Lisboa não escapa ao terror nas bolsas. PSI-20 cai 1%
O ataque terrorista em Barcelona, que tirou a vida a 14 pessoas, gerou o pânico nas bolsas europeias. Lisboa não escapou aos receios dos investidores, com o PSI-20 a cair mais de 1%.
O atentado terrorista em Barcelona, que fez 14 vítimas mortais no centro da cidade, arrastou as bolsas europeias para o vermelho, assim como aconteceu do outro lado do Atlântico. Lisboa não foi exceção. A praça nacional cedeu mais de 1%, pressionado pelas perdas expressivas do BCP, CTT e Jerónimo Martins. Apenas quatro cotadas escaparam a esta tendência.
O índice de referência português, o PSI-20, fechou a cair 1,09% para 5.185,68 pontos, em linha com o que aconteceu no resto da Europa. Os investidores acabaram por procurar ativos de refúgio, como é o caso das obrigações e do ouro, abandonando as ações. “Os ataques terroristas nos EUA e em Espanha agravaram a crise geopolítica”, afirma Simon Quijano-Evans à Bloomberg. “Em determinada altura, é provável que isto culmine numa reação mais extrema do mercado”, acrescenta o estratega da Legal & General Investment Management.
Entre as cotadas que mais perderam, destaque para o BCP (-2,09%), CTT (-1,05%), Jerónimo Martins (-2,09%) e para a Galp Energia (-0,54%). No caso da petrolífera, é um desempenho que surge depois da notícia de que o presidente Carlos Gomes da Silva e o administrador Costa Pina foram constituídos arguidos no caso Galpgate.
O ataque terrorista foi já reivindicado pelo Daesh. Uma carrinha banca atropelou esta quinta-feira à tarde centenas de pessoas na Rambla de Barcelona, uma das zonas mais movimentadas da cidade. Morreram 14 pessoas, segundo o último balanço. Há ainda mais de uma centena de feridos. Já durante a madrugada, a polícia da Catalunha abateu pelo menos cinco terroristas que pretendiam fazer um atentado em Cambrils, em Terragona.
No mercado cambial, destaque para o euro. A moeda única volta a apreciar esta sexta-feira. Avança 0,08% para 1,1730 dólares, corrigindo da queda desta quinta-feira, após as minutas do Banco Central Europeu (BCE) terem revelado que alguns membros do banco central estão preocupados com a excessiva valorização da moeda. Nos ativos de refúgio, o ouro valoriza 0,24% para 1.295,76 dólares por onça.
Investidores procuram refúgio no ouro
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