Barcelos recebeu duas menções honrosas na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

O município de Barcelos foi distinguido com duas menções honrosas na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, com dois projetos distintos - o programa RISEe e o NPISA.

O município de Barcelos foi recentemente distinguido na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, com duas menções honrosas – uma para o projeto Rede de Inovação, Sucesso Educativo e Equidade (RISE) e outra para o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA).

O projeto RISEe estava inscrito na categoria Educação e Subcategoria incentivos ao sucesso Escolar, enquanto o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) venceu na categoria Apoio Social e Subcategoria Combate à Exclusão Social.

Em entrevista ao ECO, representantes do município explicam como se desenrolou todo o processo de criação e implementação de ambos os projetos, bem como os desafios enfrentados e os resultados práticos alcançados junto da comunidade com cada iniciativa. A entrevista está dividida em duas partes. A primeira dedicada ao projeto RISEe e e a segunda ao NPISA.

Projeto Rede de Inovação, Sucesso Educativo e Equidade (RISE)

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

O projeto RISE nasceu da necessidade de implementação de um modelo de trabalho em rede, considerando todo o ecossistema e envolvendo toda a comunidade educativa (alunos, docentes, não docentes e pais). Nesse sentido, apostou-se na criação de um conjunto de Programas: Hocus Pocus (Programas de Promoção da Literacia para a Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo); Projetos Educativos (Contarolar histórias, Matmatikar, Aprender a Jogar e Jogar a Aprender) e Edutalks.

O projeto foi concebido com o intuito de disseminar os avanços da investigação e da ciência nas últimas cinco décadas, especialmente no âmbito da literacia e do processo de aprendizagem, fomentando o desenvolvimento profissional do corpo docente e, consequentemente, elevar a qualidade da educação, principalmente nos primeiros níveis do sistema educativo, abrangendo a Educação Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico, promovendo o sucesso escolar. Foca-se no bem-estar, na equidade e na inclusão de crianças e jovens, tal como preconizado nos princípios orientadores do Decreto-lei 54/2018. Procurou-se, ainda, contribuir para a recuperação de aprendizagens, hábitos de trabalho, desenvolvimento das funções executivas e competências sociais, que haviam sido comprometidas no período da pandemia.

O programa RISE entende o sistema educativo como um ecossistema em que todos os intervenientes se influenciam mutuamente. Assim, considera-se que este só será eficaz se influenciar todo o ecossistema educativo, nomeadamente ambientes, intervenientes (famílias, crianças, jovens, professores, lideranças, assistentes operacionais, técnicos e todos os atores deste ecossistema) e sociedade.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Este é um projeto ongoing e pressupõe formação e envolvimento dos docentes para a eficácia na sua implementação. O aprofundamento do trabalho em rede é, efetivamente, um grande desafio neste modelo colaborativo.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A ideia subjacente à escolha das categorias a concurso radicou no facto de a Educação – nomeadamente o sucesso escolar – ser considerada estratégica para o Município, enquanto instrumento de desenvolvimento e valorização das crianças e jovens do nosso território.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

O projeto teve um impacto muito positivo na literacia das crianças, sendo que esses resultados ficaram a dever-se, também, à forte adesão dos professores e ao envolvimento da comunidade, atingindo cerca de 75% de sucesso no primeiro ano de implementação.
Envolveu 63 educadores de infância e 116 professores do 1º Ciclo. Quanto aos beneficiários diretos, o programa atendeu a um total de 1255 crianças na educação Pré-Escolar, incluindo 537 finalistas, além de 1634 alunos do 1º Ciclo.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

O Município de Barcelos tem uma visão holística para a Educação no seu território, envolvendo pais e encarregados de educação, alunos, educadores, professores, técnicos especializados, assistentes operacionais e técnicos, autarquia e a sociedade civil na prossecução dos seus objetivos e projetos. Com a implementação deste ambicioso e inovador projeto, pretendeu-se proporcionar condições e apoio para que o processo de ensino e aprendizagem dos alunos do concelho se apresente numa posição de destaque e charneira, no que concerne ao cumprimento da agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Para isso, utilizaram-se todas as ferramentas de comunicação disponíveis, visando alcançar-se toda a comunidade educativa, promovendo ações (como Edutalks) em horário não coincidente com o laboral e evitando os horários de “engarrafamento” familiar, como a hora de jantar ou de convívio.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais positivamente impactados com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

O projeto em questão teve um impacto significativo em diversas áreas e setores de atuação. Em primeiro lugar, destaca-se a melhoria da Literacia Emergente das crianças da Educação Pré-Escolar. Ao promover conhecimentos sobre as convenções da escrita e ao estimular um processo de aprendizagem de leitura e escrita mais natural, o projeto contribui para o desenvolvimento das competências linguísticas das crianças dos 3 aos 6 anos.

Além disso, o projeto demonstrou ser eficaz no despertar da imaginação e da criatividade com recurso à literatura infantil. Ao expor as crianças a diferentes histórias e narrativas, o projeto não só incentiva a leitura, como também estimula a expressão criativa. Outro ponto forte do projeto foi a sua capacidade de promover a partilha de conhecimento e reflexão sobre temáticas da educação com especialistas das diversas áreas, no caso, nas Edutalks. Esta troca de ideias e experiências enriquece o processo educativo e contribui para a formação de práticas pedagógicas mais eficazes.

O projeto também se destacou no desenvolvimento de estratégias de promoção do gosto pela matemática. Além disso, ao promover uma variedade de Jogos Tradicionais em ambiente natural, o projeto criou um terreno privilegiado de aprendizagem. Esses jogos, para além de reavivarem memórias e preservarem a herança cultural entre gerações, fortaleceram o envolvimento parental na partilha das tradições antigas. O projeto da Rede de Inovação, Sucesso Educativo e Equidade demonstrou ter um impacto multifacetado e positivo, abordando várias áreas da educação e fortalecendo o envolvimento da comunidade escolar como um todo.

Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA)

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Face ao contexto atual vivenciado pela população, as autarquias locais assumem um papel fulcral a nível de responsabilidade social.
Tendo em conta que as crises económicas são geradoras de pobreza e exclusão social, as autarquias, entidades mais próximas dos cidadãos, tentam implementar projetos, particularmente nas áreas da proteção social, educação, saúde, habitação, que respondam às necessidades mais elementares dos seus munícipes mais vulneráveis. Assim, o Município de Barcelos tem desenvolvido um conjunto de projetos e ações sociais, que visam a melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes a viver em situação de vulnerabilidade socioeconómica. É, portanto, neste contexto que, por um lado, se dão respostas sociais, e, por outro, se promovem projetos capazes de contribuir para o quebrar do ciclo de carência, pontual ou sistémica, dos cidadãos mais vulneráveis.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Os principais constrangimentos ao desenvolvimento dos projetos sociais foram a escassez e alto preço do mercado de arrendamento privado, o elevado número de atendimentos, e o aumento do fluxo migratório, com consequentes desafios associados.
Do trabalho desenvolvido, realçam-se as respostas que são dadas através do apoio ao pagamento das rendas de casa; a criação de respostas mais ajustadas às necessidades dos beneficiários; uma maior brevidade na marcação de consultas de medicina familiar; a criação de uma equipa com elementos do SNS com maior proximidade aos beneficiários, inclusivamente com turnos de proximidade na rua para as pessoas em situação de sem-abrigo.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A ideia subjacente à escolha das categorias a concurso radicou no facto de a área da Ação Social – nomeadamente o combate à exclusão social – ser considerada estratégica para o Município, enquanto instrumento de resposta e defesa dos direitos e dignidade da pessoa humana.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Com a criação do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA), que promoveu o atual diagnóstico deste fenómeno, bem como a mobilização dos recursos necessários à resolução do problema, a estratégia adotada, desenvolvida através das parcerias com diversas instituições, conseguiu resultados muito positivos, consubstanciados na diminuição bastante significativa do número de pessoas em situação de sem-teto.

