Mota-Engil ganha leilão para túnel imerso no Brasil

  • ECO
  • 20:54

A empresa portuguesa vai construir e operar por 30 anos a travessia que ligará as cidades de Santos e Guarujá, em São Paulo. Obra representa investimento próximo dos 1,1 mil milhões de euros.

A Mota-Engil ganhou à espanhola Acciona o leilão relativo à construção, operação e manutenção do túnel que vai ligar as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo. O contrato tem a duração de 30 anos.

Os envelopes entregues pelas empresas ibéricas foram abertos esta sexta-feira na sede da bolsa B3, em São Paulo. Fora da corrida tinham já ficado as grandes construtoras brasileiras: a Andrade Gutierrez e o consórcio formado pela Odebrecht e pela Álya (antiga Queiroz Galvão).

Ao contrário da Acciona, que previa um desconto zero, a empresa portuguesa ofereceu um desconto de 0,5% sobre a prestação anual de cerca de 68,8 milhões de euros (438,4 milhões de reais) que o Estado brasileiro terá de pagar ao longo dos 30 anos de concessão.

Com um investimento estimado em quase 1,1 mil milhões de euros (6,8 mil milhões de reais), dos quais 26% serão suportados pela concessionária, este será o primeiro túnel imerso do Brasil e o maior da América Latina. As obras devem arrancar no início do próximo ano e a inauguração está prevista para 2030.

O trajeto terá uma extensão total de 1,5 quilómetros, dos quais 870 metros num túnel imerso com três faixas de rodagem em cada sentido. Ali vão circular carros, motas, camiões, bicicletas e peões, com a travessia a durar cinco minutos, o que compara com a atual alternativa por estrada de quase uma hora.

No primeiro semestre deste ano, o grupo Mota-Engil registou lucros de 59 milhões de euros, 20% acima do mesmo período do ano passado. De acordo com a informação enviada à CMVM, a carteira de encomendas atingiu os 14,7 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, não incluindo contratos de 1,36 mil milhões de euros assinados depois de junho em geografias como Portugal, México, Ruanda ou Angola, em que vai construir a primeira fase de infraestruturas da marginal da Corimba.

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PS avisa que crescimento económico ficará “claramente aquém” das previsões da AD

Líder da bancada parlamentar socialista revelou que Governo indicou que PIB "crescerá substancialmente menos" do que o esperado. Executivo garantiu ao PS que legislação laboral ficará fora do OE.

O líder parlamentar do PS afirmou esta sexta-feira que o crescimento económico previsto pelo Governo ficará “claramente aquém” dos 2,4% este ano e 2,6% no próximo projetados no programa eleitoral da AD. Eurico Brilhante Dias adiantou ainda que a reforma da legislação laboral ficará fora do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026). Do lado do Governo, espera-se que “lucidez” do partido “se mantenha”.

Tal como o PS sempre disse, o quadro macroeconómico apresentado pela AD durante a campanha eleitoral é um quadro irrealista e, por isso, o país em 2025 e em 2026 não crescerá em linha com as promessas eleitorais da AD, crescerá substancialmente menos”, disse o líder da bancada parlamentar socialista em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Eurico Brilhante Dias falava aos jornalistas após o encontro com o Governo sobre “temas relevantes” para o país: o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), a Lei de Estrangeiros e Lei da Nacionalidade, a criação das freguesias e a Palestina.

Nas reuniões de quarta-feira que o Executivo manteve com o Chega, Livre e Iniciativa Liberal (IL), o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já sinalizou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) “rondará os 2%”, segundo Rui Tavares, co-porta-voz do Livre.

O líder parlamentar do PS explicou ainda que o Governo assumiu algo que para o partido “é importante”, que “aspetos de política pública, como as alterações à lei laboral ou as alterações ao quadro da Lei de Bases da Saúde ou conexas com o SNS não irão figurar na proposta de Orçamento”.

“Vamos esperar até 10 de outubro para ver se este compromisso do Governo se cumpre”, salientou.

O secretário-geral do PS tinha avisado o primeiro-ministro que está indisponível para aprovar um Orçamento que verta a reforma da legislação laboral apresentada pelo Governo, embora esta seja uma matéria que não é orçamental.

