Oliveira Martins não vê riscos de novo resgate
Para Guilherme d'Oliveira Martins, a subida dos juros da dívida já era esperada em função do aumento dos preços na Zona Euro. Diz que é importante não correr riscos de antecipar pressão dos mercados.
O ex-Presidente do Tribunal de Contas e actual administrador da Gulbenkian não vê riscos de um novo resgate a Portugal, isto apesar da subida acentuada das taxas de juro da dívida portuguesa na última semana. A yield das obrigações portugueses superou os 4% na quinta-feira, mas para Guilherme d’Oliveira Martins essa subida já era esperada em função do aumento dos preços na Zona Euro.
“Julgo que não” existe risco de resgate, considerou Oliveira Martins em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios. “E devemos ser muito claros. Nós não podemos correr o risco de antecipar pressões que decorram do mercado ou da perda de confiança do mercado. Isso é extremamente negativo. Sabemos que os fatores psicológicos pesam. Já pesaram” no passado, frisou o antigo Presidente do Tribunal de Contas.
Oliveira Martins pede para olhar para a subida das taxas das obrigações portuguesas com “muita prudência” e “conhecimento de causa”, dado, prossegui, o atual contexto europeu no que toca à subida generalizada dos preços no consumidor.
“Andamos a pedi-las. Andamos a pedi-las no sentido em que a situação em que nos encontrávamos no que se refere aos preços era uma situação de incerteza. Estávamos na fronteira entre deflação e a recessão. Neste momento este aumento das taxas de juro era previsível. O que é necessário é controlar isso”, disse o responsável.
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