Lundin Mining põe Somincor à venda

A venda da mina de Neves-Corvo, explorada pela Somincor, poderá ser um dos negócios do ano. Prazo para a entrega de ofertas termina na quinta-feira. Somincor confirma processo de venda.

A Lundin Mining pôs à venda a Somincor, empresa que tem a exploração da mina de Neves-Corvo, e aguarda por ofertas não vinculativas até esta quinta-feira, apurou o ECO junto de fontes que conhecem o dossiê. O encaixe desta operação — que está a ser conduzida pelo Banque de Montréal e deverá suscitar o interesse de vários candidatos — servirá para financiar a exploração de outros investimentos da companhia canadiana na Argentina e no Chile para a produção de cobre.

A venda da Somincor, a concretizar-se, poderá mesmo ser um dos negócios do ano em Portugal. No passado mês de junho, a Bloomberg revelou que a Lundin Mining estaria a avaliar a venda de dois ativos na Europa, um dos quais a mina de Neves-Corvo e o outro uma mina na Suécia. Jack Lundin, filho do fundador da companhia, Lukas Henrik Lundin (que morreu em 2022), garantiu à agência que a empresa não precisava de vender ativos para financiar os investimentos na Argentina e no Chile, em minas de cobre, mas outra fonte conhecedora do processo garantiu ao ECO que o processo de venda de Neves-Corvo está mesmo em fase de entrega de propostas ‘non-binding’ e espera-se que no prazo de duas a quatro semanas a Lundin Mining selecione uma short-list de candidatos.

Já depois de ter sido publicada a notícia do ECO, a Somincor confirmou, em comunicado, “a existência de contactos exploratórios de empresas interessadas na aquisição da operação mineira em Portugal”, justificando as manifestações de interesse com a “relevância internacional da operação da Somincor e do potencial produtivo existente, em compromisso com os trabalhadores, a região e o país.”

A Somincor adianta ainda que “já informou os seus colaboradores que a Lundin Mining está a avaliar a possibilidade de vender a sua posição nos ativos europeus”, acrescentando que “continuará a acrescentar valor na prospeção de minerais relevantes para a transição energética, que contribuem para o emprego, a qualidade de vida e o desenvolvimento local.”

Já há cerca de dois anos, a Lundin Mining estaria a avaliar a venda da exploração em Portugal, notícia que foi avançada, à data, pela Bloomberg. Neves-Corvo é a maior mina de Portugal, produz cobre e zinco e terá um resultado operacional da ordem dos 100 milhões de euros. Em agosto de 2022, a Bloomberg antecipava um valor de referência na casa dos mil milhões de euros para a venda da Somincor.

A mina de Neves-Corvo tem cinco grandes jazigos em produção (Neves, Corvo, Graça, Zambujal e Lombador). E de acordo com informação oficial da empresa, o processamento do minério em Neves-Corvo é feito através de duas lavarias. A Lavaria do Cobre processa aproximadamente por ano 2,6 milhões de toneladas de minério de cobre. A Lavaria do Zinco, que processa minério de zinco ou chumbo, tem capacidade de tratar anualmente cerca de 2.5 milhões de toneladas por ano. Mas, segundo a Bloomberg, a Somincor produziu cerca de 109 toneladas de zinco e 34 toneladas de cobre em 2023

A mina de Neves-Corvo está concessionada à Somincor, que, desde novembro de 2006, é subsidiária da Lundin Mining. A Somincor foi constituída em 24 de julho de 1980 após ter sido descoberto, em 1977, um depósito de sulfuretos contendo quantidades significativas de metais básicos, predominantemente cobre, estanho e zinco. Neves-Corvo é uma mina subterrânea onde existem cinco jazigos de sulfuretos maciços: Neves, Corvo, Graça, Zambujal e Lombador“, lê-se no sítio da empresa.

Em 2022 a faturação da Somincor apresentou uma queda face ao ano anterior, para 411 milhões de euros, e os lucros terão sido da ordem dos 13 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h50 com nova data para a entrega de propostas não vinculativas e às 16h20 com a confirmação da empresa sobre a existência de contactos exploratórios com empresas interessadas)

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TVI quer alcançar share de 5,2% em 2030 com o novo canal generalista

A concretizar-se, o novo canal generalista da Media Capital ficará num patamar idêntico ao que tem hoje a CMTV. A estimativa é que as receitas cresçam quase cinco vezes e os custos 24 vezes.

O novo canal generalista da TVI deve ter um share de audiência de 5,2% m 2030, antecipa a Media Capital. A estimativa faz parte do pedido de modificação de serviço de programas televisivos, entregue à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), e ao qual o +M teve acesso. Mais TVI é o nome, provavelmente ainda de trabalho, com o qual o grupo se refere ao novo canal.

De acordo com o documento, a TVI antecipa “um crescimento significativo de audiências após o alargamento do âmbito do Mais TVI, permitindo ao share de audiências crescer do atual nível, próximo dos 1,4%, até atingir um patamar superior aos 5% em 2030”, pode ler-se. A concretizar-se, o novo canal generalista da Media Capital ficará num patamar idêntico ao que tem hoje a CMTV.

