Dúvidas sobre leis? A assistente virtual Lia do Diário da República responde às questões

O Governo lança esta terça-feira uma ferramenta baseada em IA para ajudar a conhecer melhor a legislação nacional. Para usufruir desta funcionalidade, os cidadãos têm de se registar no site ou na app.

O portal do Diário da República vai ter uma assistente virtual para responder às dúvidas dos portugueses sobre variados temas da legislação nacional. A ferramenta, que foi batizada de Lia, acrónimo para legislação com inteligência artificial (IA), vai ser lançada esta terça-feira às 16h30 na Imprensa Nacional da Casa da Moeda (INCM).

O objetivo é “aproximar a lei e o direito dos cidadãos, simplificar a vida das pessoas”, afirmou ao ECO o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Paulo Lopes Marcelo, que tutela esta área.

Para usar a assistente virtual, “é necessário que o cidadão se registe no site ou na app do Diário da República, indicando de forma gratuita o nome e email e escolhendo uma password, salientou o mesmo responsável. Foi criado este requisito para “evitar vulnerabilidades como ataques de hackers“, explicou o secretário de Estado.

Para garantir “uma maior fiabilidade das respostas”, “a base dados que a Lia usa é fechada, ou seja, baseia-se nas 3.600 leis consolidadas e em vigor em Portugal”, referiu. “Será com base nesses diplomas que a assistente virtual irá responder às dúvidas dos cidadãos, usando, para tal, uma linguagem simples, evitando o jargão técnico”, sublinhou.

“A ideia é descomplexificar as leis. Se alguém tem um problema com um contrato de arrendamento, se tiver dúvidas sobre os direitos que tem quando é despedido vai poder colocar essas questões à Lia”, exemplificou Paulo Lopes Marcelo.

O governante referiu ainda que “o tema mais consultado no portal do Diário da República está relacionado com a lei laboral”. Assim, “com esta ferramenta inteligente, as pessoas vão mais facilmente perceber os direitos que têm sobre férias, subsídios, horas extraordinárias ou cessação de contratos de trabalho”, anotou.

“O desenvolvimento de tecnologia ao serviço do cidadão é uma prioridade da INCM, responsável pela edição do Diário da República, o jornal oficial da República Portuguesa”, segundo uma nota publicada pela INCM. “O principal objetivo da disponibilização de um assistente de pesquisa inteligente é a redução das barreiras no acesso à informação jurídica, para que qualquer pessoa tenha a possibilidade de encontrar informação relevante na lei, promovendo uma maior literacia jurídica. A Lia está disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano, de forma totalmente gratuita e universal, aliás, como todas as ferramentas do Diário da República”, segundo Bruno Pereira, diretor do Diário da República, citado na mesma nota.

“A Lia é uma tecnologia experimental e em evolução contínua que procura dar respostas simples sobre dúvidas concretas do utilizador, mas não substitui a consulta de um advogado ou outro profissional qualificado para a obtenção de aconselhamento técnico ou jurídico”, salvaguarda o secretário de Estado. Paulo Lopes Marcelo alerta ainda que, “no início, é natural a existência de alguns erros”. “Mas iremos estar a monitorizar a ferramenta para minimizar os impactos negativos”, frisou.

A tecnologia da Lia funciona na cloud Azure, a plataforma de computação em nuvem executada pela Microsoft, revelou o secretário de Estado. Já “a infraestrutura de front-end“, isto é, a parte visual que interage com os utilizadores foi desenvolvida pela empresa OutSystems, fundada em Portugal, com a Xpand IT e a Actian, indicou. O ECO questionou a INCM, entidade responsável pela contratação das empresas, sobre o custo com a criação da assistente virtual e sobre o procedimento concursal escolhido para o efeito – concurso público ou ajuste direito – e aguarda resposta.

Durante a cerimónia do lançamento da Lia, que se realiza esta terça-feira, haverá uma na mesa-redonda, moderada pelo jornalista Alexandre Évora, sobre ‘O impacto das soluções de Inteligência Artificial no acesso à legislação’, com os seguintes participantes: Manuel Cabugueira, da Nova IMS; Joana Mascarenhas, da Vieira de Almeida & Associados; e Manuel Dias, da Microsoft Portugal. O encerramento da sessão será feito pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Paulo Lopes Marcelo.

De lembrar que a Autoridade Tributária já tem a assistente cATia e a Segurança Social disponibiliza a ferramenta Clarisse.

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As tendências que vão transformar o cenário digital em 2025

  • + M
  • 10 Fevereiro 2025

A Wise Pirates avança quais as tendências que vão moldar a performance das empresas nos mercados digitais este ano, desde o social commerce até à IA, personalização ou autenticidade.

