Passear na montanha dentro de um shopping? Sim, no Algarve

  • Marta Santos Silva
  • 4 Dezembro 2016

Um investimento de 200 milhões de euros vai trazer a Loulé o maior espaço de lazer ao ar livre integrado num centro comercial em Portugal. É o novo MAR Shopping.

Oito mil metros quadrados de espaço ao ar livre: é esta a principal novidade do novo MAR Shopping que vai nascer no Algarve. A partir do próximo verão, este novo shopping, que vai ser o quarto com a maior área em Portugal, conta com amplas zonas verdes nas quais se integram equipamentos de lazer como paredes de escalada e outros elementos decorativos.

O MAR Shopping Algarve vai abrir no verão de 2017 em Loulé. O empreendimento do Grupo IKEA vai ter uma área total de 82 mil metros quadrados, o que em termos de área o deixa apenas atrás do Dolce Vita Tejo, do Centro Comercial Colombo e do outro projeto IKEA Centres em Portugal, o MAR Shopping de Matosinhos. Já a área de lazer exterior, com oito mil metros quadrados, é a maior no país integrada num centro comercial.

O empreendimento de Loulé, entre o MAR Shopping, a loja IKEA e o outlet que estão integrados entre si, valeu um investimento de 200 milhões de euros do Grupo IKEA. O grupo espera criar três mil postos de trabalho diretos e indiretos.

Veja as imagens do projeto do MAR Shopping Algarve

“A zona de lazer ao ar livre do MAR Shopping representa, acima de tudo, um projeto de elevação da oferta de soluções de entretenimento durante a visita ao centro comercial”, afirmou Ana Machado, diretora de marketing da IKEA Centres, citada num comunicado da empresa. “Todo o projeto foi desenvolvido com o objetivo de converter este complexo no mais importante destino que alia a oferta de compras e lazer do Algarve”.

O MAR Shopping Algarve vai ter 110 lojas, salas de cinema, zona de restauração e serviços, e integração com uma loja IKEA cuja abertura se prevê para a primavera de 2017. Estará ainda ligado a uma zona de outlet com outras 110 lojas. Prevê-se a criação de 3500 lugares de estacionamento.

O espaço exterior é composto por duas zonas distintas, uma intitulada Boas Vindas & Descoberta e outra chamada Área de Montanha. O espaço vai incluir “tubos de som, pontes suspensas, bombas de água, caminhos de pedra, moinho de água, túneis nas árvores, cavernas, slides ou escalada”, lê-se no comunicado da IKEA Centres.

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Trump alerta empresas para “erro muito caro”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 4 Dezembro 2016

Empresas que saiam do país e depois vendam os seus produtos nos Estados Unidos terão de enfrentar consequências, alerta o presidente eleito.

O presidente eleito dos Estados Unidos avisou hoje que haverá consequências para as empresas que tencionem mudar de país.

Alertando para um “erro muito caro”, Donald Trump sublinhou, no Twitter, que há novos impostos na calha para esses casos, noticia a Bloomberg.

“Qualquer negócio que deixe o nosso país por outro país” e “depois pense que vai voltar a vender o seu produtos no Estados Unidos sem retaliação ou consequência, está ERRADO”, afirmou Trump numa série de mensagens deixadas hoje no Twitter.

 

 

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Quais são os Porsche preferidos dos portugueses?

A Porsche está a vender mais em Portugal. Vai em mais de 400 automóveis, mas acredita que será possível fechar o ano com um novo recorde: 500. Conheça os mais vendidos.

A Porsche está a vender mais no mercado nacional. Já estão nas estradas nacionais mais de 400 automóveis da marca alemã, a que se vão juntar mais 40 a 50 comercializados no último mês. Mas quais os que mais se vendem? Esqueça o 911. Os SUV são os preferidos.

“Neste momento estamos já com 415 automóveis entregues, mais 40 a 50 vendidos em novembro. E estamos muito focados em chegar a um novo recorde que são as 500 unidades”, diz Nuno Costa, diretor de marketing da Porsche Ibérica. E grande parte destes são SUV.

