A JPAB promoveu alterações estruturais nas áreas prática que permitiram “acompanhar o dinamismo da sociedade em geral”. Na firma “ser advogado é ser advogado”, sem qualquer tipo de mistificações.
A sociedade de advogados José Pedro-Aguiar Branco reorganizou recentemente as áreas de família e clientes privados. Com esta alteração estrutural, a advogada Ângela Vieira passou a assumir a coordenação da área de família, substituindo assim Maria Filomena Neto, que, ao fim de mais de 40 anos como advogada, abandona a prática profissional societária.
“Procurámos acompanhar o dinamismo da sociedade em geral nestas áreas também, entregando a coordenação de família, que tantos, e tão diferentes do passado, desafios conceptuais os nossos dias colocam, a uma advogada mais jovem mas de enorme talento e créditos profissionais firmados”, referiram Pedro Botelho Gomes e Paulo Cutileiro Correia, administradores da JPAB. Para os advogados é uma área em que é preciso saber aliar o “conhecimento técnico” a “características pessoais” que permitam muito conforto aos clientes.
Confiantes no sucesso da chefia por parte de Ângela Vieira, que acreditam que é a conjugação de energia nova, dinamismo acrescido e um saber jurídico que só pode ter sucesso, a JPAB entregou a coordenação da área de clientes privados a João Castro Baptista.
“O João Castro Batista conhece os nossos clientes muitíssimo bem e tem, obviamente, um profundo saber da nossa realidade interna. Pode num piscar de olhos identificar todos os que devam participar no acompanhamento de qualquer assunto e tem já a senioridade que esta ‘super-coordenação’ convoca”, explicam.
Mas as mudanças têm vindo a ser constantes na firma e no mês de dezembro de 2019 autonomizaram a área de direito financeiro & direito das garantias. A liderar este departamento ficou a advogada Marisa Silva Monteiro. Uma reformulação com vista ao crescimento da JPAB, segundo os administradores.
“Quando dizíamos antes ‘área de prática de bancário & financeiro’ estávamos a usar um rótulo comum para trabalho jurídico muito distinto, com pouco rigor de clareza para quem nos procura”, refletem Pedro Botelho Gomes e Paulo Cutileiro Correia.
“Aprofundámos contactos com escritórios de outras cidades”
Atualmente com cerca de 48 advogados e quatro consultores espalhados pelos escritórios de Lisboa e do Porto, a JPAB mantém uma relação com várias firmas espalhadas pelo país.
“Aprofundámos contactos com escritórios de outras das nossas cidades que acoplamos a nós sempre que um dossier ou uma operação em concreto o justifica. E há, até por uma necessidade geográfica mais impressiva, escritórios com quem mantemos relação privilegiada nos Açores e na Madeira”, notam os administradores da JPAB.
No plano internacional, a firma pretende manter uma rede de escritórios parceiros nos mais diversos locais, de forma a permitir terem “sempre a capacidade de resposta” que necessitem convocar nas diferentes jurisdições que cruzam os interesses dos clientes pelas mais diferentes ordens de razões.
Com dois escritórios, um no Porto e outra em Lisboa, os administradores da firma não encontram grandes diferenças na forma de exercer direito nestas duas cidades.
“Todo o caminho de construção interna e de relação com os clientes se fez sem distinção de cidade ou região. Nos tempos desta pandemia que todos enfrentámos, e num certo sentido, podemos dizer que fomos à frente do nosso tempo”, contam Pedro Botelho Gomes e Paulo Cutileiro Correia.
Apesar de não rotularem quais são as áreas mais fortes, afirmam que existem realidades evolutivas que se impõem às estruturas.
“Podíamos por exemplo pensar no fiscal, que hoje é uma área de forte aposta estratégica e que há vinte e tal anos quase não tinha qualquer afirmação de especialidade. O mesmo se diga do direito do desporto, outro exemplo. As áreas mais recentes ou que se autonomizam juntam-se às áreas que cresceram connosco nestes anos todos. É público e notório que a JPAB sempre se afirmou no societário, no contencioso civil, no laboral, no imobiliário. E um sublinhado para as nossas áreas de público & ambiente e de transportes que têm conhecido um incremento notável”, explicam Pedro Botelho Gomes e Paulo Cutileiro Correia.
