados em Portugal no último trimestre de 2024, dos quais 21,5% indicaram ter trabalho em casa. Em causa estão 1,1 milhões de pessoas, mais 86 mil do que no trimestre anterior, de acordo com as contas do ECO.

Entre quem trabalha à distância, a maioria (95,7%) está em teletrabalho, mostram os números do INE. Isto é, utilizam as tecnologias de informação e comunicação para desempenhar as suas funções de modo remoto. E entre o terceiro e o quarto trimestre de 2024, houve mais 73,3 mil trabalhadores nessa situação (em teletrabalho), o correspondente a uma subida de cerca de 7%.

“Os dados do INE reforçam que o teletrabalho veio para ficar, nomeadamente numa altura em que os colaboradores exigem maior flexibilidade“, salienta a empresa de recursos humanos Randstad Portugal, em reação a estes números.

Híbrido cresce e domina entre modalidades remotas

Há diferentes modelos de trabalho à distância. Segundo o INE, entre os empregados que trabalharam em casa nos últimos três meses de 2024, 23,7% fizeram-no sempre, 37,9% fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia o trabalho presencial e em casa, 15,6% fizeram-no apenas pontualmente e 22,% fizeram-no fora do horário de trabalho. Ou seja, o regime híbrido foi o mais comum.

Além disso, esse foi também o modelo de trabalho remoto que mais cresceu no fim de 2024, tanto em comparação com o trimestre anterior como com o mesmo trimestre de 2023. Em cadeia, o salto foi de 40,9 mil trabalhadores, enquanto em termos homólogos houve uma subida de quase 81,6 mil empregados.

“Entre os empregados que indicaram trabalhar regularmente num sistema híbrido, a combinação mais comum foi a que conjuga alguns dias por semana em casa todas as semanas (74,3%; 310,9 mil indivíduos), tendo sido igualmente a combinação que registou a maior variação trimestral (mais 24,2 mil pessoas) e homóloga (mais 65,4 mil pessoas)“, sublinha o INE, e confirma o gráfico abaixo.

Híbrido com dias remotos todas as semanas é o mais popular

Fonte: INE

Em média, os trabalhadores que exercem o sistema híbrido ficam em casa três dias por semana, mostra ainda o destaque do gabinete de estatísticas esta semana.

A propósito deste predomínio do regime híbrido, numa análise recente da empresa de recursos humanos Hays ao mercado de trabalho, mais de metade dos 900 empregadores ouvidos garantiam praticar um regime híbrido com pelo menos um dia de trabalho remoto por semana.

O regime híbrido tem sido apontado por vários estudos como vantajoso, nomeadamente ao nível do bem-estar dos trabalhadores. Um estudo da empresa de recursos humanos ManpowerGroup revelava que mais de oito em cada dez dos que trabalham em regime híbrido (83%) consideram-se realizados com os seus empregos. Entre os trabalhadores completamente remotos (80%) e os trabalhadores presenciais (79%) esse sentimento é mais fraco.

Também no que diz respeito ao índice de bem-estar, os trabalhadores que exercem as suas funções em modelo híbrido ou remoto têm melhores pontuações. E, “contrariamente à perceção de que o alinhamento com os valores e propósito da empresa é maior nos modelos presenciais”, são os trabalhadores híbridos ou remotos que conseguem uma melhor classificação neste indicador.

Porém, segundo esse mesmo estudo, o sentimento de segurança no emprego atual é superior para os trabalhadores em modelos presenciais e os trabalhadores nos regimes inovadores têm “uma maior propensão para mudar de emprego nos próximos seis meses“.

2025 não inverte tendência?

2025 será o ano em que Portugal seguirá a tendência norte-americana e verá o regime encolher? No referido estudo da Hays, quanto ao ano que acaba de arrancar, 85% dos inquiridos indicavam pretender manter o modelo, o que sinaliza que em Portugal o modelo híbrido deverá manter a sua expressão atual.

Aliás, entre os inquiridos, só 9% dos empregadores adiantavam que os trabalhadores terão de passar mais tempo em trabalho presencial (como mostra o gráfico abaixo).

Em outubro, quando foi conhecida a decisão da Amazon de eliminar o teletrabalho, o ECO já tinha ouvido várias vozes sobre o que estaria no horizonte para Portugal e os sinais já eram de continuação do regime híbrido (pelo menos, por agora).

Por exemplo, as investigadoras Ana Alves da Silva e Eugénia Pires, do Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLabor), referiram que “a tendência atual é não só a da consolidação do recurso ao teletrabalho como até de um ligeiro crescimento”.

E entre os representantes dos empresários, o diretor-geral da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Rafael Rocha, explicava que, “o que se tem verificado, quer em Portugal, quer internacionalmente, é que algumas empresas, após a experiência acumulada, estão a readaptar os seus modelos, passando sobretudo para modelos híbridos”.

