José Galamba de Oliveira reeleito presidente da APS

  • ECO Seguros
  • 25 Março 2025

Uma única lista foi a votos e, em assembleia geral, a organização aprovou os novos órgãos sociais da Associação Portuguesa de Seguradores. É o quarto mandato de Galamba de Oliveira na presidência APS.

José Galamba de Oliveira vai continuar na liderança da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) por, pelo menos, mais três anos. O responsável foi reeleito pela quarta vez consecutiva para um mandato que se estende de 2025 a 2027.

Conferência Accenture: "Sustentabilidade: o novo ADN dos seguros" - 04MAI23
José Galamba de Oliveira comentando sobre a reeleição para a liderança associação, diz afirma ser “um reconhecimento do trabalho que temos vindo a realizar num momento de consolidação do setor, que ocorre em paralelo com grandes desafios para as seguradoras”.Hugo Amaral/ECO

Segundo comunicado pela instituição, a lista encabeçada por Galamba de Oliveira foi a única submetida a votação que teve lugar na manhã desta terça-feira na assembleia-geral para eleição dos órgãos sociais para o novo mandato da associação.

Comentando sobre a reeleição, Galamba de Oliveria diz ser “um reconhecimento do trabalho que temos vindo a realizar num momento de consolidação do setor, que ocorre em paralelo com grandes desafios para as seguradoras, como os riscos geopolíticos e as alterações climáticas.”

A mira da direção para este novo triénio 2025-2027 está em prosseguir o trabalho que tem vindo a desenvolver com “o objetivo de aumentar a visibilidade e credibilidade do setor em Portugal”. Nesse sentido, a direção pretende desenvolver “um programa e iniciativas centradas naqueles que são os novos desafios que o setor enfrenta e que passam por dar resposta às situações de crescente desproteção e vulnerabilidade da sociedade, promover a sustentabilidade, a inovação ética em Inteligência Artificial, a prevenção e a chamada cidadania económica adicionado maior transparência e conhecimento sobre seguros junto de cidadãos e empresas e, ao mesmo tempo, contribuir para uma sociedade mais segura, sustentável e saudável”.

Além do Presidente, o Conselho de Direção vai contar com representantes das seguintes empresas de seguros: Fidelidade, Ageas Portugal, Generali Seguros, Zurich Insurance – sucursal em Portugal, Companhia de Seguros Allianz Portugal, Mapfre Seguros Gerais, BPI Vida e Pensões, Victoria Seguros; Crédito Agrícola Seguros e Caravela.

Foram eleitos também os membros da mesa da assembleia geral e do conselho fiscal da APS. A mesa da assembleia geral passa a ser presidida pelo Santander Totta, sendo a GamaLife a vice-presidente e a Mudum, secretário.

Já o Conselho Fiscal será presidido pela Real Vida Seguros, tendo como Vogais a ACP Mobilidade – Sociedade de Seguros de Assistência, o BNP Paribas Cardif, a AIG Europe Limited – Sucursal em Portugal e a Mútua dos Pescadores.

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Alqueva gera 364 milhões de euros por ano na economia nacional, segundo estimativas de analistas

O Estado, acionista único da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, já investiu cerca de 2,5 mil milhões de euros no empreendimento até 2023.

O Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA), que trouxe a grande parte do Alentejo segurança de abastecimento através da distribuição da água da barragem do Alqueva, não é apenas um projeto de gestão hídrica. É um motor económico que transformou o Alentejo e gerou impactos significativos na economia nacional.

De acordo com um estudo encomendado pela EDIA — Empresa de Desenvolvimento das Infraestruturas do Alqueva e desenvolvido pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, em conjunto com a EY-Parthenon, o EFMA impactará a economia nacional em 27 mil milhões de euros na produção nacional e com 12 mil milhões de euros para o Valor Acrescentado Bruto (VAB), considerando o período compreendido entre 1995 e 2028.

Este estudo, apresentado esta terça-feira, tem por base uma análise sobre os impactos autónomos do EFMA gerados na sua construção e exploração, e os impactos catalisados, os quais decorrem da viabilização das atividades económicas nos principais setores beneficiários – agrícola, agroindustrial, turismo e energia, nos 23 concelhos que constituem a área de influência.

Em 2023, os impactos do EFMA somam 3,3 mil milhões de euros no que diz respeito à produção e atinge 1,4 mil milhões de euros de VAB, sendo que a agricultura suporta dois terços deste valor, seguida da indústria.

“O EFMA impactou significativamente a economia regional e nacional”, lê-se no estudo, que aponta para um contributo acumulado para o período 1995 a 2028 de 12 mil milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto (VAB), correspondente a 0,2% do VAB nacional. Neste sentido, o impacto médio anual do empreendimento, ao longo dos 33 anos que terminam em 2028, é de cerca de 364 milhões de euros.

No mesmo período, os autores contabilizam um valor de 27 mil milhões de euros de produção nacional, 3 mil milhões de euros de receita fiscal e 22.569 empregos (correspondente a 0,5% do emprego total nacional).

