Ricon: Afinal não há solução, empresa vai mesmo para liquidação
A Ricon vai mesmo para liquidação. Por terra fica a última réstia de esperança de encontrar investidores para o projeto.
A réstia de esperança que existia para a Ricon desvaneceu-se esta manhã. A solução que estava a ser trabalhada, segundo anunciou Pedro Pidwell, administrador de insolvência, depois da assembleia de credores realizada esta terça-feira, afinal não avançou. Empresa vai mesmo para liquidação, apurou o ECO junto de fontes próximas ao processo.
A solução que passava por encontrar um investidor, ou grupo de investidores, que pudesse viabilizar a empresa, não vai ser apresentada, pelo que a liquidação deverá ser aprovada. Em declarações ao ECO, proferidas, ontem Pedro Pidweell dava conta de que as 24 horas seriam decisivas para o futuro da têxtil de Famalicão e mostrava-se esperançado. “A esperança é a última a morrer, enquanto houver condições de ressarcimento para os credores, cá estarei para salvaguardar os interesses dos credores e dos trabalhadores”, referiu.
Pedro Pidwell garantia ainda que: “Até à assembleia deliberar a liquidação das empresas operacionais do grupo há sempre tempo de inverter o caminho, não é expectável, mas em tese…”.
A assembleia de credores de mais três empresas do grupo Ricon, agendadas para esta manhã, estava em risco de não se realizar devido à greve dos funcionários judiciais, mas acabou por começar com mais de uma hora de atraso.
Esta oficialização do fecho da Riconacontece já depois dos 580 funcionários da têxtil terem recebido as cartas de despedimento.
O pedido de insolvência da Ricon — constituído por oito empresas e 20 lojas sob a marca Gant — aconteceu em dezembro passado. O grupo sueco, detentor da Gant rejeitou todas as soluções para viabilizar a empresa, como a entrada direta no capital da Ricon, a entrada de investidores terceiros e/ou, finalmente, através da restruturação da dívida existente. A Gant, devido aos atrasos dos pagamentos da Ricon, começou a reduzir o volume de encomendas ao grupo português, cuja dependência era na ordem dos 70%.
O total de créditos reclamados ultrapassa os 32 milhões de euros, sendo a banca o maior credor da empresa liderada por Pedro Silva.
(Notícia atualizada às 12:02 com mais informação)
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