Governo está a otimizar fundos europeus para “não perder nem um euro”, diz ministra do Ambiente

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

“Os donos da obra ou utilizadores não vão sentir. O que vai acontecer é que estamos a usar os financiamentos que nos permitem através do calendário que não haja nenhuma perda de financiamento”, disse.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, disse esta segunda-feira que o Governo está a fazer uma gestão otimizada dos fundos europeus para não perder “nem um euro” dos financiamentos, nem parar obras. “Tanto no Programa Operacional (PO) Sustentável, como no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) estamos a fazer uma otimização dos fundos para não perder nem um euro”, assegurou a ministra em declarações aos jornalistas à margem da assinatura de um protocolo para a reabilitação de rios em Estarreja, no distrito de Aveiro.

Graça Carvalho respondia assim ao apelo feito pela organização ambientalista Zero para o Governo fasear o projeto de expansão do Metropolitano de Lisboa, evitando que se percam fundos do PRR. Questionada pela Lusa, a ministra disse que o Governo está “a jogar com as várias fontes de financiamento de modo a não perder nenhum financiamento nem parar obras”, adiantando que “há projetos que podem sair do PRR e entrar no Orçamento do Estado ou usar também o PO sustentável”.

Os donos da obra ou utilizadores não vão sentir. O que vai acontecer é que estamos a usar os financiamentos que nos permitem através do calendário que não haja nenhuma perda de financiamento”, esclareceu. A ministra referiu ainda que 40% do PO sustentável é destinado ao financiamento do transporte público sustentável, onde se incluem o metro de Lisboa e do Porto e o metro de superfície, bem como a eletrificação de veículos.

“Essa é a grande aposta e temos de ir por aí e temos de fazer tudo para que a ferrovia avance”, disse a ministra, para quem o atraso na ferrovia é “um dos grandes problemas” no setor dos transportes em Portugal.

“Houve um grande atraso ao longo dos últimos anos. Devíamos estar muito mais avançados, ser possível as viagens dentro de Portugal, Lisboa e Porto, para o Algarve, entre Lisboa e Madrid, Porto e Vigo, devia ser tudo em ferrovia. Neste momento, isso ainda não é possível. Vamos tentar recuperar o atraso de muitos anos, porque é essencial para a descarbonização do setor dos transportes”, disse.

A Zero apontou em comunicado que o Governo admitiu que “existe um risco muito elevado” das obras de expansão da Linha Vermelha e da Linha Violeta não estarem concluídas até final de 2026, pondo, assim, o risco da utilização de fundos do PRR, pelo sugere ao executivo que crie um “plano B” e “que aproveite a quase certa impossibilidade de concretização destes projetos no âmbito do PRR para os reavaliar”.

O financiamento do PRR prevê um investimento no Metropolitano de Lisboa de 400 milhões de euros para a expansão da Linha Vermelha, de São Sebastião até Alcântara, e 250 milhões de euros para a Linha Violeta, que ligará o Hospital Beatriz Ângelo por Odivelas a Loures, num total de 650 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

De salário em salário. Jovens portugueses estão muito preocupados com custo de vida

O custo de vida é o principal motivo de preocupação entre os jovens portugueses, de acordo com um novo estudo da Deloitte. Desemprego, cenário político e alterações climáticas também causam apreensão.

Os jovens portugueses estão mais otimistas, mas continuam muito preocupados com o custo de vida. Aliás, essa é a sua principal apreensão, neste momento. De acordo com um estudo da consultora Deloitte divulgado esta segunda-feira, cerca de metade destes portugueses admitem mesmo ter dificuldades em suportar os gastos do dia a dia.

“Pelo terceiro ano consecutivo, o custo de vida mantém-se como principal motivo de preocupação entre a geração z [nascidos entre janeiro de 1995 e dezembro de 2005] e millennials [nascidos entre janeiro de 1983 e dezembro de 1994]”, lê-se no estudo da Deloitte.

Entre os membros portugueses da geração z, 47% confessam dificuldades em fazer face aos gastos do dia a dia. Já entre os membros portugueses da geração millennials, a situação é ainda mais grave: 50% admitem tais constrangimentos.

Pior, além do custo de vida, os jovens portugueses têm como motivo de preocupação o desemprego — a ministra do Trabalho alertou, recentemente, que, entre as faixas etárias mais novas, esse indicador chegou mesmo a níveis inadmissíveis –, a instabilidade política, as alterações climáticas e a saúde mental, enumera a Deloitte.

