Venda de ex-Alojamento Local para abater crédito da casa arrisca pagar IRS

Nos três anos após a passagem do prédio para a esfera particular, o contribuinte não tem direito ao benefício, porque o valor gerado pela alienação não é encarado como mais-valia mas como rendimento.

Os ganhos gerados com a venda de um imóvel desafeto ao negócio de Alojamento Local (AL) e reinvestidos na amortização do crédito para habitação própria e permanente nem sempre está livre de IRS.

Nos três anos seguintes à passagem do prédio para a esfera particular do proprietário, o direito à isenção é suspenso, porque o Fisco considera o valor da alienação não como uma mais-valia (categoria G), que pode ficar livre de tributação se aplicada para abater ao empréstimo da casa, mas como rendimento comercial e/ou empresarial (categoria B), segundo uma informação vinculativa da Autoridade Tributária (AT), publicada, no final da semana passada, no Portal das Finanças.

A orientação das Finanças surge na sequência de um pedido de esclarecimentos por parte de um contribuinte que, em maio de 2022, transferiu o imóvel em causa para o património particular, tendo registado esse facto no anexo B da declaração de IRS, relativo a rendimentos de trabalho independente, e indicado que não optava pelo regime de apuramento de mais-valias decorrentes da afetação de imóveis.

O mesmo proprietário pretendeu saber se poderia usufruir da isenção em IRS, prevista no pacote Mais Habitação, se o lucro da venda do prédio, ocorrida até 31 de dezembro de 2024, fosse aplicado na amortização do seu crédito para habitação própria e permanente.

A AT começa por explicar que se o imóvel “já não estiver afeto à atividade empresarial e profissional (uma vez, que, entretanto, foi transferido para o património particular)”, como foi o caso, “a mais-valia é enquadrada na categoria G”. No entanto, e “caso a alienação ocorra antes de decorridos três anos após a transferência para o património particular do sujeito passivo, os ganhos obtidos são tributados de acordo com as regras da categoria B” relativa a trabalho independente, lê-se na ficha doutrinária assinada pela subdiretora-geral para a área de gestão tributária em impostos sobre rendimentos, Maria Helena Pegado Martins.

“Ou seja, embora a mais-valia seja qualificada como obtida no âmbito da categoria G, para efeitos da respetiva tributação são aplicáveis as regras de tributação da categoria B”, salienta a AT. Isto significa que os valores gerados com a venda do imóvel, nos três anos seguintes à passagem para esfera particular do contribuinte, são encarados pelo Fisco como rendimentos de trabalho e não como mais-valias pelo que não podem beneficiar da isenção prevista no caso da amortização de crédito para habitação própria e permanente.

“Os ganhos obtidos com a alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis que tenham estado afetos à atividade empresarial e profissional do sujeito passivo são tributados de acordo com as regras da categoria B, caso a alienação ocorra antes de decorridos três anos após a tran​sferência para o património particular do sujeito passivo“, de acordo com o n.º 16 do artigo 10.º do Código do IRS (CIRS).

Esta regra — em vigor desde 2021 –, que “determina a sua tributação de acordo com as regras da categoria B, mais gravosas”, é “de cariz manifestamente antiabuso”, uma vez que pretende “evitar as transferências de um imóvel da atividade para a esfera pessoal, com o único objetivo de serem tributadas apenas 50% das mais-valias geradas” aquando da venda do imóvel, justifica a Autoridade Tributária na mesma norma.

Ou seja, pelo regime simplificado da categoria B, de rendimentos empresariais e comerciais, o ganho gerado com a venda do imóvel é tributado em 95%, enquanto que se se considerasse o produto da alienação uma mais-valia (categoria G) o contribuinte só teria de pagar de imposto 50% do lucro obtido.

É certo que o pacote Mais Habitação passou a excluir de tributação em IRS “os ganhos provenientes da transmissão onerosa de terrenos para construção ou de imóveis habitacionais que não sejam destinados a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar”, desde que verificadas, cumulativamente, várias condições, escreve a AT.