Por outro lado, através do Programa de Apoio ao Arrendamento Habitacional, cerca de 400 agregados familiares são apoiados monetariamente no pagamento da renda de casa, facto que evita que centenas de pessoas sejam impelidas a viver em situações indignas de habitabilidade.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

A relação é total uma vez que os apoios e projetos se mantêm face às necessidades e desafios cada vez mais acentuados ao nível social para os públicos mais vulneráveis.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

Os setores relacionados com a habitação e apoios envolventes e população em situação de sem-abrigo.

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Transição energética castiga salários de portugueses que trabalham em setores poluentes

Entre 14 países da OCDE, Portugal é aquele onde trabalhadores de setores poluentes que percam emprego mais veem rendimentos cair. Demora a encontrar novo emprego e salários menos atrativos explicam.

À medida que a transição energética avança, os empregos nos setores altamente poluentes tenderão a diminuir, castigando, à boleia, os rendimentos de quem lá trabalha. Mas há países onde essa pressão na carteira dos trabalhadores está a ser sentida mais do que noutros: os portugueses estão entre os que estão a sofrer mais, de acordo com um novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

“A transição para a neutralidade carbónica terá efeitos significativos nos mercados de trabalho”, avisa a OCDE, na nova análise divulgada esta terça-feira. “Ainda que seja necessária para combater as alterações climáticas, esta transição está a aumentar o risco de despedimentos em setores com elevados níveis de emissões de gases com efeitos de estufa“, acrescenta a organização, que prevê que, entre 2019 e 2030, o emprego nestes setores cairá, em termos anuais, mais de 2%.

E tal poderá levar a “grandes e consistentes perdas de rendimento dos trabalhadores”, sublinha a mesma organização. Contudo, nem todos os trabalhadores enfrentam as mesmas dificuldades, isto é, há “diferenças grandes” entre os vários países da OCDE.

Por exemplo, enquanto na Austrália, no Canadá, na Alemanha, na Holanda, na Noruega e na Suécia perder o posto de trabalho num setor poluente (como os transportes, a produção de energia e a indústria) leva a uma redução de menos de 30% dos rendimentos anuais, em Portugal a perda quase chega aos 70%.

Ou seja, por cá o custo do despedimento é “especialmente elevado“, salienta a referida organização. É mesmo o mais expressivo entre os 14 países analisados pelos especialistas da OCDE, como mostra o gráfico abaixo.

três fatores que explicam aquela quebra. Primeiro, o tempo que o profissional demora até encontrar uma nova oportunidade (ficar um ano inteiro sem conseguir um novo emprego é o fator que mais castiga os rendimentos dos portugueses).

Depois, há um recuo do número de dias no novo emprego face ao posto de trabalho antigo e, por fim, o facto de os salários oferecidos nas novas posições serem menos atrativos do que os anteriormente praticados.

Segundo a OCDE, os setores mais poluentes tendem a oferecer salários mais elevados, embora os trabalhadores tenham qualificações mais baixas. Logo, ficar sem esses empregos significa ter de encontrar oportunidades com vencimentos menos atrativos.

De resto, a OCDE observa que, quer estejam em causa setores altamente poluentes ou setores mais amigos do ambiente, os mercados de trabalho que funcionam bem tendem a reduzir estes custos dos despedimentos. Mas em países como Portugal, a Hungria e Espanha esse impacto é o dobro de outros países, como Austrália, Alemanha e Suécia.

“As diferenças entre países, no que diz respeito às perdas de rendimentos dos trabalhadores despedidos, refletem sobretudo divergências estruturais na dificuldade de encontrar um novo emprego e no funcionamento dos mercados do trabalho. E estas divergências estão provavelmente ligadas à presença de políticas laborais efetivas e coerentes, em particular políticas que facilitem as transições no mercado”, sublinha a OCDE.

Por exemplo, a Alemanha, a Holanda e a Dinamarca gastam o equivalente a 20% ou mais do Produto Interno Bruto (PIB) per capita com cada pessoa desempregada, e são países onde os custos do desemprego por causa da transição energética nem chega aos 30%. Já a Estónia gasta apenas 5% do PIB per capita com estes indivíduos e, nesse país, o corte no rendimento dos despedidos excede os 50%.

Perante este cenário, a OCDE recomenda que sejam implementados apoios “bem desenhados” para quem esteja sem trabalho, sublinhando que essas medidas podem ser fundamentais para mitigar a redução dos rendimentos durante o desemprego. Além disso, esses apoios ajudam a que os profissionais tenham tempo para procurar um posto de trabalho alinhado com as suas competências ou até para atualizarem os seus conhecimentos.

Políticas efetivas e visionárias de upskilling e reskilling são necessárias para apoiar as transições para indústrias emergentes e com procura”, declara, portanto, a OCDE.

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Celorico da Beira distinguido na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

O município de Celorico da Beira venceu a 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano com o projeto “Celorico Apoia e Ativa ++”, na categoria de Apoio Social a Famílias Carenciadas.

O município de Celorico da Beira foi recentemente distinguido na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, na categoria de Apoio Social e subcategoria Apoio Social a Famílias Carenciadas, com o projeto “Celorico Apoia e Ativa ++”.

Este reconhecimento destaca o esforço contínuo da autarquia em promover a qualidade de vida dos seus habitantes, especialmente os mais vulneráveis, através de iniciativas inovadoras que visam a inclusão social e a melhoria do bem-estar.

Em entrevista ao ECO, representantes do município explicam o processo de criação e implementação do projeto, os desafios enfrentados e os resultados práticos alcançados junto da comunidade. Veja a entrevista completa, abaixo.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O Município de Celorico da Beira desde cedo tem vindo a demonstrar preocupações com a qualidade de vida dos seus habitantes, como definido na sua visão. Assim, tem espoletado várias iniciativas inovadoras e diferenciadoras, que visam a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar dos mais vulneráveis, dos idosos, dos cuidadores informais, daqueles que vivem com a problemática das demências, com o combate da exclusão social, diminuindo a precariedade das condições de habitabilidade, evitando a segregação, fomentado práticas que promovam a inclusão. Assim, realizamos várias estratégias e atividades que contribuem para diminuir as necessidades encontradas, satisfazendo as expectativas dos que necessitam e das suas famílias.

O Município pretende continuadamente atender às necessidades dos cuidadores e das suas famílias, planificando e concretizando ações interventivas que promovam a autonomia e melhorem a condição de saúde da pessoa cuidada; que promovam o relacionamento interpessoal no contexto familiar e com as redes de apoio externas; que permitam a diminuição da sobrecarga física e mental; e que criem estruturas de apoio social e psicológico, avaliando o impacto das intervenções dinamizadas na qualidade de vida e bem-estar.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Aquando do acompanhamento realizado pelos Técnicos aos Munícipes, sistematicamente e maioritariamente realizado em contexto domiciliário, realizando inicialmente uma abordagem holística e passando, depois, para uma abordagem mais centrada nas necessidades, expectativas e potencialidades destes residentes, foram diagnosticadas várias necessidades que levaram à construção de protocolos que promovam serviços e que auxiliem as pessoas cuidadas e os seus cuidadores, em prol do bem-estar destes.