No estudo lê-se ainda que os efeitos do EFMA “são ainda mais relevantes nos últimos anos e em particular a partir 2017”, o que é justificado por a maioria dos efeitos ser decorrente da atividade económica viabilizada pelo EFMA e, nesse sentido, verificados mais tardiamente.

O EFMA trouxe um retorno positivo para o Estado a partir de 2022, ano em que a receita gerada acumulada superou a despesa, em grande parte investimento, já realizado.

Relatório 'Avaliação do Impacto Económico da Implementação do Empreendimento e Fins Múltiplos do Alqueva'

Em 2023, os impactos do EFMA somam 3,3 mil milhões de euros no que diz respeito à produção e atinge 1,4 mil milhões de euros de VAB, sendo que a agricultura suporta dois terços deste valor, seguida da indústria. A maioria do impacto do VAB — 65% — foi de âmbito regional. No mesmo ano, o empreendimento suportou mais de 26 mil empregos.

O cálculo destes impactos considerou os investimentos realizados pelas empresas do setor agrícola na região de influência do EFMA, sendo que a área usada nesse ano era seis vezes superior à de 2011. O volume de negócios do setor agrícola em 2023, no universo do empreendimento, foi de 1,147 milhões de euros, marcando uma trajetória ascendente desde 2015.

O investimento agrícola, contudo, está em trajetória descendente desde 2019, cifrando-se nos 96 milhões em 2023. Já o setor agroindustrial viabilizado pelo empreendimento, que engloba desde a produção de vinho, óleos e gorduras até leite e seus derivados, registou um volume de negócios de 746 milhões de euros em 2023. No turismo, a soma apresentada é de 109 milhões, considerando os investimentos realizados pelas empresas do setor agrícola na região de influência do EFMA.

Agricultura é o motor

O impacto calculado está associado sobretudo à atividade agrícola“, indica o estudo. O valor acrescentado do setor passou de 243 milhões de euros em 2009 para 779 milhões em 2022, representando 14% do VAB regional.

O aumento da representatividade do olival e frutos de casca rija, de 11% do VAB das empresas do setor em 2009 para 40%, em 2022, impulsionou os valores, assim como a “transição para regimes de exploração intensivos e superintensivos” e a mudança da predominância de produtores singulares para sociedades.

Em 2023, ano em que o valor acrescentado bruto ascendeu a 1,4 mil milhões de euros, este teve sobretudo origem no setor da agricultura, que pesou 66% neste resultado, e da indústria, que contribuiu com 24%. Já o setor do turismo apresenta “um reduzido contributo” para os impactos atribuíveis ao EFMA, pesando apenas 2% do VAB.

Estado com retorno a partir de 2022

O empreendimento do Alqueva já garantiu um retorno financeiro para o Estado superior aos recursos investidos, aponta ainda o estudo, olhando à recuperação do investimento simples, não atualizada de acordo com a inflação nem ponderada pelo custo de oportunidade.

Entre 1995 e 2023, foi considerado e estimado um investimento total público nas infraestruturas do EFMA de 2,5 mil milhões de euros, maioritariamente constituído por investimentos registados no Plano de Investimento do EFMA (disponibilizado pela EDIA), mas também considerando os subsídios correntes à exploração, recebidos pela EDIA desde 2002.

Fonte: Estudo Avaliação do Impacto Económico da Implementação do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva

O EFMA trouxe um retorno positivo para o Estado a partir de 2022, ano em que a receita gerada acumulada superou a despesa, em grande parte investimento, já realizado”, lê-se no estudo.

O mesmo documento considera que o facto de “não ter sido possível apurar a quantia de reforços de capital destinados a financiar défices operacionais da EDIA” não impede que se possa afirmar que o EFMA já garantiu um retorno financeiro para o Estado superior aos recursos investidos. Por cada euro investido no EFMA, o Estado já recuperou 1,2 euros de impostos, indicam os autores.

Escassez de água e mão de obra preocupam

O estudo aponta alguns desafios “que o EFMA poderá enfrentar, caso não sejam previamente abordados e mapeados”. Entre estes destaca-se a necessidade de gestão da escassez de água, em que “o EFMA deve equilibrar a expansão da sua zona de influência com a disponibilidade limitada deste recurso, crucial para manter a atratividade para os investidores”.

A escassez de mão-de-obra para trabalhar nas fileiras dinamizadas pelo EFMA também é referida, assinalando-se que a respetiva mitigação, através de trabalhadores estrangeiros traz desafios de integração profissional, social e cultural, além de pressão sobre o mercado habitacional e infraestruturas locais

Em terceiro lugar, são referidos os “estrangulamentos colocados ao desenvolvimento do setor do turismo”, relacionados com o ordenamento do território, infraestruturas de transporte e comunicação deficitárias, que mitigam a atratividade do Alqueva enquanto destino turístico.

