#11 Imaginar um Portugal x Alemanha e a tradição escocesa

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Na ressaca do Portugal x Turquia, o Euro 2024 deu as boas-vindas à terceira e última jornada da fase de grupos, o que significou também duas coisas: fim dos jogos às 14h00 (minuto de silêncio) e jogos à mesma hora. A diminuição de partidas não é uma boa notícia para os adeptos de futebol, mas a balança diária pesou de forma positiva com um final dramático no Suíça x Alemanha e Escócia x Hungria. Dois golos já para lá dos 90 minutos a mudar o roteiro. A Netflix que esteja atenta.

Hoje temos a Albânia x Espanha (20h00) e a Croácia x Itália (20h00). Atenção, pois a única equipa deste grupo que tem assegurada presença nos oitavos-de-final é a Espanha. As outras três tanto podem continuar na Alemanha como ir para casa mais cedo. Itália tem três pontos e a Albânia e a Croácia com um ponto cada.

Os 3 Cantos do Dia

Porque é que Portugal deve odiar Fullkrug?

Somos todos amigos e odiar é uma palavra muito forte. A Suíça esteve pertíssimo de vencer a Alemanha e isso era teoricamente ótimo para Portugal, pois significava Alemanha em segundo lugar e no quadro oposto. Nesse cenário, a Seleção Nacional apenas poderia enfrentar os germânicos na final. Uma vez que jogam em casa, têm demonstrado muita qualidade e mesmo pelo histórico passado, evitar a Alemanha o quanto antes seria sempre positivo. Agora há possibilidades de se encontrarem nas meias-finais.

Hungria na sala de espera para ver se faz história

A Alemanha e a Suíça já marcaram vaga nos oitavos-de-final, enquanto a Hungria ainda está à espera de confirmação. Graças a um golo marcado por Kevin Csoboth aos 90+10 minutos (final louco) contra a Escócia, a Hungria registou a sua terceira vitória em Europeus e pode ainda apurar-se para a próxima fase (seria a segunda vez de toda a sua história). Para tal necessita que, pelo menos, a Albânia e Croácia, Chéquia e Geórgia (grupo de Portugal) não ganhem os seus jogos, A Hungria, que leva três pontos no Grupo A, terá certamente de ficar muito atenta aos próximos dias.

Não há polícia, mas a festa acaba mais cedo

Há tradições da Escócia que têm perdurado: o ambiente festivaleiro dos adeptos, os típicos kilts acompanhados de uma gaita de goles e… a eliminação precoce. A Escócia terminou em último lugar do Grupo A, apenas com um ponto, e continua assim sem nunca ter passado a fases de grupos num Campeonato da Europa, após 1992, 1996, 2020 e agora 2024. Nesta edição, perderam dois jogos (Alemanha e Hungria), empataram um (Suíça), marcaram dois golos (um auto-golo e o outro Scott McTominay) e sofreram sete golos. Adeus ao No Scotland, No Party.

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Governo muda de casa a partir de 1 de julho. Seis ministérios e duas secretarias de Estado passam já para o Campus XXI

Seis ministérios e duas secretarias de Estado vão mudar-se já para o novo Campus XXI, e outros se seguirão até 2026, logo que terminem as obras. Reunião de Conselho de Ministros também.

Seis ministérios e duas secretarias de Estado vão mudar no próximo dia 1 de julho para o edifício da Caixa Geral de Depósitos, apurou o ECO junto de fonte governamental. É uma transferência de instalações que demorou por causa do atraso das obras, e tem também um alcance político, já que permitirá outra coordenação da agenda do Governo, e por isso as reuniões de Conselho de Ministros vão passar a realizar-se imediatamente no denominado Campus XXI.

Nos planos iniciais de transferências, a ideia do Governo de Montenegro já era avançar primeiro com as pastas com responsabilidade direta na execução do Plano de Recuperação e Resiliência, porque isso ajudaria a criar sinergias. Globalmente, o objetivo era poupar recursos, já que ao concentrar várias entidades públicas, isso reduziria dezenas de cargos e serviços intermédios, mas também tempos de resposta.

Oficialmente, o Governo não faz comentários, mas o ECO sabe que no início de julho os ministérios da Presidência, da Coesão Territorial, da Economia, das Infraestruturas e Habitação, da Juventude e Agricultura, além das duas secretarias de Estado dos Assuntos Parlamentares, vão mudar-se de armas e bagagens para o novo Campus XXI, ainda a sede do banco público, que vai partilhar o espaço com o Executivo até, pelo menos, 2026, data em que a Caixa se mudará os seus cerca de 2500 colaboradores para a nova sede no Parque das Nações.