Com esta atuação, o Município pretendeu que os cuidadores e as pessoas cuidadas tivessem impacto positivo, adaptando a sua intervenção às necessidades identificadas ao longo do projeto. Nesse sentido, o projeto é e continua a ser alvo de vários momentos de avaliação: inicial/diagnóstica; intercalar e avaliação final. Acreditamos que a melhoria contínua seja a única solução para conseguir o alcance da promoção da qualidade de vida e, por conseguinte, da inclusão.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Os principais desafios prendem-se com a falta de uma rede de transportes que os impossibilitam de realizar, em grupo, atividades promovidas por nós e que visam combater a solidão, promover atividades psicossociais, desenvolvimento de atividades de grupo de ajuda mútua, atividades de desenvolvimento e estimulação cognitiva. A superação destes desafios foi realizada descentralizando estas atividades e realizando outras em contexto domiciliário.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A categoria Apoio Social e a subcategoria Apoio social a Famílias Carenciadas encontravam-se correlacionadas diretamente com os objetivos do projeto. Este projeto assumiu-se como uma iniciativa de caráter social e inovador, regendo-se pela abordagem da Humanitude, que visa a promoção do bem-estar na prestação de cuidados.

Em Portugal, a família continua a ter o papel de principal responsável pelas tarefas de cuidar, mesmo com as modificações a que a família tem sido sujeita ao longo dos anos. Ainda que o papel de Cuidadores Informais preveja assumir voluntariamente essa função, o facto é que raros são os casos em que o cuidador é absolutamente voluntário e estando devidamente preparado para tal. Tornam-se Cuidadores por via das circunstâncias, que assim o exigem, porque alguém precisa de si para continuar a viver com dignidade e com necessidades básicas por assegurar. Cuidar no seio familiar constitui uma experiência que acarreta a necessidade de redefinir relações e papéis, um evento propiciador de grandes alterações e adaptações nas dinâmicas e vida familiar.

Esta realidade tem sido preocupação concelhia e nacional, como podemos comprovar pelos diferentes e atualizados documentos institucionais e orientadores, que de forma normativa se debruçaram sobre esta problemática. Citemos como referência o reconhecimento do Estatuto do Cuidador Informal e da importância destes numa sociedade cada vez mais envelhecida. É um ato exigente e desgastante, devido ao cuidado direto da pessoa dependente e das tarefas diárias de vida exigidas, acrescendo ainda as dificuldades ligadas à forma como o cuidador perceciona essa mesma prestação de cuidados.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Atualmente, o Município acompanha cerca de 70 famílias e tenta satisfazer as necessidades encontradas, reencaminhando estes indivíduos para programas ou respostas sociais, sempre com ajuda da equipa multidisciplinar. Foram encaminhadas para as seguintes respostas/serviços os seguintes munícipes:

  • Serviço de Apoio Domiciliário – 15 munícipes;
  • Programa Abem: Rede Solidária do Medicamento – 16 famílias;
  • Programa de Apoio à habitação – 20 famílias;
  • Programa “Teleassistência” – 18 famílias;
  • Referenciação para Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas – 9 munícipes;
  • Integração em Emprego/Formação Profissional, adaptada a DEF/INC 3.0.1 – 18 munícipes;
  • Prestações Sociais ISS, I.P – 60 famílias;
  • Encaminhamentos para Centros de Recursos- Apoios SAPA – 5 famílias;
  • Auxílio na realização de manifestações de interesse e integração laboral – 50 utentes.
Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

Tendo em conta o feedback obtido junto das famílias, das pessoas cuidadas, e da avaliação realizada, pode-se afirmar que a intervenção desenvolvida pelos técnicos do município tem sido positiva. As famílias, cuidadores e pessoas cuidadas, desempregados, pessoa com deficiência e/ou incapacidade, referem que este acompanhamento tem contribuído positivamente para o seu bem-estar e para o bem-estar da pessoa cuidada e que, relativamente ao apoio burocrático, este tem sido muito importante para o seu conhecimento e compreensão daquilo que são os seus direitos enquanto cidadãos, cuidadores informais ou beneficiários. A intervenção foi bem-sucedida nesta vertente, uma vez que auxiliou no pedido de várias Prestações Sociais do ISS, I.P., conseguindo aumentar o rendimento mensal por agregado familiar.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados positivamente com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

O ciclo de conversas temáticas, mensais, abertas à comunidade, intituladas “Ativar + Mente”, onde as problemáticas de saúde física, psicológica, fisiológica são debatidas, por se constituírem um espaço privilegiado de aconselhamento e de convívio, onde se partilham anseios e expectativas.

As atividades realizadas nos grupos de ajuda mútua com os cuidadores informais foram também consideradas muito positivas, uma vez que reduzem o desgaste físico e mental dos cuidadores e das próprias pessoas cuidadas.

A integração nas várias ações de formação profissional adaptadas para pessoas com deficiência e/ou incapacidade ou a integração destes em medidas de apoios ao emprego, ou a atribuição de produtos SAPA, sempre que prescritos pelos centros de recursos, com o encaminhamento e acompanhamento da equipa, satisfizeram necessidades e promoveram as suas potencialidades, desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais necessárias à sua integração, sempre que possível, em regime normal de trabalho.

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Câmara de Cascais vence Grande Prémio no Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

A Câmara Municipal de Cascais venceu o Grande Prémio na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano com o projeto Cascais Mentalmente. A iniciativa foi distinguida na categoria saúde e bem-estar.

A 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano atribuiu o Grande Prémio à Câmara Municipal de Cascais, que se candidatou com o Projeto Cascais Mentalmente.

Os detalhes da iniciativa, distinguida na categoria Saúde e Bem-estar e na subcategoria Apoio à Saúde Mental, foram explicados, em entrevista ao ECO, pela autarquia.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O processo de criação e implementação do “Cascais Mentalmente” envolveu uma análise detalhada das necessidades de saúde mental da comunidade de Cascais, seguida pelo desenvolvimento de uma estratégia integrada que combinasse prevenção, tratamento e promoção do bem-estar mental. A iniciativa foi estruturada para ser inclusiva e acessível, integrando serviços como consultas de saúde mental, terapias especializadas e programas de integração social. A colaboração entre diferentes departamentos municipais e parceiros locais foi crucial para o lançamento eficaz das várias componentes do programa.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