“É nosso entendimento que o TVI-Ficção é visto atualmente por uma agregação de vários segmentos, de natureza distinta. A novela mais vista no canal continua a ser os “Morangos com Açúcar”, dirigida a um público entre os 13 e os 20 anos de idade, de ambos os sexos. Já as novelas que passam à noite na TVI têm como alvo principal as mulheres, que frequentemente são acompanhadas pelas suas famílias frente ao televisor. As novelas que passam às 23h tendem a ser mais vistas por pessoas mais idosas (mais de 55 anos), as das 22h tendem a ser mais abrangentes no que respeita à idade”, justifica o grupo.

“O MaisTVI pretende alargar o público-alvo do canal TVI-Ficção, agregando-lhe mais segmentos. A programação de desporto deverá atrair público com perfil adulto e mais masculino, a de entretenimento será vocacionada para as famílias”, acrescenta.

“Esse aumento de audiências permitirá à TVI incrementar o valor total das suas receitas de publicidade, direitos de sinal e de interatividade”, prossegue o grupo nas projeções financeiras. “É expetativa da TVI que a contribuição deste projeto para a rentabilidade do grupo caia em 2025 para depois crescer consistentemente até atingir níveis da ordem dos 40% das receitas“, concretiza

O MaisTVI contará com os recursos técnicos e humanos da TVI, mas o grupo considera que poderão ser necessários investimentos ao nível de recursos humanos, infraestrutura tecnológica, sistemas e estúdios. Assim, os custos vão evoluir dos 185 mil euros em 2023 para 1,2 milhões em 2024, 3,4 milhões em 2025 e 4,5 milhões em 2030, enquanto as receitas passam dos 1,7 milhões em e 2023 para os 2,2 milhões expectáveis em 2024, 3,4 milhões em 2025 e 7,9 milhões em 2030.

Ou seja, o grupo estima que as receitas incrementais cresçam a um ritmo médio de 24,5% ao ano, se comparamos com o TVI Ficção em 2023, e estimam que os custos aumentem a um ritmo médio anual de 58%. Se a comparação for com a operação em 2024, que já inclui estimativas de quatro meses do novo canal, as receitas incrementais vão evoluir a um ritmo de 23,7% ao ano e os custos a 24,2% ao longo dos próximos seis anos.

O novo canal terá um estúdio novo, “em uso quase exclusivo”, em Queluz de Baixo, e assegurará parte da sua emissão a partir dos estúdios da TVI e da CNN no Porto, explica a Media Capital.

O canal “tentará atrair e cativar a atenção de todos os Portugueses, independentemente do seu sexo, idade, raça ou ideologia” e a programação resultará de uma combinação de vários géneros, incluindo ficção, entretenimento, desporto e informação”, lê-se nas linhas orientadoras.

Na ficção, por comparação com a programação atual, “o MaisTVI trará novelas mais recentes e mais séries e novelas, algumas de produção externa ao grupo de que faz parte a TVI” e no entretenimento, “trará à programação atual mais concursos e passatempos, em parte recorrendo ao catálogo recente da TVI e noutra parte produzindo programas originais“.

No desporto, que é uma novidade do novo canal, “o Mais TVI dará mais animação à cobertura de eventos desportivos ao vivo, cobrirá mais modalidades desportivas e será mais imaginativo do que é hábito na Televisão Portuguesa no uso da temática de desporto em formatos de entretenimento“, escreve o grupo. Como adiantou o +M, o jornalista João Ricardo Pateiro, que deixou a TSF em maio, após quase três décadas na rádio ainda da Global Media, será um dos rostos da informação desportiva.

Por último, na informação, “apostará em breves apontamentos noticiosos distribuídos ao longo do dia, focados predominantemente sobre acontecimentos nacionais, a produzir pela mesma redação que hoje produz a CNN Portugal e os serviços noticiosos da TVI”. “O MaisTVI não terá a informação como elemento-chave da programação, pelo que não terá o seu horário nobre preenchido por programas de informação nem interromperá a sua programação com alertas informativos; os apontamentos noticiosos pretenderão apenas manter a audiência fiel do canal atualizada sobre acontecimentos nacionais”, concretiza a Media Capital, vincando neste ponto uma diferença significativa face à CMTV.

Quanto ao racional para a transformação do TVI Ficção em canal generalista, o grupo aponta a convicção de que “os serviços de programas de ficção serão os que mais irão sofrer desta tendência de migração das audiências para os serviços de vídeo-a-pedido”, pelo que a evolução tornará o canal “mais resistente à ameaça dos serviços de vídeo-a-pedido”.

As emissões experimentais no novo canal arrancam em agosto, provavelmente, e como já avançou o +M, coincidindo com o arranque dos jogos da Liga.

Apesar de apelidado de Mais TVI, o grupo explica que a requereu o registo “de duas potenciais marcas mistas que traduzem mais apropriadamente a linha de programação que ora se apresenta, e espera ter o registo de pelo menos uma delas aprovado até agosto”, data do pontapé de saída do novo canal.

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Louis Vuitton 37th America’s Cup e World Sailing anunciam “BCN Sotamar” como vencedora do seu projeto emblemático de sustentabilidade local

  • Servimedia
  • 16 Julho 2024

O projeto visa restaurar a biodiversidade marinha na praia de Sant Sebastià através da instalação de biótopos de betão no fundo do mar.