A construção do EFMA iniciou-se em 1997, sendo atualmente constituído por um conjunto de 72 barragens, reservatórios e açudes, interligados por condutas e canais, que perfazem uma área de influência total de 10.000 quilómetros quadrados. A barragem do Alqueva, a maior da Europa, é a peça central, que permite garantir o abastecimento durante, pelo menos, três anos consecutivos de seca.

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Lucro da CNP Assurances sobe 2% para 1,6 mil milhões em 2024

  • ECO Seguros
  • 25 Março 2025

Entre os motores para o crescimento está a atividade com a rede do La Banque Postale e a continuação do desenvolvimento do modelo de distribuição aberta a nível internacional.

Os lucros da CNP Assurances subiram 2% em 2024 em termos homólogas para quase 1,6 mil milhões de euros, enquanto as suas receitas em prémios subiram 6% a taxas de câmbio constantes para 37 mil milhões de euros, avançou a seguradora em comunicado.

Marie-Aude Thépaut, diretora-geral da CNP Assurances: “No geral, as receitas de prémios aumentaram em todas as nossas regiões e continuamos a seguir ativamente a nossa estratégia para ganhar quota de mercado”.

O rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR), que resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas foi de 237%, 16 pontos menos face ao final de 2023.

Os capitais próprios caíram 1.250 milhões de euros em 2024 face ao final do ano anterior para 21.042 milhões.

A MSCI, especialista em avaliação de performance ESG, concluiu que a CNP Assurances é um exemplo de boas práticas na indústria seguradora, tendo obtido avaliação máxima, AAA, com uma pontuação de 9,7 e 10.

Quanto a investimentos verdes e com impacto, a seguradora aumentou os montantes investidos. Adicionou 2.175 milhões de euros à carteira de investimentos verdes chegando ao valor de 29.355 milhões de euros. Já os investimentos de impacto subiram de 1.600 milhões para 1.700 milhões de euros.

Nesse sentido, o grupo anuncia que reduziu em 58% a pegada de carbono da carteira de investimentos nos últimos 5 anos.

Além disso, atingiu a pontuação máxima no índice de igualdade de género e desenvolveu 14 produtos para populações vulneráveis.

“A CNP Assurances obteve excelentes resultados financeiros e não financeiros em 2024, o que reflete o sucesso do nosso modelo multiparceiros. Neste sentido, os prémios gerados pelo La Banque Postale representam uma proporção significativa das receitas totais de prémios do grupo“, afirma Marie-Aude Thépaut, diretora-geral da CNP Assurances. “No geral, as receitas de prémios aumentaram em todas as nossas regiões e continuamos a seguir ativamente a nossa estratégia para ganhar quota de mercado“, declara a dirigente.

Entre os motores para este crescimento está a atividade com a rede do La Banque Postale (que representa 31% dos prémios emitidos), o reforço das ambições em matéria de proteção social com a criação da CNP Assurances Protection Sociale em parceria com a Mutuelle Générale e a continuação do desenvolvimento do modelo de distribuição aberta a nível internacional, com 11 novas parcerias estabelecidas no ano passado.

A CNP Assurance reforçou a sua aposta em Portugal, no final do ano passado, ao nomear o primeiro Country Manager da CNP Iberia para Portugal, Luis Javier Sánchez Mulligan.

O grupo segurador tem 0,6%, ou 690 mil euros, da sua carteira consolidada de obrigações soberanas do grupo em Portugal. Houve uma diminuição face a 2023, altura em que o grupo tinha 812 mil euros expostos a obrigações soberanas, incluindo títulos detidos em carteiras associadas a unidades de participação.

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Dinamarquesa Impact Commerce prevê investir mais 10 milhões de euros em Portugal

A consultora internacional especializada em e-commerce, que tem um escritório em Évora, vai alocar este valor sobretudo para recrutamento. Há potencial para duplicar equipa em três anos, diz diretor.

A consultora dinamarquesa Impact Commerce planeia investir mais 10 milhões de euros, nos próximos três anos, para expandir a presença em Portugal, onde opera desde 2017. A empresa especializada em consultoria para comércio eletrónico (e-commerce) e engenharia de software vai utilizar a verba para aumentar a equipa para uma centena de pessoas.

“Vamos apostar no recrutamento de trabalhadores experientes e formação de colaboradores”, afirmou esta terça-feira José Balça, sócio e diretor-geral da Impact Commerce em Portugal, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.

Apesar de não ter um objetivo específico de contratações, o diretor-geral da Impact Commerce Portugal considera que há potencial para, nos próximos três anos, duplicar a equipa nacional de 50 para 100 pessoas. As funções dos próximos recursos humanos da empresa serão, essencialmente, as mesmas de que compõem agora o grupo: programadores (engenheiros de software front-end), consultores de gestão e gestores de projeto (project managers).

Nos últimos cinco anos, a operação portuguesa faturou mais de 10 milhões de euros e, nos últimos três anos, investiu mais de sete milhões de euros.