A necessidade de abordar a saúde mental como um componente essencial do bem-estar geral da população de Cascais foi o principal motor por detrás do desenvolvimento do projeto. Reconhecendo a alta prevalência de perturbações mentais em Portugal e a importância de um acesso facilitado a cuidados de saúde mental, o município identificou a urgência de implementar uma solução abrangente que pudesse servir a todos os segmentos da população.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Um dos maiores desafios foi a integração de serviços de saúde mental no sistema de saúde pública existente, garantindo a acessibilidade e a qualidade dos serviços. Este desafio foi superado através da descentralização dos serviços, a criação de programas como “Consultas Sem Paredes” e “Laboratórios Vida Cascais” e parcerias estratégicas com entidades de saúde locais e nacionais, que permitiram uma oferta mais diversificada e acessível de serviços de saúde mental.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A escolha da categoria baseou-se no impacto significativo e na inovação do projeto “Cascais Mentalmente”. Considerando que o projeto aborda uma área crítica de intervenção – a saúde mental – e apresenta soluções inovadoras e integrativas, a categoria foi selecionada para destacar como o município de Cascais está a liderar em práticas inovadoras no governo local.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Os resultados práticos incluíram o aumento significativo no acesso a serviços de saúde mental, com mais de 6699 consultas realizadas e a inclusão de 523 pessoas no programa só em 2023. A implementação do programa contribuiu para a redução do estigma associado à saúde mental e melhorou a qualidade de vida dos participantes através de serviços acessíveis e de qualidade.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

O projeto “Cascais Mentalmente” está alinhado com os objetivos estratégicos de Cascais para 2024, que incluem a promoção da inclusão social, a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a inovação nos serviços públicos. O programa representa uma parte vital da visão de longo prazo do município para garantir que todos os residentes possam desfrutar de uma vida saudável e plena.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

As áreas mais impactadas incluem saúde, educação e integração social. Os pontos fortes do projeto são a sua abordagem holística e inclusiva, que não só oferece tratamento como também enfatiza a prevenção e a promoção da saúde mental. A integração da saúde mental nas zonas urbanas sensíveis, disponibilização de programas de regulação emocional nas escolas e a colaboração com o setor social, promovendo a equidade no acesso a serviços de saúde mental que no nosso Município assumem um caráter universal e tendencialmente gratuito.

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Vila Verde recebeu menção honrosa na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

O município de Vila Verde foi premiado na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano com o projeto SANUS, que promove a saúde e bem-estar dos trabalhadores.

O projeto SANUS, promovido pelo município de Vila Verde, foi destacado com uma menção honrosa na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, na categoria Desporto e Vida Saudável, subcategoria Promoção de Estilo de Vida Saudável.

Este reconhecimento valoriza as iniciativas inovadoras implementadas pelo município para promover a saúde e o bem-estar dos seus trabalhadores.

Em entrevista ao ECO, representantes da autarquia detalham o processo de criação e implementação do projeto, os desafios enfrentados e os resultados alcançados.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A Organização Mundial de Saúde reconhece o local de trabalho enquanto área crucial para promover atitudes alimentares saudáveis, visando a prevenção de doenças crónicas não transmissíveis, com a consequente eventualidade de extrapolação das mesmas no ambiente familiar. Nesse sentido, promover atividades que permitam um correto diagnóstico do estado de saúde dos colaboradores, com a identificação dos seus estilos de vida e atitudes sobre alimentação, poderão auxiliar a gestão de topo no reconhecimento dos pontos mais sensíveis para o desenvolvimento e implementação de estratégias, que possibilitem uma melhor qualidade de vida dos colaboradores, assim como a melhoria do seu estado de saúde.

Com base nesta realidade laboral, em 2019, o Município de Vila Verde (MVV), através da Divisão de Recursos Humanos, decidiu dinamizar um projeto com vista à promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores, denominado: Projeto SANUS – saúde e bem-estar no local de trabalho. Este projeto assentou em duas vertentes: o desenvolvimento do projeto “Mind at Work”, através de uma parceria com a ENCONTRAR+SE – Associação para a Promoção da Saúde Mental, que visava a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional, sendo co-financiado pela Direção Geral da Saúde (DGS); e a promoção da saúde no local de trabalho, através da realização de atividades estratégicas. O principal objetivo consistiu em possibilitar aos trabalhadores o rápido acesso à informação, formação, cuidados de saúde física e mental. Neste sentido, foram promovidas várias iniciativas, em diversas áreas, desde a saúde mental, saúde física, conciliação da vida pessoal e profissional, entre outras.

Em 2020 demos continuidade ao projeto iniciado no ano anterior, contudo, devido à COVID-19, as atividades foram suspensas. No sentido de prepararmos o relançamento do Projeto, em 2022 foi realizado um levantamento de necessidades na área da Nutrição, Saúde e Bem-estar, através de criação de um questionário, em formato Google Forms e em formato papel (destinado aos colaboradores cujo posto de trabalho não dispõe de computador), com posterior análise dos dados recolhidos. Após a análise estatística, e de forma a atingir os objetivos do projeto, compreendeu-se a necessidade de elaborar e distribuir um 2º questionário (nos mesmos modelos do primeiro), tendo por base a oferta formativa interna e das duas entidades parceiras externas, com o propósito de aferir as preferências específicas no que concerne à formação (temáticas; no de horas; horário laboral/pós-laboral; e formato).

Por último, não menos importante, foram analisados os dados da análise diagnóstica resultante do Relatório de Avaliação Riscos Psicossociais elaborado pela SEPRI (empresa de segurança e saúde no trabalho), dos Relatórios Consulta aos Trabalhadores em Matéria de Segurança e Saúde no Trabalho lançado pela SEPRI; do Programa integrado de promoção da saúde mental” MIND AT WORK”, desenvolvido pela ENCONTRAR+SE e do Plano Municipal para a Igualdade e não Discriminação 2022-2027.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

O SANUS 03 – projeto na sua 3ª edição – em 2023, teve como lema “Trabalho Seguro e Saudável” e como principais objetivos consciencializar os trabalhadores do município relativamente à importância da segurança no local de trabalho e criar condições para uma melhoria contínua do estado de saúde física, mental e do seu bem-estar.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Durante a execução do Projeto SANUS 03, um dos desafios prendeu-se com o facto de haver alguns constrangimentos demonstrados pelas chefias em encaminhar trabalhadores com vista à participação nas atividades propostas pelo projeto.

Este desafio foi sendo superado durante a vigência do projeto, através da implementação de estratégias flexíveis, como a oferta de atividades na modalidade online e iniciativas em horários mais convenientes, como intervalos para o almoço ou na última meia hora de trabalho. Além disso, a comunicação eficaz foi fundamental para sensibilizar os trabalhadores sobre a importância das atividades para sua saúde e bem-estar.

Outro dos desafios teve que ver com a falta de conhecimento mais aprofundado sobre o projeto SANUS. Essas dificuldades foram sendo ultrapassadas por meio de campanhas de divulgação mais abrangentes nos canais usados pela equipa (e-mail, redes sociais e panfletos/flyers), da realização de sessões informativas e do envolvimento de chefias na promoção à participação. Apesar dos avanços alcançados, continua a ser premente o envolvimento dos dirigentes para que o Projeto SANUS possa alcançar os seus objetivos de promoção de uma cultura de saúde e bem-estar no local de trabalho.

