Novo aeroporto. Governo e ANA fazem primeira visita técnica ao Campo de Tiro de Alcochete

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

A visita da ANA e do Governo foi também acompanhada por “elementos da Força Aérea responsáveis por aquela instalação militar”.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) e a ANA – Aeroportos realizaram esta quinta-feira a primeira visita técnica ao Campo de Tiro de Alcochete para avaliar as condições do terreno escolhido para a localização do novo aeroporto de Lisboa.

No comunicado, a tutela disse que “acompanhou, com três técnicos especialistas, a primeira visita técnica, realizada hoje, ao Campo de Tiro de Alcochete, com vista a avaliar as condições do terreno e o cumprimento dos pressupostos definidos na Resolução do Conselho de Ministros n.º 66/2024, que definiu a localização e desenvolvimento do novo aeroporto de Lisboa naquele local”.

Segundo o MIH, a “visita foi realizada a pedido da concessionária ANA Aeroportos, que esteve também presente, no quadro dos compromissos estabelecidos no Contrato de Concessão de Serviço Público Aeroportuário nos Aeroportos situados em Portugal Continental e na Região Autónoma dos Açores”, que foi celebrado, em 2012, entre o Estado Português e a concessionária.

A visita foi também acompanhada por “elementos da Força Aérea responsáveis por aquela instalação militar”, destacou a tutela, lembrando que “a construção de um novo aeroporto na região de Lisboa foi objeto de discussão nos últimos 50 anos, por ser considerado um investimento estratégico essencial para impulsionar o desenvolvimento económico do País”.

O MIH recordou que foram apresentadas, ao longo dos anos, “cerca de 15 possíveis localizações, sem que tenha sido tomada qualquer decisão definitiva”.

O Governo, tendo por base no relatório da Comissão Técnica Independente, constituída pelo anterior Executivo, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 89/2022, de 14 de outubro, “para avaliar as opções estratégicas para aumentar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa, decidiu, em 14 de maio, que a instalação do Novo Aeroporto de Lisboa – Luís de Camões, será no atual Campo de Tiro de Alcochete”.

“De acordo com a solicitação formalmente enviada pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação à ANA a 17 de junho, a concessionária tem seis meses para produzir o Relatório Inicial (‘High Level Assumption Report’) sobre o desenvolvimento da capacidade aeroportuária para Lisboa”, referiu.

No final de maio, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, anunciou que as negociações com a Vinci/ANA para a construção do aeroporto Luís de Camões começariam nos dias seguintes. Em meados do mesmo mês, o Governo tinha aprovado a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI).

O Campo de Tiro da Força Aérea, também conhecido como Campo de Tiro de Alcochete (pela proximidade deste núcleo urbano), fica maioritariamente localizado na freguesia de Samora Correia, no concelho de Benavente (distrito de Santarém), tendo ainda uma pequena parte na freguesia de Canha, já no município do Montijo (distrito de Setúbal).

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Prémio Gulbenkian para a Humanidade atribuído a três pioneiros da agricultura sustentável

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

O programa "Andhra Pradesh Community Managed Natural Farming" da Índia, o professor indiano Rattan Lal, e a organização SEKEM, do Egito, são os vencedores do Prémio Gulbenkian para a Humanidade.

O Prémio Gulbenkian para a Humanidade, no valor de um milhão de euros, foi esta quinta-feira atribuído a três pioneiros da agricultura sustentável e distribuído em partes iguais por pessoas e instituições da Índia, Egito e Estados Unidos.

Com o júri a salientar a importância de uma alimentação de qualidade num contexto de aquecimento global e fenómenos climáticos extremos que afetam a segurança alimentar mundial, o prémio destaca como importante a diversidade de soluções no âmbito de uma agricultura sustentável, distinguindo contributos para a segurança alimentar, resiliência climática e proteção de ecossistemas.

Irão receber o prémio, o programa “Andhra Pradesh Community Managed Natural Farming” da Índia, o professor Rattan Lal, natural da Índia mas que vive nos Estados Unidos, e a organização SEKEM, do Egito. A agricultura sustentável caracteriza-se por usar processos naturais na produção, respeitando a natureza e os solos e as práticas antigas, não usando por exemplo produtos químicos como pesticidas ou fertilizantes.

Quando não são usados produtos químicos que prejudicam a saúde humana e o meio ambiente diz-se que essa agricultura sustentável é biológica, ou orgânica. A agricultura biodinâmica é semelhante e todas se caracterizam pelo uso de meios amigos da natureza.