“Que fique claro para o senhor primeiro-ministro: as pessoas não são linhas vermelhas. Quando nós dizemos que o Orçamento do Estado (OE) não pode dar respaldo a alterações das leis laborais que põem em causa os mais jovens, que ofendem as mulheres, que ofendem os trabalhadores mais vulneráveis, isto não são linhas vermelhas, isto é defender a vida das pessoas”, afirmou José Luís Carneiro, em declarações aos jornalistas, citado pela Lusa.

Por seu lado, o ministro dos Assuntos Parlamentes considerou esta sexta-feira construtiva a reunião com o PS e disse esperar que a “seriedade e lucidez democrática” se mantenha entre os socialistas e viabilizem a proposta do Governo de Orçamento. Em declarações aos jornalistas, nos Passos Perdidos, após o fim do encontro, desdramatizou pontos de divergência entre o Governo e o PS.

O governante garantiu ainda que o Executivo “tem todo o interesse” num consenso com o PS sobre a lei de Estrangeiros, mas avisou que o Governo não se irá afastar dos objetivos essenciais para resolver “um problema que herdou”.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 64 milhões de euros

  • ECO
  • 20:28

O jackpot desta sexta-feira é de 64 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 64 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 5 de setembro:

Números: 27, 30, 31, 41, 43

Estrelas: 5 e 8

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Lucro da Farminveste dispara 54% no semestre com venda da Alloga Logifarma

  • Lusa
  • 20:08

Os resultados líquidos consolidados atribuíveis a detentores de capital foram de 10,2 milhões de euros, um aumento de quase 54% em termos homólogos.

Os lucros consolidados da Farminveste SGPS subiram, no primeiro semestre, mais de seis vezes, para 47,7 milhões de euros, beneficiando da venda da Alloga Logifarma, adiantou, em comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Excluindo este impacto, os resultados líquidos consolidados atribuíveis a detentores de capital foram de 10,2 milhões de euros, um aumento de quase 54% em termos homólogos.

“A formalização do acordo de venda da Alloga-Logifarma (AL) permitiu, no primeiro semestre de 2025, o registo de mais-valias no valor de 73,54 milhões de euros, ao nível das contas consolidadas da AH [Alliance Healthcare] e de 37,5 milhões de euros ao nível das contas consolidadas na sociedade”.

O grupo lembrou que “o acordo de venda prevê a alienação de 51% do capital social da AL (concretizada em maio 2025), e ainda opções de compra e venda para alienação dos restantes 49%, a exercer, por opção das partes, durante o período de um ano, a partir de 01 de dezembro 2025”, destacou.

De acordo com a Farminveste, a atividade da AH “registou uma evolução favorável no 1.º semestre de 2025, tendo o resultado operacional (EBIT) evoluído 1,1% face a igual período de 2024”, sendo que, paralelamente, “verificou-se também uma redução dos encargos financeiros de 43,1%, resultantes da diminuição de 21,5 milhões de euros da divida bancária”.

Segundo o grupo, que tem várias participadas, no primeiro semestre de 2025, o resultado líquido da Glintt Global ascendeu a 3,9 milhões de euros, um crescimento de 28,2% face a igual período de 2024. Já o grupo CUF obteve um resultado líquido consolidado de 29,2 milhões de euros no primeiro semestre.

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Demissão? PS diz que “Moedas sabe que em consciência e em coerência não tem muitas alternativas”

Líder parlamentar socialista recordou que Carlos Moedas exigiu a Fernando Medina, em 2021, a demissão e que agora deve agir em "coerência" política com o passado.

O líder parlamentar do PS apelou esta sexta-feira a que o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, aja “em coerência” com o que pediu ao seu antecessor no âmbito do ‘Rússiagate’, em 2021, argumentando que não se deve exigir aos outros o que não estamos preparados para cumprir.

“O engenheiro Carlos Moedas sabe que não devemos exigir aos outros, aquilo que não estamos preparados para cumprir. O engenheiro Carlos Moedas sabe que em consciência e em coerência não tem muitas alternativas”, disse o líder parlamentar socialista em declarações aos jornalistas, no Parlamento, após uma reunião com o Governo.

