Incêndio de Monchique com situação mais calma esta manhã. Proteção Civil diz que a tarde vai ser de consolidação de trabalho
Durante o habitual briefing da Proteção Civil sobre o incêndio de Monchique, a segunda comandante nacional confirmou que a situação está mais controlada, apesar de ainda existirem zonas com chamas.
Depois de uma noite complicada, especialmente em Silves, onde as chamas estiveram muito perto das casas e obrigaram a retirada de algumas pessoas das suas habitações, a manhã desta quinta-feira já permitiu à Proteção Civil transmitir uma mensagem de que a situação no terreno está mais calma, incluindo nos sítios mais afetados de ontem à tarde, a área entre São Marcos da Serra e Silves.
Patrícia Gaspar, segunda comandante nacional da Proteção Civil, reforçou, durante o habitual briefing sobre o incêndio de Monchique, que as equipas de combate às chamas “continuam a operar no terreno, em cooperação com todas as entidades que estão a colaborar com a Proteção Civil de forma mais direta”.
Para esta tarde, a estratégia adotada continuará a mesma, “assente no que é o trabalho da maquinaria pesada, as máquinas de rasto têm feito um trabalho fundamental”, referiu Patrícia Gaspar.
Garantir a vigilância do perímetro é a prioridade, no entanto, a comandante não descarta a possibilidade de ainda acontecerem reativações de fogos. “Toda a atenção será no sentido de aproveitar e consolidar o trabalho da manhã. As Forças Armadas ocupam, agora, posições em que existem áreas do crime em rescaldo”, afirmou.
Neste momento a zona da Fóia ainda “tem algumas reativações e há algum trabalho pela frente”, da mesma forma que a área de São Marcos da Serra a Silves ainda merece uma atenção especial e redobrada. Ainda assim, a voz da Proteção Civil traz boas notícias, dizendo que “ainda há zonas onde efetivamente existe chama, mas já não são propriamente frentes de incêndio”.
Durante o dia de hoje, a temperatura andará entre os 24 e os 26 graus e o vento a soprar não mais do que 20/25 quilómetros por hora, podendo haver apenas alguns momentos de rajadas, segundo avançou a segunda comandante nacional da Proteção Civil.
Feridos, operacionais e afastados de casa
Uma pequena atualização do número de feridos, que está, agora, nos 36. Entre eles apenas um deles é ferido grave (a mesma pessoa que já tinha sido identificada anteriormente), sendo que os restantes são feridos leves. Dessas 35 pessoas com ferimentos ligeiros, a Proteção Civil avançou que 19 são bombeiros que sofreram inalações de fumo, fizeram entorses ou devido à exaustão e fadiga.
De acordo com a página de internet da Proteção Civil, às 12h27, estavam no terreno 1.484 operacionais, apoiados por 468 viaturas e 15 meios aéreos.
Durante o briefing, questionada sobre as polémicas que surgiram nos últimos dias que falam da GNR retirar à força as pessoas das suas casas, Patrícia Gaspar apenas disse que a Guarda Nacional Republicana tem feito um “trabalho crucial e fundamental em toda esta operação”, acrescentando que a preservação da vida e a segurança são a principal prioridade de todas as equipas que estão a trabalhar para travar o incêndio.
De acordo com a agência Lusa, esta manhã estavam 299 pessoas deslocadas, distribuídas por centros de apoio em Portimão, Monchique (na vila e em Marmelete), Silves e São Bartolomeu de Messines. O perímetro do incêndio, que começou na passada sexta-feira, já ultrapassou os 100 quilómetros.
(Notícia atualizada às 12h27 com novas informações sobre número de operacionais e meios no terreno)
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