O júri do Prémio Gulbenkian para a Humanidade, presidido pela antiga chanceler alemã Angela Merkel, selecionou os três nomeados, diz a Gulbenkian, “como reconhecimento da complementaridade do seu trabalho e a necessidade tanto de investigação científica como de aplicações práticas para a agricultura sustentável”.

“Andhra Pradesh Community Managed Natural Farming” (APCNF) é um programa que apoia pequenos agricultores, especialmente mulheres, na transição para uma agricultura natural, lançado em 2016 pelo governo do estado indiano de Andhra Pradesh, na costa sudeste da Índia.

O APCNF é considerado o maior programa de agroecologia do mundo, envolvendo mais de um milhão de pequenos agricultores e 500.000 hectares. Permite aos agricultores mais produtividade e mais rendimentos, gera benefícios ambientais e sociais e sequestra mais carbono no solo, revertendo a degradação e a erosão e ao mesmo tempo reduzindo a temperatura e aumentando a biodiversidade.

Nos próximos 10 anos o programa pretende chegar a oito milhões de agregados familiares de agricultores que vivem em Andhra Pradesh. O modelo já está a ser incubado em 12 estados da Índia e será introduzido, ainda este ano, em cinco outros países. Rattan Lal é um cientista natural da Índia, professor de Ciência do Solos na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos. É pioneiro na abordagem à agricultura centrada no solo, que harmoniza a produção alimentar com a preservação ecológica e a mitigação das alterações climáticas.

Os seus métodos têm demonstrado, a nível global, a interligação entre a saúde dos solos e o bem-estar ambiental e humano, bem como a importância de promover a segurança alimentar em paralelo com a conservação dos recursos naturais, contribuindo para desenvolver o conhecimento na área da agricultura sustentável e da resiliência climática.

A organização egípcia SEKEM é uma plataforma de organizações não-governamentais que promovem abordagens abrangentes no combate às alterações climáticas e que foi criada há quase 50 anos numa região desértica do Egito e focada na agricultura biodinâmica, regenerando o solo árido com o envolvimento da comunidade local.

A principal iniciativa da SEKEM é a Associação Biodinâmica Egípcia (EBDA), a maior associação de agricultores independentes do Egito, que dá apoio na transição de modelos agrícolas convencionais para modelos regenerativos, o que promove o desenvolvimento rural. A EBDA já apoiou mais de 5.000 agricultores e converteu mais de 12.000 hectares. O júri avaliou 181 candidaturas de 117 nacionalidades, o maior número de sempre. O prémio de 2024, segundo a Fundação Gulbenkian, evidencia como os desafios climáticos são interdependentes e conduzem a crises sistémicas interligadas.

As alterações climáticas estão a agravar a perda de biodiversidade, a aumentar os fenómenos climáticos extremos e a levar à degradação dos recursos, perturbando os sistemas alimentares e a saúde humana. A agricultura contribui para as alterações climáticas através das emissões de carbono, da degradação dos solos e dos recursos hídricos, e da perda de biodiversidade.

Angela Merkel salienta que as alterações climáticas põem em perigo a segurança alimentar mundial, um desafio para os agricultores, e os vencedores, diz, mostram como “os sistemas alimentares sustentáveis podem contribuir para a resiliência climática.” O Prémio Gulbenkian para a Humanidade é uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e distingue indivíduos e organizações que contribuem para enfrentar o maior desafio atual da humanidade: as alterações climáticas e destruição da natureza.

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Paris2024: Jogos Olímpicos batem recorde de venda de bilhetes

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

"Era um recorde detido pelos Jogos de Atlanta, em 1996, com 8,3 milhões de bilhetes. Nós ultrapassámos essa marca há já algum tempo. Vendemos 8,6 para os Olímpicos". disse o presidente do Comité.

Paris2024 estabeleceu um novo recorde de venda de bilhetes para os Jogos Olímpicos, com 8,6 milhões de ingressos vendidos, batendo Atlanta1996, revelou esta quinta-feira o presidente do Comité Organizador à agência noticiosa AFP. “Era um recorde detido pelos Jogos de Atlanta, em 1996, com 8,3 milhões de bilhetes. Nós ultrapassámos essa marca há já algum tempo. Vendemos 8,6 para os Olímpicos, mais um milhão para os Paralímpicos”, indicou.