Com o comportamento e as tendências de consumo dos consumidores a evoluírem constantemente, as empresas têm de apostar em estratégias de comunicação adaptadas às novas realidades. “Este ano as marcas enfrentarão o desafio de equilibrar tecnologia avançada com autenticidade humana. O futuro do consumo passa por experiências personalizadas, mas sempre ancoradas em confiança e propósito. Acreditamos, por isso, que as marcas que conseguirem unir inovação, empatia e sustentabilidade liderarão a próxima geração de relações com os consumidores“, aponta Pedro Barbosa, CEO da Wise Pirates.

Perante este panorama, a Wise Pirates destaca as principais tendências que irão moldar a performance das empresas nos mercados digitais em 2025 e que vão impactar diretamente a forma como as marcas se comunicam e interagem com os consumidores.

Social commerce e vídeo serão dominantes

A Wise Pirates prevê que este ano o social commerce se consolide enquanto força global, “transformando as redes sociais em autênticos marketplaces”. Nesse sentido, ferramentas como live streaming e integração direta com lojas online “destacam-se por oferecer experiências de compra fluidas e visuais, com 42% dos consumidores a preferir este formato”.

Por outro lado, o vídeo “afirma-se como o formato dominante para comunicação, tornando-se imprescindível em estratégias de marketing e vendas, especialmente num cenário onde o mobile advertising continua em expansão”.

Agentes de IA, enquanto novo canal de aquisição

No entendimento da Wise Pirates, a ascensão de agentes conversacionais baseados em inteligência artificial vai revolucionar o marketing e as vendas, uma vez que “personalizam interações em escala, operam 24/7 e eliminam barreiras na jornada de compra”. Além disso, combinando modelos como RAG (retrieval augmented generation) e machine learning, os agentes de IA “estão cada vez mais aptos a comunicar de forma humanizada”.

As marcas que adotarem uma abordagem ‘AI-first‘ poderão otimizar campanhas e criar experiências memoráveis, maximizando o impacto das interações em canais conversacionais“, preconiza a agência.

Conexões Humanas continuam a ser importantes

Apesar das transformações trazidas ao mercado pela IA, os consumidores continuam a valorizar a autenticidade e empatia, o que volta a colocar as conexões reais como prioridade. “Marcas que equilibrem eficiência tecnológica com sensibilidade humana destacar-se-ão num cenário em que a confiança e a empatia são cada vez mais valorizadas“, refere.

Minimalismo estratégico

Perante os desafios económicos que estão a afetar o seu poder de compra, os consumidores estão também a adotar comportamentos mais pragmáticos e minimalistas. Nesse sentido, é expectável que tendências como a substituição de marcas premium por alternativas de marca própria e a priorização de programas de fidelidade se tornem predominantes.

Para as marcas, a personalização, bundles de produtos e subscrições assumem protagonismo, enquanto estratégias baseadas em first-party data tornam-se cruciais para atrair consumidores que procuram obter mais valor por menos“, sublinha a Wise Pirates.

Declínio da lealdade às marcas

Apresentando-se cada vez mais críticos, seletivos e conscientes, num panorama onde também a sustentabilidade assume cada vez mais um papel decisivo nas suas escolhas de compra, os consumidores mostram-se cada vez menos leais às marcas.

Neste sentido, as marcas devem assim “oferecer experiências personalizadas e sustentáveis, combinando conveniência, flexibilidade e práticas responsáveis“, de forma a conquistar consumidores “onde quer que estejam”.

Personalização sim, mas respeitando a privacidade

Embora a personalização continue também a ser uma prioridade, os consumidores exigem, no entanto, práticas transparentes na recolha e uso de dados, pelo que “o equilíbrio entre experiências hiper personalizadas e a proteção da privacidade será essencial para construir confiança“.

“Áreas como CRO (conversion rate optimization) emergem como ferramentas estratégicas para criar estratégias mais eficazes e adaptadas às necessidades dos consumidores”, avança ainda a Wise Pirates.

Dados no centro da estratégia à boleia da IA

Numa altura em que a centralidade dos dados “nunca foi tão crucial”, ferramentas de inteligência artificial e soluções em cloud “permitem transformar insights em ações estratégicas, otimizando recursos e antecipando tendências”. Assim, desde o desenvolvimento de produtos até operações logísticas, “uma abordagem data-centric é agora indispensável para o sucesso empresarial“.

Computação quântica: o futuro do marketing

A computação quântica “inaugura uma nova era no marketing, permitindo análises profundas de big data, segmentações hiper precisas e otimizações em tempo real”. “Tecnologias avançadas garantem maior segurança e conformidade regulatória, enquanto experiências imersivas e inovadoras tornam-se mais acessíveis para consumidores exigentes“, sublinha a agência.

