Bolsa? Morgan Stanley aposta na lotaria
Um grupo de investidores que inclui o banco Morgan Stanley e o fundo KKR apresentou uma proposta de mais de cinco mil milhões de euros para comprar uma empresa de jogos de sorte e azar australiana.
Um consórcio que inclui o banco norte-americano Morgan Stanley e a gestora de fundo KKR ofereceu 5,5 mil milhões de dólares (cerca de 5,1 mil milhões de euros) pela empresa australiana de apostas e lotarias Tatts Group.
A proposta da Pacific Consortium, que engloba ainda a Macquarie Group e a First State Investments, está a avaliada entre 4,4 e 5 dólares australianos por cada ação da Tatts. A ideia deste grupo de investidores passa por vender ou colocar em bolsa o negócio de apostas e jogos, mantendo o negócio da lotaria, que gerou resultados recorde no último exercício e opera em quase todos os estados australianos através das marcas como a The Lott e a Golden Casket.
“A Tatts tem um tremendo poder na fixação de preço nas lotarias que ainda não exploraram verdadeiramente”, referiu Gabriel Radzyminski, diretor da Sandon Capital, à Bloomberg. “Trata-se de um monopólio sem qualquer regulação”, acrescentou.
"A Tatts tem um tremendo poder na fixação de preço nas lotarias que ainda não exploraram verdadeiramente. Trata-se de um monopólio sem qualquer regulação.”
O Morgan Stanley, a KKR e a First State detêm 30% do Pacific Consortium, enquanto a Macquarie, que tem direcionado o foco para negócios mais estáveis em detrimento do mercado de capitais, detém 10%.
De acordo com os termos da proposta, os atuais acionistas da Tatts irão receber 3,4 dólares em numerário mais ações da unidade das apostas que estarão avaliadas entre 1 e 1,6 dólares australianos.
Segundo Radzyminski, a oferta da Pacific Consortium subavalia o negócio das lotarias da Tatts, que gerou lucros recorde no último ano fiscal: registou uma subida de 10% do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 345,5 milhões de dólares australianos (245 milhões de euros).
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