Ainda assim, os jovens parecem mais otimistas do que há um ano. Cerca de 56% dos membros da geração z e 44% dos membros da geração millennial em Portugal acreditam que a sua situação financeira vai melhorar nos próximos 12 meses. Em comparação, há um ano, 48% e 30% dos jovens, respetivamente, tinham essa perspetiva.

Convém explicar que este estudo não se foca apenas no cenário português. Antes, tem por base respostas de jovens de 44 países.

De modo global, seis em cada dez jovens vivem de salário em salário, o que representa um agravamento face a 2023. Mas também no conjunto dos países o otimismo está mais presente.

São cada vez mais os inquiridos a acreditar que a sua situação financeira pessoal irá melhorar espaço de um ano: são 48% da geração z e 40% dos millennials que assim o afirmam, face a 44% e 35% no estudo anterior, respetivamente”, sublinha a Deloitte.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TikTok encerra programa que podia viciar utilizadores após processo da UE

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

Além de encerrar o programa, o TikTok também se comprometeu em não criar outros que premeiem os utilizadores pelo tempo de utilização. A Comissão Europeia diz que vai "continuar a monitorizar".

A rede social TikTok vai retirar um programa que premiava os utilizadores quanto mais tempo utilizassem a plataforma, na sequência de um processo de infração interposto pela Comissão Europeia, foi esta segunda-feira anunciado.

Em comunicado, o executivo comunitário anunciou que o TikTok, que é atualmente a maior rede social digital, vai cessar as operações do programa “TikTok Lite Rewards”. Este programa premiava os utilizadores quando mais tempo estivessem na plataforma, o que levou a Comissão Europeia a avançar em 22 de abril com um processo por infringir as regras da legislação para as plataformas digitais.

O programa acabou por ser suspenso três dias depois da abertura do processo pela própria rede social. Esta segunda-feira o TikTok comprometeu-se a encerrar este programa e a não criar outros que premeiem utilizadores pelo tempo de utilização, interações, que “acarretariam a possibilidade de viciar” os cidadão, adiantou a Comissão Europeia.

O executivo de Ursula von der Leyen vai “continuar a monitorizar” as atividades daquela rede social para averiguar se está a cumprir com os “compromissos obrigatórios” ao abrigo da legislação.

De acordo com uma nota enviada à Lusa posteriormente ao anúncio da Comissão Europeia, a rede social disse estar “satisfeita” com a “resolução amigável” do diferendo com o executivo comunitário e recordou que já tinha “suspendido voluntariamente” o programa em causa e que estava a ser lançado em França e Espanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

‘Índice do medo’ dispara 122% e atira bolsas para o vermelho

As principais bolsas estão a negociar com fortes correções e um elevado nível de volatilidade, que é visível pela subida de 100% do VIX nos EUA e quase 50% do Vstoxx na Europa, para níveis históricos.

Os mercados financeiros estão a atravessar um período de grandes correções e de forte volatilidade. O nervosismo dos investidores é notado pela subida de 122% do VIX esta segunda-feira.

Também conhecido como o “índice do medo”, o VIX está a negociar nos 52 pontos, o valor mais elevado desde abril de 2020 e 2,6 vezes acima da média dos últimos dez anos. Este aumento abrupto no “índice do medo”, que mede a volatilidade esperada do mercado do índice S&P 500 nos próximos 30 dias com base nos preços das opções do índice norte-americano, reflete atualmente um nível de nervosismo e de preocupação dos investidores semelhante ao observado no início da pandemia de Covid-19.

A acompanhar este movimento está também o Vstoxx, uma espécie de “irmão mais velho” do VIX para o mercado europeu com base na negociação das opções sobre o índice Euro Stoxx 50, que esta segunda feita negoceia com uma subida de quase 50% para o valor mais elevado desde maio de 2022 e com a maior subida desde novembro de 2021.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

O disparo da cotação dos dois índices do medo na sessão desta segunda-feira reflete a crescente incerteza entre os investidores, que foi exacerbada pela queda acentuada do índice japonês Topix esta segunda-feira, que encerrou a afundar 12,2%, após ter registado uma queda de 5,4% na sexta-feira.

