Merkel chega a acordo com parceiros bávaros sobre migrações e evita crise no governo
Compromisso alcançado “previne a imigração ilegal na fronteira entre a Alemanha e a Áustria”. Desaparece, assim, a ameaça de queda do Governo de coligação.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e os aliados bávaros chegaram a acordo para acabar com a disputa sobre a gestão dos fluxos migratórios, que ameaçava derrubar o Governo de coligação.
O ministro do Interior, Horst Seehofer, líder da União Social-Cristã, partido bávaro irmão da União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão), de Merkel, saiu da reunião, ao início da noite, a dizer que o compromisso alcançado “previne a imigração ilegal na fronteira entre a Alemanha e a Áustria”.
Seehofer tem estado em confronto com Merkel quanto ao seu plano de recusar candidatos a asilo na fronteira que se tivessem registado em outros Estados-membros da União Europeia. Merkel recusou, dizendo que é precisa uma solução que envolva outros Estados europeus.
Horst Seehofer ofereceu a sua resignação da liderança do partido e enquanto ministro do Interior, durante uma reunião da CSU, no domingo à noite, mas foi convencido a retomar o diálogo com Merkel.
Sem adiantar detalhes do acordo agora alcançado, Seehofer garantiu que já não tenciona demitir-se.
Merkel, por seu lado, indicou aos jornalistas que, “depois de dias difíceis e negociações rudes, hoje foi alcançado um bom compromisso”.
“Depois de negociações intensivas (…), estamos todos de acordo” quanto às medidas para reduzir a imigração ilegal, afirmou Seehofer.
O terceiro parceiro da coligação governamental, o social-democrata SPD, ainda tem de dizer se concorda com os termos do acordo.
O compromisso prevê que os futuros solicitadores de asilo que chegam à Alemanha, mas que já estejam registados em outros Estados da União Europeia, sejam conduzidos para ‘centros de trânsito’, diretamente na fronteira, e já não repartidos pelo conjunto do país.
Quando os seus dossiês estiverem analisados, serão reenviados, a partir destes centros, onde terão de permanecer, para os países da União Europeia de onde vieram.
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