Neste contexto, a transferência dos ministérios vai ser completada, logo que terminem as obras em curso, com os outros ministérios, e só permanecerão onde estão hoje os ministérios dos Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional e Administração Interna, além, claro, do primeiro-ministro, que se mantém em São Bento.

Os planos do anterior Executivo passavam por iniciar já este ano, também de forma faseada, a passagem dos ministérios para aquele edifício que foi entregue ao Estado por conta de dividendos da CGD e foi avaliado em 360 milhões de euros, antes das obras. Mas nunca antes das eleições legislativas realizadas a 10 de março. “Não tenho a expectativa que algum dos nossos próximos briefings se realize no novo edifício que o Governo ocupará. Mas tenho a expectativa que um próximo Governo já possa comunicar a partir de lá com frequência”, disse Mariana Vieira da Silva no final do Conselho de Ministros a 18 de janeiro deste ano.

No entanto, quando entrou em funções, o novo Executivo criticou o anterior por não ter preparado a transferência de ministérios. “A mudança não estava preparada e, portanto, este Governo tem aí um dossiê para analisar em detalhe e realizar muito que não estava feito”, disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que está a coordenar a operação, depois da primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Executivo. Agora, está confirmado, o Governo vai mesmo passar a reunir de imediato o Conselho de Ministros.

Em março do ano passado, o Governo de António Costa estimou em 40 milhões de euros o investimento a realizar até ao final da sua então legislatura no processo de concentração de serviços do Estado no edifício sede da CGD. “Nem todos os pisos do edifício da CGD terão a mesma necessidade de obras. Ao longo da legislatura, o investimento global estimado será de 40 milhões de euros”, adiantou nessa altura o então secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas.

De acordo com as contas do Governo de António Costa, a concentração permitiria poupar seis milhões de euros por ano, sendo cinco milhões relativos aos “encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água” e 800 mil euros com rendas pagas pelo Estado a privados na utilização de alguns edifícios onde estão situados os ministérios.

A ministra da Presidência do Executivo anterior, antecipava que, ao longo do processo, o Estado libertaria um conjunto significativo de edifícios, com ganhos de 600 milhões de euros. Nesta avaliação de poupanças estavam incluídos os edifícios da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Economia, os do Ministério da Educação nas avenidas Infante Santo e 24 de Julho, mas também edifícios arrendados a privados, caso do Ministério da Saúde.

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Tailândia alarga prazo de oferta de seguros para conquistar turistas

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2024

Esta campanha usa seguros como vantagem para turismo internacional. Compensa turistas em caso de acidentes que provoquem a perda de órgãos ou incapacidade permanente, emergência ou morte.

O governo da Tailândia anunciou que vai estender a cobertura de seguros gratuitos para turistas até ao final deste ano, avançou o ministério do Turismo e Desporto do País.

Esta campanha oferece compensação monetária aos turistas em caso de acidentes, emergência ou morte. As condições da apólice ditam que em caso de morte, a família do segurado recebe 1 milhão de baht (cerca de 25 mil euros); os acidentes que provoquem a perda de órgãos ou incapacidade permanente estão cobertos por 300.000 baht (quase 8 mil euros); já as despesas médicas decorrentes de acidentes são cobertas tendo em conta as despesas reais até um máximo de 500.000 baht (quase 13 mil euros).

A iniciativa estava programada para terminar a 31 de agosto, mas foi prolongada sem custos adicionais para os turistas com o objetivo de aumentar a confiança e a perceção de segurança dos visitantes relativamente à Tailândia.

O ministro do Turismo e dos Desportos, Sermsak Pongpanit, esclareceu que esta campanha destina-se aos turistas internacionais em situações emergência, como acidentes, crimes ou desastres naturais na Tailândia. No entanto, não se aplica aos visitantes que estão cobertos por seguro pelas agências de viagens, ou quando o hotel, atrações ou operador turístico oferece cobertura de seguro separada.

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José Manuel Corral nomeado CEO da Mapfre Vida

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2024

O cargo de CEO da Mapfre Vida tem estado em rotação no último ano. Raúl Costilla Prieto abandonou a posição em 2023, foi substituído por Jesús Martínez Castellanos que apresentou a demissão em maio.