As declarações surgem após o acidente do Elevador da Glória, em Lisboa, que provocou 16 vítimas mortais e dezenas de feridos. Sem nunca proferir a palavra ‘demissão’, Eurico Brilhante Dias advogou que Carlos Moedas “sabe qual é a única decisão que tem pela frente para manter a coerência”, em resposta aos jornalistas sobre se concordava com a posição de Pedro Nuno Santos.

Eurico Brilhante Dias frisou que percebe “o incómodo”, porque “o momento é de grande, grande tristeza”. “Mas conhecemos bem aquilo que Carlos Moedas exigiu ao presidente da câmara Fernando Medina, por isso penso que a consciência dele lhe pede que, em coerência com o que disse, tome uma decisão”, disse.

Eurico Brilhante Dias falava aos jornalistas após o encontro com o Governo sobre “temas relevantes” para o país: o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), a Lei de Estrangeiros e Lei da Nacionalidade, a criação das freguesias e a Palestina.

O ex-secretário-geral do PS Pedro Nuno Santos pediu esta sexta-feira responsabilidades políticas Carlos Moedas. “Tenho visto algumas pessoas tentarem evitar o inevitável: a assunção de responsabilidades políticas pelo atual Presidente da CML. Moedas é prisioneiro das suas próprias declarações em 2021, quando exigiu a demissão de Fernando Medina”, escreveu o ex-líder socialista no Facebook.

Pedro Nuno Santos assinalou que, “sobre responsabilidade política”, para saber “quem a tem neste caso, não é preciso esperar por nenhuma investigação”.

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Santander aumenta número de administradores de 14 para 15

  • ECO
  • 19:23

José Veigas Anjos e Rodrigo Echenique Gordillo são nomeados para o resto do mandato 2025-2027. Mas só vão iniciar funções após a aprovação dos reguladores.

O banco Santander anunciou, esta sexta-feira, o aumento do número de administradores de 14 para 15 para o mandato em curso entre 2025 e 2027. A decisão, divulgada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foi aprovada durante a assembleia- geral que teve lugar esta sexta.

Neste momento, o Conselho de Administração tem 13 membros, após a saída do administrador financeiro Manuel Preto em julho deste ano. Na altura, o banco indicou que tinha escolhido João Veiga Anjos para CFO para terminar o mandato entre 2025 e 2027 e que esperava que iniciasse funções a 1 de agosto se tivesse ‘luz verde’ dos reguladores.

Também sujeito “à autorização ou não oposição por parte das entidades de supervisão competentes” está Rodrigo Echenique Gordillo, nomeado esta sexta-feira para administrador para o mandato em curso.

O Conselho de Administração, com as duas novas entradas, fica com a seguinte composição:

Presidente:
José Carlos Brito Sítima

Vice-Presidente:
Pedro Aires Coruche Castro e Almeida

Vogais:
Amílcar da Silva Lourenço
Ana Cristina Mendes Torres
Ana Isabel Abranches Pereira de Carvalho Morais
Cecilia Richards Bustelo
Cristina Alvarez Alvarez
Daniel Abel Monteiro Palhares Traça
Henrique Salema de Carvalho e Silva
Isabel Cristina da Silva Guerreiro
João Manuel Barbosa Veiga Anjos
João Pedro Cabral Tavares
Miguel Belo de Carvalho
Rodrigo Echenique Gordillo
Susana Cristina Marques Casimiro Rodrigues Ferreira da Silva

O lucro do Santander caiu 8% para os 503,9 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, face ao mesmo período do ano anterior.

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Reitor da Universidade do Porto recusa demitir-se e critica acusações e “tom” do ministro

Sousa Pereira lembra que nunca acusou ministro de o ter pressionado e ignora sugestão para se demitir: “Qualquer outro esclarecimento adicional será prestado unicamente às entidades" envolvidas.

António de Sousa Pereira, reitor da Universidade do Porto

O reitor da Universidade do Porto já reagiu às críticas violentas de que foi alvo por parte do ministro da Educação, que esta tarde, em conferência de imprensa, acusou António Sousa Pereira de “mentir sem qualquer pudor, procurando dessa forma alijar as suas responsabilidades”.

