Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ, considera que nenhuma reforma se fará se não avançarmos para uma “lógica de pactos” de regime naquilo que é essencial para o país.
Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ, acredita que perante o atual contexto do país é preciso garantir que o primeiro semestre de 2024 não seja um “semestre perdido”, em particular no tema do investimento público e privado.
O líder da PLMJ considera ainda que nenhuma reforma se fará se não avançarmos para uma “lógica de pactos” de regime naquilo que é essencial para o país e que sobreviva ao tempo dos ciclos políticos: a transição energética, a transição digital, a atração de investimento e a criação das condições certas para que este se concretize em espaços de tempo aceitáveis.
Que reforma espera a curto prazo para Portugal em 2024?
Há duas décadas, pelo menos, que falamos na necessidade de reformas, mas o que sempre acaba por acontecer é que acabamos a resolver a urgência e a superar um qualquer momento difícil. Eis-nos aqui outra vez, sem margem para falar em reformas necessárias, como seria a reforma de mecanismos de atração de investimento, reforma fiscal, reforma na Saúde e na Educação.
A mesma pergunta colocada antes desta crise política, teria outro tipo de resposta. No contexto atual, penso que o mais necessário e urgente é garantir que o primeiro semestre de 2024 não seja um semestre perdido para o país, em particular no tema do investimento público e privado. Isto liga-se com o contexto de incerteza política que nunca é positivo quando falamos de captação de investimento e do normal andamento dos projetos em curso.
Há também o tema da execução do PRR que, uma vez mais, não beneficia de contextos políticos incertos e, a esse nível, as perspetivas não são as mais animadoras: é altamente provável, para não dizer certo, que o próximo Governo será minoritário, o que atrasará ainda mais a transição de legislatura por causa dos acordos que o partido vencedor terá de fazer, à esquerda e à direita.
Nenhuma reforma se fará se não conseguirmos avançar para uma lógica de pactos de regime naquilo que é essencial para o país e que sobreviva ao tempo dos ciclos políticos: a transição energética, a transição digital, a atração de investimento e a criação das condições certas para que este se concretize em espaços de tempo aceitáveis. A verdade é que Portugal corre o risco de ser substituído no mapa de investimento por países do Leste da Europa. Temos beneficiado do fator paz, mas a guerra não durará para sempre.
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“Nenhuma reforma se fará sem pactos”
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