Estas são as cidades mais caras do mundo. Lisboa é a 86ª

No ranking da The Economist sobre o custo de vista, Singapura volta a ser a cidade mais cara do mundo, seguida de Hong Kong e Zurique. A metrópole mais barata é Almaty, no Cazaquistão.

Lisboa está mais cara. Subiu cinco posições no ranking elaborado pela The Economist Inteligence Unit (EIU) com base no custo de vida de 133 cidades de todo o mundo, segundo informações dadas pela unidade ao ECO. O topo da lista volta a pertencer a Singapura, pelo quarto ano consecutivo, e o fim da tabela a Almaty no Cazaquistão.

O ranking compara os preços de 160 produtos e serviços em 133 cidades e é usado pelos gestores de recursos humanos para calcular os pacotes remuneratórios dos expatriados. Assim, de acordo com os cálculos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist, viver em Singapura é 20% mais caro do que em Nova Iorque (a nona cidade da lista) e 5% mais caro do que em Hong Kong, que ocupa a segunda posição do ranking.

A capital portuguesa está, este ano, em 86º lugar, uma subida de cinco posições face ao ano anterior, quando estava em 91º lugar. O ECO pediu à EIU alguns dados referentes à única cidade portuguesa que integra o ranking. E segundo as contas da unidade, uma família de quatro elementos, na capital, paga, em média, uma fatura de 145 euros por mês de eletricidade, de 85 para o gás e 65 euros para a água. Já o custo de uma linha de telefone fixo é, em média, segundo a EIU, de 12 euros por mês.

Só dois países têm duas cidades no Top 10 das mais caras: Japão e Suíça. Tóquio e Osaka são a quarta e quinta cidades onde o custo de vida é dos mais elevados do mundo, muito por culpa da força do iene. Mas recorde-se que, até 2013, Tóquio era a cidade mais cara do mundo. Na Suíça, Zurique (3ª mais cara) e Genebra (7ª) são as cidades onde os salários têm de ser mais elevados para acompanhar o custo de vista. De sublinhar que Paris, a capital francesa, está em ex-aequo com a cidade suíça que acolhe a sede de cinco das agências especializadas das Nações Unidas, nomeadamente OMC, OIT, OMS, e onde trabalham mais de oito mil pessoas.

Tal como a valorização do iene resultou numa subida das cidades nipónicas no ranking, a desvalorização do euro faz com que nos dez primeiros lugares só haja quatro cidades europeias, uma grande diferença face há uma década quando oito das dez metrópoles mais caras eram europeias. A depreciação da libra depois do Brexit também foi determinante para a queda vertiginosa de Londres e Manchester. A capital britânica está agora na posição mais baixa dos últimos 20 anos, segundo a The Economist.

Mas há mais quedas. As cidades norte-americanas também desceram, refere a revista com base nos dados da EIU e “permanecem relativamente caras quando comparadas com os preços de há cinco anos, quando Nova Iorque estava em 46ª posição”. São Francisco, Lexington e Kentucky foram as únicas cidades das 16 que integram o estudo que subiram nos rankings.

No outro extremo oposto do ranking estão Almaty, no Cazaquistão (133º) e Lagos, na Nigéria (132º). A Índia consegue a proeza de ter quatro cidades no Top 10 das metrópoles mais baratas: Bangalore (131º), Mumbai e Chennai, ambas em ex-aequo na 127ª posição e ainda Nova Deli em 124º lugar. A capital do vizinho Paquistão consegue ser ainda mais barata, já que ocupa a 130ª posição do ranking.

Já na Europa as cidades mais baratas são Bucareste, na Roménia, e Kiev na Ucrânia, ambas em 124º lugar. O Top das cidades mais em conta fica completo com Argel, a capital da Argélia que está em 127º lugar, ou seja, com um custo de vida idêntico ao de Nova Deli e Mumbai.

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