Em causa está a notícia que faz manchete na edição semanal do Expresso, em que o líder da academia portuense denuncia ter recebido pressões de várias pessoas para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso.

“O reitor da Universidade do Porto não mentiu. Em nenhum ponto da notícia, o senhor reitor afirma que foi pressionado pelo senhor ministro. O texto refere, isso sim, ‘pressões de várias pessoas influentes e com acesso ao poder’, pelo que se estranha a acusação do professor Fernando Alexandre, bem como o tom adotado durante a sua declaração pública”, lê-se num comunicado enviado às redações.

Aliás, acrescenta na mesma nota emitida pela reitoria da Universidade do Porto, o esclarecimento do Ministério e a declaração posterior do ministro na conferência de imprensa “confirmaram, de resto, todos os factos descritos da notícia do Expresso, incluindo as pressões de que também o Ministério e o Parlamento foram objeto”.

Esta tarde, nas declarações aos jornalistas, Fernando Alexandre manifestou “enorme desilusão” com Sousa Pereira e disse mesmo que aceitaria um pedido de demissão do reitor, se este a apresentasse. Isto porque, ao abrigo da autonomia das instituições de ensino superior, o Governo não pode intervir na escolha do reitor, que é votado por um conselho geral da própria universidade. O mandato termina em 2026.

E é numa resposta implícita a essa sugestão de demissão do ministro da Educação que surge um terceiro e último ponto no comunicado da reitoria da UP: “Qualquer outro esclarecimento adicional será prestado unicamente às entidades que venham ainda a ser chamadas a intervir neste processo”.

Isto é, os tribunais, o Ministério Público ou o Parlamento, onde vários partidos já pediram a audição urgente de ministro.

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Lesados do processo BES/GES contra pedido de afastamento de juíza

  • Lusa
  • 18:44

A posição dos lesados surge depois da defesa dos dois arguidos suíços apresentar um requerimento com vista ao afastamento da juíza Helena Susano.

Os lesados pelo colapso do Banco Espírito Santo (BES) avançaram com um requerimento contra o afastamento da juíza presidente do julgamento do processo BES/GES, que foi pedido pelos dois arguidos suíços.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso esta sexta-feira, e que foi submetido na quinta-feira à noite, a defesa dos lesados considera que o julgamento do processo BES/GES, que começou no ano passado, deve continuar com o mesmo coletivo de juízes e que o requerimento apresentado por dois dos arguidos deve ser considerado improcedente.

Esta posição surge depois de a defesa dos dois arguidos suíços apresentar um requerimento com vista ao afastamento da juíza Helena Susano, por considerar que a presidente do coletivo teve conhecimento de depoimentos de arguidos antes de os mesmos serem interrogados no julgamento.

“É do interesse de todos os sujeitos processuais que a marcha do julgamento prossiga sem interrupções, precisamente para que vejam respeitadas as suas garantias de defesa”, lê-se no documento. Para a defesa dos lesados, “o simples conhecimento prévio pelo tribunal, fora da audiência, não é suscetível de gerar nulidade ou irregularidade: apenas não pode fundar a convicção do tribunal até à sua leitura em julgamento”.

“Atento ao mediatismo associado a este processo que se intitula como o maior processo da justiça portuguesa, bem como a presença reiterada do seu decurso nos textos jornalísticos que informam a sociedade acarretariam uma constante situação de irregularidade processual”, acrescenta ainda a defesa dos lesados do processo BES/GES.

De acordo com o requerimento apresentado pela defesa dos antigos gestores suíços do BES, em causa estão as sessões de julgamento que aconteceram no início de julho deste ano. “Aquando da tomada de declarações do arguido Francisco Machado da Cruz, a senhora presidente do tribunal coletivo afirmou que leu as declarações prestadas por este arguido em sede de inquérito”, apontam os advogados dos dois antigos gestores.

