Governo angolano admite dificuldades no financiamento de refinarias

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

Os recursos minerais são “uma bênção”. “Os homens é que os podem transformar numa maldição, de acordo com o uso que lhes derem. O petróleo já deu bastante a esse país”, disse o ministro.

O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos de Angola admitiu esta segunda-feira dificuldades no financiamento das refinarias, mas garantiu que o Governo continua focado no objetivo da autossuficiência em produtos refinados e que os projetos serão levados “a bom porto”.

Na primeira edição das “Conversas sem Makas”, iniciativa do jornalista e economista Carlos Rosado de Carvalho, o ministro Diamantino Azevedo apresentou um exaustivo balanço dos seus dois mandatos com as pastas do petróleo e recursos minerais, desde 2017, e sublinhou que os recursos minerais são “uma bênção”.

Os homens é que os podem transformar numa maldição, de acordo com o uso que lhes derem. O petróleo já deu bastante a esse país”, disse o ministro, em declarações aos jornalistas, considerando que Angola deve maximizar a utilização de cada barril de petróleo “fazendo de forma melhor e diferente”.

Diamantino Azevedo deu exemplos de setores que Angola pretende desenvolver, como a refinação, a petroquímica ou os fertilizantes, que podem ser outros usos para o petróleo, principal motor da economia angolana, mas, considerou que, para isso, “é preciso uma estratégia bem definida” e implementar um trabalho que considerou não se esgotar no executivo e envolver também os empresários.

A propósito dos objetivos do Governo de estabilização da produção em torno de 1 milhão de barris por dia, disse que o executivo tem conseguido captar investimento, numa altura em que enfrenta cada vez mais desafios, como a concorrência de outros produtores, inclusive em África, e a transição energética.

“O que temos de fazer é estar mais atentos, trabalhar afincadamente com os investidores, criar um ambiente propício para que mais investimentos surjam (…). É um trabalho contínuo que temos de continuar todos os dias”, declarou. No que diz respeito às refinarias, além da de Luanda, afirmou que estão em curso outros projetos em Cabinda, Soyo e Lobito e reconheceu que há algumas dificuldades de financiamento. “Há dificuldades, umas endógenas, outras exógenas, causadas pelo atual contexto internacional, mas estamos aqui para enfrentar os desafios e levar os projetos a bom porto”, frisou.

Além da refinaria de Luanda, que começou a operar na década de 60 e cuja capacidade foi entretanto quadruplicada, o Governo projetou desenvolver uma refinaria no Soyo, entregue ao consórcio norte-americano Quanten, mas que não conseguiu ainda reunir o financiamento necessário.

O Governo tem enfrentado também dificuldades com a refinaria de Cabinda, que foi entregue à Gemcorp, com participação da Sonangol, e teve já várias datas para a inauguração, prevendo-se que no princípio do próximo ano comece de facto a produzir. Diamantino Azevedo disse que a Sonangol tem “ajudado” no financiamento e chegará o momento em que terá uma conversa com o promotor para rever as condições de participação (atualmente, é de 10%).

Quanto à refinaria do Lobito, a maior, com capacidade para processar 200 mil barris por dia, mas cujas obras foram já diversas vezes interrompidas, pertence atualmente à estatal Sonangol e não resolveu ainda as questões do financiamento. “Estamos abertos a sócios que queiram ser acionistas e pôr capital”, salientou. O ministro dos Petróleos disse ainda que o terminal oceânico da Barra do Dande vai estar concluído no segundo semestre deste ano e anunciou a intenção de construir uma fábrica de botijas de gás no complexo, que deve acolher também uma parte do projeto de hidrogénio.

O ministro considerou que o terminal, que vai permitir aumentar a capacidade de armazenagem em 300 metros cúbicos, é essencial para poder implementar a lei da reserva de segurança energética do país, sendo complementado com “pequenas armazenagens nas províncias”.