A queda do Topix, que representa uma das maiores quedas diárias desde a “Segunda-feira negra” de 1987, teve repercussões imediatas nos mercados europeus e americanos. O índice pan-europeu STOXX 600 está a negociar no vermelho com uma queda de 3%, atingindo o seu nível mais baixo desde fevereiro deeste ano, enquanto os principais índices de ações na Alemanha, França, Reino Unido e Espanha também registaram quedas superiores a 3% — Lisboa negoceia a cair 2,67% com todos os títulos no vermelho.

Em Wall Street, que abre em dentro de pouco mais que uma hora, os principais índices preparam-se para arrancar em forte queda. Os contratos de futuros do S&P 500 apontam para uma abertura em queda de 3,3% do principal índice acionista dos EUA, após ter fechado a perder 1,8% na sexta-feira.

Os futuros do Nasdaq-100 apontam para uma queda de 5%, com as grandes tecnológicas a serem fortemente penalizadas, e os futuros do Dow Jones Industrial Average (Dow) estão a cair 900 pontos, ou 2,3%, após uma perda de 611 pontos na sexta-feira.

Entre os títulos mais penalizados estão as empresas a operar na indústria da inteligência artificial, com as ações da Nvidia a apresentarem uma queda de 13% no pré-mercado esta segunda-feira, após já terem registado uma queda de mais de 25% desde o seu recente máximo.

A Apple está a negociar a poucas horas da abertura da bolsa com uma queda de 8% após a Berkshire Hathaway de Warren Buffett ter reduzido a sua participação para metade, e a Testa afunda quase 9%. Este cenário pinta um quadro sombrio para os mercados, com os investidores a navegarem num mar de incertezas económicas.

Recessão nos EUA?

Além das ações, praticamente todos os ativos estão também em queda. O ouro, tradicionalmente visto como um refúgio seguro, está a cair 2,2%, situando-se nos 2.3 90 dólares por onça. O petróleo também está em queda, com o Brent, que serve de referência à Europa, está a cair quase 2% para 75,3 dólares por barril. Até a Bitcoin, que é tantas vezes vista como um ativo de fuga, não escapa à onda vermelha e acumula perdas de 16% esta segunda-feira, negociado perto dos 51 mil dólares, o valor mais baixo desde fevereiro.

A sustentar o comportamento de queda generalizada está uma fuga dos investidores de ativos de risco, temendo uma possível recessão nos EUA. A recente divulgação de dados económicos fracos, incluindo um relatório sobre a saúde do mercado de trabalho que mostrou a criação de apenas 114 mil postos de trabalho em julho, 35% abaixo das expectativas do mercado, aumentou as preocupações sobre a saúde da maior economia do mundo, levando a um “sell off” de ações, particularmente de tecnológicas que, nos últimos tempos, têm acumulado os maiores ganhos.

Segundo a Bloomberg, os traders atribuem mesmo uma probabilidade de 60% a uma redução de 25 pontos base na taxa de juros pela Fed dentro de uma semana, apesar de a decisão mais recente do banco central ter sido anunciada há apenas alguns dias, com os governadores da Fed a decidirem-se pela manutenção das Fed Funds.

Os receios dos investidores sobre a saúde do mercado norte-americano são de tal ordem que há expectativa de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) possa realizar um corte de emergência das taxas de juro.

Segundo a Bloomberg, os traders atribuem mesmo uma probabilidade de 60% a uma redução de 25 pontos base na taxa de juros pela Fed dentro de uma semana, apesar de a decisão mais recente do banco central ter sido anunciada há apenas alguns dias, com os governadores da Fed a decidirem-se pela manutenção das Fed Funds no intervalo 5,25%-5,5% e com Jerome Powell, presidente da Fed, a abrir a portar ao primeiro corte na reunião de setembro.

Este ambiente está a gerar ganhos apenas nas obrigações, particularmente nos títulos de dívida soberana, com os investidores a aproveitaram “a última oportunidade” para tomarem posições com yields destes valores. Isso é visível tanto nas obrigações do Tesouro dos EUA a 10 anos, que esta segunda-feira acumulam uma valorização de 0,4% com a yield a situar-se nos 3,74% quando há um mês estavam a negociar com uma taxa média de 4,28%, como também nos títulos do Tesouro português com a mesma maturidade, que acumulam uma valorização de 0,45%, com a yield a negociar nos 2,83%.