José Manuel Corral foi nomeado CEO da Mapfre Vida e vai assumir o cargo a partir de 1 de agosto deste ano, avançou o grupo em comunicado. Vai também integrar a direção geral do canal de Bancainsurance da Mapfre Espanha e o Conselho de Administração da mesma empresa.

José Manuel Corral assumirá o cargo de CEO da Mapfre Vida.

Há mais de 30 anos no grupo Mapfre, tendo ocupado diferentes cargos ao longo da sua carreira, é desde 2021 diretor-geral da Mapfre USA e será substituído na Mapfre USA por Daniel Olahan.

O cargo de diretor-geral da Mapfre Vida tem estado em rotação no último ano. Raúl Costilla Prieto abandonou esse cargo no final de 2023 quando foi nomeado para diretor-geral de negócio e diretor da Mapfre Internacional e foi substituído por Jesús Martínez Castellanos.

Martínez Castellanos, que estava há 35 anos na seguradora, apresentou a sua demissão voluntária em maio deste ano para se tornar CEO do Grupo Nacional Provincial (GNP), segundo o jornal El Confidencial.

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Sanlam vai comprar 60% do negócio segurador da Multichoice

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2024

Com a compra, a Sanlam passa a ter acesso aos 21 milhões de clientes em África da Multichoice. A joint venture Sanlam Allianz vai tratar do negócio fora da África do Sul.

A seguradora sul-africana Sanlam acordou com a MultiChoise Group a compra de 60% do seu negócio segurador, NMS Insurance Services (NMSIS). Segundo um comunicado conjunto, as empresas também acordaram em expandir, a longo prazo, as suas ofertas de seguros e serviços financeiros aos clientes da MultiChoice em África.

Calvo Mawela, CEO da MultiChoice, e Paul Hanratty, CEO do Grupo Sanlam, destacam a colaboração estratégica entre as empresas como uma oportunidade de alavancar mercado, tecnologia e inovação em seguros, beneficiando clientes e partes interessadas com maior valor e crescimento.

A aquisição tem um custo inicial em dinheiro de 1,2 mil milhões de rands (mais de 62 milhões de euros) para a Sanlam que também se comprometeu a pagar em dinheiro um montante até 1,5 mil milhões de rands (mais de 78 milhões de euros) – dependente do montante de prémios brutos gerados pela MNSIS até 31 de dezembro de 2026.

A Sanlam supervisionará as operações da NMSIS através do seu cluster Sanlam Fintech. Mas a transação ainda está sujeita a aprovações regulamentares.

Com esta aquisição, a Sanlam e subsidiárias podem fazer a venda cruzada de produtos financeiros aos subscritores da MultiChoice em África, que rondam os 21 milhões nos 50 países onde opera. A seguradora sul-africana vai utilizar os canais de comunicação da Multichoice e “capacidades integradas de recolha de pagamentos para fornecer ofertas mais alargadas aos clientes da Multichoice”. Fora da África do Sul, a Sanlam Allianz fica encarregue de estabelecer o contacto com os clientes.

O diretor-executivo do Grupo Sanlam, Paul Hanratty, afirmou que a “união” dá ao grupo “a oportunidade de alavancar” a presença do mercado e tecnologia da MNSIS “que irão apoiar o crescimento e a penetração no mercado, bem como proporcionar oportunidades para a realização de sinergias em benefício de todas as partes interessadas.”

A MultiChoice vai utilizar as receitas da venda para fins de capital de exploração. Nota que mantém uma participação de 40% da NMSIS “o que lhe permite continuar a beneficiar do elevado potencial de crescimento deste segmento, maximizando simultaneamente o valor dos seus acionistas“, lê-se no comunicado.

Para o diretor-executivo da MultiChoice, Calvo Mawela, “esta colaboração com a Sanlam é um marco estratégico para a MultiChoice”. Uma vez que “permite aumentar o valor” que a companhia fornecesse aos clientes e também permite “aproveitar a experiência da Sanlam para impulsionar o crescimento e a inovação nas nossas ofertas de seguros em todo o continente”, acrescenta o responsável.

A NMSIS registou um crescimento de 36% para 970 milhões de rands (50 milhões de euros) em emissão de prémios bruto no ano fiscal que terminou a 31 de março de 2024 face ao ano anterior, o lucro após impostos aumentou 51% para 296 milhões de rands (mais de 15 milhões de euros) e o valor líquido dos ativos foi de 277 milhões rands (mais de 14 milhões de euros).