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Prolongado encerramento a comboios em troço da Linha do Oeste

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

Depois do encerramento do troço entre as estações de Mira Sintra e Torres Vedras por quatro meses, prevê-se agora a “reabertura integral à circulação durante o quarto trimestre".

A Infraestruturas de Portugal (IP) prolongou até quase ao final do ano a interdição da circulação de comboios na Linha do Oeste entre Sintra e Torres Vedras, no distrito de Lisboa, devido às obras de modernização em curso. Depois do encerramento do troço entre as estações de Mira Sintra (Sintra) e Torres Vedras por quatro meses, entre abril e este mês, prevê-se agora a “reabertura integral à circulação durante o quarto trimestre de 2024”, informou esta segunda-feira a IP à agência Lusa.

“Após o início dos trabalhos no túnel [da Sapataria, no concelho de Sobral de Monte Agraço], foram detetadas situações, decorrentes da imprevisibilidade da natureza geológica do mesmo e que não eram identificáveis na fase de projeto, que obrigam a prolongar o período de suspensão, designadamente o aumento expressivo do volume de injeções para a consolidação e estabilização do túnel”, explicou a empresa.

Segundo a IP, tem havido, contudo, um “reforço significativo de meios em obra, estando-se a trabalhar cerca de 20 horas por dia”. O encerramento da linha naquele troço localizado prende-se com as obras de eletrificação do túnel da Sapataria, consideradas “de elevada complexidade” – é necessário o aumento da altura livre no túnel de forma a permitir instalar a catenária de alimentação elétrica dos comboios.

“Por forma a garantir as melhores condições de execução da obra, mitigando os riscos para a segurança dos trabalhadores e da circulação, torna-se imprescindível proceder ao corte integral da circulação ferroviária no troço”, esclareceu a IP. As situações de imprevisibilidade ocorridas na obra provocaram não só o prolongamento do encerramento do troço da linha à circulação ferroviária, como também tiveram um “impacto relevante sobre o prazo de execução” das duas empreitadas de modernização da linha em curso – Meleças (Sintra)/Torres Vedras e Torres Vedras/Caldas da Rainha,

Depois dos vários atrasos já verificados, a conclusão da obra deverá derrapar do final deste ano para “o início de 2025”, de acordo com a empresa. As obras estão a decorrer com a duplicação de parte da via-férrea e aumento da velocidade máxima de circulação, até 140 quilómetros/hora, permitindo uma redução nos tempos de trajeto, construção e remodelação de várias estações ferroviárias e de passagens desniveladas, assim como a supressão de passagens de nível.

A empreitada envolve ainda a aplicação de um sistema de instalações fixas de tração elétrica para a eletrificação da linha, bem como a instalação de torres para o sistema de comunicações móveis e do sistema de informação aos passageiros. O projeto de modernização da Linha do Oeste (Sintra/Figueira da Foz) está dividido em duas empreitadas, sendo a primeira a de eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, num investimento de 61,7 milhões de euros.

A segunda consiste na modernização e eletrificação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, orçada em 40 milhões de euros. Contudo, o investimento global é de 160 milhões de euros, incluindo expropriações, de acordo com a empresa. Em fevereiro, a IP lançou um concurso de 7,5 milhões de euros para o estudo prévio e projeto do prolongamento das obras entre as estações de Caldas da Rainha e do Louriçal (Pombal), no distrito de Leiria.

Segundo a IP, está a decorrer a “fase de desenvolvimento dos estudos e projetos de engenharia, seguindo-se a avaliação de impacto ambiental e posteriormente o lançamento do concurso de empreitada”. As principais intervenções desta terceira empreitada consistem na modernização e eletrificação da via atual, na instalação da sinalização eletrónica e na supressão das passagens de nível existentes, assim como no aumento do comprimento útil das linhas das estações e na melhoria das instalações para o serviço de passageiros e dos respetivos acessos em estações e apeadeiros.