Para facilitar a comunicação, foi criado um endereço eletrónico privilegiado para disseminação de todas atividades, bem como uma página Facebook do projeto, na qual são publicados eventos dirigidos à comunidade geral e a um grupo fechado, apenas para colaboradores, no qual se difundem ações específicas, receitas saudáveis e aconselhamento relacionado com a saúde e bem-estar para os trabalhadores. Conscientes que, por vezes, não é fácil a leitura atempada de todos e-mails, foi concebido um calendário físico, que posteriormente foi distribuído por cada gabinete dos vários edifícios pertencentes ao MVV, onde estavam indicadas as datas das iniciativas, horário, local, formato e parcerias.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O processo de escolha da categoria para inscrição na 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano envolveu uma análise cuidada das áreas de atuação e impacto do Projeto SANUS. Dado o foco do projeto na promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores do município, a categoria escolhida foi “Desporto e Vida Saudável – Promoção de Vida Saudável”. Esta categoria geralmente reconhece iniciativas que demonstram inovação, eficácia e impacto positivo na qualidade de vida da comunidade. Ora o Projeto SANUS inovou ao focar a sua atenção nos seus ativos, os trabalhadores e as suas famílias. Na verdade, o Município de Vila Verde é uma família de famílias! Em suma, a escolha da categoria refletiu a natureza e os objetivos específicos do Projeto SANUS, destacando os seus esforços em melhorar as condições de trabalho e a saúde física e mental.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Partindo do princípio de que estamos perante um “projeto” em constante construção, o SANUS conseguiu (nos poucos anos de vida) aumentar a literacia em saúde, dotar os trabalhadores de estratégias que permitam uma mudança autónoma de comportamentos saudáveis. Para além disso, contribuiu para melhorar o equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar dos colaboradores, aumentando o sucesso da entidade.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

A saúde física e emocional e o bem-estar são desígnios do Município de Vila Verde, por isso, constituem um dos Objetivos Estratégicos definidos pelo Órgão Executivo.

A própria estrutura orgânica espelha esta realidade, dado que existe um Gabinete de Saúde e Bem-Estar sob a dependência da Divisão Recursos Humanos. Acresce referir que saúde física e emocional e o bem-estar constam da missão da Divisão Recursos Humanos e fazem parte das suas competências.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

O SANUS 03 dinamizou um leque de ações muito diversificado, contudo, podemos destacar as seguintes áreas: nutrição; ginástica laboral e on the job; presença constante de um profissional de saúde nas instalações; literacia em saúde; psicologia; realização de uma feira da saúde; criação de um núcleo PROVE, na câmara.

É um projeto inovador porque é dinamizado pela Divisão Recursos Humanos em parceria com outras unidades orgânicas do MVV, agrupamentos de escolas e entidades públicas e privadas. Tradicionalmente, a Gestão de Recursos Humanos é vista como uma atividade burocrática e operacional, e não como uma área estratégica para a prosperidade organizacional. Queremos fazer e contribuir para essa mudança!

É um projeto responsável e integrador, já que desenvolveu ações em áreas muito diversificadas, cruciais para o bem-estar, tendo em vista ir ao encontro das necessidades e expectativas de todos os colaboradores. É, também, um projeto ousado, pois, com foco nos trabalhadores, ousou lançar iniciativas para a comunidade educativa e população em geral porque todos partilhamos o mesmo território, que queremos saudável.

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Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho premiada na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

A Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho foi premiada na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto "Jogos da Freguesia", distinguido na categoria Cultura e Património.

A Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho foi uma das participantes da 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano e acabou mesmo por ser distinguida, na categoria de Cultura e Património e Subcategoria Cultura Popular, com o projeto Jogos da Freguesia, um projeto que envolve toda a comunidade, desde os mais novos aos mais velhos, e pretende resgatar antigos costumes.

Helena Correia, Presidente da Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho, explica, em entrevista ao ECO, em que consiste o projeto e por que decidiram candidatá-lo ao Prémio Autarquia do Ano.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A realização da atividade Jogos da Freguesia resulta, desde a sua primeira edição, na vontade de manter vivas na comunidade as realizações da cultura imaterial ligadas aos jogos tradicionais. Contamos, desde o início, com o apoio do Professor Mário Maia na elaboração dos materiais e contexto científico dos diferentes jogos escolhidos em cada uma das edições. A XIX edição dos Jogos da Freguesia da Lousã e Vilarinho (XIX JFLV) realizou-se no dia 10 de abril e a II Edição dos MiniJogos no dia 11 de abril de 2024. Nesta atividade são parceiros da organização, desde a sua primeira edição (2006), a Junta de Freguesia da Lousã e Vilarinho (JFLV) e o Agrupamento de Escolas da Lousã (AEL), através da sua Direção e do Grupo de Educação Física.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Esta atividade insere-se num projeto de preservação da cultura imaterial, nomeadamente os jogos tradicionais e tem sido dirigida para os jovens com idades entre os 6 e os 15 anos, distribuídos pelos três ciclos de ensino (1º, 2º e 3º) que frequentam o AEL. Recentemente, por solicitação do AEL, dos professores e pais do pré-escolar, a que a JFLV logo deu parecer favorável, os alunos dos 3, 4 e 5 (pré-escolar) anos tornaram a integrar o projeto, compreendendo, assim, a participação em dias diferenciados dos quatro ciclos de ensino dos alunos que frequentam o AEL.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

A preparação deste evento continua a ser um desafio e um teste à capacidade de organização da Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho (JFLV), ao AEL e ao GAD de Educação Física do AEL, que, desde o primeiro evento (2006), foi integrando outros alunos de diferentes ciclos de ensino que frequentam o AEL. Com a inclusão dos alunos do 3º ciclo (7º, 8º e 9º anos), o trabalho de organização desta atividade requer a observação de outros requisitos, uma vez que este ano se movimentaram mais de 1600 alunos, o que obrigou à implementação de um grupo de trabalho (GT Jogos da Freguesia) formada por professores, pais e encarregados de educação, antigos alunos e Executivo. A participação dos alunos requer uma autorização expressa dos seus Encarregados de Educação, para participação na atividade, recolha de imagem e preenchimentos dos inquéritos de avaliação. Aos alunos juntaram-se mais 30 utentes da Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL) e 17 utentes da Santa Casa da Misericórdia da Lousã. Assim, o primeiro desafio é a questão logística referida acima. O segundo grande desafio tem a ver com a formação que é dada pelo Professor Mário Maia a um total de 230 voluntários (2024), respeitando as disponibilidades dos diferentes grupos em dias da semana e fins de semana.

A sustentabilidade deste projeto é baseada no envolvimento de um conjunto de voluntários pertencentes a agentes envolvidos com a JFLV e AEL, nomeadamente, alunos do Ensino Secundário (10º, 11º e 12º anos), pais e encarregados de educação (EE) em representação das diferentes Associações de Pais e E. de Educação do AEL, alunos e professores da Escola Profissional da Lousã (Status), da Associação ACTIVAR e os professores do AEL, professores do 1º ciclo, 2º ciclo e 3º ciclo, professores das AEC (Câmara Municipal da Lousã) para além da Direção do AEL e da Equipa da JF.