A Louis Vuitton 37th America’s Cup e a World Sailing apresentaram o projeto “BCN Sotamar” da BCN Port Innovation como o seu projeto emblemático de sustentabilidade local. Esta proposta inovadora visa restaurar a biodiversidade marinha na praia de Sant Sebastià através da instalação de biótopos de betão no fundo do mar. Estes biótopos proporcionarão um habitat adequado para a proliferação de várias espécies marinhas.

O projeto inclui também a instalação de recifes inteligentes tanto no L’Aquàrium del Port Vell como na America’s Cup Fan Zone. Estes recifes foram concebidos para educar e sensibilizar o público para a importância da biodiversidade marinha e para os esforços necessários para a sua conservação. A sua localização permitirá que tanto os visitantes do aquário como os participantes na America’s Cup interajam e aprendam sobre a vida marinha e os desafios ambientais que esta enfrenta.

O “BCN Sotamar” visa não só a recuperação do ambiente marinho, mas também a participação ativa da comunidade local e dos visitantes na conservação do meio marinho. Através de workshops educativos, atividades interativas e programas de voluntariado, o projeto promoverá um sentido de responsabilidade e de cuidado com o ambiente marinho.

Esta colaboração entre a America’s Cup, a World Sailing e a BCN Port Innovation sublinha o empenho destas organizações na sustentabilidade e na proteção do ambiente. A escolha de Barcelona como sede deste projeto não é uma coincidência, uma vez que a cidade tem demonstrado um forte compromisso com a sustentabilidade e a inovação nos últimos anos.

As entidades indicaram que o “BCN Sotamar” é um exemplo de como as grandes competições desportivas podem ter um impacto positivo no ambiente e nas comunidades locais. Ao integrar a sustentabilidade em toda a America’s Cup, os organizadores esperam inspirar outras cidades e eventos desportivos a adotar práticas semelhantes.

Grant Dalton, Diretor Executivo da America’s Cup Event (ACE), referiu-se à iniciativa: “A proposta da BCN Sotamar chamou a nossa atenção desde o início. Será um legado duradouro, bem como um importante indicador da biodiversidade marinha e da sustentabilidade para o futuro. Gostaríamos de agradecer à BCN Port Innovation pela melhoria contínua daquele que é um local perfeito para a 37ª Taça América Louis Vuitton e aos nossos parceiros da World Sailing pelo seu apoio a esta importante iniciativa.

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Grupo Gallo leva o seu novo caldo natural de marisco ao Concurso Internacional de Paella de Sueca, juntamente com especialistas mundiais

  • Servimedia
  • 16 Julho 2024

O Grupo Gallo levou a nova variedade de caldo natural de marisco Gallo, com 20% de camarão, ao Concurso Internacional de Paella de Sueca (Valência).

O evento realizou esta semana a semi-final da sua 63ª edição em Vinaròs (Valência), consolidando-se como o epicentro mundial da paella com a participação de mestres da paella da Europa, América e Japão.

Como o Grupo Gallo informou na terça-feira, a presença da nova variedade de caldo natural de marisco no evento tem como objetivo levar o produto e as suas qualidades a um grupo estratégico, como a Associação de Cozinheiros e Pasteleiros de Valência e a Federação de Cozinheiros e Pasteleiros de Espanha, que participam na organização do evento desde 1987. “Temos a certeza de que o produto que oferecemos é de alta qualidade e que coloca à disposição de todos um dos elementos-chave para garantir uma boa paella ou fideuá: um caldo que engloba todos os ingredientes e que cada mestre-cuca utiliza nas suas receitas”, explicou Adriana Blanch, Brand Manager do Grupo Gallo e responsável pela nova gama de caldos da marca.

Participantes, organizadores e visitantes puderam degustar fideuá “com ADN 100% Gallo” preparado pelo chef Carlos Miralles na tenda que a empresa montou no Paseo Marítimo. O chefe valenciano sublinhou que “a quantidade de camarões faz, sem dúvida, a diferença, tanto em termos de sabor, como de cheiro e cor. Percebe-se que estamos perante um produto feito com ingredientes naturais que dão origem a um caldo como o que se prepara em casa”. Durante a manhã, houve ainda uma degustação do caldo natural, dispensado diretamente dos frascos térmicos que a marca trouxe para o evento para garantir as qualidades do produto. A participação do Grupo Gallo no evento ficou completa com a contribuição de 20 quilos de macarrão que a organização utilizou para preparar a refeição de encerramento do evento, que contou com a presença de participantes e colaboradores.

O Grupo Gallo salientou que concebeu um caldo de marisco “versátil, porque dá um toque único a pratos como o fideuá e o arroz, mas também para sopas e guisados”. O novo caldo natural de marisco, que pretende dar resposta à crescente procura deste produto no mercado espanhol. Os caldos de peixe, paella/fideuá e fumet são a segunda variedade mais importante no mercado de caldos e representam 19% do mercado total, com um aumento de 4% no consumo em 2023 em relação ao ano anterior, de acordo com dados da empresa de consultoria Nielsen”. Da mesma forma, 81% das ocasiões de consumo de caldo de peixe, paella-fideua e fumet são para usos culinários, com 75% dos usos culinários focados na preparação de paella ou fideua, de acordo com dados do relatório Kantar Usage. Para responder a esta necessidade.