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste tem alertado para o atraso na conclusão das obras, assim como para a necessidade de desenvolvimento do concurso para a modernização e eletrificação do troço Caldas da Rainha/Louriçal.

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Shane Nolan é o novo auditor responsável pela Zurich Portugal

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2024

O irlandês, que é economista formado no ISCTE, já esteve em Portugal em funções idênticas na Tranquilidade, Banco CTT e mais recentemente no grupo Ageas.

A Zurich Portugal nomeou Shane Nolan como responsável pela auditoria da seguradora (Head of Audit). Licenciado em Economia pelo ISCTE, Nolan iniciou a sua carreira na KPMG na Irlanda, de onde é natural, tendo posteriormente transitado para auditor sénior da KPMG em Portugal.

Shane Nolan mantém na Zurich a sua presença em Portugal após KPMG, Tranquilidade, Banco CTT e Grupo Ageas.

O seu percurso profissional inclui ainda passagens na área de auditoria interna na Tranquilidade e no Banco CTT. A sua última experiência profissional foi também no setor segurador, enquanto Audit Manager no Grupo Ageas Portugal.

“Estou muito entusiasmado por trazer o meu conhecimento e experiência para uma empresa como a Zurich, onde o compromisso com a excelência e integridade fazem parte do dia a dia” disse Shane Nolan, “com a certeza de que a Zurich me permitirá continuar a evoluir profissionalmente e dar o meu melhor contributo”, concluiu.

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Trump aproveita queda bolsista para atacar candidatura de Harris

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

O candidato republicano à Casa Branca chamou à queda da bolsa “o crash de Kamala” e garantiu que “os mercados nunca aceitarão” Harris por esta ser “uma lunática radical de esquerda”.

O ex-Presidente dos EUA e candidato republicano, Donald Trump, aproveitou a queda das bolsas esta segunda-feira para atacar a rival democrata, a vice-Presidente Kamala Harris, alegando que os mercados estão a rejeitar a sua candidatura. Numa série de mensagens na rede social Truth, Trump chamou à queda da bolsa de valores “o crash de Kamala” e garantiu que “os mercados nunca aceitarão” Harris por esta ser “uma lunática radical de esquerda”.

“Os eleitores têm uma escolha: a prosperidade de Trump ou o crash de Kamala e a Grande Depressão de 2024, para não mencionar a probabilidade de uma Terceira Guerra Mundial se estas pessoas se mantiverem no cargo”, defendeu o candidato republicano. Wall Street entrou em forte queda na abertura de hoje, com perdas de mais de 1.000 pontos em dois dos seus principais indicadores, o Dow Jones Industrial Average e o Nasdaq, devido ao receio de uma recessão nos Estados Unidos, que parece ter-se espalhado a outros países.

Segundo analistas, a volatilidade atingiu hoje níveis não vistos desde a queda das bolsas em março de 2020, por causa da pandemia de covid-19. Estas declarações de Trump acontecem no dia em que o Partido Democrata conclui a votação para oficializar Kamala Harris como a sua candidata às eleições de 5 de novembro, nas quais enfrentará Trump.

Harris estará hoje na Casa Branca com o Presidente, Joe Biden, e a sua equipa de Segurança Nacional a monitorizar um possível ataque do Irão a Israel em retaliação pelos assassinatos de dois líderes do Hezbollah e do Hamas.

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PS quer saber se Governo pretende alterar leis para facilitar substituição de dirigentes públicos

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

O PS quer também saber em “que serviços públicos, institutos, direções gerais e outras entidades estão em preparação as referidas mudanças”.

O PS perguntou esta segunda-feira à ministra do Trabalho se o Governo está a preparar alterações a leis orgânicas de entidades e organismos públicos para, “a coberto de diferentes finalidades”, proceder a uma “vaga de substituições generalizada de pessoal dirigente”.

