China arrasta ações europeias para mínimos de dois meses

O vermelho espalha-se pelas principais praças bolsistas do Velho Continente. Mineiras e petrolíferas são as que mais pesam, num dia em que surgem dados desanimadores sobre a economia chinesa.

As ações europeias estão sob pressão nesta sessão. Os dados divulgados hoje na Ásia, que dão mais um sinal da fragilidade da economia chinesa, também atingem o Velho Continente, arrastando as ações europeias para mínimos de dois meses.

O Stoxx Europe 600 — que agrega as 600 maiores capitalizações bolsistas da Europa — recua 0,68%, para os 336,27 pontos. Trata-se do nível mais baixo desde 3 de agosto. As quedas são transversais aos principais índices bolsistas europeus, oscilando entre um mínimo de -0,27%, da bolsa de Lisboa, e um máximo de -1,12% da bolsa de Frankfurt.

Stoxx Europe 600 nos últimos três meses

Fonte: Bloomberg (Valores em pontos)
Fonte: Bloomberg (Valores em pontos)

 

As mineiras e petrolíferas são as principais responsáveis pela evolução negativa a que se assiste nas ações europeias, num dia em que apenas dois setores acumulam ganhos: o imobiliário e o de alimentação e bebidas. O setor das mineiras recua 2,14%, com a BHP Billiton e a Rio Tinto a serem as principais responsáveis por esse desempenho negativo. As ações da BHP Billiton deslizam 4,04%, enquanto a Rio Tinto perde 3,88%. O setor está a ser penalizado pela maior queda, em sete meses, das exportações chinesas, que hoje foi conhecida. A China é o maior consumidor de matérias-primas do mundo.

A mesma notícia também atinge negativamente as petrolíferas, já que os sinais negativos da China também podem ter implicações no crescimento económico global e no consumo de petróleo, penalizando os preços desta matéria-prima. As cotações do petróleo seguem em queda, acusando ainda a incerteza em torno da eficácia do corte de produção acordado pelos membros da OPEP. Em Londres, o Brent desliza 0,42%, para os 51,59 dólares. Já em Nova Iorque, o crude transaciona abaixo dos 50 dólares, ao recuar 0,4% até aos 49,94 dólares.

Os receios em torno dos resultados empresariais e a crescente expectativa de que a Fed dos EUA possa aumentar as taxas de juro ainda este ano — um cenário reforçado pelas minutas da entidade liderada por Janet Yellen que foram divulgadas esta quarta-feira — sustentam também o desempenho negativo que se assiste entre as ações europeias.

 

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