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Justiça é a instituição pública mais mal avaliada pelos portugueses

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

Inquérito aponta erros, lentidão e pressões sobre magistrados como principais problemas de um sistema que penaliza os mais pobres e minorias.

A Justiça é a instituição pública mais mal avaliada pelos portugueses, segundo um estudo divulgado esta terça-feira, que aponta erros, lentidão e pressões sobre magistrados como principais problemas de um sistema que penaliza os mais pobres e minorias.

São alguns dos resultados do inquérito feito pelo Instituto de Políticas Públicas e Sociais (IPPS) do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, integrado no relatório “O Estado da Nação e as Políticas Públicas 2024”, totalmente vocacionado para o sistema de Justiça.

De acordo com o estudo, “74% dos inquiridos consideram que a Justiça funciona ‘Mal’ ou ‘Muito Mal'”, uma avaliação que é a mais negativa feita pelos inquiridos sobre serviços ou estruturas públicas, abaixo do Parlamento, Governo ou Sistema Nacional de Saúde. “Pelo contrário, as polícias, as forças armadas e as câmaras municipais recebem avaliações positivas por parte da maioria dos inquiridos”, segundo o estudo.

Entre os inquiridos que avaliam negativamente a Justiça, a maior responsabilidade é atribuída aos juízes, procuradores e governos, numa escala que coloca os “cidadãos em geral” como os menos culpados dos problemas.

Numa avaliação mais detalhada ao sistema de Justiça, as considerações “menos positivas concentram-se no desempenho geral do sistema, incluindo rapidez, eficácia e eficiência”. A maioria dos inquiridos considera que os juízes e procuradores são vulneráveis e cedem a pressões com “muita” ou “alguma frequência” por parte da comunicação social (66%), grupos económicos e sociais (64%), do governo (60%), dos partidos da oposição (57%) e dos Presidentes da República (57%).

Sobre a possibilidade de os magistrados desempenharem outras funções e regressarem aos seus lugares, 41% defendem que esses juízes ou procuradores “deveriam ser impedidos de retornar à magistratura, ao passo que 43% defendem a implementação de um ‘período de nojo'”.

Numa avaliação dos últimos cinco anos, metade (48%) dos inquiridos considera que o funcionamento da justiça está igual, mas mais de um terço (38%) refere que o sistema “piorou” ou “piorou muito”. Já no que respeita ao futuro, os inquiridos não estão otimistas, com um quarto a antecipar mesmo uma maior degradação.

Quanto às respostas aos problemas, a maioria dos inquiridos (73%) “não acredita que algum partido político tenha melhores respostas que os outros para os problemas da justiça”.

Entre os inquiridos, são mais pessimistas os mais velhos, os que têm menos instrução e os que já têm algum tipo de contacto prévio com o sistema judicial”. Contudo, os autores não detetaram uma “relação significativa” entre as respostas e o posicionamento ideológico dos entrevistados, embora exista “uma tendência para que os inquiridos de direita considerem que o sistema faz mau uso dos recursos disponíveis”. O inquérito envolveu 1.207 inquiridos, com uma margem de erro de 2,8%.

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OPPO e Ericsson chegam a acordo de colaboração global para o licenciamento cruzado de patentes 5G

  • Servimedia
  • 16 Julho 2024

A empresa tecnológica chinesa OPPO chegou a um acordo de colaboração global com a Ericsson para o licenciamento cruzado de patentes, que inclui também a cooperação técnica e a expansão do mercado.

O chefe de Propriedade Intelectual da OPPO, Feng Ying, expressou a satisfação da sua empresa com o acordo com a Ericsson, que “reflete o reconhecimento e o respeito mútuos pela propriedade intelectual de cada um e estabelece uma base sólida para a nossa colaboração”. Referiu ainda que o objetivo da OPPO é “resolver os litígios em matéria de propriedade intelectual entre licenciantes e licenciados através de uma negociação amigável, com respeito mútuo pelo valor das patentes”.

A OPPO sublinha o seu investimento a longo prazo em investigação e desenvolvimento desde a sua criação há quase 20 anos. Até 31 de março de 2024, apresentou mais de 101.000 pedidos de patentes em todo o mundo, 91% das quais são patentes de utilidade, das quais 55.000 foram concedidas. De acordo com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), a OPPO ficou em nono lugar no mundo em pedidos de patentes apresentados ao abrigo do Tratado de Cooperação em matéria de Patentes (PCT) em 2023.

Além disso, em 30 de junho de 2024, a empresa registou 6.200 famílias de pedidos de patentes globais para normas de comunicação 5G em mais de 40 países e regiões. Também declarou mais de 3.700 gamas 5G ao Instituto Europeu de Normas de Telecomunicações (ETSI) e submeteu mais de 12.000 documentos de normas ao Projeto de Parceria de Terceira Geração (3GPP). De acordo com o “Global 5G Standard-Essential Patents and Standard Proposal Study Report (2023)” da Academia Chinesa de Tecnologias de Informação e Comunicação (CAICT) e o “Global 5G Standard-Essential Patent Strength Report” publicado pela IPlytics em outubro de 2023, a OPPO está entre as primeiras a nível mundial em termos de força de patentes 5G.

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Instituto Coordenadas conclui que Marrocos está cada vez mais presente e tem mais peso “no mundo avançado”

  • Servimedia
  • 16 Julho 2024

Marrocos está cada vez mais presente e influente “no mundo avançado”, segundo uma análise do Instituto Coordenadas por ocasião do 25º aniversário da coroação de Mohammed VI.