Para a defesa destes arguidos, “ficou patente a ilegalidade do comportamento da senhora juíza presidente do coletivo”, tendo considerado ainda que este episódio foi um “motivo sério, grave e idóneo para pôr em causa a imparcialidade” da juíza Helena Susano. Dos 18 arguidos neste processo, o antigo presidente do BES Ricardo Salgado é o principal e responde por cerca de 60 crimes, incluindo um de associação criminosa e vários de corrupção ativa no setor privado e de burla qualificada.

O Ministério Público estima que os atos alegadamente praticados entre 2009 e 2014 pelos arguidos, ex-quadros do BES e de outras entidades do GES, tenham causado prejuízos de 11,8 mil milhões de euros ao banco e ao grupo. O julgamento decorre desde 15 de outubro de 2024, no Tribunal Central Criminal de Lisboa.

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Receitas acima de 5 mil milhões e obrigações públicas. O perfil do futuro comprador da TAP

Detalhes do caderno de encargos clarificam quais as linhas vermelhas e as condições que os candidatos terão de cumprir no processo de privatização de 49,9% da companhia área nacional.

Já se começam a vislumbrar mais detalhes sobre o perfil do próximo dono da TAP. O Governo divulgou esta sexta-feira os critérios de seleção e os prazos para apresentação das propostas para a compra de uma participação de 49,9% da companhia aérea portuguesa, que deixam mais claro quais são as linhas vermelhas e as condições que os candidatos terão de cumprir neste processo para o qual se perspetiva uma segunda fase.

Primeiro, só podem entrar na corrida operadores aéreos (ou em consórcio que liderem) com receitas acima de cinco mil milhões de euros em, pelo menos, um dos últimos três anos. É uma forma de o Governo esclarecer que pretende circunscrever “exclusivamente” o processo a operadores aéreos de grande dimensão com capacidade financeira e “experiência comprovada”.

Depois, começa a filtragem mais a fundo: é requisito que os candidatos valorizem e promovam o crescimento das “plataformas estratégicas”, como o hub de Lisboa, as rotas para os dois arquipélagos, diáspora e países lusófonos. E têm de estar de acordo com o Estado, nomeadamente nas obrigações para com os trabalhadores.

Ou seja, vão ser considerados para a avaliação “a ausência de condicionantes que dificultem a concretização da operação, o respeito pelos compromissos laborais e instrumentos de regulamentação coletiva em vigor, bem como a perspetiva quanto a um eventual reforço da posição acionista na TAP”, além de manter eventuais obrigações de serviço público, segundo as tutelas das Infraestruturas e Habitação e Finanças.

Importa também: planos de reforço da frota, investimento em manutenção e engenharia, aposta na produção de combustíveis sustentáveis (SAF/e-SAF), valor oferecido pelas ações, garantias de sustentabilidade financeira, projeção de rentabilidade futura da TAP e formas diferentes de pagamento, entre os quais bónus por performance e trocas de ações.

“Do ponto de vista técnico, será sobretudo valorizada a apresentação de um projeto estratégico adequado e coerente, com garantias de execução e alocação de recursos, que assegure a preservação e promoção do crescimento da TAP, bem como o preço”, adiantaram os gabinetes de Miguel Pinto Luz e Joaquim Miranda Sarmento.

Com as regras do jogo assim definidas, uma possível proposta do empresário Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis, que em dezembro admitiu apresentar uma oferta pela TAP, nem passaria à triagem. Em entrevista ao semanário Expresso, no final do ano passado, o antigo presidente do grupo automóvel disse que sentia um “apelo patriótico” e ímpeto devido aos resultados estarem “a melhorar imenso”.

Portanto, mantêm-se os grupos aéreos que, publicamente, demonstraram interesse na TAP e que são também os três maiores da Europa: Air France-KLM, IAG e Lufthansa. No mês passado, todos os membros do trio de concorrentes reconfirmaram o interesse em adquirir uma participação na companhia de bandeira nacional, mas alertaram que ainda iriam analisar as condições.

Em resposta enviada ao ECO esta quinta-feira, a IAG – International Airlines Group “congratula-se com a publicação do concurso para a privatização da TAP”.

“Analisaremos e ponderaremos cuidadosamente o documento [diploma do caderno de encargos] assim que for publicado”, garantiu fonte oficial da empresa com sede em Londres.