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PR terá mesma “frente comum perante problemas” com novo Governo que teve com anterior

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

"Se for possível haver a viabilização do orçamento, melhor", diz Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que "temos desafios económicos e financeiros pela frente muito urgentes"

O Presidente da República defendeu domingo que deve ter com o novo Governo a mesma predisposição que tinha com o anterior para “uma frente comum perante problemas nacionais”, considerando “preferível” se for possível ter o Orçamento do Estado aprovado.

“Eu acho que tenho a obrigação também de, havendo problemas importantes ou decisões importantes, ainda que por menos tempo e de forma menos intensa, ter a mesma predisposição relativamente ao novo primeiro-ministro e ao novo Governo. Por menos tempo porque o mandato está mais próximo do fim”, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa à margem da inauguração de uma exposição em Vila Franca de Xira quando questionado pelos jornalistas se esta é uma nova fase de coabitação com o Governo de Luís Montenegro.

O Presidente da República recordou como nos últimos anos, e “até às vezes desagradando” a sua área política, entendeu ser fundamental “em momentos cruciais, estar ao lado do primeiro-ministro e do Governo anterior“, referindo-se a António Costa e à “crise financeira, crise bancária, fogos ou pandemia“.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “em momentos cruciais” solidariedade significa o Presidente da República “estar em conjunto, em muitos momentos com o parlamento, mas noutros com o primeiro-ministro e com o Governo, naquilo que é uma frente comum perante problemas nacionais“.

“Não há dúvida que estamos com questões fundamentais para o país. Para mim a mais é importante é, além das que decorrem da guerra da Ucrânia e por isso é que eu convoquei um Conselho de Estado mal foram eleitos os novos membros, mas o problema do PRR porque todos temos a noção que é uma corrida contra o tempo”, explicou.

Questionado sobre se a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 era uma dessas questões, o Presidente da República afirmou que essa é “outra realidade”.

“É evidente que se for possível haver estabilidade política e estabilidade económica e financeira e portanto ser viabilizado o Orçamento do Estado, penso que estamos todos de acordo que se isso for possível é preferível”, insistiu.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que vê essa possibilidade, mas ressalvou que isso “depende dos partidos”.

“Sabendo da experiência do passado é bom isso estar presente precisamente porque estamos numa situação internacional pior, porque estamos com o PRR atrasado, porque temos desafios económicos e financeiros pela frente muito urgentes, se for possível haver a viabilização do orçamento, melhor”, enfatizou.

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Saldo orçamental do primeiro trimestre deverá ficar na linha de água

Instituto Nacional de Estatística divulga na segunda-feira o saldo orçamental do primeiro trimestre. Tema deverá voltar esta semana à 'ribalta', com audição de Sarmento no Parlamento.

Portugal corre o risco de não voltar a alcançar este ano o feito histórico registado no primeiro trimestre de 2023, quando pela primeira vez obteve um excedente orçamental no arranque do ano. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na segunda-feira o saldo orçamental do primeiro trimestre, em contabilidade nacional (a que conta para Bruxelas), e os economistas consultados pelo ECO consideram que o saldo orçamental, em contabilidade nacional, ficará na linha de água.

O tema promete voltar ao campo de batalha político, já que tem sido cavalo de guerra entre o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e o seu antecessor, Fernando Medina, a quem o governante social-democrata acusa de ter executado despesa não prevista com o anterior Governo em gestão.

“Admito que haja um ligeiro défice [no primeiro trimestre], dado aquilo que têm sido as comunicações do ministro das Finanças e em função de algumas despesas que não estavam previstas”, disse o economista e presidente do ISEG João Duque.

Por seu lado, Pedro Braz Teixeira, economista e diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, aponta para um saldo nulo. “Em contabilidade pública, o saldo foi de negativo de 259 milhões de euros, cerca de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em contabilidade nacional há sempre ligeiras divergências, pelo que o saldo deverá ter sido aproximadamente nulo, podendo ser ligeiramente positivo se parte da despesa registada este ano for atribuída ao ano anterior”, prevê.

Já para João Borges de Assunção, economista e coordenador do NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab, “parece normal” que o excedente acumulado “no primeiro trimestre de 2024 desça ligeiramente do valor anormalmente elevado registado em 2023”. Contudo, considera pouco provável “que entre já em território negativo”.

