Estrelas de Hollywood juntam-se ao National Geographic em defesa do planeta
Em Hollywood, DiCaprio não está só. Mas conseguirão as grandes celebridades mudar a agenda política quando em causa está a sobrevivência da nossa espécie? A National Geographic acredita que sim.
A ciência está de mão dada com Hollywood. Há anos que cientistas e ativistas reivindicam que estamos a destruir o planeta que nos alberga. Enquanto o sistema político continua refém do que são os dogmas da economia dos nossos dias – e dos interesses ligados às energias fosseis – são as estrelas de Hollywood que têm descido de Los Angeles para as ruas, unindo-se às manifestações que defendem que é urgente travarmos os danos que a humanidade tem vindo a infligir à Terra.
No rescaldo de umas eleições sobre as quais teóricos se debruçam ao avaliar o poder do mainstream sobre a acção das pessoas, o National Geographic estreia a segunda temporada de ‘Years of Living Dangerously’ onde diversas celebridades americanas mostram os efeitos da ausência de políticas de proteção do clima em diversas áreas do globo.
Em Outubro, ‘Before the Flood’ um documentário da autoria de Leonardo DiCaprio emitido no National Geographic e mais tarde disponibilizado na Internet, voltou a por na ordem do dia a urgência da adoção de medidas de proteção climática. O tema voltou a ter destaque depois de Donald Trump, recém-eleito Presidente dos Estados Unidos, pôr em causa as cláusulas do Acordo de Paris que Barack Obama subscreveu há um ano na cidade francesa.
Terão as celebridades então o poder de mobilizar cidadãos para que estes forcem os seus representantes políticos a intervirem numa área sempre envolta em nebulosas em que se misturam lobbies e políticos?
Se tivermos como exemplo as últimas eleições, talvez não. Mas desta vez as celebridades não estão sós. Estão rodeadas de cientistas e especialistas de todo o mundo e mais do que contarem uma história, vão mostrar-nos não o que temos de evitar, mas o que temos de parar, já, sob pena de nos condenarmos à extinção da nossa espécie.
E, se em Washington D.C. as opiniões sobre o tema das alterações climáticas parecem oscilar de acordo com a cor política, no National Geographic ambos os lados dão a mão pela defesa desta causa. Se num episódio America Ferrera, uma das porta-vozes de Hillary Clinton para a comunidade hispânica nos EUA, dá a voz a ativistas que querem fechar uma mina de carvão no Illinois, noutro Arnold Schwarzenegger, antigo Senador Republicano da Califórnia, viaja ao Médio Oriente para perceber por que é que os EUA, um dos países que mais consome combustíveis fósseis é tão resistente às energias renováveis.
Pela mão de nomes como Jack Black, Giselle Bundchen, Ty Burrell, Don Cheadle, America Ferrera, Thomas Friedman, Joshua Jackson, David Letterman, Aasif Mandvi, Nikki Reed, Arnold Shwarzenegger, Ian Somerhalder, Cecily Strong, Sigourney Weaver ou Bradley Whitford, os espectadores do canal vão ficar a conhecer em primeira mão as consequências da ausência de políticas ambientais que há gerações ignoram os alertas da ciência.
Se as celebridades são suficientes para mobilizar os espetadores, não sabemos. Mas não estão sós. Têm, de um lado, o apoio de uma marca que há 128 anos faz da proteção do planeta uma missão, à margem de interesses e lobbies, e em conjunto com cientistas, comunidade académica e aqueles que devotam a sua vida à defesa de causas. Por outro lado contam com o apoio de um canal conhecido por captar as mais fabulosas imagens do planeta a que chamamos casa e que, com o dom que tem para nos comover com imagens, nos vai agora mostrar o lado mais desolador do impacto do Homem na natureza.
A partir de dia 24 de novembro, às 22h10, os portugueses podem ver em primeira mão o que algumas das caras que conhecem dos ecrãs de TV e de cinema têm a mostrar sobre a destruição do nosso planeta. Com a esperança de que seja o suficiente para que, após o programa, sejamos capazes de nos unirmos pela defesa de uma causa comum.
Saiba mais na National Geographic.
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