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“Queremos aumentar a mobilização dos líderes para as novas ferramentas de comunicação”, aponta João Paixão

João Paixão antecipa para este ano a integração de mais uma equipa, skill ou empresa na LPM. Com uma faturação de 11,3 milhões, o objetivo é terminar 2025 em linha.

“Apostamos no maior envolvimento dos líderes das empresas e das organizações no âmbito das relações públicas do séc. XXI. Queremos aumentar a mobilização dos líderes para as novas ferramentas de comunicação, sabendo que tal produz resultados importantes ao nível dos vários públicos“. A convicção é de João Paixão, administrador da LPM, agência de Comunicação e RP do Ano nos APPM Marketing Awards 2024.

“Sofisticamos as disciplinas tradicionais das public relations. Vemos o public affairs a terem uma forte componente de leadership affairs, com cada vez mais CEO a fortalecerem a sua liderança pela presença em plataformas para além das mediáticas. Ou as media relations a amplificarem o seu network de contacto pelos social media”, prossegue o responsável, questionado sobre desafios das consultoras, e dos clientes, para 2025.

Na estrutura que lidera, João Paixão diz que nas áreas “com mais recente e forte tração – por exemplo, o people e o digital”, o resultado “passa pela distinção dos projetos pelo qualitativo”. Ou seja, “boas narrativas, aposta em produção de conteúdos dedicados e fios de comunicação em sequência têm resultado direto no crescimento da ligação das comunidades”.

O responsável destaca também, na área de gestão da reputação, uma abordagem e método ao combate do fake digital, e na área da formação, a Academia NewsMuseum, que lançou o seu primeiro momento no fecho do último ano, como iniciativas que tiveram início no último ano e vão prosseguir em 2025.

Uma integração exógena“, de uma equipa, skill ou empresa de pequena ou média dimensão, pode ser também acrescentada ao universo LPM, hoje composto por nove unidades e 142 pessoas. “É esta conjugação de skills que estamos a conseguir entregar ao cliente. Se passar no nosso escritório vê diariamente reuniões com heads de três ou quatro capacidades juntos na mesma sala” descreve.

“É muito mais valioso para o cliente a contratação de performance digital kits do que ter contratada a gestão diária quantitativa de x posts para as redes sociais. Não é suficiente ter um account digital a produzir tempo e serviços. É preciso interligar um pensamento e ações de consultoria de comunicação com head em digital”, dá como exemplo.

Em 2024, avança o administrador do grupo, a LPM fechou com uma faturação de 11,3 milhões de euros, a mesma do ano anterior. “Fechamos no mesmo número, qual relógio suíço, embora com +1% de margem positiva”, aponta.

Para este ano, o objetivo está definido: “Queremos a qualidade, pelo que apontámos internamente, globalmente, mesmas vendas e +1% margem positiva”, quantifica o administrador da consultora de comunicação e relações públicas que em 2026 assinala os 40 anos. “É um mercado maduro e robusto. Obriga-nos a uma constante aposta na evolução e sofisticação dos serviços. É estimulante”, avalia.

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Preços do gás de garrafa e a granel sobem mais de 10% no quarto trimestre

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

Os preços médios de venda ao público do propano e do butano subiram, tanto em termos homólogos, quanto em relação ao trimestre anterior, acompanhando a subida das cotações.

Os preços médios de venda do butano engarrafado e propano a granel, no quarto trimestre, subiram 10,9% e 10,2%, respetivamente, em termos homólogos, segundo dados da Empresas Portuguesas de Combustíveis e Lubrificantes (EPCOL), divulgados esta segunda-feira.

De acordo com a análise da EPCOL, no último trimestre do ano passado, os preços médios antes de impostos (PMAI) e os preços médios de venda ao público (PMVP) do propano e do butano subiram, tanto em termos homólogos, quanto em relação ao trimestre anterior, acompanhando a subida das cotações.

Assim, no caso das garrafas de butano, o PMAI fixou-se em 1,819 euros por quilograma (Kg), mais 7,7% do que no trimestre anterior e 7,9% face ao trimestre homólogo do ano anterior, enquanto o PMVP se fixou em 2,448 euros/Kg, 9,5% acima do registado nos três meses anteriores e mais 10,9% em termos homólogos.

Já o PMAI do propano a granel (1,646 euros/Kg) subiu 2,9% face ao trimestre anterior e 7% comparativamente aos mesmos três meses de 2023, enquanto o PMVP (2,235 euros/Kg) aumentou 5,2% face ao trimestre anterior e 10,2% em termos homólogos.

Em ambos os produtos, o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) aumentou 5,1 cêntimos/Kg, devido ao aumento da taxa de carbono. Já os custos médios de armazenagem, distribuição e comercialização subiram apenas no butano, concluiu a EPCOL.

