Alojamento local responde por 1% do PIB de Lisboa
O alojamento local encontra-se em crescimento na área metropolitana de Lisboa. O subsetor empregou no ano passado mais de 5.700 pessoas diretamente e 13.400 indiretamente.
O alojamento local responde por 1% do PIB da área metropolitana de Lisboa e emprega 5.706 pessoas diretamente. O peso do subsetor nas receitas turísticas da zona ascende aos 18,3%. Os dados constam de um estudo encomendado pela Associação de Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) ao ISCTE, publicado esta terça-feira.
Segundo o relatório, coordenado pela professora do ISCTE Hélia Pereira, os turistas na área metropolitana de Lisboa gastaram, em 2016, um total de 285,9 milhões de euros em unidades de alojamento local. Em termos indiretos (relacionados com os gastos dos turistas durante a sua estadia na zona considerada), o impacto foi ainda maior: 549,6 milhões de euros, numa média diária de 70 euros. Durante a sua estadia, os hóspedes despendem cerca de 263,3 milhões em alimentação, 182,5 milhões em gastos relacionados com lazer e entretenimento, 52,2 milhões em deslocações, e 50,6 milhões de euros em atrações turísticas.
O impacto total do subsetor na economia da área metropolitana da capital foi de 1.335,9 a 1.664,7 milhões de euros. De forma a conseguir um valor para o impacto direto do subsetor, o estudo avaliou o contributo do alojamento local para o PIB de Lisboa, que em 2016 foi de 97,4 milhões de euros, e os rendimentos do trabalho (total de valores pagos em salários e outras retribuições). No ano passado, o alojamento local contribuiu com 51,4 milhões de euros neste ponto.
Mais de quatro mil novas unidades em 2016
Os apartamentos dominam nas modalidades de alojamento local, com uma abertura de novos 3.686 pontos de alojamento, um número superior aos 3.490 novos apartamentos registados até 2015. Juntando as restantes modalidades (estabelecimentos de hospedagem, estabelecimentos de hospedagem-hostel e moradias), a área do alojamento local teve no ano passado a abertura de 4.346 novas unidades, o que representa um crescimento de 94,8%. Relativamente à capacidade de alojamento, as quatro modalidades de alojamento registam uma ocupação máxima de 54.572 hóspedes, mais 75,1% da que tinha sido registada até 2015.
O estudo também considerou outros benefícios diretos. Durante o ano de 2016, o subsetor da hotelaria arrecadou um total de 48,8 milhões de euros para os cofres do Estado, angariou 4,5 milhões a partir da taxa turística e empregou um número aproximado de 5 706 pessoas.
Alojamento local pode vir valer 1.200 milhões
Quanto a possíveis cenários futuros, o estudo prevê um cenário base, com um impacto económico total de entre os 3.017,4 milhões e os 3.735 milhões de euros em 2020. O mesmo cenário prevê um contributo de 212,5 milhões de euros para o PIB da área metropolitana de Lisboa, 44,9 milhões de receitas para o Estado, 8,9 milhões de receitas a partir da taxa turística, e 12.665 postos de emprego gerados. Quanto ao impacto económico induzido, o estudo aponta para um contributo adicional para o PIB entre os 468,2 milhões e os 1 248, 6 milhões de euros, e um contributo adicional para o emprego de 29.343 postos de trabalho como resultado da dinamização económica.
O estudo foi estendido para o norte do país, bem como para a zona centro e para o Alentejo. O estudo apresentado visou conhecer as características dos equipamentos, empresários e hóspedes de alojamento local na área metropolitana de Lisboa. Perceber cenários de evolução dentro do subsetor do alojamento local.
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