À AFP, Tony Estanguet explicou que não existe nenhum ranking oficial ou dados fiáveis sobre o número de bilhetes vendidos nas anteriores edições dos Jogos Olímpicos, estando esses dados apenas na posse do Comité Olímpico Internacional. “Aliás, foram eles que nos avisaram [do recorde]”, confidenciou.

Os organizadores de Paris2024 preveem vender 10 milhões de bilhetes para os Jogos Olímpicos, que decorrem entre 26 de julho e 11 de agosto, e 2,8 para os Jogos Paralímpicos, agendados entre 28 de agosto e 08 de setembro.

“A boa notícia é que colocaremos ainda à venda um certo número de bilhetes em diversas modalidades. Há boas oportunidades a diferentes preços, quer para os Jogos Olímpicos, quer para os Paralímpicos, e para as cerimónias de abertura e encerramento”, referiu.

Estanguet mostrou-se orgulhoso pelo recorde de vendas, mas notou que este pode ainda ser reforçado.

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NAV entregou dividendo extra ao Estado pela primeira vez em 2023

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

"A administração, aquando a aprovação de contas faz uma proposta, mas quem decide a aplicação dos resultados é o acionista", sublinhou o presidente da NAV.

O presidente da NAV Portugal, Pedro Ângelo, sinalizou que, do seu conhecimento, foi em 2023 a primeira vez que a empresa fez uma distribuição extraordinária de resultados. “Não tenho conhecimento que no passado tenha ocorrido uma distribuição extraordinária”, apontou Pedro Ângelo, numa audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Esta distribuição extraordinária foi pedida pelo Ministério das Finanças, então liderado por Fernando Medina, em dezembro de 2023, sendo que na altura o montante pedido foi de 50 milhões de euros. Perante este pedido, a NAV verificou as reservas acumuladas que tinha disponíveis e comprometeu-se a dividendos extraordinários de 19,6 milhões de euros.

A distribuição ocorreu em 28 dezembro e, questionado sobre se esta operação devia ter sido realizada, Pedro Ângelo defendeu que, “é uma competência do acionista” à qual não se deve imiscuir. “A administração, aquando a aprovação de contas faz uma proposta, mas quem decide a aplicação dos resultados é o acionista”, sublinhou o responsável.

Já para este ano, a proposta de aplicação de resultados pela administração é de “uma distribuição de 50% do resultado líquido”, que deverá ascender a cerca de 8,7 milhões de euros, apontou Pedro Ângelo.

Esta audição, a par com outras duas ao ex-presidente da Águas de Portugal e à presidente da Casa da Moeda, foram pedidas pelo CDS-PP, tendo em conta os dividendos extraídos destas empresas públicas e o seu impacto na redução da dívida pública, um tema que consta da análise feita pela UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental).

O documento do organismo liderado por Rui Baleiras classificou a redução da dívida pública como “artificial”, alertando que “a obrigação de servir a dívida detida por entidades públicas permanece para os contribuintes”.

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Construção critica novas regras para estrangeiros. “Aumenta a rigidez e a morosidade dos processos de legalização”

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

A alteração “aumenta a rigidez e a morosidade dos processos de legalização, exacerbando a escassez de mão de obra qualificada", avisa Manuel Reis Campos.

O setor português da construção está a enfrentar “dificuldades acrescidas” na contratação de trabalhadores estrangeiros desde as recentes alterações à lei de estrangeiros, que a associação setorial diz aumentarem “a rigidez e a morosidade” dos processos de legalização.

“Com as recentes alterações à lei de estrangeiros, particularmente a revogação do mecanismo de manifestação de interesse, estamos já a enfrentar dificuldades acrescidas na contratação de trabalhadores estrangeiros”, afirmou o presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) e da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

Segundo Manuel Reis Campos, num setor onde a falta de trabalhadores já era “um problema crítico”, com défice estimado de 80.000 profissionais, esta alteração “aumenta a rigidez e a morosidade dos processos de legalização, exacerbando a escassez de mão de obra qualificada”.

Para o dirigente associativo, a recente eliminação do mecanismo de manifestação de interesse – um regime de exceção que permitia aos imigrantes regularizarem-se em Portugal – “condiciona seriamente a contratação de trabalhadores estrangeiros”, mas o facto é que “a manutenção desta figura não seria, por si só, suficiente” para resolver o problema da falta de mão de obra.