Tanto a Air France-KLM como a IAG ou a Lufthansa têm receitas suficientes para cumprir o principal critério de entrada nesta ‘pista’. Na condição de “investimento em manutenção e engenharia”, a Lufthansa acaba por ter uma rampa de lançamento mais elevada, dado que – através da Lufthansa Technik – já apresentou um plano industrial para o país , cujo primeiro passo foi a inauguração de um centro de formação em Santa Maria da Feira.

A unidade vai preparar os futuros colaboradores antes da abertura de uma fábrica aeroespacial, prevista para daqui a dois anos, e que criará cerca de 700 empregos qualificados. No entanto, pode pecar por, em 2026, passar a ter uma estrutura organizacional mais centralizada e colocar o poder de decisão na sede para temas que agora são das subsidiárias.

O negócio pode interessar também à Turkish Airlines, que além de ter capital – só em 2024 teve receitas de 22,7 mil milhões de dólares (19,3 mil milhões de euros) – foi a mais recente companhia aérea a lançar-se em aquisições na aviação da Europa.

A transportadora aérea com sede em Istambul, que tem 92 anos e é uma das mais antigas o mundo, anunciou este mês que comprou uma participação na espanhola Air Europa, depois de ter ficado sozinha na corrida. No pico do verão, após a apresentação das contas semestrais, tanto a Lufthansa como a Air France-KLM desistiram da Air Europa, o que deixou uma ‘Via Verde’ para os turcos.

Ainda antes da saída das empresas alemã e franco-neerlandesa já a britânica IAG tinha desistido do negócio (ao qual se lançou duas vezes) porque a Comissão Europeia levantou questões e a empresa, que detém a British Airways, a Iberia e a Vueling, não quis esperar mais sem garantias de sucesso.

Poucas semanas depois, no passado dia 20 de agosto, a Air Europa aceitou a oferta de 300 milhões de euros para a Turkish Airlines ficar com 24% da Air Europa.

Quais são as quatro etapas da privatização?

  • Pré-qualificação: Duração máxima de 60 dias
  • Receção de propostas não vinculativas: Prazo até 90 dias;
  • Receção de propostas vinculativas: Prazo até 90 dias
  • Eventual negociação

O calendário com o qual o Governo está a trabalhar aponta para que a venda de 49,9% da TAP esteja concluída até julho do próximo ano, que é o tempo previsto para terminar todas as etapas, nomeadamente a apreciação parlamentar, as diferentes datas para receber propostas não vinculativas e vinculativas e uma negociação final, como noticiou o ECO. Logo, precisamente 12 meses após o arranque do processo de reprivatização.

A operação incorpora a abertura ao capital de um investidor ou mais até 44,9% e 5% aos trabalhadores. Segundo o primeiro-ministro, Luís Montenegro, salvaguarda-se o hub de Lisboa e que, caso não sejam atingidos os objetivos do Governo, o processo pode ser suspenso sem qualquer indemnização.

No primeiro semestre deste ano, a TAP viu os prejuízos aumentarem de 24,8 milhões de euros, registados na primeira metade de 2024, para 70,7 milhões de euros. Já as receitas caíram 1% para 1.955 milhões de euros, apesar de ter transportado mais 2,2% de passageiros. Ainda que o resultado líquido semestral tenha sido negativo, entre os meses de abril e junho, a companhia aérea teve lucros de 37,5 milhões de euros.

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Nota técnica sobre acidente do Elevador da Glória adiada para sábado

  • Lusa
  • 18:19

Desde agosto de 2023 que o GPIAAF apenas dispõe de um investigador para este setor. O coordenador do GPIAAF já assegurou que será analisado “tudo o que seja relevante para a investigação”.

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) adiou para sábado a divulgação da nota informativa sobre as constatações iniciais ao acidente com o elevador da Glória, que estava prevista para esta sexta-feira.