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Tensões no comércio mundial tornam previsões sobre inflação “mais incertas”, diz Lagarde

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

A líder do banco central da moeda única disse ainda antever uma recuperação da economia do euro este ano, após um “crescimento modesto em 2024”.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, avisou esta segunda-feira que as tensões no comércio mundial podem afetar as perspetivas sobre a inflação na zona euro, quando se prevê um regresso aos 2% durante este ano.

“A inflação deverá regressar ao nosso objetivo de médio prazo de 2% no decurso do corrente ano, com riscos tanto no sentido ascendente como descendente. Uma maior fricção no comércio mundial tornaria as perspetivas de inflação na área do euro mais incertas”, disse Christine Lagarde.

Intervindo na apresentação do relatório anual do BCE, num debate na sessão plenária do Parlamento Europeu na cidade francesa de Estrasburgo, a responsável garantiu “determinação para assegurar que a inflação se estabiliza de forma sustentável”, chegando a esta meta de 2% fixada pelo banco central para estabilidade dos preços, mas não se comprometeu com os próximos passos em termos de política monetária, após recentes reduções das taxas de juro.

Em termos gerais, a líder do banco central da moeda única disse antever uma recuperação da economia do euro este ano, após um “crescimento modesto em 2024”.

Para esta estimativa relativa a 2025 contribui o facto de as exportações “apoiarem a retoma, à medida que a procura mundial aumenta, embora tal dependa da evolução das políticas comerciais internacionais”, ressalvou Christine Lagarde, voltando então a frisar o contexto comercial, numa altura em que os Estados Unidos ameaçam a imposição de novas tarifas à União Europeia (UE).

Ainda assim, de acordo com a responsável, “as condições para uma recuperação [da economia do euro] continuam a existir [pois] um mercado de trabalho sólido e rendimentos mais elevados deverão reforçar a confiança dos consumidores e permitir o aumento das despesas”, ao mesmo tempo que “um crédito mais acessível deverá impulsionar o consumo e o investimento ao longo do tempo”.

Também presente no debate em representação da Comissão Europeia, a comissária europeia para os Serviços Financeiros e União da Poupança e do Investimento, Maria Luís Albuquerque, apontou que “o mundo entrou numa era de forte concorrência geoestratégica”, pelo que “o reforço da competitividade e produtividade [comunitárias] tornou-se ainda mais urgente”.

“Para tal, são necessárias ações urgentes em várias frentes para orientar o trabalho”, disse a comissária europeia escolhida por Portugal, referindo-se à simplificação do mercado único, à promoção das competências e dos empregos de qualidade e a uma melhor coordenação das políticas e do financiamento, bem como ao impulso que a aplicação das novas regras orçamentais da UE poderá dar.

“Olhando para o futuro e em consonância com o BCE, a Comissão espera que a inflação regresse a cerca de 2% no decurso do ano, que o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] aumente à medida que o consumo privado ganhar força e que o investimento recupere de um fraco desempenho em 2024”, elencou a responsável.

Ainda assim, Maria Luís Albuquerque adiantou que isso acontece “ao mesmo tempo que a economia europeia sofre de uma série de quebras estruturais na sua competitividade, que travam o crescimento e ameaçam a prosperidade futura”.

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Empresas e cidadãos já podem pagar à Segurança Social por transferência bancária

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

Cidadãos e empresas passam a poder fazer pagamentos à Segurança Social, "através do IBAN virtual indicado no documento de pagamento".

A Segurança Social disponibilizou uma nova forma de pagamento, passando, a partir de agora, a ser possível efetuar pagamentos por transferência bancária para o IBAN virtual indicado no documento de pagamento.

“A Segurança Social disponibilizou uma nova forma de pagamento, através de transferência bancária, tornando o processo mais simples e eficiente”, lê-se numa nota publicada na sexta-feira, no site do Instituto da Segurança Social (ISS). Segundo o instituto, “cidadãos e empresas” podem fazer pagamentos à Segurança Social, “através do IBAN virtual indicado no documento de pagamento”.

“Para cada documento de pagamento emitido é gerada uma referência de IBAN, que é utilizada uma única vez para o pagamento do valor nele indicado”, acrescenta a mesma nota, sublinhando que “o IBAN passa a constar não só nos documentos de pagamento emitidos pelos cidadãos, como nos que são disponibilizados automaticamente pela Segurança Social”.

Para aceder ao documento de pagamento, os cidadãos e as empresas devem entrar na Segurança Social Direta no menu “Conta Corrente”, ir a “Pagamentos à Segurança Social” e posteriormente a “Consultar valores a pagar e emitir documentos de pagamento”, explica ainda o ISS.

Durante a última audição regimental, a ministra do Trabalho tinha indicado que o Governo quer “continuar a aprofundar a transformação digital da Segurança Social”.