Os SUV “acabam por ser quase 60% das nossas vendas. Tentamos fixar um objetivo de ter 70% e 30%, entre quatro portas e duas portas, mas os SUV estão neste momento num circulo virtuoso”, conta. Há dois: o Cayenne e o Macan, sendo este último o mais vendido.

macan

O Macan é o “best seller” com um total de 162 unidades vendidas, logo seguido do Cayenne. Já foram vendidos, este ano, 111 deste modelo que apresenta preços a partir de 85 mil euros.

No “ranking” das vendas da Porsche, o mítico 911 só aparece na terceira posição. O modelo mais conhecido da marca chegou, ainda assim, à centena de unidades vendidas em Portugal.

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Do Boxster foram vendidos 25, já do Panamera e do Cayman registaram-se vendas de apenas 10 e sete unidades, respetivamente. Porquê? “Este ano ter sido um bocado atípico porque praticamente não tivemos Panamera nem Cayman”, duas gamas que agora foram renovadas.

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PS elogia “tranquilidade” dos comunistas mas exclui em absoluto saída do euro

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2016

Ana Catarina Mendes diz que o PCP "soube responder ao repto do PS para encontrar uma solução de Governo".

A secretária-geral adjunta do PS afirmou hoje que o XX Congresso do PCP revelou o clima de “tranquilidade e paz social” do país, mas demarcou-se dos comunistas ao rejeitar em absoluto uma saída de Portugal do euro.

Posições assumidas por Ana Catarina Mendes no final do XX Congresso do PCP, em Almada, que se encontrava acompanhada pelo membro do Secretariado Nacional do PS Porfírio Silva.

“Creio que este congresso revelou aquilo a que temos assistido no país nos últimos tempos: Tranquilidade, paz social e convergência naquilo que é essencial. O PCP soube responder ao repto do PS para encontrar uma solução de Governo e tem apoiado essa solução de Governo em nome do princípio maior da melhoria das condições de vida dos portugueses”, declarou Ana Catarina Mendes.

Logo a seguir a esta nota de convergência, a secretária-geral adjunta do PS demarcou-se de uma das conclusões mais importantes deste congresso do PCP, em que foi reafirmada a defesa da saída do euro.

“No PS, continuamos a acreditar no projeto europeu – um projeto de partilha entre os povos e os Estados na Europa. Para o PS, não está em cima da mesa nem a saída do euro, nem a saída do projeto europeu. Continuamos a defender a necessidade do reforço da Europa”, vincou a secretária-geral adjunta do PS.

De acordo com Ana Catarina Mendes, dentro da União Europeia, Portugal tem sido capaz de “demonstrar que é possível um caminho alternativo ao da austeridade”.

“Por isso mesmo, hoje, a Europa foi capaz de olhar para nós e concluir que não há sanções, não há suspensão de fundos e há aprovação do Orçamento do Estado para 2017. Isso é um estímulo à ação do Governo e do PS”, considerou.

Interrogada sobre a exigência do PCP para que Portugal coloque em cima da mesa a questão da renegociação da dívida, Ana Catarina Mendes defendeu que esse tema “não está em cima da mesa”.

“Não escondemos que a dívida é um problema que a todos deve preocupar e que no espaço próprio deve ser debatido”, respondeu.

Confrontada com críticas proferidas por comunistas que classificaram o PS como um partido com políticas de direita, Ana Catarina Mendes disse que não encontrou neste congresso do PCP “mais divergências e críticas do que aquelas que são normais na identidade de cada um dos partidos”.

“Encontrei sim um estímulo no sentido de fazer melhor na governação para melhorar as condições de vida dos portugueses”, referiu a dirigente socialista.

Nas suas primeiras palavras perante os jornalistas, a “número dois” da direção do PS saudou o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, pela sua reeleição para o cargo, assim como o XX Congresso dos comunistas, que decorreu entre sexta-feira e hoje em Almada.

“Os momentos de congresso são sempre de vitalidade e de reforço dos próprios partidos. E nada melhor para uma democracia do que partidos muito fortes”, completou Ana Catarina Mendes.

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Jerónimo de Sousa reeleito secretário-geral do PCP por unanimidade

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2016

Jerónimo de Sousa ocupa o cargo desde 2004 e foi reeleito no XX Congresso do partido.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foi hoje reeleito por unanimidade, aos 69 anos, pelo Comité Central comunista para o cargo que ocupa desde 2004, anunciou o partido no XX Congresso, em Almada.