Luís Miguel Ribeiro, presidente do conselho de administração da Associação Empresarial de Portugal (AEP), sublinhava que a “decisão de reverter o teletrabalho teria influência na atratividade laboral, nomeadamente na fixação de talento, sobretudo das camadas mais jovens”.

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Banco de Fomento sem o impacto esperado. Governo quer relançar instituição

"Agentes económicos já notam algumas melhorias no funcionamento do BFP", disse Castro Almeida, reconhecendo, contudo, que o banco "ainda tenha muitas insuficiências" que está "a tentar melhorar".

O Banco Português de Fomento não teve o impacto esperado na economia nacional, mas o Governo não o pretende deixar cair e “está apostado em relançá-lo“. A avaliação foi feita esta quarta-feira pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial no Parlamento, defendendo que “os agentes económicos já notam algumas melhorias no funcionamento”.

“O BPF desde a sua fundação não teve o impacto na economia portuguesa que todos esperávamos”, disse Manuel Castro Almeida na comissão eventual de acompanhamento do PRR e do Portugal 2030. Contudo, “este Governo não pretende deixar cair o Banco de Fomento”, garantiu o responsável, acrescentando que “está apostado em relançá-lo e procurar que tenha o impacto que é suposto ter”.

“Ainda não o conseguiu”, lamentou. O banco “foi criado há dez anos, mas estamos confiantes que terá um impacto grande na economia”. “Mas não está cá para para suprir os financiamentos que a banca comercial se nega a fazer. Tem um papel muito importante no sistema de garantia e para financiamento de projetos de muito longo prazo que não são próprios do sistema bancário tradicional”, explicou Castro Almeida.

“Neste momento, os agentes económicos já notam algumas melhorias no funcionamento do Banco de Fomento“, disse o ministro, reconhecendo, contudo, que o banco “ainda tenha muitas insuficiências” que estão “a tentar melhorar”.

Na reprogramação do PRR, o Banco de Fomento foi alvo de várias mudanças. Desde logo um corte de 450 milhões de euros no Fundo de Capitalização e Resiliência, que financia os programas de capitalização da instituição agora liderada por Gonçalo Regalado. E, por outro lado, o banco ganhou mais tempo para executar as suas metas e marcos. Tal como as agendas mobilizadoras, vai poder usar o tempo até junho de 2026 para cumprir o estipulado.

“Os instrumentos financeiros associados” à capitalização “tiveram um longo período de montagem até à sua operacionalização e a implementação não foi a esperada por insuficiente resposta na procura, o que levou a que ainda estejam em preparação ajustamentos aos programas.

Desta forma, considera-se essencial um período adicional para conclusão dos programas em curso e a disponibilizar, ou seja, a extensão do prazo do quarto trimestre de 2025 para o segundo trimestre de 2026“, lê-se na reprogramação.

Os 450 milhões de euros que o Banco de Fomento “perde” vão ser locados ao InvestEU. “Tendo por base a solução proposta de equilibrar o modelo de oferta de instrumentos de capital (850 milhões de euros) e instrumentos de garantia financeira (450 milhões de euros), assegurando melhor resposta às necessidades de financiamento das empresas, em cumprimento com os objetivos do PRR, para além da redução do montante alocado ao Fundo de Capitalização e Resiliência (de 1.300 milhões de euros para 850 milhões de euros) acima mencionado, verifica-se a criação de acordos de contribuição InvestEU, entre Portugal e a Comissão Europeia no montante de 450 milhões de euros”, lê-se na proposta de reprogramação entregue em Bruxelas.

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Casa Branca anuncia que vai rescindir contratos com meios de comunicação

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2025

A porta-voz da Casa Branca adiantou que o corte nos contratos com meios de comunicação é de cerca de 8 milhões de dólares, que "basicamente foram para subsidiar assinaturas do Politico".

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou nesta quarta-feira que o Governo dos Estados Unidos irá suspender os seus contratos com meios de comunicação, depois de Elon Musk e seus aliados apontarem os gastos com estes contratos.

Posso confirmar que os mais de 8 milhões em dólares [7,7 milhões de euros] dos contribuintes que basicamente foram para subsidiar assinaturas do Politico não serão mais destinados a isso”, disse a porta-voz durante uma conferência de imprensa, citada pela agência Efe.

“A equipa do DOGE está atualmente a trabalhar no cancelamento desses pagamentos”, disse Leavitt, referindo-se ao Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) liderado por Musk. O magnata deu conta, nas últimas horas, dos pagamentos efetuados por várias agências e departamentos governamentais a órgãos de comunicação social, através do portal público “USASPENDING.com”.

Musk, numa primeira mensagem referente aos pagamentos ao Politico, garantiu na rede social X que “isto não é um uso eficiente dos fundos dos contribuintes. Esta despesa desnecessária será eliminada”.

Numa segunda mensagem, afirmou que o The New York Times “é um meio de comunicação financiado pelo Governo”. Noutra, referindo-se aos pagamentos à Associated Press (AP), afirmou: “Não por muito tempo! Isto é obviamente um enorme desperdício do dinheiro dos contribuintes”.