Nesse sentido, vai “lançar nos próximos meses um programa que reduz as filas de espera ao nível do atendimento”, “reforçar o combate aos pagamentos indevidos” e “implementar a opção de pagamentos à Segurança Social por MB Way”, anunciou a ministra na altura, referindo que esta última medida vai ser antecipada, dado que estava prevista “para o próximo ano”.

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Tribunal anula coima de 225 milhões ao ‘cartel da banca’ por prescrição. AdC vai recorrer

Tribunal da Relação de Lisboa considerou, por maioria, que os factos do caso do 'cartel da banca' prescreveram e mandou arquivar o processo. Onze bancos livraram-se de coima de 225 milhões de euros.

O Tribunal da Relação de Lisboa anulou coimas no valor de 225 milhões no caso do ‘cartel da banca’, considerando que os factos prescreveram em fevereiro do ano passado, sete meses antes da decisão do Tribunal da Concorrência. Mandou arquivar o processo após decisão tomada “por maioria”.

Em suma, o tribunal considerou que:

  • os factos ocorreram entre 2002 e março de 2013;
  • se aplica a lei da concorrência de 2012, que prevê o prazo máximo de prescrição do procedimento contraordenacional de dez anos e seis meses;
  • não se aplica a lei da concorrência de 2022, que prevê um prazo maior de suspensão da prescrição do procedimento contraordenacional;
  • o reenvio prejudicial (para o Tribunal de Justiça da União Europeia) não suspende o prazo de prescrição;
  • a prescrição ocorreu no passado dia 1 de setembro de 2023 ou, no limite, aplicadas as denominadas leis Covid-19, em 11 de fevereiro de 2024.

“A Secção da Propriedade Intelectual, Concorrência, Regulação e Supervisão do Tribunal da Relação de Lisboa decidiu, por maioria, por acórdão hoje proferido, declarar prescrito o procedimento contraordenacional pendente contra as sociedades arguidas relativamente à prática da referida contraordenação e determinou o oportuno arquivamento dos autos“, lê-se na nota de imprensa.

A decisão conhecida esta segunda-feira anula a sentença do Tribunal da Concorrência de setembro do ano passado, que tinha condenado 11 bancos por troca de informação sensível sobre o mercado de crédito às famílias e empresas há mais de uma década, tendo considerado uma “infração muito grave” e uma “prática concertada” que lesou milhares de clientes.

Os bancos recorreram da sentença do tribunal de Santarém alegando, entre outras questões, que o processo já tinha prescrito, entendimento que o Tribunal Relação de Lisboa veio agora corroborar.

Em 2019, a Autoridade da Concorrência condenou os bancos por terem trocado informação sensível sobre as suas ofertas comerciais no mercado de crédito, tais como os spreads a aplicar num futuro próximo no crédito à habitação ou os valores do crédito concedido no mês anterior, factos que ocorreram entre 2002 e 2013.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve a maior coima (82 milhões de euros), seguindo-se BCP (60 milhões de euros), Santander (35,65 milhões), BPI (30 milhões) e Banco Montepio (13 milhões), coimas decididas em função do volume de negócios de cada banco.

Nenhum deles tinha constituído provisões para fazer face a uma eventual decisão desfavorável neste caso.

BBVA (2,5 milhões), BES (700 mil), EuroBic (500 mil), Crédito Agrícola (350 mil), Deutsche Bank (350 mil) e UCI (150 mil euros) haviam sido condenados a multas mais reduzidas. A mais pequena de todas tinha sido passada ao Banif: 1.000 euros, que o banco já tinha aceitado.

Autoridade da Concorrência vai recorrer

Em reação, a Autoridade da Concorrência avançou que ainda não tinha sido “notificada da totalidade do acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa”. No entanto, nota que a prescrição “não retira razão” à condenação que fez aos bancos, antes de recordar que também duas instâncias judiciais – o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS) e o Tribunal da Justiça da UE (TJUE) – também confirmaram a infração à lei da concorrência.

A AdC não deixará de procurar todas as vias possíveis para que seja reapreciada esta questão processual”, indica a AdC, que deixa claro a divergência com o TRL sobre os prazos de prescrição. Tal como o TCRS, que “confirmou os factos em causa e as coimas aplicadas”, a Autoridade defende que o prazo de prescrição ficou suspenso durante os dois anos, três meses e 15 dias em que o TJUE esteve a apreciar o caso.

(notícia atualizada às 19h34)

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EDP reforça parceria com Microsoft com três novos projetos solares nos EUA

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

A empresa detalhou que as unidades, implementadas através da EDP Renováveis América do Norte, têm uma capacidade total de 400 megawatts.

A EDP anunciou esta segunda-feira a entrega de três novas unidades solares de grande escala para a Microsoft, localizados no Illinois e no Texas, Estados Unidos, elevando para cinco o número total de projetos operacionais em parceria com a tecnológica.