“Defendemos a introdução de medidas mais eficazes e simplificadas para a imigração, como a criação de uma ‘via verde Empresas’ para a simplificação dos processos coletivos de obtenção de vistos, incluindo plataformas globais e gestores dedicados”, salienta.

Adicionalmente, Reis Campos defende “alternativas aos vistos preexistentes, como a pré-autorização de residência para vistos de trabalho, agilizando a atribuição dos números de identificação fiscal, Segurança Social e Serviço Nacional de Saúde”, e a criação de um “visto de formação com posterior conversão em visto de trabalho, permitindo a formação profissional em contexto prático e o reconhecimento de empresas como entidades formadoras”.

“É crucial simplificar o reconhecimento de qualificações, como a troca de carta de condução de pesados, antecipando este processo”, enfatiza. Finalmente, sugere a criação de “contratos pluriempregador, que podem acelerar a legalização e proporcionar maior estabilidade e segurança tanto no país de origem como em Portugal, facilitando a mobilidade e retenção de talento”.

“É fundamental que estas propostas sejam consideradas para garantir que o setor da construção civil e obras públicas tenha acesso à mão de obra necessária para sustentar o desenvolvimento do país, particularmente com os desafios que temos em mãos até 2030”, sustenta o presidente da CPCI e da AICCOPN. O Governo anunciou em 3 de junho o fim do regime excecional que permitia a um estrangeiro entrar em Portugal e só depois pedir autorização de residência e anunciou a criação de uma estrutura de missão para regularizar processos pendentes, estimados em 400 mil.

No Plano de Ação para as Migrações, aprovado nesse dia pelo Conselho de Ministros, consta o “fim do regime excecional que passou a permitir uma entrada sem regras, extinguindo o designado procedimento de manifestações de interesse”, considerada uma “porta aberta e fonte de grande parte de pendências”.

Como resultado, deixou de ser possível a um estrangeiro com visto de turista tratar da sua regularização em Portugal, necessitando de um contrato de trabalho ou de outra solução tratada previamente na rede consular portuguesa.

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Casa da Moeda afasta “ingerência política” no pedido de dividendos extra

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

Dora Moita recordou que as Finanças pediram dividendo extra de 20 milhões. A posição da Casa da Moeda foi que tal "não era viável, porque punha em causa compromissos" que já tinham assumido.

A presidente da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), Dora Moita, considerou esta quinta-feira que não existiu ingerência política no pedido das Finanças, no final de 2023, para uma distribuição extraordinária de dividendos.

Não há aqui matéria de opinião, o acionista tem o direito a pedir distribuição de dividendos e o papel do Conselho de Administração é perceber se o montante está ajustado à estratégia para curto, médio e longo prazo”, explicou a presidente da INCM aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Esta audição, a par com outras ao ex-presidente da Águas de Portugal e ao presidente da NAV, foram pedidas pelo CDS-PP, tendo em conta os dividendos extraídos destas empresas públicas e o seu impacto na redução da dívida pública, um tema que foi levantado na análise feita pela UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) em abril deste ano.

Dora Moita recordou que o montante pedido inicialmente foi de 20 milhões de euros, a posição da Casa da Moeda foi que tal “não era viável, porque punha em causa compromissos” que já tinham assumido, pelo que foram apresentados dois novos cenários: uma distribuição de dividendos de 10 milhões de euros, que poderia levar a um “défice de tesouraria”, ou de cinco milhões de euros, que parecia “aceitável”.

Foi feita a transferência de dividendos extraordinários de cinco milhões, mas a decisão das Finanças foi revertida e acabaram por ser transferidos mais cinco milhões, para perfazer um total de 10 milhões. Para a responsável, esta foi “uma interação regular com o acionista”, sendo que a intervenção da empresa “termina quando se passa para o acionista a verba que é solicitada”.

A presidente do INCM salientou ainda que, apesar das previsões de que um dividendo de 10 milhões pudesse ter impacto nas contas da empresa, “não foi necessário recorrer a nenhum tipo de endividamento” neste ano. Isto foi possível porque alguns clientes de maior dimensão “pagaram dívidas vencidas numa verba que ascendeu a nove milhões de euros”, no início deste ano, o que permitiu libertar recursos suficientes.

Questionada pelo deputado do CDS-PP Paulo Núncio, a responsável adiantou também que, no tempo que esteve na empresa, não tinha havido nenhum outro pedido extraordinário de dividendos. A mesma questão tinha sido colocada ao presidente da NAV esta quinta, que também sinalizou que, do que era do seu conhecimento, foi a primeira vez que foi pedida uma distribuição extraordinária de dividendos.