Entre os clientes estão marcas como Renova, Navigator, Ericeira Surf & Skate ou a Associação Nacional de Farmácias (ANF), que contratam os consultores e programadores da empresa nórdica para desenvolverem os seus websites e apps, através de programas/aplicações como Adobe, Shopify, Commercetools e Salesforce.

Fundada na Dinamarca em 1998, a Impact Commerce é um grupo composto por mais de 400 colaboradores espalhados pela Dinamarca, Suécia, Portugal, Sérvia e Índia. A subsidiária nacional tem sede em Évora, a partir de onde trabalham menos de metade dos trabalhadores do país, dada o modelo híbrido.

A direção da empresa deu esta tarde uma conferência de imprensa para apresentar a primeira edição do Omnichannel Index Portugal, que avalia como as marcas tiram proveito dos diversos canais para vendas, cuja base é o relatório que é elaborado há mais de uma década nos países nórdicos. A versão portuguesa contou com o apoio da neerlandesa Adyen e a canadiana Shopify.

O estudo concluiu que há um “forte” desempenho das empresas portuguesas em três áreas-chave do omnicanal: a entrega no próprio dia, com 98% a oferecerem entregas no próprio dia nos grandes centros urbanos; a privacidade dos dados, com 98% a exibirem banners de consentimento, e a multiplicidade de soluções de pagamento e crédito com 90% a disponibilizarem pagamentos online através de soluções móveis.

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Operação ‘Mais Valia’. Buscas na Federação Portuguesa de Futebol por suspeitas de corrupção

Até ao momento, foram constituídos dois arguidos, o ex-deputado do PS, António Gameiro, e o antigo secretário-geral da FPF, Paulo Lourenço.

A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas na Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Em causa estão suspeitas de corrupção, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada. A Operação ‘Mais-Valia’ contou com 20 buscas relacionadas com a venda da antiga sede da FPF a casas particulares, instituição bancária, estabelecimentos e sociedades de advogados, em Lisboa, Setúbal e Santarém.

Até ao momento, foram constituídos dois arguidos, o ex-deputado do PS, António Gameiro, e o antigo secretário-geral da FPF, Paulo Lourenço, adiantou o Lusa.

O advogado Paulo Lourenço trabalhou como secretário-geral entre 2012 e 2018, na federação, e como assessor jurídico do então presidente, Fernando Gomes. Já António Gameiro, doutorado em Direito, foi deputado socialista, eleito cinco vezes por Santarém, tendo deixado a Assembleia da República em 2023.

Segundo comunicado da PJ, “no decurso da investigação foram identificadas um conjunto de situações passíveis de integrarem condutas ilícitas relacionadas, sobretudo, com a intermediação da venda da antiga sede pertencente à Federação Portuguesa de Futebol, na Rua Alexandre Herculano, nº 58, Lisboa. O imóvel foi vendido por onze milhões duzentos e cinquenta mil euros”.

Na investigação estão em causa suspeitas de recebimento indevido de vantagem, de corrupção, de participação económica em negócio e de fraude fiscal qualificada. As diligências foram executadas por 65 Inspetores e 15 Especialistas de Polícia Científica da PJ, contando ainda com a participação de cinco juízes de instrução criminal, seis magistrados do Ministério Público e quatro representantes da Ordem dos Advogados.

“A investigação prosseguirá com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias, visando o cabal apuramento da verdade e a sua célere conclusão”, concluiu o comunicado.

O objetivo das buscas é recolher informação relacionada com negócios imobiliários durante o mandato de Fernando Gomes e Tiago Craveiro à frente da Federação.

Segundo explicou o diretor nacional da PJ, Luís Neves, em causa está “a venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol”, revelando ainda que foram efetuadas 20 buscas a pessoas singulares, coletivas e sociedade de advogados. A investigação teve início em 2021.

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Amazon tem 3,7 milhões para financiar 20 startups que lutem contra as alterações climáticas

Na edição anterior, a Smartex.ai foi a única empresa portuguesa a integrar o programa. As candidaturas estão abertas até 6 de abril.

A Amazon Web Services (AWS) e a The International Research Centre on Artificial Intelligence (IRCAI) vão financiar até 20 startups no valor total de 4 milhões de dólares (3,7 milhões de euros) através do programa Compute for Climate Fellowship, apurou o ECO. Na edição anterior, a Smartex.ai foi a única empresa portuguesa a integrar o programa.

As candidaturas para a edição de 2025 estão abertas até 6 de abril e podem concorrer startups de todos os países. Cada empresa pode receber até 200 mil dólares (185 mil euros). O objetivo do programa é apoiar startups que utilizam tecnologias de computação em nuvem e inteligência artificial (IA) para enfrentar os desafios das alterações climáticas.

Energia limpa, transportes de baixo carbono, agricultura sustentável, economia circular, edifícios sustentáveis, remoção de carbono e biodiversidade são algumas das áreas prioritárias.

Gilberto Loureiro, António Rocha e Paulo Ribeiro, cofundadores da Smartex.ai.