Em comunicado, a empresa detalhou que as unidades, implementadas através da EDP Renováveis América do Norte, têm uma capacidade total de 400 megawatts (MW) e que a tecnológica norte-americana “acordou a compra de 389 MW de eletricidade e créditos de energia renovável (REC na sigla inglesa) provenientes destes projetos através de contratos de compra de energia virtual de longo prazo (VPPA)”.

Com o arranque destas três novas unidades, a empresa aumenta para cinco o número total de projetos operacionais resultantes da parceria entre as duas empresas no mercado norte-americano.

No sul do Illinois, a subsidiária da EDP, colocou em operação, em novembro do ano passado, o projeto solar Wolf Run de 140 MW, perto de Jacksonville, e a central solar Hickory de 110 MW, próximo de Jerseyville. Estes dois projetos criaram 500 postos de trabalho durante a fase de construção e cinco empregos permanentes.

Já o projeto solar Cattlemen II, com 150 MW, localizado perto de Austin, no Texas, entrou em funcionamento em dezembro de 2024 e contribuiu para criar aproximadamente 300 postos de trabalho na fase de construção.

“A operação destes três projetos continuará a estimular a economia local, beneficiando prestadores de serviços, restaurantes, hotéis e outros comerciantes nas comunidades próximas. Durante a fase de construção, já foram investidos mais de 10,4 milhões de dólares (cerca de 10 milhões de euros) em despesas locais”, conclui o braço para as renováveis da EDP.

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Preços do gás natural em níveis de há dois anos. E pode vir aí mais subidas

Um inverno rigoroso e reservas mais baixas do que no ano anterior estão a pressionar os preços da matéria-prima.

Os preços do gás natural têm estado em trajetória ascendente e esta segunda-feira estavam a tocar máximos de fevereiro de 2023. Os níveis de armazenamento e o inverno rigoroso são as razões mais indicadas entre os analistas consultados pelo ECO/Capital Verde. Apesar de os preços ainda estarem longe dos vistos na última crise energética, já são suficientes para causar transtorno junto de empresas e consumidores, e há margem para que continuem a subir.

Os preços do Title Transfer Facility, o contrato de gás natural negociado nos Países Baixos e que é referência para a Europa, atingiu, esta segunda-feira, os 58,75 euros por megawatt-hora (euros/MWh), ao nível de fevereiro de 2023, confirma o Banco Carregosa, com base nos dados da Bloomberg. De acordo com a plataforma ICE, estes mesmos contratos fecharam nos 58,34 euros/MWh, ainda em linha com níveis de fevereiro de há dois anos.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), curvas de futuros de meados de janeiro sugeriam que os preços do TTF subiriam 30% em 2025, em comparação com os níveis de 2024.

A tendência ascendente a que temos assistido nos preços do gás TTF reflete, em larga medida, preocupações sobre os níveis de reservas de gás europeias, à medida que o inverno avança“, escreve a Aleasoft, apontando que o armazenamento europeu está agora em cerca de 50%, que compara com os 68% do mesmo período do ano anterior.

O economista sénior do Banco Carregosa, Paulo Rosa, afirma que estes níveis caíram devido a “um inverno mais rigoroso que o previsto”, no qual “a procura por aquecimento aumentou, em particular no norte e oeste da Europa.

Além disto, parte do setor industrial recuperou da crise de 2022 e 2023 e retomou níveis mais altos de produção, continua a Aleasoft, aumentando a utilização de gás. “Se as reservas caírem demasiado, isso significa que a Europa vai precisar de comprar mais gás no verão para preencher as reservas e estar preparada para o próximo inverno” o que “exerce uma pressão para o aumento dos preços”, explica a casa de análise.

Henrique Valente, da ActivTrades, acrescenta duas variáveis à equação: a produção interna de gás na Europa tem vindo a diminuir e, no início de janeiro, houve a interrupção do fornecimento de gás russo através da Ucrânia.

“As perspetivas para este ano indicam que os preços do gás podem continuar elevados”, aponta Henrique Valente. “Com base nas tendências históricas e na atual trajetória ascendente, espera-se que os preços possam continuar a subir nos próximos meses“, embora uma melhoria na capacidade de armazenamento e uma economia europeia mais fraca possam “atenuar aumentos significativos”, reforça Paulo Rosa.

O mesmo analista afirma que, se as restrições de oferta persistirem, o preço do TTF pode atingir os 60-65 euros por megawatt-hora (eur/MWh). Já um inverno mais ameno, uma desaceleração económica mais acentuada e um fornecimento reforçado de LNG podem estabilizar os preços entre os 45 e os 55 euros/MWh.