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Economista Isabel Proença vai liderar nova unidade para avaliar benefícios fiscais

Unidade criada para avaliar os benefícios fiscais terá como primeira coordenadora Isabel Proença, economista e professora de econometria no ISEG. "É um desafio importante", afirmou ao ECO.

Isabel Proença vai liderar a nova Unidade Técnica de Avaliação Tributária e Aduaneira (U-Tax), criada para avaliar os benefícios fiscais. “Confirmo que recebi o convite por parte do Governo para presidir à U-Tax. É um desafio importante para a minha carreira”, afirmou ao ECO a economista do ISEG.

A U-Tax é a unidade que irá acompanhar a evolução dos benefícios fiscais em Portugal, sendo uma das reformas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que está subjacente ao quinto pedido de desembolso da bazuca. A sua criação foi aprovada em Conselho de Ministros em dezembro, tendo o diploma sido promulgado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em janeiro deste ano, contudo, com avisos.

O objetivo passa por promover “um sistema fiscal mais simples e transparente, com um maior grau de exigência quanto à explicitação dos objetivos extrafiscais que presidam à criação ou manutenção de benefícios fiscais” e resulta das conclusões do Grupo de Trabalho para o Estudo dos Benefícios Fiscais (criado em 2018), que recomendou a sua criação.

Isabel Proença é professora de Econometria no ISEG, onde se licenciou em 1985 e concluiu o mestrado em Matemática Aplicada à Economia e à Gestão em 1990. De acordo com a sua nota curricular, em 1995 concluiu o doutoramento em Economia (com tese em econometria) pela Université Catholique de Louvain e em 2014 obteve o grau de “agregação” em Matemática Aplicada à Economia e à Gestão pelo ISEG, Universidade de Lisboa.

É investigadora do Centro de Matemática Aplicada e Economia do ISEG, onde já foi diretora e coordenadora científica do CEMAPRE. Os seus principais interesses de investigação são em microeconometria, dados em painel, métodos semiparamétricos e econometria espacial, com forte foco em aplicações a problemas de economia e gestão.

Segundo o diploma que cria a U-Tax, a unidade “goza de autonomia técnica e profissional na respetiva elaboração de estudos e pareceres, atuando nesse âmbito na dependência funcional do membro do Governo responsável pela área das finanças”.

Aquando da promulgação pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a unidade terá “competências que, aparentemente, podem ser consideradas próximas ou reconduzidas a algumas atualmente consagradas para o Centro de Estudos Fiscais (CEF)”.

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Basílio Horta eleito presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa

Autarca de Sintra sucede a Carla Tavares, eleita eurodeputada, e tem na sua lista a líder da câmara de Almada, Inês de Medeiros (PS), e o número dois do município de Mafra, Hugo Luís (PSD).

Conselho Metropolitano Lisboa11 julho, 2024

O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, sucede agora à autarca Carla Tavares — eleita eurodeputada –, na liderança do Conselho Metropolitano de Lisboa, órgão deliberativo da Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Depois de já ter ocupado o cargo entre 2015 e 2017, o autarca socialista foi eleito esta quinta-feira com 17 votos a favor e um voto branco, o que se traduz em cerca de 94% de votos favoráveis (em representação de cerca de 2,3 milhões de eleitores), calcula a AML num comunicado enviado às redações. “Os votos em branco foram cerca de 6%, em representação de 145.000 eleitores“, completa.

A lista do socialista Basílio Horta inclui ainda como vice-presidentes a líder da câmara de Almada, Inês de Medeiros (PS), e o número dois do município de Mafra, Hugo Luís (PSD). Os dois autarcas também sucedem aos vice-presidentes Hélder Sousa Silva (autarca de Mafra), igualmente eleito eurodeputado nas eleições europeias de 9 de junho deste ano, e Frederico Rosa, na liderança da câmara do Barreiro. A nova mesa de presidência entrará em funções ainda este mês.

Participaram na votação os 18 municípios que integram a Área Metropolitana de Lisboa (AML): Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Após a eleição para a liderança do Conselho Metropolitano de Lisboa, Basílio Horta elencou quatro desafios para a região: os resíduos sólidos urbanos, as concessões da distribuição da rede elétrica em baixa tensão, os financiamentos europeus para a região, nomeadamente aqueles que decorrem do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e as pessoas em situação de sem-abrigo.