Na edição anterior, a portuense Smartex.ai, startup que combate o desperdício têxtil com Inteligência Artificial, foi a única empresa portuguesa, num total de oito, apoiada pelo Compute for Climate Fellowship. A edição de 2024 contou com uma dotação global de 1,5 milhões de dólares (1,4 milhões de euros).

“Somos a única empresa portuguesa que está no programa Compute for Climate Fellowship da AWS devido ao impacto ambiental que já tivemos”, conta ao ECO, Gilberto Loureiro, o CEO da vencedora do Prémio Pitch da Web Summit em 2021. A startup recebeu 150 mil dólares da AWS (cerca de 139 mil euros).

Somos a única empresa portuguesa que está no programa Compute for Climate Fellowship da Amazon Web Services devido ao impacto ambiental que já tivemos.

Gilberto Loureiro

CEO da Smartex.ai

“Estamos muito felizes que a Smartex.ai seja um dos nossos bolseiros no programa na edição anterior“, disse a diretora de startups de tecnologia climática da AWS, numa visita à fábrica da Impetus que utiliza a tecnologia da startup portuguesa para detetar defeitos na produção.

Desde 2021, altura que foi lançada, até dezembro do ano passado, a Smartex.ai já conseguiu poupar mais de 7 mil toneladas de tecidos com defeito. “Caso esses defeitos não fossem detetados a tempo, a indústria iria gastar 900 mil milhões de litros de água para tingir as peças”, contabiliza Gilberto Loureiro.

“À medida que os impactos da crise climática se tornam mais disseminados, o mundo precisa de mais soluções como a Smartex, tendo em conta que reduzem o desperdício e as emissões de carbono e ajudam a economizar dinheiro aos clientes”, afirma Lisbeth Kaufman.

Fundado em 2023, o Compute for Climate Fellowship já apoiou 12 startups de vários países, incluindo a portuguesa Smartex.ai.

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Indústria de relações públicas antecipa crescimento em 2025

  • + M
  • 25 Março 2025

Mais de dois terços dos membros da International Public Relations Network antecipam crescimento nos seus negócios este ano, enquanto 28% esperam estabilidade. Apenas 3% preveem declínio.

Apesar da incerteza económica a nível global, com o aumento do custo de vida, os rápidos avanços tecnológicos e os impactos dos conflitos geopolíticos, a indústria de relações públicas (RP) mostra sinais de resiliência, antecipando inclusive crescimento para este ano.

A perspetiva do setor para 2025 é maioritariamente otimista, com 69% dos membros da International Public Relations Network (IPRN) a anteciparem crescimento nos seus negócios, enquanto 28% esperam estabilidade. Apenas uma pequena fração, na ordem dos 3%, prevê um declínio.

O estudo — que incluiu respostas de agências da África do Sul, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia, Portugal, Porto Rico, Espanha, Suécia, Reino Unido e EUA — mostra ainda que a comunicação estratégica e consultoria em RP são as áreas mais promissoras para expansão, citadas por 25% dos inquiridos.

A gestão de crises e mudanças segue de perto, reconhecida por 21% como uma disciplina crucial aos dias de hoje, à frente da comunicação em digital e redes sociais e relações com os media, ambos com 13%. A quinta área mais referida foi a de estratégia digital (7%).

Já a tecnologia surge como o setor líder para o crescimento de RP, com 20% das agências a identificá-la como o campo mais promissor. Entre os outros setores com potencial de expansão são mais citados os da energia e serviços públicos (14%), governo e setor público (13%), saúde e bem-estar (9%) e bens de consumo e alimentação & bebidas (7%).

A criatividade é a área que ocupa o topo das prioridades de investimento, com 16% das agências a priorizá-la para diferenciar os seus serviços. No entanto, a criatividade é seguida de perto por outras áreas de investimento, como comunicação e marketing internos (15%), formação e retenção de talento (15%), produção de conteúdo multimédia (14%), tecnologia e produção digital (12%) e ferramentas de gestão (12%).

Já em termos de desafios que se apresentam à indústria, a incerteza económica e a hesitação dos clientes em investir é visto como o problema mais urgente, ao ser destacado por 29% das agências. Outros desafios incluem a implementação de novas tecnologias (23%), retenção e atração de talento (17%) e o impacto da inflação e aumento das taxas de juros (10%).

A reputação corporativa (22%) e a comunicação ESG (21%) estão também a ganhar destaque como elementos prioritários na construção de confiança e credibilidade da marca, mas também as estratégias de comunicação integrada (19%) e o PR de marca (17%) se destacam como abordagens essenciais para fortalecer o posicionamento em 2025, segundo as agências inquiridas.

O estudo vem assim reafirmar assim “a força e a adaptabilidade do setor de relações públicas”, entende Rodrigo Viana de Freitas, presidente da IPRN. “Apesar das incertezas globais contínuas, as agências de RP continuam a construir e a manter relações fortes e confiáveis com os seus clientes. Esta resiliência reforça o papel crucial do setor orientado para a gestão de crise e da mudança, ao mesmo tempo que entrega valor estratégico“, diz, citado em comunicado.