Pelo menos desde o início dos anos 2000 (data da sério histórica do INE) que o país não registava um excedente orçamental, em contabilidade nacional, nos primeiros três meses do ano. Alcançou-o no arranque do ano de 2023: 1,1% do PIB, superando o melhor resultado até então, quando no primeiro trimestre de 2019 o ex-ministro das Finanças e atual Governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, registou um saldo neutro (e o primeiro excedente da história democrática portuguesa, de 0,1% do PIB na totalidade do ano).

No primeiro trimestre de 2022, Portugal registou um défice de 0,6% do PIB, enquanto nos primeiros três meses de 2021 o défice atingiu 5,7%.

Para João Bordes de Assunção, “houve aumentos significativos de salários na Função Pública e pensões que entraram em vigor em janeiro com a aprovação do orçamento de estado para 2024”, que influenciam o desempenho das contas nacionais entre janeiro e março.

“Também houve descidas no IRS para além da mera correção técnica decorrente da inflação. Acresce que o governo cessante pode ter antecipado algumas despesas no quadro do envelope financeiro dado pelo orçamento de estado. Nesse sentido há alguma incerteza sobre se esses efeitos todos terão um impacto material e visível nas contas públicas do primeiro trimestre do ano”, aponta.

Pedro Braz Teixeira recorda que a receita corrente cresceu abaixo do orçamentado, destacando a receita fiscal, que apresentou uma ligeira queda.

“Para além disso, a despesa subiu mais do que o previsto, em particular as transferências, que subiram 22,8% quando a meta anual era de 7,5%, e as despesas de pessoal (subiram 7,8%, quando deveriam subir 5,6%)”, indica.

De acordo com a execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento (DGO), em contabilidade pública, o Estado registou um défice de 259 milhões de euros em março, último mês de Fernando Medina como ministro.

As contas em contabilidade nacional são apuradas pelo INE, em lógica de compromisso, sendo a utilizada nas comparações internacionais e na avaliação de Bruxelas. Os dados em contabilidade pública são divulgados pela DGO, sendo na ótica de caixa, ou seja, são considerados os recebimentos e pagamentos ocorridos em determinado período numa lógica de tesouraria.

O atual ministro das Finanças e o seu antecessor entraram em discórdia sobre as contas do Estado, em contabilidade pública, numa troca de acusações, na qual Miranda Sarmento estimou em cerca de 600 milhões de euros o défice registado até março, enquanto o ex-ministro das Finanças Fernando Medina refutou que o país apresente um problema orçamental.

A ‘guerra’ entre ambos levou mesmo o PS a chamar Miranda Sarmento ao Parlamento, onde será ouvido na próxima quarta-feira para esclarecer as declarações e a real situação orçamental.

Ligeiro excedente e 2024 ainda é cenário central

O cenário de um ligeiro excedente no final do ano ainda é o central para a generalidade dos economistas consultados pelo ECO, mas há riscos.

No Luxemburgo, esta semana, o ministro das Finanças mostrou-se confiante num excedente de cerca de 0,2% a 0,3% do PIB este ano, o que o economista João Borges de Assunção acredita ser possível. “Parece-me prematuro dizer que haverá um défice este ano. A atividade económica continua a evoluir de formal normal e sem agravamento no desemprego”, refere.

Por seu lado, João Duque considera que existe um risco de o país regressar aos défices já este ano, mas assinala que o ministro das Finanças tem alguns instrumentos para o evitar. “O ministro das Finanças vai fazer aquilo que aprendeu com Mário Centeno, que é cortar no investimento e assim evitar o défice. Vai ser assim”, antevê.

“No entanto, um défice de 0,1% ou um excedente de 0,1% é praticamente a mesma coisa”, defende.

Já Pedro Braz Teixeira destaca que “o crescimento tem sido em linha com o esperado, mas há significativos riscos geopolíticos, que não se têm materializado, mas que poderão concretizar-se até ao final do ano, podendo colocar em risco o cenário macroeconómico e, assim, a perspetiva de excedente orçamental”.

“Para além disso, o Governo não tem uma base parlamentar estável e tem havido coligações negativas na oposição, reduzindo a receita e aumentando a despesa. Por isso, existe um risco, sobretudo político, de regressarmos aos défices ainda em 2024”, conclui.

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JSD elege João Pedro Louro como presidente em congresso que marca os 50 anos

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

João Pedro Louro, até agora secretário-geral da JSD, sucede a Alexandre Poço, atualmente deputado e vice-presidente da bancada social-democrata.

