Inês Azevedo e João Ascenso, managing partners da Ethikos Lawyers Portugal, explicaram o novo passo na internacionalização da firma e não “fecham” a porta à especialização em outras áreas.
Uma nova mudança aconteceu no mercado de advocacia em abril: a Azevedo Ascenso/AAMT Legal integrou a aliança internacional Ethikos Lawyers, passando a operar sob a marca Ethikos Lawyers Portugal. Um passo alinhado com os outros dois escritórios da firma internacional em Bruxelas e Luxemburgo.
“O nosso trabalho já passava amplamente pela assessoria a clientes internacionais, e agora reforçamos o nosso perfil internacional alargando o espetro para dois novos escritórios, em Bruxelas e Luxemburgo”, refere a fundadora e managing partner Inês Azevedo.
À Advocatus, explica que já tinham uma relação estabelecida com ambos os escritórios e que ao longo do tempo foram se apercebendo que partilhavam da mesma forma de encarar a atividade da advocacia e a relação com os clientes. “Portanto foi com toda a naturalidade que tivemos as primeiras conversas sobre a ideia e a partir daí tudo se concretizou de uma forma já bastante orgânica”, acrescenta.
Outro dos fundadores e managing partner, João Ascenso, considera que esta aliança permitirá à firma ter um alcance “mais global” e um visão e filosofia “partilhadas” que colocam os valores humanistas, da confiança e de simplicidade no centro das ações e relações entre escritórios, clientes e colaboradores.
“É esta a fórmula descomplexada, de proximidade com o cliente, de relações de trabalho fortes e transparentes que acreditamos ser a essência e o futuro da profissão e o caminho para o sucesso dos nossos clientes”, sublinha João Ascenso. Os escritórios da aliança estão também a desenvolver as áreas de formação de recursos humanos e o desenvolvimento tecnológico, dois pilares que consideram “fundamentais” para o futuro do crescimento orgânico da aliança.
Sobre a escolha do nome Ethikos Lawyers, Inês Azevedo assegura que é uma designação que espelha “bem” a filosofia e a forma como encaram o exercício da profissão, “colocando os valores humanistas sempre como prioridade” na sua atuação.
Apesar de ser um projeto recente, os managing partners garantem que o feedback tem sido “muito positivo” e que os clientes têm recebido a novidade com muito entusiasmo. “Foi muito bom ouvir os nossos clientes a confirmar que gostam de trabalhar connosco exatamente pela abordagem que temos e que define em grande medida a visão deste projeto”, revela João Ascenso.
De olhos postos na tecnologia e compliance
Atualmente com uma equipa de 18 colaboradores, a Ethikos Lawyers Portugal quer crescer de forma orgânica, mantendo uma “dimensão humana” e com uma cultura de trabalho “muito diferenciadora”.
“Sendo o nosso core a assessoria à mobilidade internacional de empresas e clientes particulares em Portugal e investimento estrangeiro, o nosso foco agora, com dois novos escritórios, é tornarmo-nos um aliado ainda mais relevante nos processos de internacionalização dos clientes e podermos beneficiar da experiência dos outros escritórios da Ethikos Lawyers para alargar as nossas áreas de prática”, assume o fundador João Ascenso.
Definindo-se como um escritório “relativamente jovem”, a Ethikos Lawyers Portugal centra a sua prática nas áreas de Imigração, Fiscal, Imobiliário, Societário, prestando assessoria à mobilidade internacional de empresas e clientes particulares em Portugal e investimento estrangeiro.
“Na assessoria de proximidade junto dos nossos clientes, acabamos por trabalhar também noutras áreas relativamente às quais temos acumulado bastante experiência como Direito Internacional Privado, especialmente Sucessões, Família e Contratos, Laboral e Contencioso”, explica Inês Azevedo.
Os fundadores não “fecham” a porta à especialização em outras áreas e garantem que é “natural” que com o crescimento surja uma maior participação, por exemplo em operações de fusões e aquisições de grande dimensão. “Mas considerando o perfil dos nossos clientes, não escondemos a ambição de crescer na área da tecnologia e compliance”, avança Inês Azevedo.
Expansão está a ser discutida
Os próximos passos da aliança são em direção a um crescimento da marca internacionalmente, implicando este objetivo um “contínuo desenvolvimento” da organização, tanto nos escritórios que já fazem parte como no alargamento da rede a outros escritórios e geografias. Já a nível interno, pretendem continuar a trajetória de crescimento que têm tido desde a fundação em 2022.
“Queremos continuar a ser uma referência na área da mobilidade internacional de pessoas e empresas, na vertente inbound e outbound, e na assessoria ao investimento estrangeiro na vertente imobiliária e societária. A nossa especialização nesta área é o que nos tem permitido trabalhar em projetos maiores e mais complexos. Queremos ser a referência em Portugal para os investidores estrangeiros e para as empresas portuguesas que recrutam internacionalmente”, assume Inês Azevedo.
A fundadora admite que a expansão para outras cidades e países já está a ser discutida entre a rede dos três escritórios. “Numa primeira fase a nível europeu, depois a nível internacional. Sabemos que os problemas da profissão e do mercado que nos levaram a desenvolver esta visão diferenciada são comuns a todos os países pelo que estamos certos que encontraremos outros escritórios que partilhem dos nossos valores”, refere.
João Ascenso revela que têm a ambição de levar esta rede internacional à dimensão com que a idealizaram, mas que para isso têm de consolidar a parceria e crescer de forma sustentada.
Já ao nível da Ethikos Lawyers Portugal não têm a ambição de serem das maiores sociedades de advogados do país, mas querem ser uma “referência” nas áreas em que trabalham e querem dar um contributo positivo à forma de ver e estar na advocacia em Portugal. “Isto não é o trabalho só de 10 anos, mas de uma vida. A grande diferença daqui a 10 anos será possivelmente a consolidação da nossa reputação interna e o nosso posicionamento internacional”, conclui João Ascenso.
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Ethikos Lawyers quer ser referência na área de mobilidade internacional
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