“À medida que as empresas navegam por um ambiente cada vez mais complexo, os profissionais de RP nunca foram tão essenciais. Desde a gestão de reputação à transformação digital e estratégias de ESG, a nossa indústria está a demonstrar uma agilidade ímpar. A pesquisa deste ano destaca que inovação, adaptabilidade e confiança são os pilares centrais que moldam o futuro das relações públicas”, acrescenta.

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YSL Beauty aposta em Aron Piper como embaixador para Portugal e Espanha

  • + M
  • 25 Março 2025

A marca de luxo de origem francesa apostou no ator da série Élite pelos seus "valores de autenticidade e originalidade".

Aron Piper é o novo embaixador da YSL Beauty em Portugal e Espanha. A escolha pelo músico e ator baseou-se nos seus “valores de autenticidade e originalidade”.

Além disso, Aron Piper tem a capacidade de “expressar os valores chave da fragrância Myslf: confiança, individualidade e uma auto expressão sem arrependimentos”, refere-se em nota de imprensa, onde se acrescenta que esta iniciativa faz parte do “compromisso contínuo de celebrar a individualidade”, iniciado com o lançamento do perfume Myslf há dois anos.

“É com grande satisfação que damos as boas-vindas a Aron Piper como embaixador local. Conhecido pelo seu espírito audaz, pelos papéis cativantes e pela sua intrépida auto expressão, também no âmbito musical, ele é o melhor exemplo de uma nova masculinidade como imagem de Myslf”, diz Judit de la Fuente, diretora-geral de YSL Beauty para Portugal e Espanha, citada em comunicado.

Vamos poder observá-lo a incorporar os novos valores de YSL Beauty através de looks, conteúdos e eventos onde descobriremos o seu universo, energia única e uma atitude sem limites para inspirar uma nova geração que abraça a beleza nos seus próprios termos”, acrescenta.

Já Aron Piper, de 27 anos, diz que é “incrível” fazer parte de YSL Beauty, uma “marca que representa elegância e personalidade”. “Estou muito entusiasmado com o que está por vir”, diz o ator que saltou para o estrelato com a série Élite.

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Ministério Público alerta para burlas com criptomoedas promovidas em anúncios

  • Lusa
  • 25 Março 2025

Ministério Público adiantou que recebido denúncias deste tipo de burla com muita frequência e que as plataformas relacionadas com crime estão ligadas a "atividade criminosa organizada".

O Ministério Público (MP) alertou esta terça-feira para burlas relacionadas com criptomoedas que são promovidas através de anúncios na internet, que levam as vítimas a depositar dinheiro em supostos investimentos.

Em comunicado, o Ministério Público adiantou que têm sido recebidas denúncias deste tipo de burla com muita frequência e que as plataformas relacionadas com este tipo de crime “são manifestações de uma atividade criminosa organizada, de grande dimensão e natureza internacional”.

Neste caso, as vítimas são convencidas a fazer investimentos em criptomoedas com a promessa de enorme rentabilidade e reduzido risco financeiro associado. “Muitas delas são páginas fraudulentas e não pertencem, nem são geridas por qualquer intermediário financeiro legítimo e autorizado”, explicou o MP.

As páginas fraudulentas são construídas “com a finalidade de convencer as vítimas de que o investimento é muito proveitoso”, mas os “agentes criminosos recebem as quantias entregues pelas vítimas e não mais as devolvem”, acrescentou o Ministério Público. Estas páginas, muitas vezes, conseguem imitar páginas de jornais e simulam notícias com pessoas conhecidas, como políticos, empresários ou desportistas, “a quem imputam opiniões muito elogiosas sobre o mecanismo de investimento que publicitam”.

As pessoas que visitam os sites fraudulentos, muitas vezes através de anúncios, são levadas a indicar o seu endereço de email e número de telemóvel e, a partir desse momento, começam os contactos “muito agressivos”, em que são apresentadas alegadas plataformas financeiras. As vítimas são depois convencidas a transferir dinheiro para os supostos investimentos, que normalmente rondam os 250 euros.

Após este pagamento, é dado à vítima um código de acesso a uma página reservada, que é onde a suposta conta está a ser gerida. Nessa página, a vítima começa a ver gráficos que a levam a pensar que o seu investimento está a valorizar e que já teve um elevado ganho financeiro. O objetivo é que seja investido ainda mais dinheiro, que pode atingir as dezenas de milhares de euros.

Nos casos em que as vítimas pretendem levantar os valores que alegadamente investiram, são informados de que terão de pagar taxas e que ficarão a perder caso façam o levantamento. Caso a vítima já não tenha mais dinheiro para investir e queira mesmo receber o seu dinheiro, o ponto de contacto desaparece e deixa de estar contactável.

O Ministério Público alertou ainda para o facto de este tipo de atividade, com criptomoedas, ser feito apenas por entidades autorizadas para o efeito e registadas na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, cuja lista está disponível para consulta.