Mas “a exclusão de tributação em causa aplica-se apenas às mais-valias relativas a alienação onerosa de imóveis, ou seja, às mais-valias tributadas no âmbito da categoria G”, indica as Finanças. Como, nos três anos seguintes à afetação do imóvel para a esfera privada do contribuinte, os ganhos da venda têm de ser registado como rendimentos de categoria B, isto é, como rendimentos empresariais, não é possível beneficiar da isenção prevista pelo Mais Habitação.

Por outro lado, este benefício de abater as mais-valias da alienação de prédios que não são habitação própria e permanente ao crédito da casa só se aplica às transmissões realizadas entre 1 de janeiro de 2022 e 31 de dezembro de 2024.

Na situação exposta à AT, a contribuinte só poderia usufruir do benefício três anos depois da afetação do imóvel para a sua esfera privada, isto é, só após maio de 2025, data que já está fora do regime previsto no Mais Habitação.

“Caso a requerente proceda à alienação do imóvel em questão até 31/12/2024, os ganhos obtidos serão tributados de acordo com as regras da categoria B. E o benefício do regime de exclusão de tributação”, previsto no Mais Habitação, “aplica-se às transmissões realizadas entre 1 de janeiro de 2022 e 31 de dezembro de 2024 que se enquadrem no âmbito das regras de tributação da categoria G. Pelo que, não se considera aplicável essa exclusão de tributação se alienar o imóvel até 31/12/2024″, conclui a AT.

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Supremo Tribunal Federal mantém suspensão do X no Brasil

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

Após a plataforma se negar a cumprir decisões judiciais, o caso foi julgado no tribunal brasileiro e terminou com resultado unânime contra o X, ou seja, com cinco votos favoráveis à suspensão.

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu esta segunda-feira manter a suspensão do X (antigo Twitter) no país, decretada na sexta-feira passada pelo juiz Alexandre de Moraes, após a plataforma se negar a cumprir decisões judiciais.

O caso foi julgado no plenário virtual da primeira turma do mais alto tribunal brasileiro e terminou com resultado unânime contra o X, ou seja, com cinco votos favoráveis à suspensão da plataforma no Brasil. Os votos foram proferidos pelo próprio Alexandre de Moraes, juiz relator do caso e autor da primeira decisão contra o X no STF, e pelos juízes Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

Os problemas da rede social no Brasil intensificaram-se quando o bilionário e dono da empresa, Elon Musk, começou uma campanha pública contra o STF e o próprio Alexandre de Moraes, alegando que a justiça brasileira estava a bloquear a liberdade de expressão dos utilizadores da plataforma ao ordenar a retirada de conteúdos do ar.

O magnata, que se tornou uma das vozes mais ativas da extrema-direita global, também acusou Moraes, sem apresentar nenhuma prova, de interferir nas eleições presidenciais brasileiras, em 2022, vencidas pelo atual chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva.

Alguns dos perfis que a justiça brasileira pediu que fossem suspensos pertencem a ativistas de extrema-direita e apoiantes do ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que também está a ser investigado por espalhar notícias falsas, atacar as instituições democráticas e planear um golpe de Estado. Bolsonaro e os seus aliados mantém uma relação de proximidade com Musk.

Em meados de agosto, o bilionário sul-africano anunciou que fecharia o escritório do X no Brasil e demitiu todos os empregados da empresa no país sul-americano, alegando que estavam a ser ameaçados de prisão por Moraes e o STF.

Moraes ordenou na quinta-feira passada que a rede social cumprisse em até 24 horas uma série de decisões judiciais sobre retirada de conteúdo, pagasse as multas que lhe foram impostas e indicasse um representante no país, condição exigida pela lei brasileira, que determina que as redes sociais precisam ter um representante legal para atuar no Brasil, ou o acesso à plataforma seria suspenso.

