Aprender, evoluir e adaptar: a fórmula para o progresso profissional
Neste 1 de maio importa refletir sobre como podem os profissionais se adaptar e evoluir no atual mercado de trabalho, contribuindo também eles para responder ao atual desafio da escassez de talento.
Num período em que o mercado de trabalho enfrenta grandes mudanças vinculadas à transformação digital, à descarbonização e ao desenvolvimento de novos modelos de negócios, as empresas encaram, hoje, desafios no que diz respeito ao encontro entre as competências necessárias e as disponíveis no mercado. Dados do estudo “Talent Shortage 2023”, do ManpowerGroup, corroboram esta realidade, com 84% dos empregadores portugueses a revelarem dificuldades em encontrar profissionais que correspondam aos perfis desejados. Neste 1 de maio, Dia do Trabalhador, importa, assim, refletir sobre como podem os profissionais se adaptar e evoluir no atual mercado de trabalho, contribuindo também eles para responder ao atual desafio da escassez de talento.
A implementação de programas de upskilling, que visam desenvolver competências novas nos trabalhadores, é uma das estratégias que as empresas já estão a adotar ou pretendem implementar a prazo, para combater o referido desencontro. Nesta linha, a vontade de evoluir profissionalmente e a capacidade de aprender e adquirir competências diferentes ao longo de toda a vida profissional – a learnability –, são essenciais para que os profissionais consigam evoluir, trabalhando as suas skills transferíveis e desenvolvendo novas competências mais alinhadas com as necessidades das organizações. Dispor-se a aprender é uma mais-valia num mercado de trabalho que se encontra em constante mudança, garantindo assim a empregabilidade atual e futura dos profissionais.
A par disto, a disponibilidade para adotar percursos de carreira variados, abraçando novas funções ou setores e desenvolvendo novas competências ajustadas aos desafios que vão surgindo, permite a construção de um perfil profissional mais ágil. Com o aumento acentuado da procura por profissionais em áreas novas, em forte crescimento, como é o caso da tecnologia, dos green jobs, de data e anaytics ou da IA, é bastante valorizada a possibilidade de os profissionais desenvolverem competências que permitam abraçar desafios nunca antes endereçados. Através de soluções de formação para reskilling, os profissionais podem evoluir, ficando habilitados para assumir funções novas e contribuindo, assim, para responder à atual escassez de talento nestas áreas.
Mas ser um bom profissional nos dias de hoje não implica apenas evoluir tecnicamente. Cada vez mais, as competências humanas são valorizadas pelos empregadores. Ainda segundo o estudo “Talent Shortage” deste ano, qualidades como a resiliência, a tolerância ao stress, a adaptabilidade e a orientação para a tomada de iniciativa, surgem como algumas das soft skills que as empresas mais procuram nos profissionais e que mais dificuldade têm em encontrar. Por isso, elementos profissionais que se demonstrem resilientes e que tenham uma boa capacidade de se adaptar à volatilidade do mercado atual asseguram uma linha de permanência e estabilidade, sendo extremamente valorizados pelas empresas.
Aprender, evoluir e adaptar são, talvez, as três palavras-chave para os profissionais que desejam enfrentar e responder às atuais exigências do mercado. Assim, saber lidar com as mudanças permanentes e, acima de tudo, procurar sempre aprender e desenvolver competências adicionais, são passos essenciais para vingar profissionalmente e para obter o reconhecimento desejado.
Enquanto profissionais, para nos destacarmos, devemos sempre ter em conta o que o mercado procura e o que podemos fazer a título pessoal para evoluir, sendo esta a verdadeira “fórmula” para o reconhecimento e sucesso profissional.
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