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Da “imprudência” de Hernâni Dias à lentidão no SNS e aos “demónios” nas reformas antecipadas. O debate quinzenal em 5 pontos

No primeiro embate parlamentar após a demissão do secretário de Estado, Montenegro anunciou uma reforma no Ensino Superior e avisou que só baixa ISP se a subida dos combustíveis for "insuportável".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, no debate quinzenal, no Parlamento.Hugo Amaral/ECO

O primeiro-ministro garante que está para “durar”, mesmo com a queda do Hernâni Dias e apesar de reconhecer que os resultados do plano de emergência para a saúde são “lentos”, afirmou esta quarta-feira diante dos deputados. No primeiro debate quinzenal, no Parlamento, após a demissão do secretário de Estado da Administração Local, Montenegro anunciou que o Conselho de Ministros desta quinta-feira vai aprovar uma reforma do regime jurídico do Ensino Superior e avisou que só baixa o ISP se a subida dos combustíveis for “insuportável”.

O chefe do Executivo reconheceu a existência de “injustiças” no IRS Jovem e afastou os “demónios” sobre o fim ou o travão das reformas antecipadas, assegurando, mais uma vez, que só numa futura legislatura, e após a auscultação dos eleitores, irá ponderar uma eventual mudança do regime. No frente a frente com a bancada do PCP, houve ainda um momento insólito, quando o primeiro-ministro cometeu uma gaffe ao tratar o secretário-geral comunista por “Paulo Narciso”. Veja os cinco momentos-chave do debate quinzenal.

O caso: demissão de Hernâni Dias

O debate arrancou com primeiro-ministro a reconhecer a “imprudência” do ex-secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias, na criação de duas empresas, uma vez que poderia estar em causa um eventual conflito de interesses com a nova lei dos solos. “Por isso, ele assumiu a dimensão política da sua ação” e “fez bem” em demitir-se, afirmou.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, ladeado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no debate quinzenal.Hugo Amaral/ECO

“Sobre a participação de duas empresas é verdade, foi uma imprudência do secretário de Estado, mas não fale em incompatibilidades, em negócios, porque a atividade dessas empresas foi zero”, sublinhou o chefe do Governo em resposta ao líder do Chega, André Ventura.

Questionado por que razão não demitiu Hernâni Dias, sabendo que o secretário de Estado estava “formalmente suspeito”, Montenegro foi taxativo: “Por que é que não o demiti? É muito simples, porque não foi preciso, ele tomou a iniciativa e acho que fez bem”.

André Ventura insistiu e voltou a acusar o primeiro-ministro de não “indicar a porta da rua” a quem comete crimes. No contra-ataque, Luís Montenegro criticou Ventura de confundir “propositadamente muitas coisas ao mesmo tempo para tentar passar uma mensagem”.

“Hernâni Dias não é, neste momento, arguido em processo nenhum, que se saiba. Não confunda, não fixe uma condenação sobre atos e ações que não foram ainda ajuizadas sobre um organismo de investigação criminal. Dizer que Hernâni Dias tem negócios por causa da lei dos solos é desonesto da sua parte. O senhor deputado usa intencionalmente esse argumento para ter um ganho político”, atirou Luís Montenegro.

“O senhor deputado tem de ser sério para ser respeitado e representar condignamente aqueles votaram em si, que não querem essa conversa de café”, rematou. Entretanto, André Ventura disse que estava na hora de Montenegro ir embora e o primeiro-ministro respondeu: “Não confunda o seu desejo com a realidade. Eu estou aqui para dar e durar”.

O momento: Ventura chama mentiroso a Montenegro

Depois de Ventura ter defendido insistentemente que políticos suspeitos de crimes devem ser logo demitidos, mesmo antes de serem julgados, o que mereceu a reprovação de Montenegro, o primeiro-ministro lembrou que o líder do Chega já tinha sido condenado pelo tribunal por ter ofendido a honra e a imagem da família Coxi.

“A porta da rua deveria ter sido dirigida a si”, vincou Luís Montenegro.

O líder do Chega, André Ventura, no debate quinzenal.Hugo Amaral/ECO

“Não vale a pena invocar a sua postura em comparação com a minha postura. Joga em seu desfavor. Não seja masoquista, senhor deputado. Não ando ao sabor daquilo que pretende. Somos diferentes, no final os portugueses ajuízam quem tem mais qualificação para as suas funções”, atirou.

Em reação, o líder do Chega acusou o primeiro-ministro de ter “mentido”, defendendo que foi “condenado por dizer a verdade ao país”.

O anúncio: reforma do ensino superior

O Governo aproveitou o debate quinzenal para antecipar um dos diplomas que será levado ao Conselho de Ministros desta quinta-feira. “Amanhã mesmo iremos aprovar os eixos principais de uma reforma do regime jurídico das instituições do ensino superior, que serão oportunamente tratados também e apreciados na Assembleia da República”, afirmou Luís Montenegro.