A Aleasoft assinala uma “situação atípica”: os futuros do gás para o verão estão a cotar a níveis mais altos do que os contratos para o inverno, quando geralmente o inverno apresenta maior pressão dada a maior procura para fins de aquecimento. “Esta curva pouco usual indica que os traders esperam competição forte por LNG nos próximos meses“, à medida que a Europa restabelece as reservas, “colocando uma pressão adicional em alta nos preços”, afere a mesma fonte.

Mas o que será decisivo para a evolução dos preços este ano? “Muito vai depender das condições meteorológicas no resto do inverno”, indica a Aleasoft. Ao mesmo tempo, “a grande questão é quão agressivamente a Europa vai precisar de preencher as suas reservas” – se estas estiverem baixas em abril, deverá assistir-se a um “disparar” na procura no verão, “o que deverá manter os preços acima dos níveis típicos sazonais”.

Se o reabastecimento for insuficiente na primavera e no verão, os preços podem manter-se elevados“, alerta Paulo Rosa. O economista sénior do Banco Carregosa assinala ainda que do lado geopolítico, as disputas comerciais em curso, nomeadamente a tarifa imposta pela China sobre o LNG dos Estados Unidos, podem perturbar as cadeias de abastecimento e aumentar a volatilidade.

Competitividade e consumidores afetados

Os preços caíram mais de 90% desde os seus máximos históricos e desde março de 2023, sublinha Henrique Tomé, analista da XTB, relativizando os níveis atuais, face aos da crise energética. “Apesar de os preços estarem a negociar a níveis crescentes, não estamos a aproximarmo-nos dos níveis recorde que se verificaram nesse período“, complementa a Aleasoft. Mas isso não significa que não existam impactos.

O aumento dos preços do gás tem um impacto significativo na economia europeia“, afirma o analista da ActivTrades, apontando como consequências dos preços uma inflação mais persistente e um impacto negativo na competitividade das indústrias intensivas em energia, como a química e metalúrgica.

Por um lado, estas empresas podem querer realocar-se, com impacto económico associado, ou também podem repassar os custos elevados para os consumidores, resultando em preços mais altos para bens e serviços.

Em adição, os preços da eletricidade tendem a seguir os preços do gás, na medida em que, nas horas em que é necessário recorrer a este recurso para responder às necessidades de consumo, é o gás que define o preço de toda a eletricidade vendida naquela hora. “A subida dos preços da energia reduz o rendimento disponível das famílias, afetando o poder de compra e enfraquecendo o consumo geral“, alerta Paulo Rosa.

(Notícia atualizada com a correção no lead, já presente no corpo do texto, de que os máximos registados são de fevereiro de 2023)

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PortugalFoods desafia universitários a criar novos produtos alimentares

Os universitários têm até 21 de maio para concorrer ao prémio da PortugalFoods que coloca em contacto academia e indústria agroalimentar.

Vencedoras prémio Ecotrophelia Portugal 202410 fevereiro, 2025

Desenvolver um produto alimentar ecoinovador e sustentável, mas que adicione os ingredientes de empreendedorismo e competitividade no setor agroalimentar, é o grande desafio lançado pela 9.ª edição do prémio Ecotrophelia Portugal a estudantes universitários do país.

Os interessados têm até 21 de maio para concorrer a esta iniciativa da PortugalFoods que, em 2024, premiou três estudantes de diferentes universidades do Porto pela criação dos Fusion Rolls, uns rolinhos de fruta saudáveis.

Em análise neste concurso estarão critérios do produto como o packaging, processo de fabrico, sabor e proposta de marketing.

Os finalistas participarão na Competição Nacional e o vencedor representará Portugal, numa das maiores feiras mundiais do setor alimentar, Anuga, entre 4 e 8 de outubro, em Colónia, Alemanha.

O prémio Ecotrophelia Portugal tem conseguido criar uma ligação fundamental entre o tecido empresarial e a academia, proporcionando à indústria agroalimentar o contacto direto com jovens inspiradores, criativos e disruptivos.

Deolinda Silva

Diretora executiva da PortugalFoods

Além do desafio de desenvolvimento de um produto alimentar, os concorrentes têm a oportunidade de contactar com empresas, mentores e investidores que lhes podem proporcionar uma vasta rede de contactos no mercado. Todos os inscritos neste concurso recebem uma formação de empreendedorismo.

“O prémio Ecotrophelia Portugal tem conseguido criar uma ligação fundamental entre o tecido empresarial e a academia, proporcionando à indústria agroalimentar o contacto direto com jovens inspiradores, criativos e disruptivos”, assinala Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods.

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Praia em Manta Rota recebe investimento de 158 milhões em hotel de luxo

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

O projeto contempla a construção de 220 unidades de alojamento de três tipologias e a criação de 337 postos de trabalho. A abertura está agendada para 2027.

A praia da Lota, em Manta Rota, no concelho de Vila Real de Santo António, vai receber um investimento de 158 milhões de euros destinado a construir uma unidade hoteleira de luxo, anunciou esta segunda-feira a autarquia algarvia.