Num requerimento dirigido a Maria do Rosário Palma Ramalho através da Assembleia da República, dez deputados do PS referem que, nos últimos meses, “tem ocorrido uma vaga de saídas e de exonerações nos cargos de topo da administração pública em diferentes áreas governativas”, “não raras vezes com exposição pública e campanhas difamatórias”.

“A título de exemplo, só na última semana foi noticiada a dissolução do Conselho Diretivo do Instituto do Desporto e Juventude (IPDJ) e a substituição da Diretora-Geral da Administração Educativa, apenas mas dois casos salientes que se somam a dezenas de outros”, lê-se.

Os deputados referem que, na área governativa do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, têm-se registado “alguns dos casos com maior repercussão pública e alarme social, de que serão exemplos cimeiros a exoneração caluniosa da Mesa da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa”, “a campanha falsa lançada contra a anterior presidente do Instituto de Segurança Social” ou “a demissão não explicada do vice-presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)”.

“Ora, têm surgido publicamente notícias e referências à preparação de alteração de leis orgânicas em diferentes entidades e serviços públicos que, a coberto de diferentes finalidades, permitirão fazer caducar os vínculos de todos os dirigentes em funções, abrindo assim caminho a uma vaga de substituições generalizada de pessoal dirigente, tanto em cargos de topo como intermédios”, advertem os deputados.

O PS salienta que já questionou duas vezes em audição a ministra do Trabalho sobre estas alegadas alterações, sendo que, segundo o partido, Maria do Rosário Palma Ramalho “não deu qualquer resposta”, ficando “por esclarecer quais as reais intenções e planos do Governo nesta matéria”.

Destacando a “relevância e a delicadeza da questão”, estes deputados socialistas perguntam a Maria do Rosário Palma Ramalho se “estão a ser preparadas alterações a lei orgânicas de entidades tuteladas pela área governativa do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social”. O PS quer também saber em “que serviços públicos, institutos, direções gerais e outras entidades estão em preparação as referidas mudanças”.

“Em concreto, no caso do Instituto de Segurança Social, I.P., e do IEFP, I.P., tendo em conta a sua dimensão e presença territorial, está em condições de garantir que não estão em preparação substituições alargadas de dirigentes nacionais, intermédios e regionais, a pretexto de uma mudança de lei orgânica?”, perguntam ainda os deputados.

Este requerimento é assinado pelos deputados do PS Tiago Barbosa Ribeiro, Miguel Cabrita, Gilberto Anjos, Sofia Canha, Fernando José, Ana Sofia Antunes, Lia Ferreira, Irene Costa, Patrícia Caixinha e Patrícia Faro, que integram a comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social.

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Continental avalia separar negócio de peças automóvel e avançar com IPO

A multinacional alemã, que tem uma fábrica em Lousado, pretende manter o negócio lucrativo dos pneus e realizar a dispersão em bolsa das restantes atividades, a braços com uma quebra de procura.

A multinacional alemã Continental, que tem em Vila Nova de Famalicão uma fábrica de pneus, que é a quarta maior exportadora nacional e emprega cerca de 2.700 pessoas, está a avaliar o “spin-off” e a sequente dispersão em bolsa dos negócios de equipamento automóvel em dificuldades, separando estas áreas de atividade das operações de sucesso, que incluem o fabrico de pneus.

Este é mais um passo no âmbito da reestruturação do grupo alemão, que anunciou há uns meses que vai cortar mais de 7.000 postos de trabalho a nível global – Portugal fica de fora destes despedimentos –, devido à pressão que o negócio automóvel enfrenta, com as fabricantes automóveis a moderarem a produção face à menor procura por carros elétricos.

Os planos da empresa – a concretizarem-se – pretendem separar o negócio automóvel de fabrico de peças e sistemas de condução automatizados, que representam perto de metade das vendas do grupo, avançando com a dispersão de 100% desta unidade. Já o negócio de pneus da Continental e a unidade ContiTech [comercialização de produtos como correias, componentes e ferramentas industriais], que inclui a fábrica da Continental em Portugal, seria para manter.

