Claus Porto, 130 anos depois. “Nova era” arranca com lojas em Lisboa e no Porto. A seguir, o resto do mundo
Com um investimento a rondar os 300 mil euros, a Claus Porto e a Ach Brito apostaram em duas lojas para contar a história das marcas centenárias.
Passaram-se quase 130 anos mas, finalmente, os sabonetes da Ach Brito e da Claus Porto ganharam “o palco que merecem”. A marca de sabonetes e produtos de beleza, fundada em 1887 pelos alemães Ferdinand Claus e Georges Schweder e adquirida no final da Primeira Guerra Mundial por Achilles de Brito, acaba de abrir em Lisboa a primeira loja Claus Porto. Em dezembro, abre uma loja-museu no Porto, sua cidade mãe. Depois, vem o resto do mundo. Sempre com “respeito pela história” destas marcas centenárias.
Foi no número 135 da Rua da Misericórdia, na zona do Chiado, na tarde desta quinta-feira, que Francisco Neto, CEO da Claus Porto, e Aquiles de Brito (o IV), da Ach Brito, apresentaram aos jornalistas a nova fase destas marcas centenárias.
Com 60 metros quadrados, a loja de Lisboa é composta por dois pisos: o primeiro dedicado à Claus Porto, o segundo à marca masculina Musgo Real, com um espaço de consulta personalizada, barbearia, espaço de arquivo e de bem estar. Entre os dois pisos, uma zona museológica, com fotografias e documentos que contam a história da marca.
É esse o objetivo da loja: contar a história. “Queremos dar a conhecer uma marca com 130 anos, mostrando utensílios, peças, todo o imaginário sensorial, desde cor, cheiros e toques”, explica ao ECO Francisco Neto, CEO da Claus Porto. “Gostávamos muito que fosse uma loja para as pessoas que valorizam o que se faz de bem cá. É um espaço intemporal: não é para jovens nem para menos jovens, não é para pessoas com mais posses nem com menos posses, não é para portugueses nem para estrangeiros. Gostávamos que fosse uma marca internacional portuguesa, respeitando sempre a tradição mas levando a marca para uma nova era”, continua.
É um espaço intemporal. Nem para jovens nem para menos jovens, nem para portugueses nem para estrangeiros. Gostávamos que fosse uma marca internacional portuguesa
Depois da loja em Lisboa, segue-se a do Porto, a inaugurar em dezembro. Esta será uma loja-museu, num espaço maior. Tal como na loja de Lisboa, a arquitetura é da responsabilidade do arquiteto João Mendes Ribeiro, enquanto a área museológica e as montras contaram com intervenções da arquiteta Joana Astolfi.
Com um investimento a rondar os 300 mil euros nas duas lojas, os resultados financeiros não são, para já, a principal preocupação. “Não achamos muito relevante nesta fase. As lojas são uma demonstração do caráter da marca. Obviamente que são lojas e, portanto, têm de vender, mas o que nos preocupa agora é contar a história da marca e as lojas são um veículo fundamental para isso”, diz Francisco Neto ao ECO.
Londres, Nova Iorque e tudo o resto
O investimento surge depois da aquisição da Ach Brito, que detém a Claus Porto, por um grupo de investidores portugueses, no ano passado, que querem reposicionar as marcas para alcançar maior expansão internacional, num processo que está a ser acompanhado de perto pela quarta geração da família Aquiles de Brito.
“Temos planos para abrir lojas em novas cidades, e não só em Portugal. Mas isso será feito a seu tempo. Este é um trabalho para fazer com muito critério e respeito pela história e, por isso, demorará o tempo que tiver de demorar para ser bem feito”, sublinha Francisco Neto. Nos planos, acrescenta, estão Nova Iorque e Londres.
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