Nenhuma dessas ordens foi cumprida e o acesso dos brasileiros ao X foi bloqueado no sábado. Na sexta-feira, antes da suspensão entrar em vigor, Musk voltou a acusar Moraes de destruir a liberdade de expressão “para fins políticos”. “A liberdade de expressão é o alicerce da democracia e um ‘pseudo-juiz’ não eleito no Brasil está a destruí-la para fins políticos”, escreveu o magnata no X.

Esta segunda-feira, Moraes, apoiado pelos outros quatro juízes da primeira turma do STF, justificou a manutenção do bloqueio do X ao apontar o “descumprimento reiterado, consciente e intencional de ordens judiciais e pagamento de multas” impostas pelo tribunal ao X e calculadas no total em cerca de quatro milhões de dólares (3,6 milhões de euros).

Além da medida decretada contra o X, Moraes determinou o bloqueio de contas bancárias da Starlink, outra empresa de Musk, alegando que o dinheiro seria retido para garantir o pagamento das multas impostas à plataforma. A Starlink, por sua vez, anunciou domingo que não iria bloquear o acesso dos seus clientes no Brasil ao X até que seja levantado o bloqueio das suas contas.

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Já há mais de 10 mil antenas 5G no país. Só a Meo ainda não está em todos os concelhos

No segundo trimestre, a Vodafone foi a operadora que mais estações 5G instalou, tendo agora antenas em todos os concelhos. Só a Meo ainda não está presente na totalidade dos municípios, faltando três.

O número de estações 5G instaladas em Portugal ultrapassou a fasquia das 10 mil no segundo trimestre, de acordo com um balanço divulgado esta segunda-feira pela Anacom, que mostra que a Meo é agora a única das três operadoras que ainda não tem estações de quinta geração em todos os concelhos do país.

“No final do segundo trimestre de 2024, de acordo com a informação reportada pelos operadores, o número de estações de base instaladas no território nacional com tecnologia 5G ascendia a 10.368 estações. Tal representa um acréscimo de 4% do número de estações fase ao reportado no final do trimestre anterior”, diz o regulador das comunicações.

Neste período, a Vodafone juntou-se à Nos na disponibilização de estações 5G em todos os 308 concelhos do país, deixando para trás a Meo, que está presente em 305 concelhos. Mesão Frio, Pedrógão Grande e Resende são os três municípios onde a operadora da Altice Portugal ainda tinha instalado uma única estação 5G até ao final de junho.

Das três principais empresas do setor, a Meo continuou a ser também a que tinha menos estações 5G instaladas (1.521) no final de junho, enquanto a Vodafone tinha 4.137 e a Nos 4.710.

O cenário é muito diferente no que toca à geração móvel anterior, em que a Meo surge em segundo lugar com 5.275 estações 4G, perto das 5.525 da Vodafone, mas à frente da Nos, que perde para os dois concorrentes com menos de 5.000 antenas instaladas.

Analisando por freguesias, a Anacom destaca que 14% do território nacional não tem estações 5G, numa área que corresponde a cerca de 8% da população nacional.

Contudo, o regulador ressalva que “uma freguesia poderá não ter qualquer estação instalada, mas ainda assim o seu território poderá dispor de determinada área coberta por uma estação de base instalada numa freguesia contígua”. “De salientar, também, que a referência a 8% da população nacional residente em freguesias onde não existem estações 5G não pode ser interpretada como existindo uma cobertura de 92% da população nacional”, nota ainda o regulador.

Freguesias com estações 5G – marcadas a cor verde:

Fonte: Anacom

“Do número total de freguesias de Baixa Densidade (1.804 freguesias), a proporção daquelas que dispõe de estações 5G é de 66% (1.188 freguesias), sendo que 616 freguesias (34% do total) não dispõem de estações 5G”, refere o balanço trimestral.

As três operadoras estão em fases distintas da expansão da sua cobertura 5G no país. No segundo trimestre, a Vodafone foi a que instalou estações a um maior ritmo (+8,4% face ao trimestre anterior), seguindo-se a Meo (+2,9%). Por sua vez, a Nos só instalou cinco estações (+0,1%).