Esta reestruturação seria a maior nos 152 anos de história da gigante alemã, num momento em que a empresa procura reanimar os lucros e se vê a braços com as críticas dos investidores sobre a estrutura da companhia.

A divisão Automotive, que emprega cerca de 100 mil pessoas a nível global e gerou vendas de 20,3 mil milhões de euros no último ano, tem enfrentado, de um lado, elevadas exigências de investimento significativos e, por outro, menor procura. Tudo isto num momento em que as taxas de juros mais altas estão a pressionar a compra de automóveis e a venda de carros permanece abaixo das expectativas na China, onde as marcas alemãs concorrem com os preços reduzidos da rival local BYD.

O objetivo da reestruturação é “explorar plenamente o potencial de valor e de crescimento dos dois grupos então separados”, disse a Continental, em comunicado, acrescentando que tomará uma decisão no quarto trimestre, fixando a meta de concluir qualquer mudança até o final do próximo ano.

A unidade de pneus da Continental e o negócio ContiTech – que se concentra em clientes industriais – empregam cerca de 100.000 pessoas, sendo responsáveis por vendas de cerca de 14 mil milhões de euros e 6,8 mil milhões de euros no último ano fiscal ano, respetivamente.

A fábrica da Continental em Portugal tem ficado a salvo dos planos de reestruturação anunciados pela casa-mãe e continua a ser uma das apostas do grupo, estando atualmente a acelerar a produção de pneus sustentáveis. Portugal tem recebido novos investimentos todos os anos e continua a expandir a sua produção. Em 2017, a fábrica iniciou a produção de pneus agrícola e, em 2020, começou a fazer também pneus Off the Road (OTR), para maquinaria pesada.

A estratégia Visão 2030 da Continental tem sido um motor dos investimentos da empresa em Lousado, que totalizaram cerca de 150 milhões de euros nos últimos dois anos. Nos últimos três anos, o montante de investimentos ascende a 200 milhões.

Estes investimentos foram direcionados para aumentar a produção de pneus para automóveis de passageiros, expandir a produção de pneus de alto desempenho e aumentar a produção de pneus agrícolas.

Com mais de 2.700 empregados — grande parte dos 3.700 que a Continental tem em Portugal –, a fábrica de Lousado tem intensificado o investimento em novas máquinas e na maior automatização, colocando robôs a recolher e transportar pneus na fábrica. Depois do investimento num novo armazém, a fábrica tem já aprovados projetos para continuar a comprar novos equipamentos.

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Grécia em alerta máximo por risco de ataque a alvo israelita

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

Na sequência do assassinato em Teerão do líder político do Hamas, é possível "que haja uma tentativa de retaliação com um ataque contra um alvo israelita" na Grécia.

As autoridades gregas decretaram “alerta máximo” após terem sido avisadas pelos aliados de um possível ataque terrorista iminente contra um alvo israelita no país.

De acordo com o jornal grego Kathimerini, o Serviço Nacional de Informações grego (EYP) foi avisado pelos “serviços secretos estrangeiros” de que, na sequência do assassinato em Teerão do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, é possível “que haja uma tentativa de retaliação com um ataque contra um alvo israelita” no país.

Embora não existam informações concretas até ao momento, tanto o EYP como a Agência Antiterrorismo da Grécia estão em alerta máximo, numa altura em que milhões de turistas chegam à Grécia, incluindo milhares de israelitas. Além disso, existe a preocupação com a possibilidade de cidadãos estrangeiros transitarem pela Grécia com destino a outro país europeu com o objetivo de aí realizarem um ataque contra um alvo israelita.

Em 2023, um ataque planeado contra alvos judeus no país foi frustrado pelas autoridades. Em março do ano passado, as autoridades gregas detiveram duas pessoas de nacionalidade paquistanesa, acusadas de planear um ataque a uma sinagoga no centro de Atenas. De acordo com o serviço de informações estrangeiro de Israel, Mossad, o ataque foi coordenado pelo Irão.