Os 146 elementos daquele órgão dirigente alargado entre congressos foram eleitos na noite de sábado, com 98,67% de votos favoráveis (1.116), 11 abstenções e quatro “chumbos”.

O renovado elenco reuniu-se logo pela noite de sábado e madrugada de domingo, terceiro e último de dia de trabalhos no Complexo Desportivo “Cidade de Almada”, para renovar a confiança, pela quarta vez seguida, em Jerónimo de Sousa.

O Comité Central, que conta com 22 caras novas, designou também a composição dos organismos executivos – Secretariado Nacional e Comissão Política – e da fiscalizadora Comissão Central de Controlo.

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PCP: Resolução Política diz que o partido não é “força de suporte” ao Governo PS

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2016

Resolução Política do XX Congresso do PCP foi aprovada por unanimidade dos cerca de 1200 delegados

O XX Congresso do PCP aprovou hoje por unanimidade a Resolução Política que estabelece a estratégia do partido para os próximos quatro anos, exigindo a libertação dos constrangimentos do euro e afirmando a “integral independência” dos comunistas.

A Resolução Política do XX Congresso do PCP foi aprovada por unanimidade dos cerca de 1200 delegados, que aplaudiram e gritaram a palavra de ordem PCP/PCP.

O documento afirma que o partido não é “força de suporte” ao Governo PS, e que a “solução política alcançada – viabilização do governo minoritário socialista – não responde à indispensável” rutura com a “política de direita”.

A durabilidade desta solução “depende da adoção de uma política que assegure a inversão do rumo de declínio e retrocesso imposto pelo governo anterior e corresponda aos interesses e aspirações dos trabalhadores e do povo”, lê-se.

O documento propõe “aspetos prioritários” para uma “política patriótica e de esquerda”, a começar pela “libertação do país da submissão do euro e das imposições e constrangimentos da União Europeia”.

A renegociação da dívida pública, a valorização do trabalho, a defesa e promoção da produção nacional, a garantia do controlo público da banca e a recuperação para o Estado dos setores estratégicos da economia são os primeiros objetivos fixados.

O reforço da influência política, social, ideológica e eleitoral do partido e da “luta de massas” aparecem como indispensáveis para a “construção da alternativa”, que “não se fará apenas com o PCP, mas não será possível sem ou contra o PCP”.

No texto, o PCP sublinha as “limitações do Governo PS”, afirmando ter “consciência plena destas contradições e exigências” e diz que “continuará a intervir” fazendo a “avaliação que a cada momento faça do conteúdo da política prosseguida” com a “integral independência que preserva”.

De acordo com o relatório da Comissão de Redação do congresso, foram aceites “mais de 600” das 1800 propostas de alteração ao documento, números que coincidem com os do congresso de 2012 em que também foram acolhidas 600 de 1800 propostas.

O relatório, elaborado por Jorge Cordeiro, da Comissão Política do PCP, indica que foram rejeitadas propostas que “colocavam em causa importantes princípios que caracterizam e orientam as relações internacionais” do partido, assim como propostas que questionavam a “existência de etapas na construção do socialismo”.

Segundo o documento também não foram aceites propostas que “apontavam para uma desvalorização dos resultados eleitorais”, e propostas de “repetição excessiva de caracterização do PS como partido de política de direita, quando essa caracterização está presente e afirmada com clareza” e ideias que “não se enquadram no plano político e ideológico no sentido geral das Teses”.

O debate preparatório da Resolução Política “confirmou um amplo acordo do coletivo partidário” com o documento, apesar de observações sobre a dimensão e o estilo da redação, indica o relatório.

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Presidente evoca Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 4 Dezembro 2016

Mensagem foi publicada hoje no site da Presidência.

Decorridos 36 anos do acidente de Camarate, o Presidente da República evocou hoje Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, sublinhando que “a verdade não prescreve”.

“No trigésimo sexto aniversário da tragédia ocorrida em Camarate, em que faleceram o Primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, o Ministro da Defesa Nacional, Adelino Amaro da Costa, bem como as suas mulheres, Snu Abecassis e Maria Manuel Simões Vaz da Silva Pires, além do Dr. António Patrício Gouveia e dos dois pilotos da aeronave, apresento às Famílias enlutadas as minhas mais sentidas condolências”, indica a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa publicada no site da Presidência.