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Carlos Moedas entrega chave 2.000 e promete mais investimentos na habitação em Lisboa

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

O presidente da Câmara de Lisboa entregou mais 28 chaves de habitações municipais, entre elas a número 2.000 do atual mandato.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, assinalou esta segunda-feira a entrega de 2.000 casas municipais no seu mandato, sublinhando que a autarquia vai continuar a investir na habitação, estando previsto um investimento de 560 milhões de euros. A cerimónia simbólica decorreu esta tarde nos Paços do Concelho de Lisboa, com a entrega de 28 chaves de habitações municipais, entre elas a número 2.000 do atual mandato.

“Este é um dos maiores investimentos e um dos maiores desafios que eu tive na minha vida. São 2.000 famílias que podem mudar a sua vida e viver com mais dignidade”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), ressalvando que o problema da habitação “não se resolve com uma varinha mágica”.

No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, Carlos Moedas destacou o trabalho que a autarquia levou a cabo para recuperar habitações que “estavam fechadas”.

Em Lisboa não havia casas para a maioria da população. Conseguimos ir buscar casas que estavam fechadas e recuperá-las. É uma mudança de paradigma em relação aos anteriores mandatos. Conseguimos ainda ajudar 1.500 pessoas a pagar as rendas de casa”, apontou. No total, a Câmara de Lisboa prevê um investimento de 560 milhões na área da habitação, com recurso a verbas comunitárias.

Ainda no âmbito da habitação, Carlos Moedas sublinhou que a autarquia “está a estudar” a possibilidade de construir mais residências para estudantes, de forma a disponibilizar mais 1.000 camas para estudantes deslocados. “Existem projetos com as juntas de freguesia, como foi o caso de Benfica. Há aqui um desafio e uma política muito ativa. Estamos a dar uma solução aos lisboetas”, atestou.

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Consumo de eletricidade sobe 1,7% até agosto e renováveis abastecem 75%

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

O consumo de gás natural manteve-se "muito condicionado pela baixa utilização de centrais termoelétricas", devido à disponibilidade de energia renovável em Portugal.

O consumo de energia elétrica aumentou 1,7% até agosto e as fontes renováveis abasteceram três quartos do consumo nacional de eletricidade, segundo dados divulgados pela REN.

“No período de janeiro a agosto o consumo registou uma evolução positiva de 1,7% ou 2,2% com correção da temperatura e dias úteis”, indicou, em comunicado. No mês de agosto, o consumo de energia elétrica aumentou 0,1%, face ao período homólogo, ou 0,3% com a correção dos efeitos da temperatura e número de dias úteis.

No acumulado dos primeiros oito meses do ano, 75% da energia elétrica consumida veio de fontes renováveis, destacando-se a hídrica (33%). Seguiu-se a eólica (26%), a fotovoltaica (10%) e a biomassa (6%). As centrais a gás natural abasteceram 8% do consumo, enquanto os restantes 17% dizem respeito a energia importada.

Em agosto, a produção renovável abasteceu 55% do consumo, a não renovável 10% e os restantes 35% correspondem à energia importada.

De realçar o crescimento na solar, que representou 15% do consumo nacional no mês [de agosto], com pontas diárias acima de 2.600 MW [megawatts]. A produção de energia fotovoltaica e eólica esteve perto da média histórica (um), com os respetivos índices a registarem 1,02 e 1,0, enquanto na hídrica os valores foram relativamente mais favoráveis”, apontou. Até agosto, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33, o de eólica 1,04 e o de solar 0,96 (a média histórica também é um).

O consumo de gás natural manteve-se “muito condicionado pela baixa utilização de centrais termoelétricas”, devido à disponibilidade de energia renovável em Portugal, bem como às importações de Espanha.

O mercado de gás natural recuou, em agosto, 29%, relativamente ao mês anterior, com descidas de 69% no segmento de produção de energia elétrica e de 1,7% no segmento convencional.