Em maio e junho, foram também realizados ataques incendiários contra um hotel israelita no centro da capital grega e contra uma sinagoga. Segundo o jornal Kathimerini, as ordens aos autores – que foram detidos – foram dadas por um afegão detido na Grécia, mas há indícios de que indivíduos do Irão participaram no ataque.

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Ukra vai ser “uma das principais caras” da Sport TV na nova época

  • + M
  • 5 Agosto 2024

Ukra pendurou as chuteiras em maio deste ano. Junta-se agora à Sport TV para ser "uma das principais caras" do canal desportivo para a nova época.

Depois de ter anunciado o final de carreira dentro dos relvados em maio deste ano, Ukra junta-se agora à Sport TV como “uma das principais caras” do canal para a nova época.

Apesar de ser uma realidade nova para Ukra, basta segui-lo nas redes sociais para perceber que tem uma capacidade de comunicar fora do normal“, indica a Sport TV em nota de imprensa sobre o ex-futebolista que passou por clubes como FC Porto, Varzim, Olhanense, Braga, Rio Ave, Al Fateh, CSKA Sofia ou Santa Clara.

“A contratação de Ukra é um motivo de grande orgulho para nós e é um sinal claro de que a Sport TV continua a ouvir o seu público e a trazer até ele os intervenientes mais queridos e profissionais do mundo do desporto. Além da sua vasta experiência e conhecimento do futebol, o Ukra trará também o seu espírito jovial e a capacidade de cativar audiências com a sua personalidade única“, afirma Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV, citado em comunicado.

Já o ex-jogador diz-se “muito feliz e agradecido” com a parceria. “É um projeto que marca o início de mais uma fase emocionante na minha vida. Tenho confiança que será um projeto muito desafiante e vou dar tudo para estar à altura”, refere.

A contratação de Ukra por parte da Sport TV “reforça o compromisso” do canal em “oferecer aos portugueses não apenas os melhores conteúdos desportivos em direto, mas também os melhores intervenientes do espetáculo desportivo”, lê-se em nota de imprensa, onde se adianta que os programas e desafios que envolvem o jogador vão ser anunciados “em breve”.

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Está grávida? Saiba a que urgência se pode dirigir

Urgências de obstetrícia do Hospital de Leiria, Hospital de São Bernardo, Hospital Garcia de Orta, Hospital Santa Maria e Hospital Caldas da Rainha estão encerradas esta segunda-feira.

As urgências de obstetrícia têm registado constrangimentos e só este domingo 11 estiveram encerradas, mais de metade na zona da Grande Lisboa. Após as urgências de ginecologia e obstetrícia na região de Lisboa e Vale do Tejo terem registado picos de afluência, está agora normalizada.

De acordo com o portal do SNS, esta segunda-feira cinco urgências de obstetrícia estão encerradas – Hospital de Santo André (Leiria), Hospital de São Bernardo (Arrábida), Hospital Garcia de Orta (Almada), Hospital Santa Maria (Lisboa), Hospital Caldas da Rainha (Oeste) -, duas referenciadas (Braga e Amadora-Sintra) e 37 abertas.

O Ministério da Saúde, os diretores clínicos e presidentes dos conselhos de administração dos hospitais envolvidos, em reuniões que contaram também com a colaboração do colégio de Obstetrícia da Ordem dos Médicos, delinearam um plano para os meses de junho a setembro para as urgências de obstetrícia da Região de Lisboa e Vale do Tejo.

Fonte oficial do Ministério da Saúde explica que “as três maternidades localizadas na Península de Setúbal estão a funcionar em rotatividade semanal, garantindo uma urgência sempre aberta ao exterior”.

No caso da Grande Lisboa, as urgências de obstetrícia/ginecologia ao fim-de-semana estão “asseguradas através da abertura permanente da Maternidade Alfredo da Costa e do Hospital de Cascais, que são apoiados pelo Hospital de São Francisco Xavier um fim de semana por mês e pelo Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) outros dois fins-de-semana por mês”.