A possibilidade de cortes nas taxas de juros pela Fed e BCE está a gerar uma incerteza adicional ao mercado que continua a lidar com um escalar das tensões geopolíticas, particularmente no Médio Oriente, agora com um iminente ataque do Irão e do Hezbollah a Israel nas próximas 24 a 48 horas, como retaliação ao assassinato do líder do Hamas na sua residência em Teerão há uns dias, segundo declarações de Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, junto dos responsáveis do G7.

A situação atual dos mercados é um lembrete da volatilidade inerente aos mercados financeiros globais, especialmente em tempos de incerteza económica. Enquanto esse sentimento não desvanecer, as ações continuarão a ser penalizadas, desde logo por acumularem ganhos expressivos ao longo do ano: mesmo já descontando estes comportamentos dos últimos dias, o japonês Topix acumula ganhos de 8,5% este ano, em euros; o pan-europeu Stoxx 600 acumula uma valorização de 3,8% e o norte-americano S&P 500 regista uma subida de 13% desde o início do ano, também em euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco paga 3,1 mil milhões de euros em reembolsos de IRS

Ministério das Finanças adianta que, das declarações de IRS liquidadas, mais de três milhões deram origem a reembolsos, no montante global de 3,1 mil milhões de euros.

A Autoridade Tributária pagou aos contribuintes portugueses 3,1 mil milhões de euros em reembolsos do IRS, na campanha deste ano. O balanço foi feito esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças, que acrescenta que o prazo médio de reembolso tem sido de 24,2 dias.

“Até 1 de agosto, a Autoridade Tributária liquidou cerca de seis milhões de declarações de IRS relativas aos rendimentos obtidos em 2023. Destas, mais de três milhões originam reembolsos, no montante global de 3,1 mil milhões de euros“, salienta o gabinete de Joaquim Miranda Sarmento, numa nota enviada às redações.

Desse total, cerca de três mil milhões de euros foram pagos por transferência bancária até ao início deste mês, sendo que, segundo a tutela, o prazo médio de reembolso foi de 24,2 dias, na campanha deste ano. No caso do IRS automático — tradicionalmente, mais célere — o prazo foi de 12,9 dias.

Por outro lado, o Ministério das Finanças salienta que o total de reembolsos pagos corresponde a um aumento de 59,5 milhões de euros face ao ano anterior.

Quanto aos demais contribuintes, das declarações de IRS liquidadas, 1,2 milhões resultaram em notas de cobrança, no valor de 2,2 mil milhões de euros. Neste caso, face ao último ano, houve um recuo de 596 milhões de euros, destaca o Governo.

A campanha de IRS deste ano diz respeito aos rendimentos obtidos e declarados ao longo de 2023. Durante o ano, os contribuintes vão retendo IRS na fonte e na primavera do ano seguinte, o Fisco faz um ajuste de contas, pelo que os reembolsos acima de referidos não são um cheque dado pelo Estado aos contribuintes, mas a devolução dos impostos pagos em excesso face às taxas efetivas de IRS.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal recebe os 714 milhões do PRR retidos por Bruxelas

"Será hoje efetuado o desembolso dos 714 milhões de euros, retidos pela Comissão Europeia, referentes aos terceiro e quarto pedidos de pagamento submetidos por Portugal no âmbito do PRR", diz Coesão.

Portugal recebeu esta segunda-feira os 714 milhões de euros que a Comissão Europeia reteve do terceiro pedido de desembolso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Será hoje efetuado o desembolso dos 714 milhões de euros, retidos pela Comissão Europeia, referentes aos terceiro e quarto pedidos de pagamento submetidos por Portugal no âmbito do PRR”, avança em comunicado o Ministério da Coesão Territorial que tem a tutela dos fundos europeus.

“Com este desembolso, Portugal sobe o valor recebido da União Europeia para 8.492 milhões de euros, tendo assim 38% do montante total do PRR“, sublinha por seu turno a estrutura de missão Recuperar Portugal. “Um valor que é recebido por terem sido considerados satisfatoriamente cumpridos 105 marcos e metas, apresentados em quatro pedidos de pagamento, que perfazem 23% da execução destes 463 objetivos inscritos no PRR.”

A Comissão Europeia decidiu a 24 de junho libertar os 714 milhões de euros retidos do terceiro cheque do PRR, por incumprimentos de dois marcos e uma meta, isto depois de Portugal ter pedido a 11 de junho que as verbas fossem desbloqueadas.

