A Kennedys lançou a Plataforma QI que pretende inovar tecnologicamente o setor. O sócio Paulo Almeida prevê que a médio/longo prazo o principal desafio da firma seja reforçar a sua presença no país.
Tem uma reclamação processual a fazer? Agora pode resolver os seus problemas através da Plataforma IQ, a mais recente aposta tecnológica do setor da advocacia lançada pela sociedade de advogados Kennedys.
Esta plataforma suporta um conjunto de ferramentas inteligentes que fazem a gestão de processos de reclamações, sinistros e ações, do mercado segurador, e não só.
“Essas ferramentas assentam na combinação de machine learning, inteligência artificial, processamento de linguagem corrente, análise de dados e processos de trabalho. A ideia é facultar aos nossos clientes empresarias, soluções à medida, que possam ajudar nos seus processos organizativos, com elevada poupança de tempo, dinheiro e melhores resultados, contribuindo para a otimização de custos com serviços de assessoria jurídica”, explica Paulo Almeida, sócio da Kennedys responsável pelo escritório de Lisboa.
Este novo serviço foi desenvolvido pela Kennedys IQ, que é a entidade criada pela firma para liderar a área de inovação e tecnologia. “Esta nova estrutura conta hoje com 30 pessoas e integra a pré-existente Kennedys Cognitive Computing, que tem a sua base operacional na Índia”, explica o sócio.
Na busca por uma solução inovadora, surgiu a ideia da Plataforma IQ. Paulo Almeida apontou a “redução de custos, sem deixar de proporcionar o apoio jurídico” como o principal mecanismo deste mecanismo.
“Têm sido, portanto, os nossos clientes os grandes impulsionadores desta nossa aposta na inovação e desenvolvimento, que há alguns anos atrás não se imaginava como possível no mundo da advocacia”, reforça o sócio.
Têm sido, portanto, os nossos clientes os grandes impulsionadores desta nossa aposta na inovação e desenvolvimento, que há alguns anos atrás não se imaginava como possível no mundo da advocacia.
Em 2019, a Kennedys cresceu 11% no número de advogados em todas as jurisdições que marcam presença, o que se traduz também um aumento ao nível da faturação e na confiança dos seus clientes, segundo Paulo Almeida.
“Claro que queremos que os nossos clientes continuem a usar os nossos serviços jurídicos, mas o que queremos também, com este investimento em inovação, e isto é o ponto central, é que os clientes e outros operadores de mercado nos procurem quando realmente necessitam, automatizando tarefas que podem ser deixadas à inteligência artificial, concentrando, assim, nos nossos advogados os assuntos mais importantes e complexos, que não podem prescindir do apoio de um advogado”, assegura.
À Advocatus, o sócio da Kennedys refere que o feedback dos clientes tem sido “extremamente positivo”.
Desafio atual é o Covid-19
Oito meses depois da integração do escritório N. Maldonado Sousa & Associados na Kennedys, Paulo Almeida reflete que este passo se deu de “forma muito fácil e tranquila”, fruto da visão de negócio e advocacia que ambas partilhavam.
“A vinda do Nuno Maldonado Sousa para a Kennedys, juntamente com a sua equipa, resultou num reforço assinalável das nossas capacidades na área do societário e comercial, bem como imobiliário e laboral”, explica o sócio.
Após 11 anos a operar em Portugal, a experiência tem sido “francamente positiva”, no entendimento do líder português.
“A possibilidade de ser sócio duma firma inglesa e ao mesmo tempo global, tem sido extremamente enriquecedora e desafiante, sobretudo ao nível do tipo de prática que temos vindo a desenvolver, mas também quanto à integração na estrutura institucional internacional. Hoje o escritório português está plenamente consolidado e, sem dúvida, apostado em crescer”, nota Paulo Almeida à Advocatus.
Com às áreas do mercado segurador e ressegurador mundiais e ainda de corporate e comercial como o principal motor de crescimento da sociedade, a pandemia do Covid-19 e o consequente trabalho remoto é o principal desafio da Kennedys.
“A nossa infraestrutura informática provou estar à altura e estamos a conseguir dar resposta aos nossos clientes, praticamente como anteriormente fazíamos. Neste momento só nos resta esperar adaptar-nos o melhor possível a esta terrível crise e tentar superar este momento, assim como os tempos não menos difíceis que, por certo, se lhe seguirão”, refere o sócio da Kennedys responsável pelo escritório de Lisboa.
A médio/longo prazo, Paulo Almeida crê que o principal desafio em Portugal seja reforçar a sua presença e crescer.
Distinguida em setembro de 2019, pelo Financial Times, no FT Innovative Lawyers Europe, com o prémio “Innovation in the business of law: New products and services”, Paulo Almeida não sabe se o prémio se vai manter, mas de uma coisa está seguro.
“Uma coisa posso garantir, a aposta e investimento em inovação e desenvolvimento que a Kennedys decidiu fazer, está para ficar e é um caminho que continuaremos a trilhar, em estreita colaboração com os nossos clientes, sempre com o objetivo de os ajudar no seu negócio, encontrando as melhores soluções para os seus problemas jurídico-legais”, conclui Paulo Almeida.
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Plataforma IQ é um passo na modernização da advocacia
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