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BMS completa aquisição da espanhola Rasher

  • ECO Seguros
  • 25 Março 2025

Até agora CEO da Rasher, Gabriel Raya será responsável pela expansão das filiais da Rasher na América Latina, vai ser o chief growth officer da BMS Ibéria, juntando-se ao conselho de administração.

O grupo de corretagem de seguros e resseguros BMS anunciou em comunicado que está finalizada a aquisição da corretora espanhola Rasher, já com as aprovações regulamentares. A corretora espanhola é especializada em soluções de garantia, crédito, financiamento e gestão de riscos para clientes empresariais, está sedeada em Espanha e tem filiais na Colômbia e no Peru.

Nick Cook, CEO do Grupo BMS refere que expandir a plataforma global “continua a ser uma prioridade chave” na estratégia de crescimento do grupo e Gabriel Raya, até agora CEO of Rasher, vai tornar-se chief growth officer da BMS Iberia e já faz parte do respetivo conselho de administração.

Até agora CEO da Rasher, Gabriel Raya vai ser o chief growth officer da BMA Ibéria e será responsável pela expansão das filiais da Rasher na América Latina. Gabriel Raya junta-se ao conselho de administração da BMS Iberia com efeitos imediatos.

“Esta aquisição expande as capacidades da BMS na Península Ibérica e na América Latina e reforça ainda mais a sua presença internacional como corretor global”, refere o grupo.

“Estamos entusiasmados por dar oficialmente as boas-vindas à Rasher ao BMS Group. Expandir a nossa plataforma global e as nossas capacidades continua a ser uma prioridade chave na nossa estratégia de crescimento, e trazer o Rasher para bordo é um passo significativo”, afirma Nick Cook, diretor-executivo do grupo BMS. “Além disso, a riqueza de experiência e conhecimento de Gabriel será inestimável à medida que continuamos a crescer juntos. Estamos ansiosos pela jornada que temos pela frente”, remata.

Por sua vez, Gabriel Raya afirma que “a adesão ao BMS Group é um passo muito empolgante para a Rasher e estamos ansiosos por explorar novas oportunidades com os nossos clientes em cada região, contando com as capacidades do BMS Group”.

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Worten, Ikea e Decathlon são as empresas que sabem vender melhor em diferentes canais

Retalhistas lideram Omnichannel Index 2024, que mede a forma como as empresas que investem no comércio eletrónico utilizam os diferentes canais, como lojas físicas, sites, aplicações ou redes sociais.

A Worten, a Ikea e a Decathlon são as empresas que lideram em Portugal nas vendas em diferentes canais, como lojas físicas ou websites e aplicações digitais, concluiu a empresa dinamarquesa Impact Commerce, que divulgou esta terça-feira a primeira edição do Omnichannel Index Portugal.

O trio de retalhistas destacou-se por tirar proveito das várias plataformas para captar clientes e disponibilizar opções de devolução eficazes, que agilizam a jornada dos consumidores. Ou seja, as compras online são mais personalizadas e processos de troca presencial em loja são eficientes. “O mercado português está numa fase de transformação. Há marcas que têm investido muito na omnicanalidade”, garante o sócio e diretor-geral da Impact Commerce em Portugal, José Balça, num almoço com jornalistas, em Lisboa.

O índice da Impact Commerce, pela primeira vez em Portugal, avalia a forma como as empresas utilizam os diferentes canais (lojas, sites, aplicações, redes sociais…) para interagir com os clientes e criar pontos de contacto distintos. A análise incide sobre quem está no mercado do comércio eletrónico (e-commerce), que se espera venha a gerar um volume de negócios de cinco mil milhões de euros este ano e que continue a crescer até aos sete mil milhões de euros até 2029.

Questionado sobre as principais diferenças entre Portugal e outros países, José Balça denota que existe uma significativa “clivagem” entre quem lidera o mercado português (Worten, Ikea e Decathlon) e todas as outras empresas. “Os líderes não deixam nada a dever aos que lideram o mercado nórdico, mas nota-se que há empresas que ainda têm um caminho por fazer. Este é um momento decisivo para definir o seu futuro posicionamento”, afirma o gestor, cuja carreira é marcado pelos 20 anos no setor tecnológico, na Improove, Novabase e Câmara Municipal de Serpa.

As empresas que conseguem unir a experiência entre o canal físico, digital e outro tipo conseguem ter melhores resultados. Normalmente, os clientes gastam o dobro nessas marcas, defende pela direção nacional da Impact Commerce.

Os desafios-chave, segundo o especialista em e-commerce, são a personalização (a expectativa é que as empresas conheçam os consumidores, portanto é relevante aproveitar as soluções de inteligência artificial); as integrações (paisagem tecnológica diversa); tecnologia adequada (saber escolher quais as plataformas digitais ou sistemas informáticos que melhor respondem as necessidades da empresa) e programas de fidelidade (investimento em novos planos de loyalty que se diferencie ou uma experiência desenhadas para as novas gerações).