O chefe do Executivo explicou que a reforma do regime estabelecido em 2007 visa “dar às instituições mais condições para terem os seus processos de autonomia, de serviço daquilo que é o seu propósito formativo e de terem também maior previsibilidade dos projetos que não se esgotam ao sabor dos governos em funções”.

A proposta de revisão do Governo apresentada às instituições prevê uma “aproximação entre subsistemas universitário e politécnico e público e privado, permitindo a evolução e flexibilização do sistema binário e a racionalização da rede do ensino superior”.

A reforma determina ainda que a eleição direta dos reitores ou presidentes seja “alargada à comunidade de ex-alunos, para um mandato único de seis anos”, sendo “reforçada a independência do Conselho Geral e a importância dos membros externos”.

O Executivo tinha assumido ainda como objetivo a valorização do ensino politécnico, através da definição de “requisitos para a utilização da designação Universidade Politécnica, que poderá ser adotada pelas instituições politécnicas que conferem o grau de doutor”.

As obsessões: SNS e combustíveis

O plano de emergência para o SNS do Governo voltou a ser colocado em causa pela oposição. O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou o Governo de nada fazer em relação ao caos que se vive no Hospital Amadora-Sintra e às listas de espera para cirurgia oncológica pediátrica e de adultos.

O presidente do Chega disse mesmo que é “falso” que as listas estejam resolvidas. E a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, sugeriu que as administrações hospitalares fossem escolhidas por concurso, proposta que Montenegro afastou.

O líder do PS, Pedro Nuno Santos, no debate quinzenal.Hugo Amaral/ECO

Depois de ter elencado as melhorias que o Governo já alcançou no que diz respeito à execução do plano de emergência para a saúde, como a diminuição das listas de espera ou do número de utentes sem médico de família, Montenegro acabou por reconhecer que a situação do SNS “está muito longe” da que o Executivo deseja. “Os tempos de espera diminuíram 20%, mas continua a haver um conjunto de preocupações inaceitáveis” do ponto de vista da capacidade de resposta, assume.

“Os resultados são lentos e queremos ainda superá-los no futuro”, defendeu.

A guerra entre Governo e PS sobre o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) também dominou o debate. O líder socialista voltou a acusar o Executivo de ter agravado o imposto sobre os combustíveis com o primeiro-ministro a negar repetidamente tal teoria.

“O senhor primeiro-ministro está a confundir a taxa de carbono com a taxa de ISP. A taxa de carbono foi descongelada, o que acontece é que há um leilão das emissões e a taxa de carbono baixou para toda a Europa. Então, o Governo decidiu aumentar a taxa do ISP para compensar. E não voltou a reduzir”, salientou o secretário-geral do PS.

Montenegro acabou por “concordar com a exposição” de Pedro Nuno Santos, “com exceção da sua conclusão”. O primeiro-ministro reconheceu que “houve uma diminuição da incidência da taxa de carbono no valor de três cêntimos”.

“E o que fizemos foi diminuir o desconto em vigor, que era transitório em cerca de três cêntimos. Parece-me um caminho equilibrado, que não tem intervenção nenhuma na formação de preços”, afirmou. Então, “o que o Governo fez foi anular a descida da taxa de carbono”, conclui o secretário-geral do PS.

Montenegro revelou ainda que, neste momento, não é adequado voltar a baixar o imposto. Só “se houver uma escalada do preço que antecipe uma subida permanente a níveis que sejam insuportáveis” é que o Governo deverá tomar “medidas, nomeadamente na área fiscal, para desagravar a situação e repor o equilíbrio no acesso aos combustíveis”, salientou.

O demónio: reformas antecipadas e o Narciso

A sustentabilidade da Segurança Social e o fantasma do travão às reformas antecipadas ou de mexidas na Taxa Social Única (TSU) também marcou o debate. O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, questionou o Executivo se tencionava avançar com alterações legislativas que “retiram direitos” aos trabalhadores, ainda que o Executivo já tenha garantido, por diversas vezes, que alterações nestas matérias só se irão colocar numa futura legislatura.

A pergunta foi colocada pelo PCP, mas Luís Montenegro aproveitou para disparar contra os socialistas. “O PS deixou-nos um livro na mão, um livro verde para sustentabilidade da Segurança Social e o que o livro verde preconiza é aquilo que PS nos acusa”, criticou Montenegro referindo-se a uma das recomendações do relatório para travar as reformas antecipadas.

“Pedro Nuno Santos está indignado! Indignado estou eu, porque disse uma coisa sem fundamentação. O Governo em nenhum momento quis mexer nas reformas antecipadas. A seguir às eleições, depois da pronúncia do povo, vamos primeiro sujeitar ao crivo do povo, não vamos fazer nada nas costas do povo”, defendeu o primeiro-ministro.