Os dois marcos que estavam em falta, no momento em que a Comissão Europeia fez a sua análise (6 de dezembro de 2023), foram a criação dos centros de responsabilidade integrados nos hospitais, que entrou em vigor a 1 de janeiro, e a lei relativa às profissões reguladas (ordens profissionais) que também entrou em vigor em janeiro.

A outra falha — a única que foi herdada pelo Governo de Luís Montenegro — foi a conclusão do processo de descentralização de competências da Saúde para os municípios, porque a negociação com as câmaras se arrastou muito mais do que era esperado já que as exigências se foram avolumando. Ao concluir as negociações com Ovar, Nelas, Alvaiázere e Óbidos, foi possível cumprir a meta definida, tendo em conta a margem de flexibilização de 5% que a Comissão dá no cumprimento de todos os objetivos.

“O foco do Governo tem estado em recuperar os atrasos do PRR e em implementar as medidas necessárias para que consigamos acelerar ao máximo a sua execução. A transferência efetiva desta verba, juntamente com a submissão do quinto pedido de pagamento submetido no início de julho, são sinais positivos e refletem o trabalho intenso que tem vindo a ser desenvolvido nestes últimos meses”, sublinhou em comunicado o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

Entrebato, Portugal já pediu (a 3 de julho) o desembolso do quinto cheque no valor de 3,2 mil milhões de euros (2,9 mil milhões líquidos, ou seja, excluindo adiantamentos) e que representa o maior cheque a receber até agora, que está em análise pela Comissão Europeia. Tal como sublinhou o presidente da Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate, no podcast ECO dos Fundos, “a Comissão vai utilizar agora os dois meses que existem no regulamento, aos quais aqui vai acrescer necessariamente o período de férias”. Isto significa que a decisão poderá só ser conhecida em finais de setembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ações da Savannah com potencial de crescimento de 95%, afirma CaixaBI

A casa de investimento considera que, nos últimos anos, a ação tem cotado num nível abaixo do verdadeiro valor, pelo que vê uma "possibilidade forte" de subida.

A Savannah Resources, empresa britânica que está a desenvolver o projeto de exploração de lítio na região do Barroso, em Portugal, tem um potencial de crescimento em bolsa de 95%, afirma a casa de investimento CaixaBI, que recomenda a compra destes títulos.

Esta projeção é partilhada naquela que é a primeira nota de investimento que o CaixaBI publica em relação à Savannah, e que data de 16 de julho, mas que foi partilhada apenas esta segunda-feira pela empresa que é alvo da análise.

Na mesma nota lê-se que o preço da ação, de 4 pence, poderá atingir o preço alvo de 7,80 pence, o que se traduz num potencial de subida de 95%. A recomendação é “comprar”.

A casa de investimento considera que, nos últimos anos, a ação tem cotado abaixo do seu verdadeiro valor, pelo que vê uma “possibilidade forte” de “re-rating” (reclassificação, neste caso, uma subida de preço), que deverá acontecer “nos próximos trimestres”.

A entrada da AMG Critical Materials no capital da Savannah Resources é considerada pelo CaixaBI uma “prova de conceito que pode levar a um maior interesse dos investidores” e proporcionar uma subida do preço das ações “para níveis próximos àqueles em que projetos comparáveis estão a negociar”. A AMG Lithium operou um aumento de capital de 16 milhões na Savannah Resources e firmou um acordo para a compra de pelo menos 25% do concentrado de espodumena que deverá resultar do projeto, o equivalente a 45 mil toneladas. Isto, nos próximos cinco anos. Se este financiamento for concluído com sucesso, a compra pode estender-se para as 90 mil toneladas por dez anos.

A impulsionar a ação está a penetração crescente de veículos elétricos no mercado, os quais são a “principal” força motriz da procura de lítio. “Acreditamos que a tendência de uma maior penetração de elétricos é irreversível”, escreve o analista Carlos Jesus. O estudo de viabilidade e o processo de licenciamento ambiental têm uma “alta probabilidade de serem concluídos com sucesso” sendo que a perspetiva é de que sejam terminados até ao final de 2024, considera a mesma análise.