A diversificação dos espaços foi outra das preocupações que se tiveram em conta, uma vez que na procura da proteção e sustentabilidade ambiental se fomenta, o máximo possível, a deslocação a pé em detrimento do uso de autocarros. Assim, este ano, os alunos foram dirigidos para quatro espaços de lazer, que devidamente organizados e preparados, proporcionaram a vivência dos 33 jogos distribuídos pelas 60 caixas, nos espaços: Estádio Municipal de Rugby da Lousã (RCL), Campo de Futebol Dr. José Pinto de Aguiar (CDL), Escola Básica no 2 da Lousã e Parque Urbano da Lousã. Esta enorme quantidade de alunos obrigou-nos a recorrer à reutilização de material alternativo, reutilizando garrafas de água, cartões, madeiras, rolhas, tampinhas de lata ou plástico. Todo o material utilizado foi confecionado pelo grupo de trabalho, de forma a manter um dos objetivos principais em que todos os alunos participantes estão ocupados, ao mesmo tempo, no seu espaço, jogando e interagindo com os seus colegas. No dia e dependendo das condições meteorológicas, podemos ter que fazer ajustes na hora da realização da atividade, sobretudo nos Jogos do Pré-Escolar. Depois de tudo preparado e organizado, podemos então ter o gosto de ver a nossa comunidade escolar a jogar alegremente. A superação de todas as dificuldades que envolvem organizar uma atividade com tão grande número de participantes, e de escalões etários tão diferentes, é uma boa preparação antecipada e a capacidade que temos de trabalhar em equipa.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O reconhecimento desta atividade tem merecido um destaque muito significativo por algumas instituições Europeias e Internacionais, nomeadamente, pela Associação Europeia de Jogos e Desportos Tradicionais (AEJeST) (com a qual assinamos um protocolo de colaboração) e pelo Instituto Nacional de Educação Física de Barcelona, Campus de Lérida (INEFC), permitindo, ao longo dos anos a participação dos alunos do AEL em projetos de investigação (como o projeto BRIDGE) e a partir do ano de 2019 a sua a inclusão no Projeto Erasmus+ “Opportunity”. Este último projeto tem como grande objetivo formar docentes, desenvolver documentos de apoio e avaliar a inclusão social e a equidade de género através da vivência de jogos que fazem parte do universo cultural tradicional local e onde se incluem outros jogos tradicionais nacionais e europeus. Temos também o reconhecimento do nosso concelho, já que todas as escolas são envolvidas, e não só as da freguesia. Esta é uma atividade integralmente dinamizada e jogada pela comunidade escolar já que são os alunos mais velhos, do secundário, que já participaram em edições anteriores, que dinamizam as caixas de jogo. Temos ainda associado ao projeto Jogos da Freguesia um conjunto de conferências que marcaram os 10 anos da atividade com a presença de palestrantes de renome na área. Foi por este percurso que o executivo entendeu concorrer ao Prémio Autarquia do Ano na categoria Cultura e Património, subcategoria Cultura Popular. Esta candidatura e a distinção recebida reforçam a importância da dinâmica conseguida na atividade Jogos da Freguesia e, posteriormente, Jogos da Freguesia na Rua.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Os Jogos da Freguesia têm por objetivo principal a revitalização e a preservação destas manifestações desportivas não institucionalizadas, sendo promovida a igualdade de género, de oportunidades, inscritas num princípio da inclusão social. Promove uma convivência salutar, orientada para a paz, sob os auspícios das orientações da UNESCO (Plano Kazan, 2017) e da ONU (agenda cultural 2030), que estabelecem como objetivos para o desenvolvimento sustentável prioritário, a salvaguarda e a promoção dos jogos tradicionais (JDT) e os valores que os acompanham, considerados como património cultural imaterial. A memória dos nossos antepassados (dos nossos avós e pais) tem, neste dia, um merecido destaque, uma vez que, ao manter vivas estas tradições se preserva a cultura imaterial local e internacional, fomentando o gosto e o conhecimento destas práticas junto da população mais jovem. Pretende-se proporcionar uma educação mais inclusiva, mais equitativa e, num claro contributo para uma educação de uma sociedade mais justa, a promoção de uma cidadania mais pró-ativa e orientada para uma educação para a paz. Neste momento, estamos já a conseguir devolver os jogos aos locais onde se jogavam: associações recreativas, espaços públicos, etc, com a organização de torneios (Torneio do Jogos do Burro e Torneio da Malha).

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

Por todas as razões expostas, toda a atividade “Jogos da Freguesia” cumpre os objetivos deste e de anteriores executivos da Junta de Freguesia. Está ainda claramente alinhada com os objetivos que cumprimos para sermos Eco Freguesia XXI, galardão que mantemos desde 2019.

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Tribunal de Santarém anuncia nova decisão do caso de Tancos no dia 4 de outubro

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

O Tribunal de Santarém anuncia a 4 de outubro a nova decisão sobre o processo de Tancos, após a Relação de Évora ter anulado o acórdão do julgamento que condenou 11 dos 23 arguidos em janeiro de 2022.

O Tribunal de Santarém anuncia a 4 de outubro a nova decisão sobre o processo de Tancos, após a Relação de Évora ter anulado o acórdão do julgamento que condenou 11 dos 23 arguidos em janeiro de 2022. A informação foi avançada na segunda-feira pela SIC e confirmada à Lusa por fonte ligada ao processo, que acrescentou que a leitura está marcada para as 14h00.

O Tribunal da Relação de Évora (TRE) anulou em fevereiro de 2023 a decisão de primeira instância, declarando o acórdão nulo por omissão de pronúncia, bem como a nulidade da utilização de prova obtida através de metadados, considerando que os factos dados como provados em muitos pontos do processo se encontravam irremediavelmente afetados e deviam ser reequacionados.

Sobre a utilização de prova obtida através de metadados, o TRE recordou o acórdão proferido pelo Tribunal Constitucional, em abril de 2022, que declarou a inconstitucionalidade do acesso a dados para investigação criminal.

Esta decisão do TRE resultou dos recursos apresentados por 20 dos 23 arguidos após o acórdão do Tribunal de Santarém sobre o caso do furto de armas dos paióis de Tancos.

O processo do furto e recuperação de material militar dos Paióis Nacionais de Tancos (PNT) tinha terminado com os autores materiais a receberem prisão efetiva.

Foram condenados a penas de prisão efetiva o autor confesso do furto, João Paulino, com a pena mais grave, e os dois homens que o ajudaram a retirar o material militar dos PNT na noite de 28 de junho de 2017, João Pais e Hugo Santos.

Os três foram condenados pelo crime de terrorismo, praticado em coautoria material, e João Paulino e Hugo Santos também por tráfico e outras atividades ilícitas, tendo o cúmulo jurídico resultado numa pena de prisão efetiva de oito anos para João Paulino, de cinco anos para João Pais e de sete anos e seis meses para Hugo Santos.

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, um dos 23 acusados no processo, foi absolvido dos crimes de denegação de justiça, prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário e abuso de poder.

O furto das armas foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a recuperação de algum material sido feita na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a Polícia Judiciária Militar (PJM) em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

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#25 O underrated Dani Olmo e a falta de brilho de Mbappé

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Não há meio termo nas meias-finais: ou morres na praia ou alcanças o pique da montanha. A Espanha e a França são os primeiros a entrar em jogo e chegam depois de percursos opostos. De um lado, temos porventura a seleção que dá mais prazer assistir (a nível de espetáculo) com um bom futebol ofensivo que combina a inteligência dos médios com a explosividade dos extremos, porém díspares no que toca à qualidade individual entre o ataque e a defesa. Do outro lado, temos uma seleção que aborrece e apresenta dificuldades no plano ofensivo (falta claramente golo), mas roça a perfeição defensiva. Não é muito difícil perceber quem é quem. A partida está prevista para as 20h00 no Allianz Arena, estádio do Bayern Munique.