O estudo da multinacional escandinava analisa 70 pontos de contacto em meia centena de empresas que se destacam pela notoriedade das suas marcas em diversas categorias, gerando 3.500 pontos de dados. A jornada do cliente está distribuída por: loja física, website, aplicação móvel (app), desempenho técnico, redes sociais, marketing digital e apoio ao cliente.

Os retalhistas portugueses estão à frente da concorrência, na Dinamarca, Suécia, Noruega, Países Baixos e Finlândia, no que toca à entrega no próprio dia nas principais cidades e levam a privacidade dos dados a sério, com banners de consentimento claros e neutros para cumprirem os padrões de conformidade, de acordo com o relatório.

“O engagement [engajamento] é outra área onde as marcas portuguesas se destacam. São altamente ativas nas redes sociais, mantendo um fluxo constante de conteúdo para se relacionarem com os seus públicos. No que diz respeito a pagamentos, Portugal supera o índice ao oferecer soluções de pagamento móvel fluidas, tornando as transações online simples e sem complicações”, lê-se no documento.

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APS lança 4.ª edição do curso “Análise de Riscos no Ramo Acidentes de Trabalho”

  • ECO Seguros
  • 25 Março 2025

A formação incluí uma preparação teórica que surge como base ao trabalho prático em várias visitas para análises de riscos em empresas de diversos setores, desde a hotelaria à marítima.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) leva a cabo, entre 9 de abril e 4 de junho, a 4.ª edição do curso “Análise de Riscos no Ramo Acidentes de Trabalho (ARAT)”.

Hélder Azevedo Ferreira, coordenador do curso e analista de risco na Generali Tranquilidade: “A aplicação prática dos conceitos das sessões teóricas é um dos principais objetivos do curso”.

Através do curso, os formandos adquirem conhecimentos e competências técnicas básicas no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho que lhes permitem realizar análises de riscos orientadas para o Ramo de Acidente de Trabalho.

O curso tem como objetivo que os formandos entendam como diferentes fatores (como psicossociais) e características físicas do local trabalho (como armazenamento, antiguidade das instalações) têm impacto na segurança de ambientes laborais e a importância da mitigação dos riscos.

A formação vai também indicar os principais diplomas legais de segurança e saúde no trabalho e seguro de acidentes de trabalho, diferenças entre análise de riscos e avaliação de risco e como aplicar uma metodologia de análise de riscos em acidentes de trabalho para o setor segurador.

A preparação teórica surge como base ao trabalho prático em várias visitas para análises de riscos em empresas de diversos setores, refere a APS.

“A aplicação prática dos conceitos das sessões teóricas é um dos principais objetivos do curso. A importância da segurança e saúde no trabalho não se esgota em meras definições teóricas, pelo que o tratamento holístico obrigatório nas atividades da prevenção e segurança só se atinge trazendo ao programa uma forte componente prática”, afirma Hélder Azevedo Ferreira, coordenador do curso e analista de risco na Generali Tranquilidade.

As edições anteriores possibilitaram aos formandos a aplicação prática dos conceitos apreendidos nas sessões teóricas em empresas dos setores da hotelaria, da química de base, da manutenção de viaturas pesadas, da atividade marítima e portuária, ou do setor alimentar“, indica a APS.

O curso foi construído de modo a responder às necessidades de aprendizagem de uma ampla variedade de profissionais, desde as áreas de subscrição, gestão de produto e sinistros de acidentes de de trabalho, a quadros técnicos de empresas e ou instituições cuja atividade profissional se relaciona com a segurança e saúde no trabalho.

A coordenadora de Análise de Risco Patrimonial da Fidelidade, Maria João, sublinha que o curso ampliou o seu campo de atuação: “Com percurso profissional muito focado na avaliação e mitigação de riscos patrimoniais, a realização deste curso reforçou que há sempre algo novo a aprender. A correta identificação dos riscos e a sua mitigação podem impactar consideravelmente os contratos de seguros, tornando a nossa análise mais estratégica e relevante.”

O gestor de pequenas e médias empresas (PME) da Ageas, José Pedro Cunha, também frequentou outra edição do curso que considera ter trazido uma nova perspetiva sobre segurança laboral: “Obtive maior sensibilidade ao risco, o que me permite um acompanhamento mais próximo dos segurados. Esta formação adicionou valor à minha função, permitindo-me contribuir para a prevenção e reduzir a frequência e gravidade dos acidentes de trabalho.”

Nuno Castelo, Diretor Comercial da Segurajuda – Corretores de Seguros, enfatiza a forma como o curso elevou o nível de serviço da sua empresa: “O curso ARAT contribuiu de forma decisiva para a minha formação enquanto gestor de risco. A análise de riscos é um vetor determinante para a boa consultoria e gestão de programas de seguros. Esta formação permitiu-nos reforçar a capacidade de mitigar e eliminar riscos, melhorando significativamente o serviço prestado ao mercado empresarial”

A formação é presencial na sede da APS em Lisboa. Para inscrições e mais informações, aqui.

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