Yellen não assusta Europa, EDP segura Lisboa

Presidente da Reserva Federal norte-americana admitiu subir novamente os juros em março, provocando alguma aversão em Wall Street. Mas isso não impediu que as bolsas europeias fechassem no verde.

Nem o facto de Janet Yellen, presidente da Reserva Federal norte-americana, ter admitido uma subida dos juros já em março, que provocou alguns distúrbios em Wall Street, impediu um fecho positivo nas bolsas europeias. Lisboa acompanhou este sentimento com o grupo EDP a dar força. E os juros portugueses apresentaram tendência mista no dia em que os números da economia bateram todas as expectativas.

O PSI-20, o principal índice português, somou ligeiros 0,19% para 4.605,56. Notas positivas para a EDP e EDP Renováveis: avançaram 0,61% e 1,02%, respetivamente, permitindo que o benchmark nacional encerrasse acima da linha de água. O melhor desempenho, porém, pertenceu à Caixa Económica Montepio, cujas unidades de participação dispararam 8,7%.

Com o índice de referência reduzido a 17 membros, foram 12 cotadas que apresentaram sinal mais no fecho. Do lado das perdas, pressionou sobretudo a Galp (-0,72%) e a Pharol (-1,04%). No caso da antiga SGPS, a semana tem sido de correção face aos ganhos acumulados desde o início do ano.

No mercado de dívida, na véspera de o Tesouro português leiloar até 1.250 milhões de euros em bilhetes a três e 11 meses, os juros registaram quedas nos prazos mais curtos, antecipando uma baixa nos custos de financiamento na operação desta quarta-feira. Nas maturidades mais longas, as taxas subiram — a 10 anos mantiveram-se acima dos 4% — apesar dos bons indicadores económicos divulgados esta terça-feira.

O PIB cresceu 1,4% no conjunto de 2016, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), um desempenho que superou tanto as expectativas da Comissão Europeia, como as dos economistas — que apontavam ambos para um aumento de 1,3% — como ainda a meta definida pelo Governo em outubro, que era de 1,2%.

Lá por fora, Milão avançou 0,6% e destacou-se num dia de ganhos tímidos em quase todas as bolsas do Velho Continente: o IBEX-35 de Madrid avançou 0,25%, Paris e Frankfurt ganharam 0,16% e 0,03%, respetivamente.

Destaque para as ações da PSA Peugeot Citröen. A construtora francesa, liderada pelo português Carlos Tavares, assumiu publicamente que está em conversações para comprar a marca alemã Opel, num negócio mais amplo que visa a aquisição da divisão europeia da General Motors. As ações avançaram mais de 4% para 18,7 euros.

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