Segundo o Instituto Coordenadas, nesta análise, “Mohammed VI enfrentou, sem dúvida, com facilidade, desafios importantes nos últimos 25 anos. A nível político, o maior sucesso foi provavelmente a preservação da estabilidade do país. Muitos académicos acreditam que a monarquia ajudou Marrocos a evitar as revoluções populares que abalaram o mundo árabe em 2010-2012. Com efeito, Marrocos evitou os tumultos associados a esses protestos populares que provocaram uma grande crise em muitos países da região, especialmente na Tunísia, no Egipto e na Líbia”. Neste contexto, o rei reformou a Constituição, “o que conduziu, entre outras coisas, a uma redução dos poderes da Casa Real a favor do Presidente como chefe do poder executivo. Os representantes eleitos também passaram a ter maiores atribuições. O Rei, no entanto, continua a representar o pináculo do sistema. É o chefe das forças armadas, a mais alta autoridade judicial e tem o poder constitucional de dissolver o parlamento”.

“Uma das principais preocupações da monarquia tem sido melhorar a eficácia institucional e mudar a mentalidade dos funcionários públicos. Mohamed VI promoveu uma verdadeira revolução tridimensional no setor que consistiria numa revolução para a simplificação, uma revolução para a eficácia e uma revolução para a moralização. A modernização da gestão dos assuntos públicos incluiu a introdução de mudanças nos estilos de desempenho e um apelo à criatividade”, acrescenta.

MONARQUIA

O Instituto Coordenadas sublinha que “a paisagem política marroquina mudou muito durante o reinado de Mohammed VI. A classe política originária do século XX, consciente da sua influência e popularidade em declínio, enfrentou o desafio de se adaptar aos novos tempos. A principal formação que se impôs nestes anos foi o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (PJD), de cariz islamista, conservador em matéria religiosa e política e ligeiramente reformista em matéria social”.

“Como resultado das reformas patrocinadas pela monarquia, nas primeiras eleições após a eclosão da primavera Árabe, o PJD venceu, embora tenha precisado de se aliar a quatro outros partidos para governar. A inexperiência do PJD, a sua coabitação no governo com partidos rivais e as contínuas divergências com o Palácio fizeram descarrilar o projeto islamista “light”. Esta evolução acentuou a autoridade do rei que, apoiado por um núcleo de conselheiros escolhidos por ele próprio, atuou como um eixo moderador e estabilizador”, acrescenta.

Por outro lado, Mohammed VI soube interpretar as prioridades da Europa, “da qual Marrocos sempre dependeu economicamente. Marrocos é o gendarme das fronteiras meridionais, contendo a emigração, e tem cooperado estreitamente em matéria de luta antiterrorista, o que serviu para vigiar os jihadistas de origem marroquina. Com estes dois trunfos e a oferta de um ambiente de investimento seguro, Mohammed VI soube gerir e maximizar as expectativas.

DESAFIO TERRITORIAL

De acordo com esta análise do Instituto Coordenadas, “a monarquia avançou também no reconhecimento da propriedade marroquina do Sara, que combinou com uma política de ‘mão estendida para a Argélia’, num contexto de tensão entre os dois países devido a divergências sobre esta questão. A defesa da unidade nacional e da integridade territorial é uma constante que qualquer governo não pode ignorar. Nem poderia estar ausente em Rabat. As conquistas alcançadas a este respeito, tanto no seio das Nações Unidas como a nível africano e europeu, são o resultado de uma mobilização inteligente a todos os níveis. A este respeito, a posição de Marrocos sobre o seu empenhamento sincero no processo político, exclusivamente sob os auspícios das Nações Unidas, é inabalável. Por outro lado, a sua convicção de princípio é clara no que diz respeito à única via para a solução desejada, que só se realizará no quadro da soberania total de Marrocos e no quadro da iniciativa de autonomia”.

Além disso, afirma que Marrocos enfrenta um certo número de desafios importantes na via do desenvolvimento e da estabilidade. Entre os desafios mais importantes, o documento cita os desafios económicos, sociais, políticos e ambientais. “Na frente económica, apesar do notável crescimento económico das últimas décadas, Marrocos continua a procurar diversificar a sua economia, impulsionando setores como a indústria e o turismo, embora estes esforços enfrentem obstáculos como a concorrência internacional e a necessidade de infraestruturas mais desenvolvidas. A economia é fortemente dependente da agricultura, que é vulnerável às variações climáticas.

“A nível social”, acrescenta, ”a disparidade entre as zonas urbanas e as zonas rurais é impressionante. As zonas rurais sofrem de pobreza, falta de acesso a serviços básicos, como a saúde e a educação, e desenvolvimento limitado das infraestruturas. Esta disparidade contribui para a migração interna para as cidades, o que, por sua vez, exerce pressão sobre os serviços urbanos e agrava os problemas de habitação e de emprego nas cidades. No plano político, Mohamed VI promoveu importantes reformas políticas, que terão de ser prosseguidas a fim de melhorar continuamente a governação e a democracia, facilitando uma maior participação política e transparência.