Montenegro indicou que, “neste momento”, o Governo “tem disponibilidade para, aproveitando o estudo que foi legado, fazer uma análise profunda, fazer um grupo de trabalho e depois, sempre com a legitimação do povo português, se for essa a intenção” alterar matérias relacionadas com as reformas antecipadas ou a TSU.

O primeiro-ministro lembrou que o Executivo acabou de “transferir quatro mil milhões de euros para o Fundo de Estabilização da Segurança Social” para sublinhar a boa saúde das contas públicas. “Estamos a tratar de dar solidez ao sistema da Segurança Social. Se não for necessária nenhuma medida, tanto melhor. Mas, se for necessário, temos a frontalidade de dizê-lo ao país”, reconheceu.

“Não antecipem demónios, porque não há nenhum demónio, o que há é o reforço da proteção para o futuro”, assegurou.

Durante o debate com o líder do PCP, Paulo Raimundo, o primeiro-ministro cometeu uma gaffe e tratou o secretário-geral comunista por “Paulo Narciso”.

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“Foi uma sorte para a dessalinizadora do Algarve sair do PRR”, diz Castro Almeida

Castro Almeida garante que dessalinizadora do Algarve vai ser financiada na sua totalidade com verbas do PT2030 e promete que não "deixará cair" a construção de nenhuma casa.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial disse, esta quarta-feira, que “foi uma sorte para a dessalinizadora do Algarve sair do Plano de Recuperação e Resiliência”. A “sorte”, explicou Manuel Castro Almeida, reside no facto de a obra estar “subdotada” no PRR e, agora, que vai ser financiada pelo Portugal 2030 poderá receber o financiamento adequado.

Castro Almeida garantiu aos deputados, na comissão eventual de acompanhamento da execução do PRR e do Portugal 2030, que por haver investimentos que caíram do PRR isso não significa que não serão realizados, nem tão pouco que as obras vão parar. Uma preocupação transversal aos vários grupos parlamentares.

No caso da dessalinizadora do Algarve, ao ser financiada através do PT2030, não só poderá ter uma maior percentagem de investimento elegível assegurada por fundos europeus, como passa a ter “um prazo mais alargado de execução”.

A opção não é tranquila para os deputados. À gestão hídrica serão retirados 224,4 milhões de euros. A Barragem do Pisão já não vai ser financiada pelo PRR, tal como a dessalinizadora do Algarve e a barragem do Pomarão que terão de encontrar fontes de financiamento alternativas. A barragem será financiada pelo Portugal 2030 e pelo Orçamento do Estado os outros dois projetos pelo Sustentável 2030. No entanto, só no Algarve os projetos hídricos no PRR rondam os 120 milhões de euros (a fundo perdido) e o Algarve 2030 tem apenas uma dotação de 66 milhões de euros para esta categoria de projetos que já estão integralmente comprometidos com as ITI e no Sustentável 2030 a gaveta onde estes projetos se encaixam é de apenas 20 milhões de euros. Caso os projetos sejam financiados através do empréstimo de dois mil milhões de euros da Águas de Portugal junto do Banco Europeu de Investimento o problema é que isso terá impacto nas tarifas da água, alertou o deputado Pedro Vaz.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional explicou que o PRR só assegurava 50% do custo do projeto, mas ao transitar para o PT2030 acaba por ter um financiamento do 65%, o que representa uma poupança para o Estado, são mais 15 milhões de euros para financiar as dessalinizadora.

E já numa troca direta de comentários com o deputado, Hélder Reis lembrou que está em curso uma reprogramação do Portugal 2030. “Não estamos a fazer a reprogramação?”, questionou o secretário de Estado. “Há-de ter” verba, disse, reconhecendo que “haverá outras coisas que não serão feitas”. “Todos disseram, incluindo a Águas de Portugal, que não seria possível ter a dessalinizadora pronta a tempo, o que implicaria perder 50 milhões de euros”, frisou Hélder Reis.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional vai deslocar-se quinta-feira à Barragem do Pisão para exprimir o empenho do Executivo no cumprimento deste investimento que até já cumpriu dois marcos no PRR e já recebeu um adiantamento superior às obras realizadas, avançou Hélder Reis. “Há regimes especiais que temos de estudar de que forma têm ou não alguma possibilidade de se manterem ou não”, disse sem explicar em que consiste este regime.

A barragem chegou a estar totalmente faseada no PRR, mas a Comissão Europeia não aceitou porque era necessário atestar que não tinham um impacto ambiental nocivo e, para isso, é precisar encher a barragem e testar a qualidade do trabalho desenvolvido e, em junho de 2026, a barragem não estaria pronta, explicou uma vez mais o Hélder Reis. “Vamos ver se os fundos europeus lá conseguem chegar”, disse ao enunciar a fontes alternativas de financiamento a que acresce o Orçamento do Estado.