“Por sua vez, o Hospital de Vila Franca de Xira e o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, funcionam, igualmente, de forma alternada. Informa-se ainda que, no caso dos hospitais de Caldas da Rainha, do Médio Tejo e de Santarém, também existe uma coordenação para que resposta ao nível da urgência de obstetrícia/ginecologia seja alternada“, indica.

A lista de urgências de obstetrícia abertas e encerradas pode ser consultada aqui.

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Primeiro-ministro britânico quer condenações “rápidas” para os desordeiros

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

"Não se tratou de um protesto, tratou-se de violência", declarou o líder trabalhista, que considerou "intolerável" o facto de as mesquitas terem sido alvo de ataques. 

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, considerou esta segunda-feira prioritária a obtenção de condenações “rápidas” para os desordeiros envolvidos nos violentos confrontos dos últimos dias, após ter presidido a uma reunião de crise em Downing Street. Em declarações à televisão britânica, o chefe do governo trabalhista sublinhou que a sua prioridade “absoluta” é pôr fim à desordem e que “as sanções penais devem ser rápidas”.

Starmer, que falava no final de uma reunião do comité de emergência Cobra, em que participaram ministros, chefes de polícia e serviços de segurança, para analisar os tumultos e tomar medidas se estes continuarem nos próximos dias, insistiu que todo o “peso da lei” será aplicado aos responsáveis pela violência do fim de semana. “Não se tratou de um protesto, tratou-se de violência”, declarou o líder trabalhista, que considerou “intolerável” o facto de as mesquitas terem sido alvo de ataques.

Starmer reafirmou que haverá espaço suficiente nas prisões para prender os responsáveis pelo arremesso de todo o tipo de objetos, como pedras e garrafas, contra os agentes da autoridade e pelo ataque a mesquitas e a um hotel que acolhe requerentes de asilo. Segundo a polícia britânica, mais de 90 pessoas foram detidas na sequência da violência que eclodiu sábado em várias cidades britânicas durante protestos de extrema-direita.

“Mas vamos fazer com que isto funcione e vamos certificar-nos de que temos os lugares necessários [para as prisões] para levar rapidamente os responsáveis à justiça”, acrescentou. Entre outras questões, o primeiro-ministro britânico alertou para o facto de o direito penal dever ser aplicado “tanto online como offline“, para que as pessoas que cometem crimes na Internet – numa clara referência ao incitamento à violência – sejam tratadas da mesma forma.

Questionado sobre se irá convocar o parlamento, como vários deputados estão a pedir, Starmer disse que a prioridade agora é garantir que as ruas do país se tornem seguras para todos. “O meu objetivo é garantir que se ponha fim a esta desordem e que as sanções penais sejam rápidas”, afirmou.

Um porta-voz de Downing Street disse que, no final da reunião de emergência, o primeiro-ministro prestou homenagem ao trabalho dos agentes da polícia que tentaram controlar os motins e que centenas de pessoas tinham sido detidas. “A polícia continua a utilizar recursos adicionais em todo o país, em locais estratégicos, sempre que necessário”, acrescentou o porta-voz. As tensões aumentaram na sequência do ataque à facada de 29 de julho num centro recreativo em Southport, no noroeste de Inglaterra, em que três raparigas foram mortas e oito crianças e dois adultos ficaram feridos.

O autor do ataque, Axel Rudakubana, de 17 anos, nascido no País de Gales e filho de pais ruandeses, foi acusado do assassínio das raparigas e da tentativa de assassínio de outras dez pessoas, mas a ira entre os grupos de extrema-direita cresceu quando se espalhou nas redes sociais a informação incorreta de que o atacante era um requerente de asilo que tinha atravessado o Canal da Mancha de barco.