O Presidente da Comissão Europeia sublinha igualmente que as alterações climáticas representam um desafio considerável para Marrocos, afetando a sua agricultura, os seus recursos hídricos e a sua biodiversidade. “O país está a tomar medidas para promover as energias renováveis, como a solar e a eólica, mas deve equilibrar estes esforços com o crescimento económico e a procura de recursos.

Por último, defende que “a melhoria do sistema educativo é crucial para o desenvolvimento de Marrocos. Apesar dos progressos, persistem problemas como a qualidade do ensino, a falta de formação técnica e profissional adequada e as taxas de abandono escolar, especialmente nas zonas rurais. Em suma, Marrocos enfrenta uma série de desafios interligados que exigem uma abordagem global e sustentada. As soluções devem ter em conta não só o crescimento económico, mas também a inclusão social, a governação democrática e a sustentabilidade ambiental. O Rei Mohammed VI continuará a desempenhar um papel determinante na modernização do país.

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Hoje nas notícias: Justiça, Segurança Social e Secil

  • ECO
  • 16 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Um estudo de opinião revela que 74% dos inquiridos considera que a Justiça funcional “mal” ou “muito mal”. A Provedora de Justiça alerta que a Segurança Social tem pedido aos contribuintes o pagamento de juros, mesmo quando é ela própria que se atrasa. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Justiça funciona mal e a culpa é dos juízes, procuradores e governos

Quase três quartos (74%) dos inquiridos num estudo de opinião sobre o estado atual da Justiça, feito para o Instituto para as Políticas Públicas e Sociais (IPPS) do ISCTE, considera que a Justiça funciona “mal” ou “muito mal”. E responsabilizam, pela seguinte ordem, os juízes, os procuradores do Ministério Público e os governos, com a maioria das 1.207 pessoas inquiridas a avaliar que o sistema piorou ou ficou na mesma na última meia década. Só o Serviço Nacional de Saúde (SNS) se aproxima mais da Justiça nas avaliações negativas (67%).

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Segurança Social pede juros por atrasos seus

O sistema informático do Instituto da Segurança Social (ISS) aplica juros de forma automática, “mesmo quando o atraso nas contribuições a pagar é da responsabilidade da Segurança Social”, alerta o relatório da Provedora de Justiça relativo a 2023. A dívida de juros, segundo o documento, é anulada “apenas mediante reclamação” e sua apreciação, num processo “muitas vezes moroso”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Secil pede em tribunal reembolso de 2,8 milhões da taxa de Serviço Rodoviário

A Secil deu entrada no Tribunal Tributário de Lisboa com uma ação contra a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), pedindo um reembolso de cerca de 2,8 milhões de euros pela Contribuição de Serviço Rodoviário, que foi declarada ilegal pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE). A cimenteira do grupo Semapa junta-se, assim, à lista das empresas com consumo elevado de combustíveis que têm vindo a recorrer à Justiça para recuperar o valor da taxa — que, apesar de ter sido suportada pelas gasolineiras, foi repercutida no preço cobrado por estas ao consumidor final.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

Gás regulado é o mais barato há dois anos. Acaba em 2025

Desde o primeiro trimestre de 2022 que mudar do mercado regulado de gás para o liberalizado não gera poupança para os consumidores. Face ao fim das tarifas reguladas a partir do próximo ano, a Autoridade da Concorrência reitera o pedido para que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) encontre “medidas alternativas” de proteção face aos custos mais elevados da energia.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Dois consórcios luso-espanhóis na luta por dessalinizadora do Algarve

As empresas Transwater e Cimontubo, aliadas à espanhola Tedagua, concorrem à obra da dessalinizadora que será construída no Algarve até 2026, numa corrida que conta também com a Aquapor, em parceria com o grupo espanhol GS Inima. Os dois consórcios luso-espanhóis deverão ser os únicos na corrida, visto que, há dias, a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, disse no Parlamento que existem apenas duas candidaturas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

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Portugal foi o 8.º país da UE que mais beneficiou do financiamento da coesão do grupo BEI

Financiamento da coesão para Portugal correspondeu a mais de 1,4 mil milhões de euros em 2023, com destaque para o empréstimo de 60 milhões de euros ao Porto de Leixões.

Portugal foi o oitavo país da União Europeia (UE) que beneficiou de mais financiamento da coesão pelo grupo Banco Europeu de Investimento (BEI) em 2023. De acordo com o relatório do BEI sobre a atividade e compromisso do grupo com a coesão em 2023, divulgado esta terça-feira, o financiamento da coesão para Portugal correspondeu a mais de 1,4 mil milhões de euros em 2023.

O relatório revela que que o grupo BEI, que reúne o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Fundo Europeu de Investimento (FEI), no ano passado, os financiamentos do grupo destinados a projetos nas zonas mais pobres da União Europeia (UE), as chamadas regiões de coesão, cifrou-se em 36,2 mil milhões de euros, representando 47% dos empréstimos concedidos e dos investimentos efetuados pelo grupo nesta região no ano passado.

Entre os países que mais beneficiaram encontram-se França, Espanha e Polónia, enquanto no fim da tabela estão a Irlanda, Letónia e Áustria.

Fonte: Relatório do Banco Europeu de Investimento sobre a atividade e compromisso do Grupo com a coesão em 2023

Segundo o relatório, os empréstimos concedidos apenas pelo BEI no domínio da coesão ascenderam a 29,8 mil milhões de euros (45,1% do total dos compromissos de financiamento assumidos pela UE, ultrapassando a meta de 42 % fixada pelo Banco).