“Faço-o na convicção de que a verdade não prescreve e de que a passagem do tempo não apaga a memória luminosa dos que perderam a vida em 4 de dezembro de 1980″, continua a nota publicada neste domingo.

Marcelo evoca, “em nome de Portugal”, Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, “dois portugueses de exceção, cidadãos e homens públicos que lutaram pelo seu País, com sacrifício da própria vida”. “Tendo decorrido quase quatro décadas sobre o seu desaparecimento, nunca esqueceremos o seu exemplo, um exemplo de dedicação a Portugal e aos valores da liberdade, da democracia e da justiça social”, conclui a mensagem.

 

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O referendo italiano na imprensa internacional

  • ECO
  • 4 Dezembro 2016

Afluência às urnas rondava os 20% às 12h locais.

O referendo na Itália é assunto de destaque em vários jornais neste domingo. Os italianos dizem hoje se aprovam ou não uma reforma constitucional mas o resultado do referendo tem outras implicações políticas, já que se transformou num voto de confiança ao Governo de Matteo Renzi.

As assembleias de voto abriram por volta das 7h locais e encerram às 23h (menos uma hora em Lisboa).

Por volta do meio-dia (hora local), a afluência rondava os 20%, notam vários jornais italianos, como o La Repubblica. Quase 47 milhões de eleitores são chamados a votar, diz o Corriere della Sera, e há ainda quase quatro milhões de italianos no exterior com direito a voto.

Mas não são só meios de comunicação social italianos que estão interessados no tema. O The Wall Street Journal (acesso parcialmente pago) aponta para o referendo que opõe o primeiro-ministro de centro-esquerda a movimentos populistas, desafios que também se colocam no resto da Europa.

O francês Le Monde explica o que está em causa no referendo, indicando que Renzi quer alterar a Constituição para acabar com a instabilidade política e acelerar o processo legislativo. Já o El Mundo afirma que o referendo de Itália decide o futuro de Renzi. “Primeiro foi o Brexit. Depois, a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas. E hoje pode ser a vez de Itália”, diz o jornal.

 

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PGR recebeu este ano 1.239 denúncias de alegados crimes económico-financeiros

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2016

Dados referem-se ao total de denúncias recebidas até 31 de outubro através da plataforma de denúncias de atos de corrupção e fraude, disponível na sua página na internet.

A Procuradoria-Geral da República recebeu este ano 1.239 denúncias, das quais 371 por alegados casos de fraude fiscal, 51 por corrupção e 35 por peculato, segundo dados a que a agência Lusa teve acesso.

Os dados, disponibilizados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), referem-se ao total de denúncias recebidas até 31 de outubro através da plataforma de denúncias de atos de corrupção e fraude, disponível na sua página na internet.

Este ano foram recebidas 1.239 denúncias de vários tipos de crimes, que deram origem à abertura de 139 inquéritos e 661 arquivamentos. Foram igualmente realizadas 28 averiguações preventivas e enviadas 385 denúncias a outras autoridades.

Das 1.239 queixas feitas pelos cidadãos, destaque para alegados factos de burla com fraude bancária (15), abuso de autoridade (65), outros crimes cometidos no exercício das funções públicas (69) e fraude contra a segurança social (24).

No total foram recebidas 796 denúncias anónimas, sem qualquer dado de identificação do denunciante e 229 queixas não integravam qualquer crime.

Desde 2010, a plataforma na internet da PGR já recebeu 10.507 denúncias, que determinaram a abertura de 1.463 inquéritos e 6.763 arquivamentos.

Para o Ministério Público, “este canal de denúncias tem-se revelado mais uma ferramenta útil à investigação”, já que desencadeia novos processos e, “em certas situações, fornece elementos complementares relativamente a inquéritos já existentes”, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e nos diversos Departamentos de Investigação e Ação Penal (DIAP).

No dia 09 de dezembro assinala-se o Dia Internacional contra a Corrupção e na segunda-feira realiza-se em Lisboa uma conferência Internacional denominada “Corrupção: Um Combate de Todos para Todos”, organizada pela PGR e com a presença da ministra da Justiça.