A Juventude Social-Democrata (JSD) elegeu João Pedro Louro como novo líder, com 81% dos votos, durante o 28.º Congresso Nacional, que terminou domingo em Lisboa, anunciou a organização.

João Pedro Louro, até agora secretário-geral da JSD, sucede a Alexandre Poço, atualmente deputado e vice-presidente da bancada social-democrata na Assembleia da República e que cumpriu dois mandatos à frente da estrutura jovem dos sociais-democratas.

Segundo a organização do congresso, João Pedro Louro foi eleito 15.º presidente da ‘jota’ com 81% dos votos (337 votos), 16% em branco (66) e 3% nulos (14 votos).

João Pedro Louro, 29 anos, era candidato único à presidência da JSD, cargo que só poderá cumprir durante um mandato de dois anos, uma vez que não se poderá recandidatar depois de atingir a idade-limite de 30 anos para militar nesta estrutura.

No seu discurso na sessão de encerramento do congresso, que decorreu entre sábado e domingo na Praça do Campo Pequeno, o agora presidente dos ‘jotas’ social-democratas afirmou que “qualquer problema da juventude portuguesa importa à JSD”.

Discursos xenófobos e de incitamento ao ódio, isso importa à JSD, porque acredita na dignidade da pessoa humana, independentemente de qualquer circunstância“, referiu.

João Pedro Louro reiterou a defesa da semana de trabalho de quatro dias, uma das suas principais bandeiras: “A minha geração não quer viver para trabalhar, mas quer trabalhar para viver“, justificou.

“Rejeitamos a ideia de um país dividido” e por isso, sustentou, “a coesão territorial vai mesmo ser uma prioridade, porque é investir na igualdade de oportunidades“.

Não pode haver um país de primeira e um país de segunda, um país que interessa e um país que é só paisagem”, afirmou o líder da JSD.

O novo presidente disse ainda querer inverter a “triste pirâmide demográfica” e aumentar a representatividade dos jovens nas autarquias, estabelecendo o objetivo de o PSD “ter mais jovens autarcas [nas eleições autárquicas] em 2025”.

Já o líder social-democrata, Luís Montenegro, que discursou na mesma sessão, saudou “de forma muito viva” João Pedro Louro, agradecendo “profundamente o apoio, alegria e energia da JSD nas duas últimas campanhas [legislativas e europeias]”.

Montenegro deixou uma mensagem ao atual secretário-geral, João Pedro Luís, e ao atual presidente da JSD: “Não me esqueci do vosso entusiasmo, espírito de solidariedade e companheirismo, mesmo numa campanha onde individualmente tinham algumas razões para não estarem satisfeitos“.

Ao presidente cessante, Alexandre Poço, manifestou um “profundo reconhecimento pela forma como conduziu os destinos da JSD” nos últimos anos, reconhecendo que os dois “nem sempre” estiveram de acordo e houve “momentos de alguma tensão”.

“Sempre soubemos colocar o interesse das nossas estruturas e do país à frente desses pequenos momentos”, comentou.

No congresso, com o lema “Somos a História do Futuro”, os participantes cantaram os parabéns à JSD, pelo 50.º aniversário.

Estiveram presentes, entre outros, a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Morais; a ministra da Juventude e Modernização e antiga líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes; a eurodeputada Lídia Pereira, eleita pela Aliança Democrática (AD), ou o líder da Juventude Popular, Francisco Camacho.

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📹 Número de milionários no mundo não pára de crescer

  • ECO
  • 23 Junho 2024

No final de 2023 havia quase 23 milhões de pessoas com património acima de um milhão de dólares, mais 55% do que há dez anos.

Há cada vez mais pessoas com elevado património líquido e a sua riqueza engordou 4,7% no ano passado, para quase 87 biliões de dólares. As perspetivas de cortes de taxas de juro e o ambiente económico mais favorável vão permitir aos milionários capitalizar boas oportunidades de investimento. Saiba mais no vídeo.

http://videos.sapo.pt/ow9ZNh2ZOtzSHGKKDed1

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

 

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Rock in Rio Lisboa regressa ao Parque Tejo em 2026

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

No sábado, de acordo com a organização, estiveram na 'cidade do rock' 60 mil espectadores.

O festival Rock in Rio Lisboa, cuja 10.ª edição hoje domingo, vai regressar ao Parque Tejo em 2026, anunciou a organização, revelando que aquele espaço volta a estar acessível ao público a partir de 15 de julho.