A nota de research enumera ainda alguns dos riscos que a avaliação da cotada pode enfrentar. Persiste um risco associado ao licenciamento ambiental, mas também ao desenvolvimento do projeto e respetiva construção. No que toca à estrutura, os riscos estão na atração e retenção de “pessoas chave” e nos requisitos de financiamento futuro. Há ainda que ter em conta o “risco de país” e do preço da matéria-prima.

De acordo com os dados da Reuters, o preço da ação da Savannah Resources subiu 82,7% desde o início do ano, estando a cotar esta segunda-feira, 5 de agosto, nos 4 pences. A capitalização bolsista está nos 86,9 milhões de libras esterlinas.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Jessica Athayde e Constanza Ariza protagonizam campanha da Gillette Venus para inspirar as mulheres a sentirem-se confiantes

  • + M
  • 5 Agosto 2024

Através da inclusão de várias influencers, a campanha da Gillette Venus desafia "a que todas se sintam bem na sua pele e com as suas decisões e se sintam confiantes para se expressam à sua maneira".

Jessica Athayde e Constanza Ariza são algumas das figuras que protagonizam a nova campanha da Gillette Venus, que pretende “inspirar todas as mulheres a sentirem-se confiantes e confortáveis na sua própria pele, cada uma à sua maneira”.

A campanha foca-se em passar a mensagem de que “todas as mulheres podem ser uma #VenusGirl através do poder de serem elas mesmas, confiantes na sua pele“, refere-se em nota de imprensa.

Esta campanha reflete o compromisso da Gillette Venus em promover uma imagem positiva do corpo e a inspirar as mulheres a sentirem-me confiantes no seu corpo e escolhas, sejam estas quais forem. Estamos dedicados a fazer parte da rotina de auto cuidado das mulheres para que todas se sintam confiantes e bonitas na sua própria pele”, diz Margarida Nunes, brand manager de Gillette Venus, citada em comunicado.

Através da inclusão de várias influencers, a campanha da Gillette Venus desafia “a que todas se sintam bem na sua pele e com as suas decisões e se sintam confiantes para se expressam à sua maneira, seja esta qual for”, lê-se em nota de imprensa.

Assim, durante um dia de produção, várias criadoras de conteúdos digitais, que representam diferentes tipos de corpos, pele e idade, “colaboraram com a Gillette Venus para capturar a essência da diversidade feminina”, acrescenta-se.

Naquele que foi um trabalho desenvolvido pela equipa interna da Procter & Gamble (dona da Gillette), a campanha vai ser implementada no digital, mais concretamente nas páginas de Instagram e TikTok da marca em colaboração com as “Venus Girls”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caminha começa a cobrar taxa turística de 1,5 euros em setembro

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

Taxa é cobrada a partir dos 16 anos e limitado a um máximo de “sete noites seguidas”. Estão isentos de pagamento os peregrinos de Santiago de Compostela, Espanha, e de Fátima.

A taxa turística de Caminha, de 1,50 euros na época alta, entra em vigor em setembro e isenta de pagamento peregrinos de Santiago de Compostela, Espanha, e de Fátima, desde que devidamente credenciados e apenas na primeira noite.

O regulamento, publicado esta segunda-feira no Diário da República, explica que “o regulamento […] entra em vigor no mês seguinte à sua publicação […], não se aplicando às reservas comprovadamente efetuadas antes dessa data”.

O pagamento da taxa naquele município do distrito de Viana do Castelo é devido a partir dos 16 anos e limitado a um máximo de “sete noites seguidas”.

O valor é de um euro durante a época baixa e aplica-se a todos os estabelecimentos de hospedagem, incluindo alojamento local, parques de campismo e caravanismo.

No regulamento, descreve-se que a taxa é ainda devida pelas “dormidas remuneradas” em hotéis, pousadas, hotéis-apartamentos, aldeamento e apartamentos turísticos, bem como empreendimentos de turismo de habitação ou de turismo no espaço rural.

Ficam isentos do pagamento “cidadãos portadores de deficiência, com incapacidade igual ou superior a 60%, desde que apresentem comprovativo desta condição”, e “antigos combatentes ou viúva/viúvo de antigo combatente que detenha o cartão”.

O mesmo se aplica a “cidadãos cuja estadia seja motivada por situações de despejo ou situações que impliquem o desalojamento em situações análogas, devidamente comprovadas”, ou que sejam “temporariamente instalados pelos organismos sociais públicos do Estado e/ou municipais, em estabelecimentos de alojamento de cariz social ou turísticos”.