Castro Almeida foi, por diversas vezes, confrontando com a opção de retirar 3.300 casas a custos acessíveis do PRR, onde ficam apenas 3.500 das 6.800 inicialmente previstas. O responsável explicou que o IHRU já tem em obra 3.500 casas, mas as restantes, que deveriam ser da responsabilidade das autarquias, não foram lançadas a tempo e como tal à componente da habitação vai ser retirado a verba de 391 milhões de euros.

Hélder Reis explicou que será com recurso a um empréstimo BEI que será assegurada a construção das remanescentes – “um empréstimo do BEI ao Orçamento do Estado”. “O BEI dá-nos o dinheiro, não todo, para financiarmos os projetos que quisermos pôr em prática”, explicou o responsável.

A maior parte das casas estão contratadas, mas não iriam ser feitas dentro do prazo. Por isso foram retiradas por precaução e terão financiamento via PRR ou financiamento BEI”, disse Castro Almeida, acrescentando que o Governo garante que vai cumprir o compromisso do Executivo anterior de construir 26 mil casas, no âmbito do PRR, e estender esse número para 33 mil até 2030. Castro Almeida disse que a reprogramação tem “uma marca”.

“Com as dificuldades de mão-de-obra, que hoje existem, acrescentar mais obra de betão era acrescentar um problemas ao problema que já temos”, frisou. Perante as “muitas carências na saúde e nas universidades e centros de investigação, a reprogramação é uma boa oportunidade de os equipar com equipamentos de última geração”.

“As dificuldades com a mão-de-obra são de facto graves. Não há dia nenhum em que não me cruze com um presidente de câmara que não tenha ficado já com um concurso deserto”, conta o ministro. “Até já me cruzei com um que ficou com o mesmo concurso quatro vezes deserto”, lamentou.

Repetidamente criticado ao longo da audição por não ter ouvido os vários quadrantes da sociedade antes de entregar a reprogramação em Bruxelas, Castro Almeida frisou que a reprogramação “não foi uma opção do Governo”.

“O Governo limitou-se a constatar que algumas das obras previstas no PRR não iriam ser executadas dentro do prazo, não iriam ser financiadas no final, a tempo e horas, e retirou-as do PRR, substituindo-as por outros investimentos que podem ser executados dentro do prazo”.

Reprogramação do PT2030 já começou e será mais participada

Castro Almeida revelou que o exercício de reprogramação do Portugal 2030 já se iniciou esta semana, depois de terminado o do PRR no sábado, e deverá estender-se ao longo dos próximos três meses.

Será um processo mais longo e mais participado do que foi o PRR“, reconheceu. “Como não pode deixar de ser”, acrescentou.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Número de inquilinos com apoio à renda volta a cair em janeiro

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2025

Em janeiro de 2025 foram processados apoios para 145.870 inquilinos. Um ano antes eram 233.323 os beneficiários.

O apoio à renda chegava em janeiro a 145.870 inquilinos, segundo o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), número que traduz uma descida face aos 233.323 beneficiários identificados um ano antes.

“Em janeiro de 2025 foi atualizado o universo de locatários com apoio extraordinário, e processados apoios para 145.870 locatários”, disse, em resposta à Lusa, fonte oficial do IHRU, adiantando que além destes há mais 46.364 inquilinos “passíveis de enquadramento na medida” tendo em conta as regras de atribuição do apoio previstas na lei.

Este apoio extraordinário, cujo valor máximo pode chegar aos 200 euros, dirige-se a pessoas cujo pagamento da renda de casa lhes exige uma taxa de esforço acima dos 35%, ou seja, que têm de usar mais de 35% do seu rendimento mensal para pagar esta despesa. A atribuição do apoio é feita de forma oficiosa pelo IHRU com base nos elementos que lhe são disponibilizados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Segurança Social (SS), Caixa Geral de Aposentações (CGA) e Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Há, porém, situações passíveis de ser elegíveis, mas em que a atribuição do apoio está dependente de validação prévia pelos beneficiários dos dados utilizados para apuramento da sua situação.

Em causa estão inquilinos cujo montante de renda ultrapassa o valor dos seus rendimentos ou as situações em que são detetadas desconformidades entre a declaração fiscal do rendimento de rendas do senhorio, a declaração fiscal relativas ao recebimento ou faturação de rendas, a participação dos contratos de arrendamento e a declaração fiscal dos inquilinos que a AT reporta ao IHRU.

Na mesma resposta, o IHRU refere que desenvolveu uma aplicação informática para efeitos de validação prévia dos dados pelos locatários, adiantando que a mesma “será disponibilizada durante a semana em curso”.

Depois de uma primeira subida, o universo de beneficiários tem vindo a reduzir-se: em janeiro do ano passado eram 233.323, tendo recuado para 223.200 no final de abril e agora para os cerca de 146 mil, sendo que a estes podem ainda vir a somar-se os referidos 46.36, num total de 192 mil.