Nos primeiros oito meses do ano, o consumo de gás natural contabilizou uma descida de cerca de 22%, em comparação com o mesmo período de 2023, “com menos 68% no segmento de produção de energia elétrica e uma subida de 2,2% no segmento convencional”.

 

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EUA confiscam avião oficial de Nicolás Maduro

  • ECO
  • 2 Setembro 2024

"Estamos aqui a mandar uma mensagem clara de que ninguém está acima da lei, ninguém está acima do alcance das sanções dos EUA", disse um dos responsáveis norte-americanos à CNN.

Os EUA apreenderam o avião oficial do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O avião estava na Republica Dominicana e foi levado para a Florida, EUA, nesta segunda-feira avançou a CNN. A apreensão foi realizada após os Estados Unidos terem concluído que a aquisição do veículo violou as sanções dos EUA, entre outras questões de caráter penal.

“Isto envia uma mensagem até ao topo”, disse um dos responsáveis norte-americanos à CNN. “Apreender o avião de um chefe de Estado estrangeiro é algo inédito em matéria penal. Estamos aqui a mandar uma mensagem clara de que ninguém está acima da lei, ninguém está acima do alcance das sanções dos EUA“.

O avião esteve na República Dominicana nos últimos meses, apresentando uma oportunidade para os EUA o confiscarem, segundo explicou um responsável dos EUA à CNN sem detalhar os motivos para esta afirmação.

Segundo os registos de voo consultados pela CNN, trata-se de um Dassault Falcon 900 e é estimado que tenha um valor de 13 milhões de dólares. Nicolas Maduro já o utilizou em visitas de Estado pelo mundo.

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Mercado automóvel cresce 4,4% até agosto

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

Mais de metade, 53,9%, dos veículos ligeiros de passageiros novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente, elétricos e híbridos.

O mercado automóvel em Portugal cresceu 4,4% até agosto, com 168.942 novos veículos em circulação, segundo dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal. “De janeiro a agosto de 2024, foram colocados em circulação 168.942 novos veículos, o que representou um aumento de 4,4% relativamente ao mesmo período do ano anterior”, indicou, em comunicado.

Só em agosto foram matriculados 14.338 veículos automóveis, um decréscimo de 8,7% relativamente ao mesmo mês de 2023. Por categoria, de janeiro a agosto, contabilizaram-se 142.789 matrículas de veículos ligeiros de passageiros, mais 2,5% face ao período homólogo.

Neste período, 53,9% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente, elétricos e híbridos. Por sua vez, o mercado de veículos ligeiros de mercadorias cresceu 19,5% até agosto, com 21.248 unidades.

Já o mercado de veículos pesados totalizou 4.905 unidades, mais 3,5% relativamente ao mesmo período de 2023.

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Red Bull ‘dá asas’ a jovens empreendedores com ideias de “elevado potencial”

As inscrições para o programa Red Bull Basement decorrem até 25 de outubro. Final realiza-se em dezembro, em Tóquio, no Japão.

A Red Bull arrancou com mais uma edição do Red Bull Basement e está à procura de jovens empreendedores com “uma ideia de elevado potencial” que dê origem a um plano de negócios. As inscrições para a sexta edição decorrem até 25 de outubro, com a final a reunir em dezembro equipas de todo o mundo, em Tóquio, no Japão.

Podem concorrer jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, residentes em Portugal, que apresentem uma “ideia de elevado potencial”.

O evento divide-se em três fases. Na primeira, até 25 de outubro, os candidatos submetem o seu plano de negócio, elaborado com a ajuda de uma ferramenta de IA, disponível na página oficial da marca de bebidas. “Até 11 de novembro, o júri vai avaliar quem tem o melhor projeto para passar à fase 2 – o desenvolvimento – que decorre até 1 de dezembro.”

A terceira fase, a final Mundial, reúne, de 2 a 5 de dezembro, 40 equipas de todo o mundo, em Tóquio, no Japão. O vencedor global tem acesso a “um programa de desenvolvimento intensivo de três semanas em Silicon Valley e Los Angeles (em parceria com a Plug and Play VC)”.

