Pela observação das listas para deputados ao Parlamento, não se percebe se Portugal vive com uma Democracia de Partidos ou com os Partidos da Democracia.
O ofício da rotina partidária impõe a apresentação das listas de deputados para as próximas Eleições. Metade dos cabeças de lista no elenco do PS são Ministros do Governo em exercício. Tal só pode significar o domínio imperial do Líder e uma nova visão política absolutamente estática, estanque, estável na obediência. As listas do PSD são lideradas por apoiantes do Líder Supremo, verificando-se uma espécie de purificação ideológica de um partido sem ideologia. Tal só pode significar que a lealdade é o principal ingrediente da nova visão política do PSD, um futuro político feito de criaturas anónimas, obedientes, previsíveis, que defenderão tudo menos a dignidade dos cidadãos que representam. Em rigor, as listas do PS e do PSD são uma negação da escolha democrática, são sobretudo a
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