Quando em junho de 2023 foi pela primeira vez pago o apoio (com retroativos a janeiro desse ano), este chegou a 154.212 agregados, tendo sido na altura identificados mais 32 mil passíveis de o receber. O IHRU salienta que a atualização que é feita sobre beneficiários “pode resultar em mudanças nas condições de elegibilidade do apoio” que podem levar à sua “interrupção, diminuição ou aumento do valor do mesmo ou a novas atribuições”.

Do universo de beneficiários a quem foi processado apoio à renda em janeiro, há 25.141 que recebem o valor máximo de 200 euros. Em termos globais, o valor médio deste apoio ronda os 100,46 euros.

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Unapologetically Iris: o leilão da coleção pessoal de Iris Apfel decorre até dia 13 

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 5 Fevereiro 2025

Iris Apfel foi considerada a senior influencer com mais estilo de sempre. Morreu aos 102 anos,em 2024, mas alguns dos seus looks mais icónicos estão em leilão na Christie's.

A coleção pessoal de Iris Apfel, que morreu no ano passado aos 102 anos, está atualmente em leilão na Christie’s, num evento intitulado “Unapologetically Iris”. A venda online, que decorre entre 28 de janeiro e 13 de fevereiro, apresenta mais de 200 peças que refletem o estilo exuberante e maximalista da designer de interiores e socialite norte-americana.

A coleção inclui um vasto espólio de vestuário e acessórios, com criações de grandes nomes da moda como Dior, Carolina Herrera, Dolce & Gabbana e Saint Laurent. Entre os itens mais emblemáticos, estão os característicos óculos de armação redonda, uma imagem de marca de Apfel, com 18 pares incluídos no leilão. Peças de joalharia assinadas por designers como Jianhui London e Alex Bittar também estão em destaque, bem como criações da própria Iris Apfel.

A excentricidade de Apfel não se limitava à moda, refletindo-se também na decoração e no mobiliário. Entre os itens leiloados, encontram-se faqueiros, serviços de mesa, banquetas e um painel políptico pintado do século XIX, de origem espanhola ou holandesa. Uma das peças mais singulares é uma cadeira de estilo Luís XVI, decorada com um retrato da própria Apfel, um presente da artista Anna Anoyo em 2021.

Elizabeth Seigel, diretora das coleções privadas da Christie’s, sublinha o caráter único da seleção: “Ela abraçou a filosofia de que ‘mais é mais’, mas nem a sua moda nem a sua decoração de interiores pareciam pesadas pelas escolhas maximalistas que impulsionavam o seu estilo e sensibilidade”.

Este leilão vem juntar-se a outras recentes vendas de coleções de celebridades, como as de Andre Leon Talley e Elton John, e espera-se que angarie pelo menos 250 mil dólares (cerca de 243 mil euros). Os lucros serão destinados a um fundo de solidariedade criado pelos herdeiro da designer.

Iris Apfel ficou conhecida pelo seu olhar irreverente sobre a moda, sendo também uma colecionadora de têxteis antigos e fundadora da empresa Old World Weavers em 1950, juntamente com o marido, Carl Apfel. O seu espírito livre e audácia no estilo transformaram-na numa figura inconfundível, cuja influência perdura no mundo do luxo e do design. O leilão “Unapologetically Iris” celebra esse legado, oferecendo aos colecionadores a oportunidade de adquirir um pedaço da sua icónica estética.

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Benfica e FC Porto no top 5 dos que mais lucraram com transferências em 2024/25

  • Lusa
  • 5 Fevereiro 2025

Leeds (132 milhões) e Burnley (101 milhões), ambos do segundo escalão inglês, e os franceses do Lens (106 milhões) ocupam o pódio,

Benfica e FC Porto encerram o top 5 mundial de clubes com mais lucro decorrente de transferências de futebolistas nas duas janelas de 2024/25, segundo um estudo do Observatório do Futebol (CIES) divulgado esta quarta-feira.

Somados os montantes fixos e variáveis das transações definitivas e dos empréstimos com obrigação incondicional de compra, as ‘águias’ e os ‘dragões’ tiveram o quarto e o quinto melhores saldos positivos, com 92 e 82 milhões de euros, respetivamente.

Leeds (132 milhões) e Burnley (101 milhões), ambos do segundo escalão inglês, e os franceses do Lens (106 milhões) ocupam o pódio, enquanto o Sporting de Braga está no 28.º lugar, com 28 milhões de lucro, em contraste com os 31 milhões de prejuízo acumulados no verão de 2024 e no inverno deste ano pelo Sporting, campeão nacional e líder isolado da I Liga.

Os ingleses do Brighton tiveram o balanço financeiro mais desfavorável entre compras e vendas, fruto de 253 milhões negativos, seguidos dos compatriotas do Ispwich, com 176 milhões, e dos sauditas do Al Nassr, do capitão da seleção portuguesa Cristiano Ronaldo, com 175 milhões.

Na mais recente janela de transações, que esteve ativa entre 1 de janeiro e segunda-feira para os clubes nacionais, o FC Porto destacou-se com lucros de 73 milhões, bem acima dos sete milhões do Sporting de Braga e em oposição aos saldos negativos de Sporting (14 milhões) e Benfica (12 milhões).