“A próxima edição do Rock in Rio Lisboa está confirmada nesta casa linda que é o Parque Tejo“, afirmou a diretora do festival, Roberta Medina, numa conferência de imprensa ao início da tarde, no recinto do Rock in Rio Lisboa, convocada para assinalar o último dia da 10.ª edição. O Rock in Rio Lisboa acontece de dois em dois anos, por isso a 11.ª edição irá acontecer em 2026.

Desde que se estreou em Portugal, em 2004, a ‘cidade do rock’, o recinto do festival, foi sempre erguido no Parque da Bela Vista, tendo este ano acontecido, pela primeira vez, no Parque Tejo.

Aquele espaço, que começou a ser recuperado para acolher, em agosto do ano passado a Jornada Mundial da Juventude, voltará a estar acessível ao público em geral, “parcialmente”, a partir de 15 de julho. De acordo com Roberta Medina, a partir desse dia “a população pode voltar a passear no Parque Tejo”.

Com o Parque Tejo sem grandes alterações desde agosto do ano passado, o espaço estará novamente acessível com algumas infraestruturas deixadas no local pelo festival.

Vamos deixar uma unidade de casas de banho permanentes, vamos entrar em detalhes com a Câmara Municipal de Lisboa e as Juntas de Freguesia para ver se deixamos algumas mesas para picnics“, referiu Roberta Medina.

A mudança do Rock in Rio Lisboa do Parque da Bela Vista para o Parque Tejo originou várias críticas por parte do público, nomeadamente em relação aos acessos ao recinto, falta de sombras e longas filas para aceder a espaços de restauração e casas de banho.

Como o festival aconteceu em dois fins de semana — nos dias 15 e 16 de junho e hoje e sábado — a organização anunciou durante a semana que esteve “a preparar operações para melhorar os principais temas apontados pelo público”.

Para que o público seja “avisado sobre informações como filas, espaços de alimentação com menos fila, WC disponíveis com menos afluência, avisos de concertos quase a começar, entre outros”, foi criado um canal de WhatsApp Oficial do Rock in Rio Lisboa, que “qualquer pessoa pode seguir”, de forma a “receber informação em tempo real antes e durante o festival”.

Além disso, reforçou o apelo para que o público recorra aos transportes públicos para chegar ao recinto, recordando que, além de um ‘shuttle’ que circula entre a Estação do Oriente e a ‘cidade do rock’, há a estação de comboios de Sacavém, situada a sete minutos a pé do recinto e que “operou em tranquilidade no primeiro fim de semana”.

As portas da ‘cidade do rock’ abriram às 13:00, pela última vez este ano. E a essa hora já largas centenas de pessoas estavam à espera para entrar.

Hoje, a lotação está esgotada, sendo esperados 80 mil espectadores, à semelhança do que aconteceu nos dias 15 e 16 de junho.

Segundo Roberta Medina, ter três dias esgotados é “algo que nunca tinha acontecido no Rock in Rio Lisboa”. No sábado, de acordo com a organização, estiveram na ‘cidade do rock’ 60 mil espectadores.

Aos 300 mil espectadores presentes nos quatro dias da 10.ª edição, é preciso juntar os cerca de 14.500 credenciados, entre ‘staff’ e jornalistas.

O 10.º Rock in Rio encerra hoje com Aitana, Ne-Yo, Camila Cabello e Doja Cat, no Palco Mundo, o principal do festival. Nos outros palcos atuarão, entre outros, Pedro Sampaio, Luísa Sonza, Anselmo Ralph, ProfJam, MC Cabelinho, Veigh e April Ivy.

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UEFA vai reforçar medidas para impedir adeptos de invadir relvados

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

A decisão surge depois de vários episódios, o último dos quais no sábado, quando pelo menos seis adeptos entraram em campo para tentar tirar selfies com Cristiano Ronaldo.

A UEFA anunciou domingo o reforço das medidas de segurança para evitar a invasão de campo por parte de adeptos no decorrer do Europeu de futebol da Alemanha.

A decisão surge depois de vários episódios, o último dos quais no sábado, quando pelo menos seis adeptos entraram em campo para tentar tirar selfies com Cristiano Ronaldo.

Vão ser implementadas medidas de segurança adicionais nos estádios para melhor atender às exigências do torneio e prevenir tais incidentes“, revelou a UEFA, sem especificar o seu conteúdo na prevenção contra os ‘intrusos’, que serão alvo de processos criminais.

