Empresa de meias de Famalicão quer calcorrear mundo
Se um dia olhar para Justin Trudeau e o vir com um par de meias coloridas, o mais provável é que sejam "made in Portugal", e sejam WestMister. A marca de Famalicão quer conquistar o mundo.
Há dois anos, nascia em Famalicão uma nova marca. A WestMister é uma marca diferenciadora de meias masculinas para o segmento alto, criada por Luís Campos. Instalada na incubadora de empresas Famalicão Made In, a empresa que não produz, mas faz uma aposta forte nas áreas comercial, design e distribuição quer afirmar-se no mercado internacional.
Luís Campos, fundador da empresa, revela ao ECO que “o objetivo” é ser “uma referência a nível internacional”. Para já, é o mercado nacional a dar cartas. Pesa 85% no total das vendas da marca. Mas dentro de três anos, a meta “é tentar inverter esta tendência”. “Só assim faz sentido”, explica.
Nesse sentido, a aposta internacional é cada vez mais constante. Recentemente, a WestMister estreou-se em Liverpool, no Internacional Business Festival, a que se seguirá Nova Iorque, para o MRKet, e em setembro ruma a Madrid onde participará na Momad Metropolis.
Para concretizar esta aposta ‘fora de portas’, a WestMister está também à espera de apoio por parte dos fundos comunitários, nomeadamente que abram as candidaturas aos incentivos à internacionalização, que por agora aguardam a conclusão do exercícios de reprogramação do Portugal 2020, já que o sistema de incentivos está a aprovar projetos em regime de overbooking há vários meses. O objetivo, especifica Luís Campos, é “ir buscar 100 mil euros”.
Com 15 mil pares fabricados, 40 modelos por confeção e uma faturação que, em 2017, foi de 60 mil euros, o objetivo agora é… crescer. “Este ano pretendemos chegar aos 100 mil euros”, diz Luís Campos. Para cimentar este objetivo, a WestMister está a lançar uma linha também para o mercado Premium, mas para senhora.
Luís reconhece que “fazemos o que fazem muitas das marcas internacionais, e fazemo-lo com a mesma qualidade por isso rodeámo-nos dos melhores parceiros a nível da confeção”.
Hoje é possível encontrar a WestMister em algumas das mais importantes lojas multimarcas do país (60 no total), como o El Corte Inglês, Loja das Meias, Sapataria do Carmo entre tantas outras. Já a nível internacional, a marca está presente em Espanha, Estados Unidos, Canadá, num total de 15 lojas.
Mas como surgiu a ideia? Luís Campos vem de uma família ligada ao setor do têxtil e à confeção de meias. “Eu conhecia bem o processo produtivo, já tinha know how suficiente para me aventurar neste projeto”, adianta o fundador da marca.
O convite de Costa e as meias de Justin Trudeau
O momento de glória da WestMister terá acontecido em maio, quando, no meio de um dia de trabalho, Luís Campos recebeu um telefonema de uma assessora do primeiro-ministro. A ideia era que António Costa, que viajava até ao Canadá, pudesse oferecer um packaging de meias da WestMister ao primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau.
Luís Campos diz que “não queria acreditar”. “Pensei que se tratava de uma brincadeira e pedi para me enviarem um email”, conta. O email surgiria mais tarde, para confirmar o convite. Luís viajou até Lisboa para apresentar o seu produto ao staff de António Costa e as meias lá seguiram a caminho do Canadá, como um exemplo da qualidade da produção nacional.
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