BCP: Direitos caem quase 20% e travam acções
Os direitos ao aumento de capital somam a terceira sessão de quedas, período em que desvalorizaram quase 30%, o que pressiona os títulos do banco liderado por Nuno Amado.
Os direitos ao aumento de capital do BCP estão sob forte pressão, o que está a penalizar o título do banco liderado por Nuno Amado. A cotação dos direitos tomba quase 30%, somando o terceiro dia de quedas. Já as ações do BCP perdem terreno pela quarta sessão consecutiva, com um deslize de mais de 4%.
As ações do banco desvalorizam neste momento 4,3%, para os 14,35 cêntimos. Já os direitos que garantem a subscrição das novas ações tombam 17,05%, para os 64,7 cêntimos, estendendo para quase 30% a quebra acumulada nos últimos três dias de negociação.
Evolução dos direitos
Cada direito permite a subscrição de 15 novas ações ao preço de 9,4 cêntimos. O valor atual coloca o preço implícito de cada nova ação (emitida no âmbito do aumento de capital no valor de 1.300 milhões) nos 13,71 cêntimos. Ou seja, neste momento, comprar as novas ações fica 4,44% mais barato do que comprar as atuais estão no mercado. Consulte aqui a calculadora do ECO para otimizar a sua estratégia de investimento no aumento de capital.
O banco liderado por Nuno Amado vai emitir 14 mil milhões de novas ações no aumento de capital que visa reembolsar a ajuda do Estado de forma antecipada e ainda reforçar os rácios de capital do banco. A operação de reforço financeiro termina no início do próximo mês e contará com a participação da Fosun, o grupo chinês que detém cerca de 16,7% do capital do BCP, mas que pretende atingir uma posição de 30%. Também a Sonangol deverá ir ao aumento de capital.
Em declarações ao ECO, o histórico acionista Joe Berardo também manifestou a sua intenção em participar na operação. Disse que se trata de um bom negócio e uma decisão final deverá surgir até final da semana.
Os direitos negoceiam em bolsa até à próxima segunda-feira, 30 de janeiro, terminando a 2 de fevereiro o período de exercício.
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