A UEFA recorda que “qualquer incursão no campo constitui uma violação das regras do estádio e resultará na expulsão do mesmo, na proibição de assistir aos restantes jogos do torneio e na apresentação de uma queixa criminal formal por invasão“.

No sábado, em Dortmund, vários adeptos entraram em campo rumo a Cristiano Ronaldo, que no fim da partida em que Portugal venceu a Turquia por 3-0, da segunda jornada do Grupo F, voltou a ser alvo do assédio de diversos fãs, que têm interrompido várias partidas.

Apesar dos adeptos aparentarem desejar apenas uma foto com o seu ídolo, este plano da UEFA visa proteger os futebolistas de qualquer perigo.

As invasões de campo começam a ser recorrentes, sendo que um dos prevaricadores neste Euro2024 entrou com uma câmara rumo ao belga Kevin De Bruyne, no desafio contra a Eslováquia, em Frankfurt.

Na final da Liga dos Campeões, em Londres, entre o Real Madrid e o Borussia Dortmund, registaram-se várias invasões do relvado, alegadamente motivadas por uma oferta de dinheiro de um conhecido youtuber.

Quando se disputarem os jogos desta noite, estarão cumpridos mais de metade dos desafios do Euro2024, nomeadamente 26 dos 51 do programa que termina em 14 de julho.

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Direção Executiva do SNS garante urgências materno-infantis

  • Lusa
  • 23 Junho 2024

As 12 urgências de obstetrícia e pediatria encerradas estão a funcionar em rede com outras unidades, diz em comunicado a direção do SNS.

A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) assegurou domingo que as 12 urgências de obstetrícia e pediatria encerradas estão a funcionar em rede com outras unidades, garantindo o acesso a cuidados de saúde a todos os utentes.

Estes serviços de urgência que manifestam alguns constrangimentos têm a urgência interna em funcionamento, sendo que, alguns estão dotados de capacidade de receber casos urgentes referenciados pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela Linha SNS 24 grávidas“, refere a DE-SNS em comunicado.

No âmbito dos Serviços de Urgência de Obstetrícia e Pediatria do SNS, a DE-SNS esclarece que “o Plano de Verão, previamente anunciado pelo Governo, está a ser cumprido sem qualquer dificuldade e que as 12 urgências que este domingo apresentam constrangimentos estão a funcionar em rede com outras unidades, garantindo assim o acesso a cuidados de saúdes a todos os utentes”.

Realça ainda que há 125 serviços de urgência em Portugal continental que estão hoje abertos 24 horas.

Em particular, sobre os serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia localizados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, afirma que “o plano assistencial está a ser cumprido”. “As três maternidades localizadas na Península de Setúbal estão a desenvolver a sua atividade em modelo de rotatividade semanal, garantindo aqui uma urgência sempre aberta ao exterior”, salienta.

No caso da Grande Lisboa, as urgências de obstetrícia/ginecologia ao fim de semana estão asseguradas através da abertura permanente da Maternidade Alfredo da Costa e do Hospital de Cascais, que são apoiados pelo Hospital de São Francisco Xavier um fim de semana por mês e pelo Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) outros dois fins de semana por mês.

A DE-SNS adianta que, no caso dos hospitais de Caldas da Rainha, do Médio Tejo e de Santarém, também existe uma coordenação para que resposta ao nível da urgência de obstetrícia/ginecologia seja alternada.

Recorda que este plano para as urgências de obstetrícia da Região de Lisboa e Vale do Tejo foi acordado entre o Ministério da Saúde, com os diretores clínicos e presidentes dos conselhos de administração dos hospitais envolvidos, em reuniões que contaram também com a colaboração do colégio de Obstetrícia da Ordem dos Médicos.

Sublinha que “o reforço do trabalho em rede entre as equipas de instituições hospitalares e dos cuidados de saúde primários, assim como o planeamento estratégico atempado da resposta”, é uma das suas missões centrais.

A Direção Executiva do SNS refere que é o “organismo responsável por estabelecer a estratégia adequada para assegurar uma cultura de previsibilidade, segurança e confiança na utilização dos serviços de saúde, bem como uma utilização que maximize os recursos disponíveis e induza um melhor planeamento”.

No comunicado, agradece “a todas as equipas profissionais de saúde do SNS que têm permitido, numa época tão difícil como o verão, continuar a assegurar aos cidadãos cuidados assistenciais de urgência em segurança e com qualidade”.

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