Portugal Ventures mantém 18,7% na Chic by Choice. Mas diz que já não é sustentável
Gestora de capital de risco público mantém participação de 18,7% na startup portuguesa. Mas alerta para a falta de sustentabilidade do negócio.
A Portugal Ventures, gestora de capital de risco público, reagiu esta sexta-feira às notícias que têm sido veiculadas sobre a sua participada Chic by Choice, da qual ainda detém 18,7% do capital.
Na nota enviada ao ECO, a empresa pública alerta para a insustentabilidade do negócio da startup mas acrescenta que “à data, todos os intervenientes neste processo continuam a trabalhar para que a marca Chic by Choice permaneça ativa no mercado”. A capital de risco refere ainda que, a propósito da última ronda de investimento — da qual a Portugal Ventures participaria — “as negociações, lideradas pelas promotoras Lara Vidreiro e Filipa Neto, não foram concluídas nos timings expectáveis”.
“O investimento da Portugal Ventures começou em 2014, numa ronda de investimento seed com outros investidores, o qual foi reforçado em 2015 com a perspetiva de que a margem operacional da Chic by Choice convergisse com a necessária sustentabilidade do negócio, o que não se verificou“, explica a Portugal Ventures.
Sublinhando o caráter “disruptivo, inovador e distinguido internacionalmente” do modelo de negócio da Chic by Choice, a gestora de capital diz que a startup ficou aquém das expectativas, sendo que as promotoras “optaram por reduzir a estrutura de custos e o investimento na aquisição de clientes”. A Portugal Ventures disse ainda que as promotoras tentaram, entretanto, rentabilizar os ativos existentes — no verão do ano passado a Chic by Choice colocou à venda alguns dos vestidos que alugava, o seu core business, a preços de saldo — e até vender a empresa.
O modelo de negócio da Chic by Choice foi disruptivo, inovador e distinguido internacionalmente, tendo a empresa atingido o aluguer de 600 vestidos nos períodos de maior procura. Foi uma das empresas líder na Europa, com presença importante no Reino Unido e Alemanha.
“Para que o crescimento da empresa evoluísse à dimensão e velocidade desejada, era necessário realizar uma nova ronda de investimento, para a qual a Portugal Ventures demonstrou disponibilidade. (…) Na sequência, as promotoras optaram por reduzir a estrutura de custos e o investimento na aquisição de clientes, mantendo a marca ativa no mercado através da rentabilização dos seus ativos existentes e estabelecendo contactos para a possibilidade de venda da empresa“, acrescenta a Portugal Ventures.
Esta terça-feira, o Observador publicou uma investigação que dava conta de que a Chic by Choice, startup de aluguer de vestidos de luxo, seria uma empresa fantasma. Na altura, nenhuma das fundadoras do projeto prestou declarações, tendo a Portugal Ventures, um dos investidores do projeto, referido que “não lhes tinha sido comunicada qualquer informação que permitisse concluir que a Chic by Choice iria encerrar”.
Notícia atualizada às 12h15 com mais informação.
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