Os 3 Cantos do Espanha x França

Pequena antevisão

A Espanha é, de momento, o principal candidato a conquistar o Euro 2024, porém não terá tarefa fácil nas meias-finais e Portugal que o diga. Os jogos contra a França de Didier Deschamps têm se apresentado mais táticos e encaixados, em que os adversários lutam para superar uma linha defensiva quase perfeita. Nesta partida, a Espanha deverá ter mais bola (clássico), mas precisará de ter muito cuidado caso a percam, devido às transições rápidas da França. Dar espaço pode ser fatal. Haverá também uma disputa interessante no meio-campo, pois Rodri e Fabián Ruiz estão em altas e o trio Rabiot-Tchouaméni-Kanté proporcionam até à data conforto e segurança à França. A previsão é, contudo, a passagem da Espanha para a grande final em Berlim.

Atenção a…

A Espanha está carregada de bom material e, neste Euro 2024, Lamine Yamal, Nico Williams, Rodri e Fabián Ruiz (Europeu gigante) são sempre jogadores a ter debaixo de olho. Porém, há um jogador que porventura não tem tido o reconhecimento que merece neste torneio: Dani Olmo. Nos últimos três jogos, o médio espanhol de 26 anos leva dois golos e duas assistências, atravessando um momento incrível e em crescendo. Uma vez que Pedri lesionou-se (forte entrada de Toni Kroos no passado jogo), Dani Olmo pode ser um dos eleitos do selecionador Luis de La Fuente para ser titular. Tem sido um dos craques desta Espanha.

Líderes nem sempre lideram

Kylian Mbappé (capitão) e Antoine Griezmann (vice-capitão) estão a desiludir neste Euro 2024. Dentro de um ataque luxuoso, são as duas maiores estrelas da França, porém não têm conseguido brilhar como se espera. Há quem justifique o rendimento de Mbappé (ainda marcou um golo de penálti frente à Polónia) pelo problema no nariz e adaptação à máscara. Agora sobre Griezmann não há uma desculpa evidente. Simplesmente, parece que não está a correr como previsto. Costuma-se dizer que os grandes jogadores se revelam em grandes jogos. A pergunta é: estarão Kylian Mbappé e Antoine Griezmann à altura perante a Espanha? Será interessante.

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Moreira critica estações desenhadas por Siza Vieira para metrobus do Porto

  • Lusa
  • 9 Julho 2024

Autarca portuense diz que as estações parecem "ter sido feitas pelo Obélix" e defende que deviam assemelhar-se às novas paragens de autocarro que foram construídas na cidade.

O presidente da Câmara do Porto criticou as estações da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira que estão a ser construídas para o metrobus na Marechal Gomes da Costa, defendendo que parecem “ter sido feitas pelo Obélix”.

“Há coisas que de facto não gosto. Se me perguntar se compreendo quer na Avenida da Boavista, quer na Marechal Gomes da Costa as estações que lá estão a ser feitas, eu não gosto. É a minha opinião, não percebo porque é que são feitas assim”, afirmou o presidente da câmara, Rui Moreira, durante a Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira à noite.

Rui Moreira, que intervinha depois do eleito socialista Rui Lage ter criticado a primazia dada ao automóvel na Avenida da Boavista, defendeu que as estações do metrobus deviam assemelhar-se às novas paragens de autocarro que foram construídas na cidade.

“Olho para aqueles matacões, aqueles que me incomodam mais até têm uma assinatura de autor, que estão na Marechal Gomes da Costa, que, a meu ver, deviam ser costas com costas e coisas levezinhas, envidraçadas e não precisavam de ser coisas que parecem ter sido feitas pelo Obélix“, afirmou, comparando a situação à seleção nacional de futebol.

“É a questão das vacas sagradas”, referiu.

Apesar das críticas, o autarca independente saudou algumas das opções levadas a cabo no projeto do metrobus, como a largura dos passeios e, consequentemente, a retirada de estacionamento à superfície, a colocação de árvores nos passeios e a retirada do Monumento ao Empresário para ali criar “um bosque com árvores”.

Rui Moreira considerou ainda “uma boa notícia” o projeto manter a ciclovia entre o cruzamento da Marechal Gomes da Costa e o Castelo do Queijo.

“A Avenida da Boavista não tem a mesma bitola. Na parte de baixo vamos poder manter a ciclovia, mesmo reduzindo as faixas de rodagem”, afirmou, lamentando o facto de a Avenida da Boavista “não dar para tudo”.

O autarca independente destacou também que a importância daquela artéria e o seu acesso à Via de Cintura Interna (VCI), não permitiriam reduzir a faixa de rodagem para apenas uma via.

“Não estamos ainda nessa fase. Se o metrobus corresponder às expectativas de trânsito, talvez possamos ter um metro com capacidade maior”, observou Rui Moreira.

O metrobus ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) este ano.

As obras da primeira fase arrancaram no final de janeiro de 2023, estando previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Inicialmente, o projeto do metrobus estava previsto apenas até à Praça do Império, mas como o valor da adjudicação (25 milhões de euros) ficou abaixo dos 66 milhões de euros, o Governo decidiu fazer uma extensão do serviço até à Praça Cidade do Salvador, conhecida como Anémona, em Matosinhos.

O investimento inicialmente previsto para o metrobus, de 66 milhões de euros, é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e os 10 milhões adicionais poderão ser também financiados pelo PRR, pelo Fundo Ambiental ou pelo Orçamento do Estado.

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Peritos propõem que planeamento de recursos na Saúde envolva SNS, privado e social

  • Lusa e ECO
  • 9 Julho 2024

Documento apela à definição de plano de recursos humanos para a saúde a longo prazo, que inclua o SNS, o privado e o social, sugerindo flexibilidade laboral e progressão na carreira.

Os peritos que participaram no Livro Branco da Saúde Pública, que será apresentado esta terça-feira, recomendam maior participação dos cidadãos em todos os níveis do sistema de saúde e abordagens inovadoras que integrem áreas como a educação, trabalho e habitação. Nas propostas, destaca-se também a definição de um plano nacional de recursos humanos para a saúde a longo prazo, que inclua os trabalhadores dos setores público, social e privado.

Num documento coordenado pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade NOVA de Lisboa, que apresenta 10 recomendações para traçar o futuro da Saúde Pública em Portugal, foram desafiados mais de 80 parceiros de setores públicos, privados e sociais.

Em declarações à agência Lusa, a diretora da ENSP NOVA, Sónia Dias, lembrou que a pandemia mostrou a importância de se ter “uma saúde pública forte” e sublinhou a necessidade de “aproveitar as lições aprendidas e fortalecer o sistema de saúde”, para o conseguir transformar e modernizar.

“Sabemos que a saúde é, de facto, um forte fator de coesão social e não podemos ter apenas o foco nas emergências de saúde”, disse a responsável, lembrando que, na Europa, as principais doenças passíveis de prevenção, como a diabetes, as doenças cardiovasculares, o cancro ou as doenças mentais, “representam mais de 80% das causas de morte”.

“Este foi o mote para construirmos este ‘White Paper’, tendo a consciência de que os recursos são limitados e, portanto, é vital definir prioridades claras para se avançar nestas áreas“, acrescentou.

O documento lembra que os sistemas de saúde e de assistência social em todo o mundo “estão sob pressão crescente” devido a fatores como a mobilidade das populações, a rápida disseminação de novos agentes patogénicos, as persistentes desigualdades socioeconómicas e a pobreza.

Além disso, apresenta quatro principais desafios, como as alterações climáticas, o envelhecimento da população, as emergências de saúde pública e a resistência antimicrobiana e a capacidade do sistema em responder aos desafios em contexto económico de lento crescimento.