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EDP e Fundação AIP criam maior comunidade de energia de Portugal. Vizinhos têm desconto de 35% na luz

Os vizinhos que fizerem parte deste projeto terão um desconto de até 35% na componente de eletricidade que consomem.

O Grupo Fundação AIP e a EDP Comercial assinaram um contrato para a instalação de uma central solar de 5,1 megawatts-pico (MWp) na cobertura dos quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL). Esta central dará origem à maior comunidade de energia de Portugal.

Ao longo de uma área de 44 mil metros quadrados, que não é visível do exterior do edifício e acompanha a forma ondulada da cobertura, serão instalados mais de nove mil painéis fotovoltaicos que deverão produzir cerca de 6,8 gigawatts-hora por ano (GWh/ano), evitando anualmente 1.250 toneladas de dióxido de carbono, o equivalente às emissões de dióxido de carbono que seriam captadas por cerca de 57 mil árvores.

O Grupo Fundação AIP consumirá perto de um terço da energia produzida pela central, no âmbito da sua atividade de feiras, congressos e outros eventos que se realizam na FIL. Como a FIL irá utilizar apenas parte da energia que será produzida a partir dos painéis instalados na sua cobertura, cedeu o resto do espaço para que a EDP instalasse painéis cujos benefícios poderão ser partilhados com famílias e empresas que se encontrem num raio de quatro quilómetros e com ligação à mesma subestação da rede elétrica.

Esta parceria permite também ao Grupo Fundação AIP alcançar poupanças de mais de 60% no custo com eletricidade que consome na FIL, reduzir significativamente a sua pegada ambiental e promover o uso de eletricidade renovável na comunidade em que esta está inserida. Já os vizinhos que fizerem parte deste projeto terão um desconto de até 35% na componente de eletricidade que consomem (não em toda a fatura da luz, mas na parte que diz respeito à energia). As inscrições para aderir ao Bairro Solar FIL/EDP estarão brevemente disponíveis no site da EDP Comercial.

“A EDP foi pioneira na criação de bairros solares e estamos muito orgulhosos em criar, com a Fundação AIP, o maior destes bairros em Portugal”, declara Vera Pinto Pereira, administradora da EDP e presidente da EDP Comercial, que vê estes bairros como uma das prioridades para a elétrica portuguesa.

A EDP tem cerca de 3.400 comunidades de energia já contratadas com clientes, com um potencial de adicionarem mais de 100 MWp de capacidade solar a Portugal e de partilharem benefícios com até 90 mil vizinhos.

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Pedro Lourtie será chefe de gabinete de António Costa no Conselho Europeu

Pedro Lourtie é, desde janeiro de 2022, embaixador português na UE, em Bruxelas. O jornal Politico adianta que David Oppenheimer deverá ser o chefe de gabinete adjunto.

O embaixador português junto da União Europeia, Pedro Lourtie, deverá ser o chefe de gabinete de António Costa quando este tomar posse enquanto presidente do Conselho Europeu, a 1 de dezembro de 2024. A notícia avançada pelo Politico, esta quinta-feira, cita três fontes oficiais em Bruxelas que confirmam a escolha do diplomata. O ECO tentou confirmar a notícia junto da Representante Permanente de Portugal (REPER) junto da União Europeia que não quis prestar comentários.

Pedro Lourtie era representante português na UE, em Bruxelas, desde janeiro de 2022, tendo sido oficializado por decreto do Presidente da República. “É nomeado, sob proposta do Governo, o embaixador Pedro Manuel Carqueijeiro Lourtie para o cargo de Representante Permanente de Portugal junto da União Europeia – REPER, em Bruxelas”, lê-se no decreto publicado em Diário da República.

Além de já ter ocupado cargos na REPER, Lourtie foi representante da UE em Washington, nos EUA, e em 2015 foi nomeado representante diplomático de Portugal em Tunes, na Tunísia, tendo sido também conselheiro diplomático e chefe de gabinete de anteriores primeiros-ministros portugueses.

Enquanto Lourtie será o chefe de gabinete, o Politico adianta que David Oppenheimer, que foi assessor de Costa, em Portugal, deverá ser o chefe de gabinete adjunto.

No passado dia 27 de junho, António Costa foi nomeado para a presidência do Conselho Europeu, sucedendo ao belga Charles Michel. O mandato será de dois anos e meio mas é expectável que seja reconduzido por mais um período, para um total de cinco anos.