A isenção abrange ainda quem seja alojado por situações “de emergência social ou da proteção civil” ou que, “por razões de conflito e deslocados dos seus países de origem”, residam “temporariamente em Portugal, desde que devidamente comprovado pelos serviços responsáveis desse pedido de asilo”.

Em igual situação ficam, na primeira noite, “cidadãos cuja estadia resulta de peregrinação, nomeadamente a Santiago de Compostela ou Fátima, desde que devidamente comprovado por credencial/passaporte/documento de peregrino”.

Entre as justificações para a aplicação da taxa, o município indica “as estatísticas que revelam um crescimento significativo da taxa de ocupação turística nos últimos anos”.

Desde 2013 até 2022 o número de dormidas no concelho de Caminha passou de 46.992 para 117.208, isto é, cresceu 249,42%”, observa a câmara.

O regulamento indica ainda que a oferta hoteleira é atualmente de “512 quartos, 325 em instalações hoteleiras, 118 em alojamento local e 69 em turismo no espaço rural e de habitação”.

“O forte investimento no turismo revela-se estratégico para o desenvolvimento económico-social da região e tem demonstrado ser um forte impulsionador do tecido empresarial e consequentemente da criação de emprego, com um impacto inegável na atividade económica de modo geral e, mais concretamente, na oferta turística”, refere.

Assim, “torna-se imperioso criar mais e melhores condições para quem visita este concelho, potenciando a oferta cultural, dinamizando o comércio local, criando novas infraestruturas e apostando em setores fundamentais, como é o caso do ambiente e a limpeza urbana”, argumenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor a três, a seis e a 12 meses cai para novos mínimos de mais de um ano

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira para novos mínimos de mais de um ano a três, a seis e a 12 meses.

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira para novos mínimos de mais de um ano a três, a seis e a 12 meses. Com as alterações desta segunda-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,584%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,494%) e da taxa a 12 meses (3,238%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, caiu esta segunda-feira para 3,494%, menos 0,059 pontos e um novo mínimo desde 14 de abril de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou esta segunda-feira para 3,238%, menos 0,082 pontos e um novo mínimo desde 27 de dezembro de 2022, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,584%, menos 0,039 pontos e um novo mínimo desde 3 de julho de 2023, depois de, em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que forem conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo. A média da Euribor em julho baixou 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fundo canadiano compra produtora têxtil de Barcelos com 70 trabalhadores

Treze anos após ser criada nos tempos da troika por Hélder Brito, Rui Costa e Rickie Madsen, a fabricante de vestuário Pure Cotton passa a ser controlada (75%) pelo canadiano Alberta Equity Fund.

Fundada pelos jovens empreendedores Hélder Brito, Rui Costa e Rickie Madsen em agosto de 2011, quando a troika estava a acabar de aterrar em Portugal, a têxtil portuguesa Pure Cotton acaba de ser comprada pelo fundo privado Alberta Equity Fund (AEF), com sede em Calgary, no Canadá.

Com um portefólio de investimentos diversificados que abrange as áreas da moda, transportes e imobiliário, a AEF adquiriu uma participação maioritária de 75% na produtora de vestuário de Vila Frescainha de S. Pedro, nos arredores de Barcelos, que emprega perto de 70 pessoas e que em 2022 faturou 7,2 milhões de euros, segundo dados oficiais.

A Pure Cotton é especializada no design, desenvolvimento e produção de vestuário de qualidade para homens, mulheres e crianças, e detém ainda as marcas próprias Inimigo (segmento de luxo) e D.RT (lifestyle para jovens). A vizinha da Valérius, que recuperou a Dielmar, assegura 90% das vendas nos mercados da exportação, sobretudo na Europa e na América do Norte.

Este investimento permite-nos alavancar a experiência e os recursos do AEF para aproveitar todo o nosso potencial. O objetivo da Pure Cotton é tornar-se um parceiro preferencial para marcas de luxo globais, marcas emergentes e startups.

Sandra Ribeiro

Nova CEO da Pure Cotton

Para liderar a empresa minhota nesta nova fase, a AEF recrutou Sandra Ribeiro, licenciada em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Minho e mestre em Tecnologias Ambientais. Com experiência em gestão e operações em vários setores, incluindo moda, bens de luxo, joalharia, mobiliário e materiais de construção, era até abril country director da Angora, que a partir de Paços de Ferreira produz estofos e mobiliário para a marca britânica Swyft.

