Défice? Foi com o “sacrifício do investimento”
Apesar de valorizar o controlo do défice levado a cabo por este Governo, Rui Moreira referiu que o investimento foi sacrificado. Acresce que a conjuntura internacional não vai ajudar, prevê.
Rui Moreira admite que existe otimismo em Portugal, mas há problemas que não se apagam. A começar pela conjuntura internacional: “Vivemos numa situação internacional que é muito difícil de prever e de compreender, quer no mundo quer na Europa”, referindo que as “sondagens permanentemente nos enganam” e que “tudo é uma surpresa”, exemplificando com a incerteza das eleições em França e nos Estado Unidos.
"Temos tentado controlar o défice com o sacrifício do investimento.”
Em Portugal há, por um lado, o otimismo da população com a devolução de rendimentos, mas também há perigos. Onde? “Temos tentado controlar o défice com o sacrifício do investimento“, alertou Rui Moreira. O autarca diz existir “uma relação entre o investimento público e o investimento privado”, pelo que ambos ficam a perder com o desinvestimento do Estado. “As alterações estruturais nas empresas também não estão a correr bem”, afirmou.
“Vejo os números do desemprego a diminuir, justificados pelo consumo interno e externo, turismo”, explicou, argumentando que “é por aí que as coisas estão a funcionar”. É o caso do Porto onde, garante o autarca, não há um “esgotamento” nem a saída dos cidadãos no centro da cidade. Pelo contrário, Rui Moreira diz que a dinamização da cidade com o turismo fez com que se tornasse mais atrativa para os locais.
"O município do Porto está de boa saúde.”
Já as Finanças Públicas do Porto estão de “boa saúde”. “O Orçamento é o que pode ser. Quando entrei disse que íamos ter contas à moda do Porto: contas justas, aceitáveis, que não sobrecarreguem os cidadãos. Apesar de termos reduzido o IMI, o custo da água e a derrama, o município do Porto está de boa saúde”, explica Rui Moreira. Neste momento há 30 milhões de euros de endividamento, anunciou o autarca, referindo que o serviço da dívida é 1,7 milhões de euros.
Rui Moreira assegura que a situação financeira está “perfeitamente consolidada”, o que “permite olhar para os desafios da autarquia com contas exequíveis”. Entre essas prioridades está a reformulação do Mercado do Bolhão que deve começar a ser remodelado nos próximos seis meses. Além disso, durante o mês de fevereiro vai ser lançado um concurso para o projeto de reabilitação do Matador de Campanhã. “Ainda temos muito para fazer”, garante o autarca que se vai recandidatar.
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