Diversidade e inclusão no trabalho e a urgência de uma evolução cultural nas empresas

  • Pedro Amorim
  • 28 Junho 2024

Apoiar um ambiente de trabalho inclusivo é um papel de todos, mas as lideranças devem assumir esta missão e liderar pelo exemplo até às camadas mais juniores.

Estamos a caminhar rumo a um mercado de trabalho cada vez mais inclusivo e diverso, à medida que as empresas compreendem que o seu bem mais valioso são as pessoas e investem recursos nos seus colaboradores.

Mais do que nunca, os trabalhadores querem saber qual a posição das empresas nas questões que são mais importantes para eles e as iniciativas de promoção DEIB (Diversidade, Igualdade, Inclusão e Sentimento de Pertença) estão na ordem do dia para as organizações, deixando de ser apenas um imperativo moral e tornando-se uma estratégia fundamental de negócio.

No mês em que se celebra a diversidade, é urgente pensar como estão as organizações a promover espaços de trabalho inclusivos. Segundo o estudo “Diversity at Work” do ManpowerGroup, em Portugal, e vinte pontos percentuais acima da média europeia, 64% das pessoas LGBTQIA+ consideram que se tornaram mais produtivas depois de revelarem abertamente a sua identidade de género ou orientação sexual no trabalho.

Apesar disto, e segundo o mesmo estudo, ainda se registam casos de violência ou discriminação no local de trabalho e é fundamental que as figuras de topo estejam alerta para estes casos e que se assumam como bom exemplo. No contexto nacional, 67% das lideranças executivas já o fazem.

Apoiar um ambiente de trabalho inclusivo é um papel de todos, mas as lideranças devem assumir esta missão e liderar pelo exemplo até às camadas mais juniores.

Com impacto sobre a produtividade e a inovação, os locais de trabalho diversos e inclusivos precisam de se tornar, efetivamente, uma realidade, sobretudo num momento em que os profissionais – e especialmente as gerações mais jovens – já afirmam preferir trabalhar em organizações com estas políticas.

A geração Z vai representar 27% da força de trabalho em 2025, segundo dados da OCDE, e tem fortes convicções sobre a DEIB, com 50% destes profissionais a escolher trabalhar em empresas com programas de diversidade e inclusão.

As empresas percecionadas como tendo culturas de trabalho diversas e equitativas têm uma vantagem competitiva na atração de profissionais qualificados. Ao mesmo tempo, as equipas diversas trazem perspetivas mais amplas, desbloqueando o poder da criatividade e da inovação.

É, por isso, inquestionável que o futuro do trabalho deverá ser mais inclusivo e diverso. Pelo bem das pessoas, claro, mas também das empresas.

  • Pedro Amorim
  • Entreprise Sales Director do ManpowerGroup Portugal, Região Mediterrânea e Europa de Leste

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