Das 145 regiões de coesão da União Europeia, 67 são classificadas como regiões em transição e 78 como regiões menos desenvolvidas, situando-se estas últimas sobretudo na Europa Central e Oriental, bem como em Portugal, na Grécia e nas regiões do sul de Itália e de Espanha, destaca o grupo.

Portugal beneficiou de novos compromissos financeiros assumidos pelo grupo BEI de 2,1  mil milhões de euros, o que representa um aumento de mais de 25% em relação ao ano anterior. Destes, 66% foram destinados ao financiamento da coesão.

Entre outros investimentos, “o BEI concedeu um empréstimo de 60 milhões de euros ao Porto de Leixões para melhoria das acessibilidades marítimas através do aprofundamento do canal de acesso e do prolongamento do quebra-mar”, recorda. O projeto, localizado numa região de coesão da UE, tem como objetivo melhorar o transporte de pessoas e mercadorias, garantir o acesso a empregos e serviços e fomentar o comércio e o crescimento económico.

“A coesão social e territorial está no cerne da missão do Grupo BEI e é uma das nossas principais prioridades estratégicas”, afirmou a presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño, citada em comunicado. A sucessora de Werner Hoyer realçou que “embora o talento esteja distribuído de forma equitativa, as oportunidades não estão”.

O relatório revela ainda que os empréstimos concedidos pelo BEI no domínio da coesão em 2023 atingiram “um máximo histórico nos 65 anos de existência do banco”, com um aumento do financiamento destinado às pequenas e médias empresas (PME) e às empresas de média capitalização.

“O apoio à ação climática e à sustentabilidade ambiental correspondeu a 60 % do total dos compromissos nas regiões da coesão. No ano passado, os cinco países que mais beneficiaram desse apoio foram a França, a Espanha, a Polónia, a Itália e a Grécia”, refere.

Por seu lado, os compromissos assumidos pelo FEI em 2023 em matéria de garantias de crédito e de investimentos em capital de risco e participações privadas nas regiões da coesão ascenderam a 6,8 mil milhões de euros, isto é, 49 % do total dos seus compromissos na UE, tendo Roménia, Bulgária e Polónia sido os principais beneficiários.

“É fundamental garantir a competitividade e a coesão em toda a UE para construir um futuro inclusivo, mas também para fortalecer a posição da UE no plano internacional”, afirmou a diretora-geral do FEI, Marjut Falkstedt, citada em comunicado.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 16 de julho

  • ECO
  • 16 Julho 2024

Ao longo desta terça-feira, 16 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Metsola procura reeleição num Parlamento fragmentado e com eurodeputados “eleitos para destruir”

Presidente maltesa tem caminho livre para um segundo mandato em Estrasburgo, mas admite que será uma presidência difícil numa altura de grandes tensões geopolíticas e um Parlamento fragmentado.

Depois de António Costa ter conseguido a confirmação de que será o próximo presidente do Conselho Europeu, será a vez dos restantes candidatos aos cargos de topo passarem no teste. A primeira será Roberta Metsola para o cargo de presidente do Parlamento Europeu, uma recandidatura que ao contrário da de Ursula von der Leyen, para a presidência da Comissão Europeia, não enfrenta grandes entraves entre os eurodeputados sobretudo da bancada socialista que terá direito à segunda metade da presidência no Parlamento, embora ainda não se saiba quem seria o sucessor.

Embora a reeleição por mais dois anos e meio seja previsível, não deverá ser alcançada com o mesmo resultado de 2022. Na altura, a maltesa Roberta Metsola Tedesco Triccas, que assumiu o cargo de forma interina na sequência do falecimento do anterior presidente David Sassoli, foi eleita com 458 votos dos 705 eurodeputados, em Estrasburgo. Mas já não deverá ser assim com a nova composição do Parlamento Europeu, que toma possa esta terça-feira.

A questão que pode subsistir são dois fatores: um grande número de novos eurodeputados, que são menos previsíveis, e um grande número de de eurocéticos, que terão tendência a complicar as coisas“, antecipa ao ECO Paulo Sande, especialista em assuntos europeus e ex-conselheiro da Presidência da República.

Este ano, o número de eurodeputados no Parlamento Europeu voltou a aumentar. São agora 720. O PPE continua a ter a maior bancada, ocupando 188 lugares no Parlamento Europeu e a segunda ainda é a da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), da família europeia do PS, que conta com 136 eurodeputados. Mas os liberais deixaram de ocupar o terceiro lugar, passando para quinto com 76 eurodeputados, depois de terem sido substituídos pelos recém constituídos Patriotas da Europa, com 84 eurodeputados. Logo atrás, surgem os Conservadores e Reformistas Europeus com 78.

Os Verdes ocupam uma bancada composta por 53 lugares. Já o grupo da Esquerda elegeu 46 representantes nas últimas eleições. O grupo mais pequeno, com 25 eurodeputados, é o da nova família de extrema-direita, a Europa das Nações Soberanas. De fora, continuam 33 eurodeputados que permanecem sem filiação política.

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Esta alteração na composição do Parlamento Europeu, não é, porém, “substancial”, garante José Filipe Pinto.

