Petróleo nos 55 dólares e em máximos de 16 meses

As cotações do petróleo seguem em alta nos dois lados do Atlântico, dando continuidade aos ganhos acumulados desde que os membros da OPEP acordaram na passada quarta-feira um corte de produção que permita equilibrar o mercado petrolífero. Tanto o brent como o crude avançam para máximos de 16 meses, com a referência londrina já na fasquia dos 55 dólares.

O barril de brent, transacionado em Londres, acelera 0,99%, para os 55 dólares, enquanto o crude negociado em Nova Iorque valoriza 0,82%, para os 52,13 dólares.

Evolução do brent na última semana

O avanço na sessão de hoje acontece no mesmo dia em que está a ser avançada a possibilidade de os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se encontrarem com Estados não-membros, no sentido de avançar com uma ação concertada que permita reduzir a produção de petróleo e recuperar as cotações. Segundo a Bloomberg, citando fontes próximas que não se quiseram identificar, o encontro decorrerá no próximo sábado, em Viena.

As cotações do petróleo aceleraram, depois de a OPEP ter acordado, na passada quarta-feira, em cortar cerca de 1,2 milhões de barris à produção diária do cartel, em janeiro. De salientar que desde quarta-feira, o preço do barril de brent já aumentou de preço em quase dez dólares. Passou de 46,38 dólares para os atuais 55 dólares, acumulando nesse período uma valorização de mais de 18%.

As atenções estão agora centradas na capacidade de os países da OPEP conseguirem cumprir com o acordo e dos esforços no sentido de conseguir convencer outros países produtores a cooperar. O acordo pode equilibrar o mercado, “mas tendemos a aldrabar“, afirmou o antigo ministro do petróleo saudita, Ali Al-Naimi.