 

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Itália: “Os bancos são a parte frágil do referendo”

"Itália é o único país que está pior do que Portugal", garante Francesco Franco. Crescimento marginal, produtividade estagnada, desemprego alto levam os italianos a tornar o referendo num voto a Renzi

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“Os bancos são a parte frágil” do referendo deste domingo em Itália. A análise é do economista Francesco Franco que sublinha que, se na segunda-feira houver um ataque à dívida italiana “isso vai refletir-se nos balanços dos bancos italianos que já estão num nível de fragilidade extremo”.

Em entrevista ao ECO, o economista da Nova Business School defende que, em Itália há apenas “um ou dois bancos fortes, mas a maioria tem um nível de rácios de capital mesmo no limite”. Se o “Não” vencer no referendo — que é muito mais do que um plebiscito à alteração da Constituição e se transformou num voto de confiança ao Governo de Matteo Renzi –“isso pode ser muito negativo para o setor bancário”.

“É importante transmitir a ideia de que não é uma crise de insolvência, mas pode transformar-se numa se depois do referendo o cenário negativo se concretizar”, alerta Francesco Franco. Ou seja, “se as forças populistas ganharem as eleições e tomarem decisões relativamente à posição na Europa e no euro”. “Nesse caso sim, se o cenário negativo se concretizar”. Ainda assim, o economista coloca alguma água na fervura porque na sua opinião “mesmo que ganhe o Não é muito cedo para dizer que este cenário negativo se vai concretizar”.

Além disso, “a banca em Itália já teve crises graves que conseguiu recuperar”, lembra, embora frise que o seu desejo é que a situação não chegue a esse ponto e se assim for “alguma solução se irá encontrar”.

Desajustamento entre regiões italianas “é enorme”

Mas… a situação económica em Itália justifica o atual grau de insatisfação dos italianos? A ponto de votarem ‘Não’ e porem em causa a estabilidade governativa, uma vez que Renzi já anunciou que se demite caso o resultado seja esse?

“Sim, porque é uma situação muito heterogénea”, responde Francesco Franco. “Itália é uma espécie de espelho da União Europeia. Há regiões que têm uma taxa de desemprego muito alta e outras que têm uma taxa de desemprego mais baixa do que a alemã. O desajustamento entre as regiões é enorme”, defende. Em outubro o país registou uma taxa de desemprego de 11,6%, um valor inalterado face ao mês anterior. Mais grave é a situação do desemprego jovem, um dos mais elevados da União Europeia (36,4%).

Itália é um laboratório muito interessante. Até na parte política”, afirma o economista. E dá como exemplo Silvio Berlusconi: “Um pequeno Trump que antecipou em 20 anos o populismo” do agora Presidente dos Estados Unidos. “Berlusconi não tinha a violência verbal de Trump, mas os argumentos que utilizava há 20 anos eram altamente populistas”, frisa.

Mas o problema económico é ainda mais grave porque “não se trata apenas do nível, mas também da tendência”. “Itália é o único país que está pior do que Portugal”. E não só em termos de dívida. Pior mesmo é o crescimento. “Itália não cresce nos últimos 15 a 17 anos senão marginalmente e a produtividade não aumenta nos últimos 15 anos”, afirma Francesco Franco. Por exemplo, Itália cresceu em cadeia 0,3% no terceiro trimestre deste ano. “Isto cria uma falta de expectativa para o futuro. Há uma geração que está mais pobre do que estavam os pais. Numa sociedade isto é muito complicado de absorver”, conclui.

Não dramatizar o efeito do ‘Não’

Para Francesco Franco não há necessidade de dramatizar as consequências de uma eventual vitória do ‘Não’. Acima de tudo é cedo para prever o que irá acontecer. Mas mesmo que os mercados na segunda-feira ataquem a dívida pública italiana, esse movimento pode ser de curta duração e isso “não significa que as variáveis macroeconómicas mudaram”. Claro que um pânico nos mercados no dia a seguir será sempre um susto e um problema momentâneo de liquidez, mas o BCE tem instrumentos para estas circunstâncias, lembra o economista.