Na JPAB “ser advogado é ser advogado”
“Somos discretos e não gostamos muito de falar de nós!”. Foi assim que Pedro Botelho Gomes e Paulo Cutileiro Correia começaram por definir a JPAB no mercado da advocacia.
“Mas em todo o caso diremos que nos definimos pelo rigor e profissionalismo das nossas equipas e por um sentido da deontologia e ética profissionais que receamos esteja em queda à nossa volta ou que, pelo menos, possam estar a ser menos considerados”, acrescentam.
Definimo-nos pelo rigor e profissionalismo das nossas equipas e por um sentido da deontologia e ética profissionais que receamos esteja em queda à nossa volta ou que, pelo menos, possam estar a ser menos considerados.
Para os administradores tudo o que foi construído foi pensado para “servir” os clientes. “Somos ambiciosos q.b., sem petulâncias nem egos exacerbados, e formamos um todo coeso que tem tantos rostos quantos os advogados que em cada momento trabalhem connosco. Não cultivamos a dicotomia do ‘palco’ versus um anónimo back office”, referem.
Foram mais longe e asseguraram que na firma “ser advogado é ser advogado”, sem qualquer tipo de mistificações nem sofismas, e sempre com “rosto próprio”. “Sem clientes não se faz advocacia, por mais divas mediáticas que se exibam na montra”, concluem.
À Advocatus, José Pedro Aguiar-Branco, sócio fundador da JPAB, acredita que os passos dados estão a permitir que a firma permaneça “forte” e “saudável” daqui a duas décadas.
“Temo-nos dotado de jovens talentos nas nossas equipas que ‘crescem’ connosco, comungam do nosso posicionamento e conceito na forma de exercício da profissão, apetrechamos o escritório com as ferramentas tecnológicas que nos vão aparecendo adequadas em cada momento. Tal como referimos quando falávamos da nova coordenadora da área de família, estamos já a viver fenómenos de ‘sucessão’ interna na sociedade, e com inegável sucesso e serenidade”, explica.
Os desafios da pandemia
Com a pandemia Covid-19, as firmas tiveram de se reinventar e adaptar, e na JPAB os administradores garantem que estão “muito atentos às mudanças”.
“Refletimos e monitorizamos a nossa capacidade de resposta e produtividade e os resultados do teletrabalho são excelentes. Equacionámos novos modelos de expansão no que podemos chamar “rede JPAB”; somos hoje uma estrutura mais flexível e criativa do que éramos há meio ano”, asseguram Pedro Botelho Gomes e Paulo Cutileiro Correia.
Ainda assim sublinham a angústia que advém das dúvidas do que possa a vir a ser a “nova normalidade” na vida das pessoas e das organizações. “Cá estaremos para manter o rumo essencial, ajustar, adaptar, fazer diferente, sem abrir mão da cultura do escritório e do posicionamento no mercado que construímos. Mantemos uma determinação total em tudo fazer para não nos descaracterizarmos”, acrescentam.
Face à pandemia, a sociedade criou a task force JPAB+react de forma a dar apoio jurídico a startups e ao empreendedorismo. Sob o lema +riscos+oportunidades, este mecanismo tem especial foco nas áreas de captação de investimento, financiamento, corporate, laboral e fiscal.
“A atual conjuntura de crise induzida pelo Covid-19 é um teste de resistência às startups, com desafios profundos e complexos ao ecossistema do empreendedorismo, mas que, em simultâneo, pode significar uma nova era de ideias de inovação e de oportunidades, induzidas, desde logo, pela digitalização forçada”, explicam os administradores.
Desta forma, a task force pretende “atuar perante esses desafios e apoiar os empreendedores na identificação de soluções que permitam a recuperação e o desenvolvimento do ecossistema à escala nacional e internacional”.
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JPAB: “Sem clientes não se faz advocacia, por mais divas mediáticas que se exibam na montra”
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