Exportações de frutos vermelhos destronaram as de pera rocha em 2015
Capoulas Santos falava durante a visita à Fruit Logistica 2017, a maior feira de frutas e legumes do mundo, que arrancou hoje em Berlim e conta com 42 expositores de empresas portuguesas.
As exportações em valor de frutos vermelhos destronaram em 2015 as de pera rocha ao atingirem quase 91 milhões de euros, contra os cerca de 87 milhões de euros da pera rocha, afirmou o ministro da agricultura. Capoulas Santos avançou que em 2015 as exportações de frutos vermelhos (framboesa, mirtilo, amora e groselha) atingiram os 90,6 milhões de euros (70 milhões de euros em 2014), enquanto as de pera rocha somaram 86,5 milhões de euros (88,7 milhões de euros em 2014).
"Não tínhamos grande tradição de produção e exportação de frutos vermelhos.”
O ministro referiu que os pequenos frutos vermelhos afirmam-se cada vez mais como “grande aposta” da agricultura portuguesa, sobretudo na Alemanha, “para onde Portugal pode aumentar progressivamente as suas exportações”, já que “ocupa ainda uma quota ínfima de mercado”. “As nossas exportações no mercado alemão são ainda uma gota de água no oceano. É portanto um mercado com grande potencial e que tem vindo a apreciar as frutas e hortícolas portuguesas“, afirmou.
E acrescentou: “Não tínhamos grande tradição de produção e exportação de frutos vermelhos, mas são muito apreciados nos países nórdicos e as nossas condições climatéricas permitem produzir em termos de qualidade de forma imbatível. É um setor com grande potencial de crescimento”, reforçou.
O governante analisou também os primeiros dados de 2016, destacando que os mesmos mostram que as exportações no setor das frutas cresceram na ordem dos 6%. “Por isso, continuamos na trajetória de atingirmos em 2020 os dois mil milhões de euros de exportações”, afirmou.
"Continuamos na trajetória de atingirmos em 2020 os dois mil milhões de euros de exportações.”
O vice-presidente da Portugal Fresh, Gonçalo Andrade, mostrou-se convicto de que a meta dos dois mil milhões de euros de exportações vai ser atingida, mesmo que não seja logo em 2020, mas 2021 ou 2022, “porque os empresários portugueses têm sido extremamente inovadores, muito persistentes e acreditam muito no que fazem”.
“Há uma coisa que nos tranquiliza, é que não são só eles a acreditarem, mas também os clientes a começarem a valorizar a geografia de Portugal como uma geografia importante no mundo da produção“, frisou.
Além disso, destacou as vantagens de Portugal: “Somos o único país na latitude sul da Europa que tem influência do Atlântico, o que não garante a precocidade nos produtos que os nossos vizinhos têm, mas garante maior janela de produção e normalmente que o período entre a flor e o fruto seja superior, o que permite ter melhor sabor, intensidade de cor superior e melhor aroma”.
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