“Atendendo a que, como é do conhecimento público, a remoção dos veículos e destroços envolvidos no acidente se prolongou por toda a noite e madrugada e que o GPIAAF teve também a necessidade de acompanhar, esta tarde, diligências adicionais promovidas pelo Ministério Público, que terminaram há pouco, não é possível proceder hoje à publicação da Nota Informativa. A sua publicação será feita durante a tarde de amanhã, sábado”, explicou esta tarde à agência Lusa, fonte deste organismo público.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 23 feridos. Entre as pessoas que morreram no acidente estão cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um americano e um francês. De acordo com a Proteção Civil, do acidente resultaram ainda 23 feridos, sendo que dez estão em estado grave.

Na quinta-feira, o GPIAAF, em conjunto com outras entidades, concluiu as perícias no local do descarrilamento, tendo remetido informações para esta sexta-feira sobre as constatações iniciais e a orientação que a investigação irá prosseguir.

Fontes do setor ferroviário explicaram anteriormente à Lusa que, desde agosto de 2023, que o GPIAAF apenas dispõe de um investigador para este setor, e que, desde março deste ano, que o organismo aguarda que o processo de admissão de um segundo investigador para o setor tenha autorização por parte do ministério das Finanças.

Em conferência de imprensa realizada na quinta-feira com várias entidades, na sede da PJ, em Lisboa, o coordenador do GPIAAF assegurou que será analisado “tudo o que seja relevante para a investigação”.

Nelson Oliveira recusou comprometer-se com um prazo final para a conclusão da investigação, reiterando que apenas pode prometer um relatório preliminar no prazo de 45 dias e que o tempo de elaboração do relatório final “dependerá dos meios com que o GPIAAF venha a ser dotado, entretanto”.

“Deve ficar também claro que a admissão de um ou dois investigadores não resolve as situações de imediato, porque um investigador para ser formado necessita de dois anos. Mas eu não me queria alongar sobre esta matéria, este não é o momento nem o local. Nós estamos num dia de luto nacional e municipal devido a este trágico evento”, explicou este responsável.

Nelson Oliveira mostrou-se convicto de que “seguramente o Estado, através do Governo, irá dotar muito brevemente o GPIAAF com os meios de que necessita, porque o respeito às vítimas que houve este incidente assim o exige”.

A Lusa remeteu várias questões ao Ministério das Infraestruturas, de quem depende diretamente o GPIAAF, nomeadamente, se conhece a situação atual do Gabinete no que a recursos humanos diz respeito, e como é que classifica a realidade deste organismo, responsável pelas investigações aos acidentes ferroviários em Portugal.

Na quinta-feira, o ministério respondeu que o GPIAAF “é uma instituição que tem respondido sempre que solicitada no âmbito das suas competências”, lembrando que “ainda há cerca de uma semana emitiu o relatório sobre as causas da queda do helicóptero no rio Douro que vitimou 5 militares da GNR/Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS)”.

“Desde o primeiro minuto, o GPIAAF está a acompanhar o acidente com o ascensor da Glória, estando a investigar as suas causas. Essa investigação foi iniciada quando estiveram reunidas as condições para desenvolver as perícias, o que, nestas situações, só é recomendável depois de terminadas as operações de socorro das vítimas”, indicou o Ministério das Infraestruturas.

Quanto ao “reforço dos recursos humanos” do GPIAAF, a tutela adianta que “está em fase de finalização”.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

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Ex-ministro da Economia vai liderar a Fundação António Pargana

A fundação, criada em 2023, pretende contribuir para reforçar os laços entre Portugal e a Diáspora, em particular com o universo estudantil com ligação ao país.

O ex-ministro da economia, Pedro Reis, é o novo administrador executivo da Fundação António Pargana. O antigo governante, que foi recentemente nomeado vice-presidente do Conselho Consultivo Estratégico da Cimpor, terá como missão “promover o contacto de jovens de origem portuguesa espalhados pelo mundo com instituições e empresas portuguesas, para um maior conhecimento mútuo“.

Pedro Reis foi ministro da Economia no primeiro governo de Luís Montenegro, tendo saído do Executivo depois de o primeiro-ministro ter decidido juntar a pasta da Economia com a Coesão Territorial, com o novo ministério a cargo de Manuel Castro Almeida, após as legislativas deste ano.