No ano passado, Portugal esteve representado por uma dupla de alunos do mestrado de Gestão de Empresas do ISCTE, que apresentaram em Istambul uma ideia que assenta no uso de borras de café para impulsionar a economia circular.

A dupla de estudantes universitários norte-americanos, Brinlee Kidd e Sylvia Lopez (Universidade do Arizona, EUA), acabou por vencer a edição com uma ferramenta que tira anotações automáticas. (conteúdo em inglês, acesso não reservado).

Esta é a sexta edição da competição, que conta com a colaboração da Microsoft e a AMD.

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Terra Nostra quer descobrir o estilo de música preferido das “Vacas Felizes” e lança campanha e passatempo 

  • + M
  • 2 Setembro 2024

Além da campanha, a Terra Nostra promove um passatempo entre os dias 1 e 30 de setembro, onde vai oferecer, através de sorteio, quatro bilhetes duplos para um concerto nos Açores.

Na senda de descobrir qual o estilo de música que as “Vacas Felizes” mais gostam, a Terra Nostra lançou a campanha “Concerto no Pasto”, que culmina com um concerto “só para elas” e para mais oito pessoas, que vão ser selecionadas através de um passatempo.

Assinada pela VML, a campanha conta ainda com gestão de media da Spark, marketing de influência da Luvin e comunicação da Lift Consulting. Marca presença em televisão, rádio, imprensa e online, mas também em marketing de influência, streaming, pontos de venda, floor media e mupis. A implementação no ponto de venda ficou a cargo da agência Brandkey e a gestão do passatempo da Sogec.

No âmbito desta ação a marca desafiou um artista nacional “reconhecido internacionalmente” – que ainda não se sabe quem é – a recriar a música das Vacas Felizes e, posteriormente, a dar um concerto no pasto dos Açores. Neste sentido, a Terra Nostra promove um passatempo entre os dias 1 e 30 de setembro, de modo a oferecer quatro bilhetes duplos através de sorteio.

Para participar, os interessados devem comprar qualquer produto Terra Nostra de fatias, visitar o site www.concertonopasto.pt e submeter a participação.

“Por tratarmos os animais de forma tão única e especial, vamos identificar o estilo musical que mais gostam, com uma campanha que vai culminar com um concerto único nos Açores e que reflete o nosso carinho e respeito por elas. Esta iniciativa, além de celebrar o nosso Programa Leite de Vacas Felizes, oferece aos consumidores a oportunidade de vivenciar a beleza dos Açores e a dedicação com que cuidamos dos animais, do planeta, dos produtores e das pessoas. Queremos que todos sintam que, para Terra Nostra, o bem-estar das nossas vacas é levado muito a sério“, explica Yvan Mendes, marketing manager de Terra Nostra, citada em comunicado.

“Terra Nostra está profundamente comprometida com a naturalidade e sustentabilidade, fazendo sempre ‘o bem, bem feito’ para oferecer o melhor da pastagem às famílias portuguesas e se aproximar cada vez mais do objetivo principal: ser a marca número um de laticínios mais sustentável do mercado”, acrescenta.

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Bilhetes para adeptos visitantes têm novos preços nas competições europeias. Veja aqui

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

A partir já desta época, o valor máximo do ingresso para os visitantes será de 60 euros na Liga dos Campeões, 40 na Liga Europa e 20 na Liga Conferência.

A UEFA fixou esta segunda-feira o valor máximo do preço dos bilhetes que os clubes podem cobrar aos adeptos visitantes nas suas três provas, nomeadamente Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência. A partir já desta época, o valor máximo do ingresso para os visitantes será de 60 euros na Liga dos Campeões, 40 na Liga Europa e 20 na Liga Conferência.