Os ‘encarnados’ foram, entre os 100 emblemas envolvidos no estudo, os sextos que mais dinheiro receberam em vendas, ao totalizarem 169 milhões, seguidos de perto pelos ‘dragões’, oitavos, com 160 milhões, numa lista dominada pelos ingleses do Aston Villa, com 249 milhões, e que coloca os ‘arsenalistas’ no 59.º lugar, com 57 milhões, e os ‘leões’ em 71.º, com 46 milhões.

Os três ‘grandes’ surgem de forma seguida, entre a 42.ª e a 44.ª posições, no somatório de despesas, com o FC Porto a juntar 78 milhões, contra os 77 milhões de Benfica e Sporting, todos longe do topo, ocupado pelo Brighton, com 317 milhões, e do Sporting de Braga, 85.º, com 25 milhões.

Já o volume total de negócios foi liderado pelos ingleses do Chelsea, com 481 milhões entre entradas e saídas, quase o dobro dos 246 milhões do Benfica, 16.º, seguindo-se o FC Porto, 19.º, com 238 milhões, o Sporting, 52.º, com 123 milhões, e o Sporting de Braga, 78.º, com 82 milhões.

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“Vem aí mais um ano-luz”, diz Star Channel em campanha onde celebra estreia de novas séries

  • + M
  • 5 Fevereiro 2025

A campanha dá continuidade ao projeto lançado em novembro, através do qual a Star Channel acendeu a estrela Star em 22 localidades portuguesas como forma de agradecimento aos espectadores.

De forma a celebrar a estreia de novas séries nos seus canais, a Star Channel lançou uma campanha sob o mote “Vem aí mais um ano-luz”.

O objetivo passa por destacar a estreia de quatro novas séries nos canais Star, nomeadamente “Investigação Criminal: Origens” (Star Channel), “Doctor Odyssey” (Star Life), “Mademoiselle Holmes” (Star Crime) e “High Potential” (Star Life).

Desenvolvida e implementada pela The Walt Disney Company (TWDC) Portugal, a campanha marca presença nos canais Star Channel, Star Life, Star Crime, Star Comedy e Star Movies, em mupis digitais e também em imprensa, rádio e digital.

Em Lisboa (estação de metro do Cais do Sodré) e no Porto (estação de Metro da Trindade) foram também colocadas duas instalações luminosas de grandes dimensões, sob a forma de frases em néon, numa fonte criada especialmente para este projeto.

Esta campanha dá continuidade ao projeto lançado em novembro passado, através do qual a Star Channel acendeu a estrela Star em 22 localidades portuguesas como forma de agradecimento aos espectadores. O objetivo com esta segunda vaga da campanha “pretende partilhar com os espectadores uma mensagem de otimismo, para mais um ano-luz“, explica-se em nota de imprensa.

O projeto serve também de mote para uma festa de celebração, a Star Channel Ano-Luz Party, que decorre no Pátio da Galé, em Lisboa, no dia 21 de fevereiro (23h00), e que vai contar com a atuação de Ivandro, Xinobi, Paul Soir e Girasol.

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Marco assume comunicação em Portugal da Mondelēz, dona da Oreo e Milka

  • + M
  • 5 Fevereiro 2025

À responsabilidade da agência fica a estratégia de relações públicas, corporate communication & public affairs da multinacional no mercado nacional, função que antes era assegurada pela GCI.

A Marco assumiu a comunicação em Portugal da Mondelēz, grupo dono de marcas como Oreo, Milka, Toblerone, Philadelphia, Triunfo, Royal, substituindo a GCI. A agência assume agora a comunicação do grupo em território nacional, depois de já ter assegurado a mesma em Espanha no ano passado.

À responsabilidade da agência fica a estratégia de relações públicas, corporate communication & public affairs da multinacional no mercado nacional, com o objetivo de “consolidar a sua presença em Portugal de forma alinhada com as suas iniciativas de sustentabilidade e inovação globais“.

“Especializada na construção de marcas e gestão de reputação, a escolha da Marco reflete a confiança de empresas globais na capacidade da agência para o desenvolvimento e implementação de estratégias inovadoras com impacto“, diz Diana Castilho, head of Portugal da Marco, citada em comunicado.

A nossa equipa está pronta para entregar resultados excecionais e continuar a impulsionar a comunicação estratégica da Mondelēz, alinhada com as suas visões e ambições. Este é, sem dúvida, um reflexo da confiança que as marcas depositam em nós e no trabalho de excelência que temos vindo a desenvolver em Portugal”, acrescenta.

A Mondelēz — dona ainda de outras marcas como Chips Ahoy, Côte d’Or, Tang, Belvita ou Philadelphia — junta-se ao portefólio da Marco que trabalha em Portugal clientes como a Prime Video, Action, Autodoc, Subway, Kyndryl ou Ringana.

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