“Este investimento permite-nos alavancar a experiência e os recursos do AEF para aproveitar todo o nosso potencial. O objetivo da Pure Cotton é tornar-se um parceiro preferencial para marcas de luxo globais, marcas emergentes e startups, desenvolvendo e produzindo peças icónicas para os seus clientes”, afirma a nova CEO, confiando que irá beneficiar do investimento, experiência de gestão e recursos dos novos donos.

No mesmo comunicado, o fundo canadiano assinala que a entrada no capital da fabricante minhota é a sua estreia na produção têxtil, criando uma “integração vertical” com os anteriores investimentos na indústria da moda. Reflete, por outo lado, a “confiança do fundo na expertise e nas vantagens competitivas da Pure Cotton no fabrico de vestuário de alta qualidade”.

“O compromisso da Pure Cotton com produtos de alta qualidade, design inovador e preços competitivos confere-lhe uma posição única na indústria têxtil global. Estamos entusiasmados por apoiar o crescimento da empresa, disponibilizando recursos financeiros e humanos para acelerar o seu desenvolvimento “, aponta Mark Grunert, presidente do AEF.

No primeiro semestre de 2024, em que as insolvências de empresas em Portugal tiveram um crescimento homólogo de 11%, para 1.074 casos, a indústria têxtil e da moda foi a que concentrou o maior número de processos. Até junho, face ao mesmo período do ano passado, mais 110 empresas deste setor abriram insolvência (+128%), com destaque para a fabricação de calçado e para a confeção de vestuário exterior em série.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Greenvolt vai criar comunidades de energia para a indústria na Indonésia

A Greenvolt vai introduzir o conceito de comunidade de energia na Indonésia, país no qual pretende servir a indústria com esta solução.

O Grupo Greenvolt assinou um Memorando de Entendimento (MdE) com a Himpunan Kawasan Industri Indonesia (HKI), com o objetivo de ajudar a indústria da Indonésia a dar passos concretos no processo de transição energética. Através da Emerging Solar Indonesia (ESI), vão levar energia renovável às empresas, fomentando a partilha de energia obtida a partir da irradiação solar.

Uma das principais iniciativas será a introdução do conceito de Comunidade de Energia, uma solução inovadora de partilha de energia já implementado pela Greenvolt em Portugal. Desta forma, as empresas poderão partilhar entre si a energia obtida através da irradiação solar, com benefícios em termos ambientais, mas também financeiros, fruto da redução da sua fatura energética, garante a empresa liderada por João Manso Neto, através de um comunicado.

“Os parques industriais devem transformar-se imediatamente em parques industriais de quarta geração que integrem tecnologia ambientalmente consciente”, afirmou o Ministro da Indústria, Agus Gumiwang Kartasasmita, na abertura do XXIV HKI National Working Meeting. O Executivo quer acelerar a adoção de energia renovável para alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

As emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor industrial da Indonésia ascendem a mais de 238 milhões de toneladas ao ano, e para as reduzir a Indonésia pretende promover soluções de energia solar, tanto através de grandes centrais solares, como através de soluções para autoconsumo individual e coletivo.

“Temos know-how no desenvolvimento de soluções de Geração Distribuída de energia renovável em várias geografias. Estamos entusiasmados por podermos trazer esse conhecimento para a Indonésia, permitindo às empresas passarem a beneficiar da energia solar”, refere Ricardo Mendes Ferreira, diretor executivo da Greenvolt para a Geração Distribuída de energia renovável.

“A ESI está entusiasmada com esta parceria com a HKI que permitirá aos membros da associação obterem acesso a energia renovável para um futuro mais sustentável. Não só beneficiarão da redução da sua pegada de carbono, mas também do aumento da competitividade do seu investimento”, refere Harry Radcliffe, CEO da ESI.

Sanny Iskandar, chairman do HKI, salienta que a parceria com a “ESI será um game changer para a indústria indonésia. Ao combinarmos os nossos recursos e experiência, podemos criar um futuro mais sustentável para o setor industrial indonésio, ao mesmo tempo que apoiamos o ambicioso objetivo do Governo da Indonésia de alcançar o Net Zero através da aposta nas energias renováveis”.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.