O nome do ex-primeiro-ministro foi o único proposto para a presidência do órgão que representa os 27 Estados-membros, tendo conseguido a maioria qualificada necessária para ser aprovado (apenas Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana votou contra).

António Costa será o primeiro português e socialista no cargo desde de que foi criado no âmbito do Tratado de Lisboa.

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Sandro Raposo e Tiago Carvalho dos Santos integram administração da SATA

  • Lusa
  • 11 Julho 2024

Tiago Carvalho dos Santos esteve na Metropolitano de Lisboa, Carris, Transtejo e Soflusa. Já Sandro Raposo é funcionário da SATA há 28 anos.

O diretor de Gestão de Receita, Sandro Raposo, e o economista Tiago Carvalho dos Santos vão integrar o conselho de administração do grupo SATA, que será presidido por Rui Coutinho, anunciou esta quinta-feira o Governo dos Açores. A nova composição administrativa do grupo de aviação regional foi aprovada em Conselho de Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) e revelada pelo vice-presidente do executivo numa conferência de imprensa na Horta.

Tiago Carvalho dos Santos, economista, foi membro do conselho de administração e diretor financeiro da Metropolitano de Lisboa, Carris, Transtejo e Soflusa entre 2015 e 2016, funções que também ocupou na empresa Oitante, entre 2016 e 2018. Carvalho dos Santos foi ainda assessor do ministro da Saúde Paulo Macedo (2011 a 2015) e do secretário de Estado do Tesouro e Finanças (2010 e 2011) e administrador da consultora COBA.

Já Sandro Raposo, formado em Matemática e Tecnologia, é funcionário da SATA há 28 anos e assumia desde 2013 a direção da Gestão de Receita. A nova administração da SATA Holding, que vai ser presidida por Rui Coutinho, vai manter como administradores não executivos Bernardo Oliveira e João Crispim, adjuntos nas secretarias das Finanças e Infraestruturas do Governo Regional, respetivamente.

A 28 de junho, o Governo dos Açores anunciou a indicção de Rui Coutinho para a liderança da SATA, destacando que caberia ao novo presidente escolher o restante conselho de administração. As mudanças na administração da SATA acontecem numa altura em que o grupo de aviação está a cumprir um plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia, que inclui a privatização da Azores Airlines (responsável pelas ligações entre os Açores o exterior).

Aquela companhia foi alvo de um processo de privatização que foi cancelado em maio pelo executivo açoriano, que anunciou a intenção de lançar um novo concurso para alienar a maioria do capital social da empresa. O Conselho do Governo Regional formalizou ainda a nomeação de Isabel Dutra para presidente da Atlânticoline e de Ricardo Batista para vogal executivo da empresa responsável pelo transporte marítimo na região.

O anterior presidente da Atlânticoline, Francisco Bettencourt, foi nomeado diretor regional da Mobilidade. “Verifica-se, assim, a necessidade de garantir que o conselho de administração da Atlânticoline, SA tenha plenos poderes de administração para prosseguir a atividade essencial daquela empresa e, por conseguinte, proceder à nomeação do conselho de administração”, indica o executivo açoriano.

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Ok! seguros lança campanha focado nos segmentos auto, casa e viagem

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  • 11 Julho 2024

Com criatividade da Judas e produção da Trix, a campanha marca presença em TV, rádio, digital, outdoor e redes sociais. No offline o planeamento de meios é da Havas e no digital da Karma.

Tudo está ok! quando acaba em ok!” é o mote da nova campanha da seguradora do grupo Fidelidade vocacionada para a comercialização de seguros através dos canais diretos. “Sabemos que os imprevistos acontecem e que o mais importante é escolher uma seguradora que nos deixe tranquilos. Com esta campanha queremos mostrar como os clientes ok! se sentem confiantes e que os acidentes não chegam a ser um problema, seja qual for o cenário”, explica Marta Vicente, head of marketing & digital experience da ok! seguros, citada em comunicado.

Com criatividade da Judas e produção da Trix, a campanha marca presença em TV, rádio, digital, outdoor e redes sociais. No offline o planeamento de meios é da Havas e no digital da Karma. Auto, casa e viagem são os segmentos abordados na comunicação.

“A ok! seguros traz consigo o poder de uma das expressões mais utilizadas e positivas do mundo, transmitindo como quer estar ao lado de quem se quer sentir seguro”, resume a marca.

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