Constituída em outubro de 2023, a Fundação António Pargana “pretende contribuir para o fortalecimento dos laços entre Portugal e a Diáspora, em particular com o universo estudantil com ligação hereditária ou afetiva ao país”, explica em comunicado. A

Fundação disponibiliza programas em parceria com as principais Universidades, que “deverão constituir uma valência acrescida para os jovens que os frequentem e que, através de um contacto direto com o tecido empresarial, instituições culturais, políticas e outras, criem ou reforcem a sua ligação a Portugal”.

Além do antigo ministro, fazem ainda parte do conselho de administração da Fundação o próprio António Pargana e Miguel Guedes. Já o Conselho de Curadores da Fundação junta figuras como Pedro Siza Vieira, David Justino, Graça Fonseca, Diogo Feio e Fátima Barros.

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Farage critica governo britânico em crise e prevê vitória nas próximas legislativas

  • Lusa
  • 17:28

O governo trabalhista é "tão mau quanto, se não pior" do que os seus antecessores conservadores, disse o líder do Partido Reformista britânico, Nigel Farage.

O líder do Partido Reformista britânico, Nigel Farage, acusou o governo trabalhista de estar em crise e afirmou-se “cada vez mais perto” de vencer as próximas eleições legislativas.

“Este governo está em profunda crise. Não só caiu em profunda impopularidade apenas um ano após vencerem as eleições legislativas, como também ficou claro para todos nós que se trata de um gabinete composto por pessoas totalmente incompetentes para governar o nosso país”.

Farage falava em Birmingham, na abertura do congresso anual do partido, que decorre entre esta sexta e sábado, minutos depois de a a vice-primeira-ministra, Angela Rayner, anunciar a demissão por ter pagado impostos abaixo do devido na compra de uma casa. “É um excesso de arrogância”, criticou, referindo que o governo trabalhista é “tão mau quanto, se não pior” do que os seus antecessores conservadores.

“No meio do colapso destes dois partidos que dominaram a política, há um novo partido forte e unificado que fala a uma só voz, que está determinado a colocar os interesses do Reino Unido e do povo britânico”, disse. Farage comparou a popularidade do partido anti-imigração a uma “vaga azul-turquesa [cor do partido], cada vez mais perto de vencer as próximas eleições legislativas”.

O Partido Reformista (Reform UK) tem apenas quatro deputados na Câmara dos Comuns, num total de 650, mas a sua popularidade tem crescido constantemente desde as últimas eleições legislativas, que levaram o Partido Trabalhista ao poder em julho de 2024. Há vários meses consecutivos que o partido lidera as sondagens. Um estudo publicado pela empresa Find Out Now na quarta-feira colocou o Partido Reformista isolado na frente com 32% das intenções de voto, à frente do Partido Trabalhista (19%) e dos Conservadores (17%).

As próximas eleições legislativas não estão previstas antes de 2029, mas nas últimas eleições locais, em maio, o antigo Partido do Brexit conquistou 12 autarquias. A popularidade reflete-se também no aumento do número de militantes, cerca de 240 mil, segundo o partido, contra 80 mil há um ano atrás.

Este desempenho deve-se em grande parte ao carismático Nigel Farage, de 61 anos, um antigo conservador que criou o partido UKIP (Partido para a Independência do Reino Unido) em 1993 e deputado europeu de 1999 a 2020. Apesar de ter sido educado em escolas privadas e ter feito carreira na área financeira, é apreciado pela classe trabalhadora devido à gargalhada fácil e fotografias frequentes de cerveja ou cigarro na mão.

Esta imagem de proximidade foi reforçada pela participação, em 2023, no programa de televisão “Sou uma Celebridade, Tirem-me daqui”, durante o qual foi sujeito a tarefas pouco dignas. Aquele programa e os comentários no canal televisivo conservador GB News ajudaram a dar um novo impulso na carreira a Farage, que é seguido na rede social TikTok por 1,3 milhão de seguidores, mais do que qualquer outra personalidade política britânica.

O congresso dos Reformistas foi antecedido pelo anúncio da adesão ao partido da antiga ministra da Cultura Nadine Dorries, que foi uma das principais aliadas do antigo líder conservador Boris Johnson. “O Partido Conservador está morto”, anunciou Dorries na rede social X.

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