Aponta também quatro áreas de intervenção prioritária — políticas e sistemas de saúde; comunidades saudáveis; força de trabalho na saúde e saúde sustentável e transformação digital — e apresenta 10 recomendações.

Questionada pela Lusa, a diretora da ENSP NOVA destaca, entre as recomendações, “a maior participação dos cidadãos de forma verdadeiramente ativa, a política de promoção da saúde e o aumento da literacia”.

Nesta área, alerta para a necessidade de aplicar na plenitude a lei 108/2019, que definiu a Carta da Participação Pública em Saúde, que pretendia fomentar a participação das pessoas nas decisões que afetam a saúde da população.

Sónia Dias chama igualmente a atenção para a recomendação que defende a integração “de outros setores tradicionalmente menos envolvidos, como, por exemplo, a educação, o trabalho e a habitação”.

O documento recomenda regimes de remuneração justos e adequados para os profissionais de saúde, maior flexibilização dos mercados de trabalho, admitindo trabalho em part-time e horários flexíveis. Sugere ainda que se integre na saúde ocupacional áreas como a saúde mental e a gestão de stress e propõe a definição de um plano de recursos humanos de longo termo na saúde que inclua os setores público, social e privado.

“Propõe-se um plano de longo termo para os recursos humanos em saúde e o planeamento estratégico das necessidades e dos modelos, mas que estejam adaptados à atualidade”, explicou a diretora da ENSP NOVA, salientando que a ideia é ter em consideração “as boas práticas que outros setores já estão a seguir”: “Na verdade, os trabalhadores têm vindo a valorizar cada vez mais a conciliação da vida profissional e familiar”.

Aproveitar o potencial da saúde digital e das tecnologias emergentes para melhorar a eficiência em saúde e a administração do sistema, assim como promover um sistema de saúde mais sustentável são outras das recomendações deste Livro Branco.

“O verdadeiro sucesso deste Livro Branco vai residir na nossa capacidade de transformar estas recomendações em ações concretas e, no caso, a Escola Nacional de saúde Pública está muito interessada em ser uma parceira ativa na construção desta saúde para todos”, considerou a responsável.

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Hoje nas notícias: Zona Franca da Madeira, Saúde e Defesa

  • ECO
  • 9 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A maioria das empresas da Zona Franca da Madeira está insolvente ou não tem como pagar os apoios considerados ilegais pela Comissão Europeia, alerta uma responsável do CINM da Associação Comercial e Industrial do Funchal. O livro branco, que será apresentado esta terça-feira pela Escola Nacional de Saúde Pública, recomenda a elaboração de um plano nacional de recursos humanos para a saúde a longo prazo, que inclua os trabalhadores dos setores público, social e privado. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

“Maioria” das empresas da Zona Franca está “insolvente ou sem capacidade” para pagar apoios ilegais

A “maioria” das empresas da Zona Franca do arquipélago ou “está insolvente” ou “não tem capacidade” para pagar os apoios do Estado considerados ilegais na sequência de uma investigação da Comissão Europeia, em 2020, alerta a presidente da mesa do CINM-Serviços da Associação Comercial e Industrial do Funchal – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF-CCIM), Tânia Castro. Após esta conclusão, houve uma “debandada” de empresas, o que conduziu à estagnação na área dos serviços na Zona Franca da Madeira.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

BCP executa construtora Elevo por dívida de seis milhões

Com um valor global de cerca de 5,83 milhões de euros, decorrem cinco leilões de ações de execução de ativos mobiliários do Grupo Elevo, detidas pelo BCP. O valor destes lotes, cuja venda decorre no e-leilões, soma 1,36 milhões de euros em termos de valor base. Acrescem 4,47 milhões de euros de obrigações não cotadas da Elevolution – Engenharia e da FCSC SGPS, holding que era a cabeça do grupo, que resultou da fusão das construtoras Edifer, Monte Adriano, Hagen e Eusébios, detidas pelo banco português.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Planeamento dos recursos de Saúde deve incluir SNS, privado e social

Especialistas e organizações nacionais e internacionais do setor recomendam a definição de um plano nacional de recursos humanos para a saúde a longo prazo, que inclua os trabalhadores dos setores público, social e privado. Flexibilidade no trabalho, progressão na carreira, regimes de remuneração mais justos e competitivos são algumas das prioridades apontadas no livro branco que consta de uma iniciativa da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, que é apresentado esta terça-feira.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso indisponível)

Portugal deixa por gastar em média 317 milhões do Orçamento da Defesa a cada ano

Portugal ainda está longe de cumprir a meta da NATO de alocar 2% do PIB à Defesa. Não obstante, as verbas anunciadas em cada Orçamento do Estado, que têm aumentado de ano para ano, não têm sido efetivamente empregues. Numa análise aos orçamentos do setor na última década, verifica-se que em 2023 ficaram por gastar 521 milhões de euros e, em 2020, 526 milhões. A partir da consulta da Conta Geral do Estado referente ao período entre 2014 e 2023, depreende-se que, em média, ficam por gastar 317 milhões de euros em cada ano.

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Travar a descentralização da Agricultura será “grave” para o país

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) considera que um regresso das direções regionais ao Ministério da Agricultura — uma decisão que está a ser ponderada pela tutela — seria a morte da descentralização e que os custos para o país seriam “graves”. Em entrevista, António Cunha diz estar convicto que é antes necessário “aprofundar” este processo, o que significa “transferir mais competências para as comissões, nomeadamente no âmbito das florestas e da gestão da água”.

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Novobanco reorganiza capital e muda sede para o Taguspark

Novobanco comunicou o registo da nova sede social que passou a ser no "Campus do Novobanco, Avenida Dr. Mário Soares, Taguspark.

O Novobanco já registou a reorganização do seu capital social e a mudança da sua sede para o Taguspark.

Na sequência da decisão tomada na assembleia-geral na qual os acionistas decidiram realocar reservas livres, no montante de cinco mil milhões de euros, “para absorção de perdas”, o capital social do banco foi reorganizado. A operação passou primeiro por uma redução do mesmo de 6,6 mil milhões de euros para 3,2 mil milhões de euros, para cobertura de resultados transitados negativos e reforço das reservas legais. E num segundo passo por aumentar o capital social para 3.345.000.000,30 euros, “sendo este aumento efetuado por incorporação da reserva especial criada por referência aos ativos por impostos diferidos subjacentes”. Foi esta alteração que foi registada na segunda-feira e comunicada ao mercado.

Estas mudanças implicavam ainda reduzir o número de ações representativas do capital social, que passaram de 11.611.327.275 para 500 milhões, sendo que o Fundo de Resolução exerceu os seus direitos e é o titular dessas ações. No comunicado de 7 de junho, quando estas alterações foram divulgadas, o Novobanco explicava que a reorganização do capital não tinha impacto no total do seu capital próprio: “terá apenas o efeito de eliminar os prejuízos negativos acumulados nas contas individuais do Novo Banco, e que foram acumulados durante o período de reestruturação”, dizia a nota divulgada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O Novobanco comunicou ainda o registo da nova sede social que passou a ser no “Campus do Novobanco, Avenida Dr. Mário Soares, Taguspark, Edifício 1, 2740-119 Porto Salvo”. Depois de vender a antiga sede no cento de Lisboa, que gerou uma mais valia de 67 milhões de euros em 2022, a mudança para Oeiras, que já aconteceu tal como estava previsto, custou 47 milhões, como avançou o Expresso.

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