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Benfica fecha venda de João Neves ao PSG por 60 milhões

  • ECO
  • 5 Agosto 2024

Aos 19 anos, o médio internacional português protagoniza o maior negócio deste defeso. Encarnados ainda poderão receber mais dez milhões de remuneração variável associada a objetivos.

A SAD do Benfica fechou a venda do passe de João Neves ao PSG por 59,9 milhões de euros, acrescidos de quase dez milhões de remuneração variável associada a objetivos, segundo anunciou esta segunda-feira.

Em comunicado enviado ao mercado, os encarnados informam que terão encargos com os serviços de intermediação de 10% do valor da venda (cerca de seis milhões de euros), enquanto o clube francês não “não terá o direito a reter o mecanismo de solidariedade”.

Aos 19 anos, o médio internacional português protagoniza o maior negócio deste defeso em Portugal, sendo também uma das maiores transferências de sempre do Benfica.

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Governo está a otimizar fundos europeus para “não perder nem um euro”, diz ministra do Ambiente

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

“Os donos da obra ou utilizadores não vão sentir. O que vai acontecer é que estamos a usar os financiamentos que nos permitem através do calendário que não haja nenhuma perda de financiamento”, disse.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, disse esta segunda-feira que o Governo está a fazer uma gestão otimizada dos fundos europeus para não perder “nem um euro” dos financiamentos, nem parar obras. “Tanto no Programa Operacional (PO) Sustentável, como no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) estamos a fazer uma otimização dos fundos para não perder nem um euro”, assegurou a ministra em declarações aos jornalistas à margem da assinatura de um protocolo para a reabilitação de rios em Estarreja, no distrito de Aveiro.

Graça Carvalho respondia assim ao apelo feito pela organização ambientalista Zero para o Governo fasear o projeto de expansão do Metropolitano de Lisboa, evitando que se percam fundos do PRR. Questionada pela Lusa, a ministra disse que o Governo está “a jogar com as várias fontes de financiamento de modo a não perder nenhum financiamento nem parar obras”, adiantando que “há projetos que podem sair do PRR e entrar no Orçamento do Estado ou usar também o PO sustentável”.

Os donos da obra ou utilizadores não vão sentir. O que vai acontecer é que estamos a usar os financiamentos que nos permitem através do calendário que não haja nenhuma perda de financiamento”, esclareceu. A ministra referiu ainda que 40% do PO sustentável é destinado ao financiamento do transporte público sustentável, onde se incluem o metro de Lisboa e do Porto e o metro de superfície, bem como a eletrificação de veículos.

“Essa é a grande aposta e temos de ir por aí e temos de fazer tudo para que a ferrovia avance”, disse a ministra, para quem o atraso na ferrovia é “um dos grandes problemas” no setor dos transportes em Portugal.

“Houve um grande atraso ao longo dos últimos anos. Devíamos estar muito mais avançados, ser possível as viagens dentro de Portugal, Lisboa e Porto, para o Algarve, entre Lisboa e Madrid, Porto e Vigo, devia ser tudo em ferrovia. Neste momento, isso ainda não é possível. Vamos tentar recuperar o atraso de muitos anos, porque é essencial para a descarbonização do setor dos transportes”, disse.

A Zero apontou em comunicado que o Governo admitiu que “existe um risco muito elevado” das obras de expansão da Linha Vermelha e da Linha Violeta não estarem concluídas até final de 2026, pondo, assim, o risco da utilização de fundos do PRR, pelo sugere ao executivo que crie um “plano B” e “que aproveite a quase certa impossibilidade de concretização destes projetos no âmbito do PRR para os reavaliar”.

O financiamento do PRR prevê um investimento no Metropolitano de Lisboa de 400 milhões de euros para a expansão da Linha Vermelha, de São Sebastião até Alcântara, e 250 milhões de euros para a Linha Violeta, que ligará o Hospital Beatriz Ângelo por Odivelas a Loures, num total de 650 milhões de euros.

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