“Mesmo com o surgimento destes novos grupos populistas culturais e identitários, que resulta, em parte, do esvaziamento do Identidade e Democracia (ID), continuamos a ter um Parlamento controlado pelo PPE, S&D e liberais, ainda que [o Renovar Europa] tenham descido nas eleições. Continuam a fazer parte do pacote”, explica ao ECO o politólogo e professor catedrático de Relações Internacionais na Universidade Lusófona. “Não vejo dificuldades em Metsola ser eleita, mas pode haver uma diferença no número de votos“, acrescenta.

Para garantir a eleição, Metsola precisa de uma maioria de 361 votos, não sendo permitido que os eurodeputados se abstenham de apresentar o seu sentido de voto, que é secreto. Os dois grupos políticos que ocuparão a presidência do Parlamento somam 324 votos, mas juntando os liberais sobem para 400 votos.

“À partida não haverá grandes dificuldades porque [Metsola] vem de um país pequeno, fez uma boa presidência e não criou anticorpos”, analisa Pedro Sande.

Mesmo que um segundo mandato seja expectável, a maltesa de 45 anos admite que a próxima legislatura será “muto diferente da anterior”, salientando que, nas últimas eleições, “muitas pessoas foram eleitas para destruir” o que foi feito até agora.

Não será um mandato fácil“, admitiu a presidente maltesa durante uma reunião do Comité Económico e Social Europeu (CESE), que decorreu na semana passada. Isto sem falar das crises em curso, que continuam: a guerra na Ucrânia, o conflito no Médio Oriente e as tensões comerciais com a China.

A maioria pró-europeia pode manter-se, mas precisamos de respostas coletivas em matéria de segurança, crescimento, políticas contra os elevados custos da habitação. Se não conseguirmos responder a estes desafios, os cidadãos sentir-se-ão tentados a voltar-se para os extremistas.

Roberta Metsola

A votação de Roberta Metsola para a presidência do Parlamento Europeu decorre esta terça-feira numa sessão em que serão também votados os vice-presidentes. Portugal não terá candidatos, ao contrário do ano passado, altura em que Pedro Marques Pereira foi um dos 14 vices, em Estrasburgo. A semana ficará marcada também pela votação de Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia.

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Governo quer 250 novos Espaços Cidadão em locais onde atualmente não existem

  • Lusa
  • 16 Julho 2024

O Governo quer aumentar a rede de Espaços Cidadão para 1.143 até ao segundo semestre de 2026, chegando a novos locais onde não há ainda serviços públicos

O Governo prevê aumentar em 250 a atual rede de Espaços Cidadão até ao segundo semestre de 2026, chegando a novos locais onde não há ainda serviços públicos, e atingir um total de 1.143.

Esta expansão será feita na rede consular, nos hospitais nacionais, nas instituições de Ensino Superior e nas autarquias, segundo o ministério da Juventude e Modernização.

O primeiro Conselho de Ministros dedicado à Transição Digital e Modernização irá decorrer esta terça-feira de manhã e pretende concretizar passos “determinantes e ambiciosos” para um atendimento público assente em quatro eixos: atendimento público mais articulado; atendimento público mais flexível; atendimento público mais simples; e atendimento público para todas as pessoas.

De acordo com o Ministério da Juventude e Modernização, é compromisso deste Governo “o de assegurar o acesso aos serviços públicos, independentemente do local onde residem ou do seu idioma” a todos os cidadãos e empresas.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “ajudará a alavancar a estratégia de expansão do atendimento” e “até ao segundo semestre de 2026, prevemos aumentar em 250 Espaços a atual rede de Espaços Cidadão, alargando a rede existente e chegando a novos locais onde não há serviços públicos, e atingindo um total de 1.143 Espaços Cidadão“, refere o ministério liderado por Margarida Balseiro Lopes.

A rede consular conta atualmente com quatro cidades com Espaço Cidadão – Londres, Paris, Bruxelas e São Paulo. “Pretende-se alargar este serviço de proximidade aos portugueses que residem em cidades europeias como Berlim, Luxemburgo, Zurique, Genebra, Madrid e Barcelona, mas também chegando aos portugueses que residem em Boston, Toronto e Luanda”, refere o ministério.

No que respeita aos hospitais nacionais, “o Governo está em contacto com diversos presidentes dos Conselhos de Administração de Unidades Locais de Saúde e Institutos Portugueses de Oncologia, e recebeu resposta positiva de mais de 20 unidades”.

Já nas instituições de Ensino Superior, o Governo vai avaliar o alargamento da rede a Universidades e Politécnicos. A assinatura do primeiro protocolo será feita esta terça-feira, dia do Conselho de Ministros para a Transição Digital e Modernização, com a Universidade Nova.

Relativamente às autarquias, que são “atuais parceiros e essenciais para a continuidade do alargamento do serviço de proximidade”, além dos quatro consulados, atualmente os Espaços Cidadão “estão distribuídos por 231 municípios”.

Os Conselhos de Ministros dedicados a estas temáticas ocorrerão trimestralmente, refletindo não só a aposta estratégica do Governo com a transformação digital de Portugal, assegurando a sua aceleração sem deixar ninguém para trás, como também o compromisso com a modernização, simplificação e desburocratização do relacionamento dos cidadãos e das empresas com a Administração Pública, remata o ministério.

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