E em jeito de ironia lembra que tanto com o Brexit como nas presidenciais americanas os mercados não se comportaram da forma de que todos esperavam.

Perante os receios que Itália venha a sair da zona euro, o economista lembra que “não são coisas que aconteçam de um mês para o outro”. Seria necessário que “as forças populistas vençam as eleições e depois iniciem o percurso para o país sair do euro”. “Não são coisas que aconteçam ao ritmo dos mercados financeiros, não têm essa volatilidade”, conclui.

Um referendo que faz sentido

É um erro político da parte de Matteo Renzi sujeitar o seu futuro político ao resultado de um referendo? Tendo em conta que Renzi não foi eleito por voto popular, faz sentido submeter uma alteração constitucional desta envergadura a votos, defende Francesco Franco. Em causa está reduzir o poder do Senado e dar mais força e eficácia ao ramo Executivo. Uma lei votada por três vezes em cada uma das câmaras do Parlamento.

Para Francesco Franco “a estranheza da opção” reside em “fazer o referendo feito ex-post e não ex-ante”.

Quanto aos riscos políticos, Francesco Franco garante que “Itália está habituada à instabilidade política”. E sublinha que “o único ponto de contacto entre as várias frentes que defendem o ‘Não’ no referendo é mesmo o ‘Não'”.

Eleições na Áustria em simultâneo

Áustria também vai a votos este domingo, mas para eleger o próximo Chefe de Estado. Francesco Franco não acredita que “o eleitorado austríaco seja influenciado pelo referendo em Itália”, mas reconhece que na Europa se vive um problema de equilíbrio entre a razão e a vontade.

 

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IGCP: cofres não engordavam tanto desde a troika

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 4 Dezembro 2016

Almofada de liquidez aumenta 41% em 2016, a maior subida desde 2012.

O Governo prevê terminar o ano com 9,3 mil milhões de euros em depósitos e outros instrumentos de liquidez nas caixas centrais do Tesouro, o que significa um aumento de 41% face ao final de 2015. Esta é a maior subida desde 2012, quando Portugal ainda estava sob assistência financeira. Os dados são da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) e foram compilados pelo Diário de Notícias.

O programa da troika exigia este tipo de margens para ajudar os bancos que precisassem e no primeiro ano da intervenção externa (2011), a almofada de liquidez mais do que duplicou. Em 2012, subiu 80% mas no ano seguinte estabilizou. E depois, até 2015, esteve sempre em queda. Até agora.

Uma parte dos 9,3 mil milhões de euros devia ter sido utilizada na recapitalização da Caixa Geral de Depósitos mas a operação ficou para 2017 e uma parte do valor que sobrou serviu para pagar mais cedo o empréstimo ao Fundo Monetário Internacional, continua a notícia faz manchete no DN. O Governo também conseguiu mais dinheiro em poupanças domésticas e bilhetes do Tesouro, que ajudaram a esse pagamento.

O ECO já noticiou que o Tesouro português quer entrar em 2017 com cerca de 40% das necessidades de financiamento do ano já conseguidas.

 

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Itália: “Mercados vão vender dívida pública”

Se o 'Não' vencer o referendo em Itália, os mercados na segunda-feira vão vender dívida pública. Mas isso não significa que as variáveis macroeconómicas mudaram, diz Francesco Franco.

Após o referendo no Reino Unido que ditou o Brexit assim como nas presidenciais americanas os mercados não se comportaram da forma de que todos esperavam, lembra o economista da Nova Business School em entrevista ao ECO. Por isso, Francesco Franco considera que é difícil prever como os mercados se vão comportar.

Ainda assim, é de esperar que “os mercados vendam dívida pública italiana”, mas isso “não significa que as variáveis macroeconómicas mudaram”. Claro que um pânico nos mercados no dia a seguir será sempre um susto e um problema momentâneo de liquidez, mas o BCE tem instrumentos para estas circunstâncias, lembra o economista.

Perante os receios que Itália venha a sair da Zona Euro, Francesco Franco lembra que “não são coisas que aconteçam de um mês para o outro“. Seria necessário que “as forças populistas vençam as eleições e depois iniciem o percurso para o país sair do euro”. “Não são coisas que aconteçam ao ritmo dos mercados financeiros, não têm essa volatilidade”, conclui.

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