O projeto vai ser desenvolvido pela empresa BodyHoliday, considerada uma “referência no setor do turismo Wellness e Spa“, e prevê a construção de 220 unidades de alojamento de três tipologias (individuais, duplos e suítes) e a criação de 337 postos de trabalho, destacou a Câmara de Vila Real de Santo António num comunicado.

A nova unidade hoteleira de cinco estrelas vai oferecer serviços para segmentos turísticos de luxo e será construída na zona da praia da Lota, na localidade de Manta Rota, uma zona balnear da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, realçou também a autarquia.

“Este investimento, no valor de 158 milhões de euros, permitirá criar cerca de 337 postos de trabalho diretos na região. As obras estão previstas decorrer entre 2025 e 2026, com abertura agendada para 2027″, estimou a Câmara algarvia.

O hotel contará com 40 quartos individuais, 160 duplos e 20 suítes, cinco restaurantes e um centro de bem-estar e “spa” com 50 salas para massagens e tratamentos, bem como ginásio, três piscinas exteriores, uma interior e jardins com “acesso direto à praia através de passadiços em madeira”, caracterizou ainda a autarquia.

Trata-se de um investimento estruturante para o desenvolvimento económico local” que “vai mudar o paradigma turístico de Vila Real de Santo António, reforçando a qualidade da oferta e atraindo visitantes de segmentos de luxo” de países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália ou países nórdicos.

Álvaro Araújo

Presidente da Câmara de Vila Real de Santo António

“Trata-se de um investimento estruturante para o desenvolvimento económico local” que “vai mudar o paradigma turístico de Vila Real de Santo António, reforçando a qualidade da oferta e atraindo visitantes de segmentos de luxo” de países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália ou países nórdicos, considerou o presidente da Câmara, Álvaro Araújo (PS), citado no comunicado.

A Câmara de Vila Real de Santo António citou também o vice-presidente da autarquia, Ricardo Cipriano, para quem “o projeto visa diversificar e qualificar a oferta turística do concelho”, promovendo a sustentabilidade ambiental com recurso às “melhores práticas para o desempenho ambiental dos edifícios” do hotel.

“O projeto contempla soluções tecnológicas de vanguarda, tanto ao nível dos materiais e técnicas de construção, como dos sistemas e equipamentos, reforçando o seu impacto no setor da Inovação e Desenvolvimento”, salientou o município.

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Cinemas tiveram o melhor janeiro em receitas de bilheteira desde 2016

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2025

Em termos de audiência os cinemas contaram em janeiro com 1.072.436 espectadores. A última vez que se ultrapassou a fasquia de um milhão de espectadores em sala no mês de janeiro foi em 2020.

As salas de cinema registaram 6,8 milhões de euros de receita de bilheteira em janeiro, o que representa o melhor valor nesse mês desde 2016, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

As estatísticas mensais coligidas pelo ICA indicam que, em janeiro passado, os cinemas contaram com 1.072.436 espectadores, o que resultou em 6.874.834 euros de receitas de bilheteira.

Comparando com o mês homólogo de 2024, em janeiro deste ano verifica-se um aumento de quase trinta por cento (29,8%) nas receitas brutas de bilheteira e uma subida de 21,9% em audiência. Olhando apenas para as receitas de bilheteira, é preciso recuar a janeiro de 2016 para encontrar valores semelhantes aos de janeiro de 2025, com 6,9 milhões de euros arrecadados.

Em termos de audiência, a última vez que no mês de janeiro se ultrapassou a fasquia de um milhão de espectadores em sala foi 2020 (com 1.122.043 de espectadores), com 6,115 milhões de euros arrecadados em bilheteira, ainda antes de ser declarada a pandemia de covid-19.

A lista dos filmes mais vistos nos cinemas portugueses no primeiro mês de 2025 foi “Mufasa: O Rei Leão”, de Barry Jenkins, estreado em 19 de dezembro, com 226.410 espectadores, seguindo-se o filme brasileiro “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, com 137.874 espectadores, que chegou às salas portuguesas em 16 de janeiro, sendo o filme mais visto desde então.

Desde a estreia, até ao passado domingo, 9 de fevereiro, “Ainda estou aqui” acumulou 214.747 espectadores e 1,402 milhões de euros de receita.

O filme português mais visto em janeiro, estreado no dia 23, foi “Banzo”, de Margarida Cardoso, com 1.382 entradas.

Do total de receitas e audiência em janeiro, a Nos Lusomundo Cinemas, a maior exibidora portuguesa com 218 salas de cinema, liderou as estatísticas, com 4,5 milhões de euros de receita e 680.578 espectadores. A fatia de mercado desta exibidora é de 66,2% em receita bruta e 63,5% de número de espectadores.

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