Dijsselbloem: FMI vai continuar no bailout grego

  • Marta Santos Silva
  • 26 Janeiro 2017

À medida que são retomadas as negociações para a continuação do terceiro resgate da Grécia, o presidente do Eurogrupo aproveitou para dissipar rumores de que o FMI fosse abandonar a troika.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer continuar a participar no terceiro resgate grego, afirmou esta quinta-feira o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, quando entrava na reunião com os restantes ministros das Finanças da Zona Euro. “Christine Lagarde assegurou-me que o FMI tem ainda intenções fortes de pertencer ao programa e de trabalhar com as outras instituições em Atenas”, esclareceu.

As declarações de Dijsselbloem surgem em reação a relatos nos media de que as autoridades europeias se estariam a preparar para continuar o resgate sem o apoio do FMI, por dificuldades em chegar a um consenso com a instituição liderada por Christine Lagarde.

O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças holandês procurou dissipar essas preocupações ao dizer que o FMI continua comprometido em participar no terceiro bailout à economia grega, mantendo a sua posição de que a Grécia tem de se comprometer com reformas credíveis. Jeroen Dijsselbloem encontrou-se com o ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, esta manhã de quinta-feira, embora não tenha comentado acerca do conteúdo da reunião.

Um pouco antes, o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis dizia aos jornalistas que as autoridades europeias estão a trabalhar para manter o apoio do FMI. “Estamos a trabalhar esperando que o FMI permaneça envolvido no programa”, explicou. “Também estamos a tentar averiguar que medidas seriam necessárias para assegurar a total participação do FMI”.

Não se espera que esta reunião do Eurogrupo resulte já na aprovação de reformas específicas para dar continuidade ao programa de resgate da Grécia, mas os membros do Eurogrupo vão aproveitar para avaliar o ponto de situação da economia grega e da “implementação das medidas de alívio da dívida a curto prazo apoiadas na última reunião do Eurogrupo”, lê-se na agenda da reunião.

Também Portugal está na agenda para este encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro em Bruxelas. No comunicado conjunto emitido após a quinta missão de monitorização, realizada entre 29 de novembro e 7 de dezembro do ano passado, a Comissão Europeia e o BCE reclamaram a Portugal, uma “estratégia de consolidação clara para o curto e médio prazo”, defendendo que “há margem para aumentar a eficiência da despesa pública em Portugal”.

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