Num gesto que reconhece a “importância” dos seguidores para o êxito produto futebol, estes preços vão ser reduzidos na temporada seguinte, 2025/26, respetivamente, para 50, 35 e os mesmos 20 euros. “É uma decisão que sublinha o compromisso da UEFA em tornar o futebol europeu mais acessível a todos os adeptos, que desempenham um papel crucial na criação da atmosfera emocionante” que definem as três competições de clubes que o organismo promove.

A UEFA revela que esta medida surge depois de “amplas consultas” com outras entidades, como a Associação Europeia de Clubes (ECA) e a Football Supporters Europe (FSE), num “compromisso partilhado”, que tem o ideal mais abrangente de melhorar a experiência dos adeptos nas competições europeias.

O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, destaca a “missão de manter o futebol como um desporto inclusivo, em que os adeptos que viajam pela Europa para acompanhar as suas equipas sejam valorizados e reconhecidos”.

Já o líder da ECA, Nasser Al-Khelaifi, valorizou o “sinal importante de todos os clubes em contribuírem ativamente para a melhoria da experiência global dos adeptos”, enquanto o diretor executivo da FSE, Ronan Evain, sublinhou a ideia de que este gesto “é mais um reconhecimento da importância que os adeptos visitantes têm no ambiente de jogo dos clubes europeus”.

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Novobanco paga 3,5% por 500 milhões de dívida sénior

Custos da emissão baixaram 75 pontos base em comparação com a anterior emissão realizada em fevereiro. Gestoras de ativos e bancos centrais compraram as obrigações do Novobanco.

O Novobanco vai pagar uma taxa de cupão de 3,5% na emissão de 500 milhões de euros em dívida sénior preferencial com maturidade a 9 de março de 2029 (4,5 anos), segundo anunciou esta segunda-feira ao mercado.

A taxa representa uma redução de 75 pontos base em comparação com a anterior emissão feita pelo banco em fevereiro (4,25%). Por outro lado, estas obrigações foram subscritas a 99,879%, enquanto os títulos emitidos há sete meses foram subscritos com um desconto maior (99,782%).

O cupão de 3,5% vale para os primeiros 3,5 anos, quando as obrigações podem ser recompradas pelo Novobanco. No último ano a taxa de cupão passa a variável, sendo calculada com base na Euribor a 3 meses acrescido de uma margem de 100 pontos base (1%).

O banco liderado por Mark Bourke detalha que a emissão foi colocada junto de investidores institucionais, “despertando o interesse de cerca de 80 investidores”. “A alocação final compreende uma base de investidores geograficamente diversificada, incluindo França (31%), Reino Unido (28%), Nórdicos (14%), Ibéria (9%) e Itália (5%). A emissão foi maioritariamente colocada junto de investidores de referência, incluindo gestoras de ativos (74%) e bancos centrais (10%)”, acrescenta.

A operação foi organizada pelos bancos BNP Paribas, BofA Securities, Deutsche Bank, Jefferies e J.P. Morgan.

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Reino Unido suspende parcialmente exportação de armas para Israel

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

Lammy afirma ter um parecer jurídico apontando para um "risco claro" de que algumas exportações para Israel possam ser usadas para "cometer ou facilitar uma violação grave do direito internacional".

O Reino Unido vai impor uma proibição parcial da exportação de armas para Israel devido ao risco de violação do direito humanitário, anunciou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy.

Numa intervenção na Câmara dos Comuns, Lammy afirmou ter recebido um parecer jurídico apontando para um “risco claro” de que algumas exportações do Reino Unido para Israel possam ser utilizadas para “cometer ou facilitar uma violação grave do direito humanitário internacional” em Gaza.

Cerca de 30 de um total de 350 licenças de exportação serão agora suspensas, incluindo componentes importantes para aviões militares como helicópteros e ‘drones’, indicou. O ministro salientou que a decisão “não se trata de um embargo de armas”, mas uma medida que visa equipamento militar que pode ser utilizado no atual conflito em Gaza.

“As restantes licenças [de exportação] continuarão a ser concedidas. A ação que estamos a tomar não terá um impacto material na segurança de Israel”, salientou.

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