Tecnológicas puxam por Wall Street. Tesla recua mais de 4%

Na penúltima sessão da semana, as estrelas foram as gigantes tecnológicas. As ações da Apple puxaram por Wall Street, enquanto as da Tesla pesaram sobre a praça bolsista nova-iorquina.

Na penúltima sessão da semana, foram as gigantes tecnológicas a puxar pela praça nova-iorquina, particularmente os títulos da Apple. Do outro lado da linha, as ações da Tesla recuaram mais de 4%, depois de Elon Musk ter adiantado que está a ponderar tirar de bolsa a fabricante de automóveis elétricos.

No fecho da sessão, o índice de referência, o S&P 500, desceu 0,12% para 2854,13 pontos. Semelhante desempenho foi registado pelo o industrial Dow Jones, que desvalorizou 0,27% para 25.514,45 pontos. A contrariar, o tecnológico Nasdaq avançou 0,06% para 7.893,35 pontos.

Esta quinta-feira, foram as cotadas tecnológicas a brilhar, com os títulos da Apple a avançar 0,79% para 208,9 dólares. Também as ações da Microsoft fecharam em alta 0,16% para 109,67 dólares e as da Amazon valorizaram 0,63% para 1.898,52 dólares.

A pesar sobre Wall Street, estiveram os títulos da Tesla, que recuaram 4,83% para 352,45 dólares. Isto depois de Elon Musk ter adiantado, no Twitter, que está a ponderar retirar de bolsa a empresa de automóveis elétricos com um prémio de 22,8%. O anúncio provocou de imediato um disparo de mais de 10% das ações da gigante, mas nas sessões que se têm seguido a tendência registada tem sido a inversa, isto é, têm vindo a corrigir.

Do lado das perdas, destaque ainda para as fabricantes de chips. Na sequência da Morgan Stanley ter baixado o rating desta indústria — por ter detetado um crescente inventário deste tipo de produtos — os títulos da empresas do setor recuaram. Os da Micron desceram 2,11% para 52,26 dólares, os da Applied Materials recuaram 2,03% para 49,16 dólares e os da ON Semicondutor desvalorizaram 2,23% para 21,92 dólares. Os da Intel, por outro lado, fecharam em alta 0,36% para 50,14 dólares

Além disso, a escalada das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos fizeram as cotações do “ouro negro” recuar, o que atirou as empresas do setor para terreno negativo. As ações da Exxon fecharam em baixa 0,50% para 80,32 dólares e as da Chevron recuaram 1,09% para 122,53 dólares. Em Londres, o preço do barril de Brent baixou 0,42% para 71,98 dólares e, no Texas, o West Texas Intermediate desvalorizou 0,34% para 66,71 dólares.

Isto no quadro da imposição de novas tarifas de 25% por parte da China às importações de uma série de produtos norte-americanos. A decisão de Pequim foi, na verdade, uma resposta às novas taxas aduaneiras que os EUA vão aplicar sobre os bens importados com origem sínica, a partir de 23 de agosto.

A praça bolsista nova-iorquina beneficiou, por outro lado, esta quinta-feira, não só dos bons resultados apresentados pelas empresas cotadas — quase 79% das companhias do S&P 500 que já divulgaram os seus desempenhos superaram as expectativas — mas também dos sinais de que o mercado do trabalho e, consequentemente, a economia norte-americana estão fortes.

De acordo com a Reuters, o número de cidadãos que solicitaram subsídios de desempregos recuou, na semana passada, para 213 mil (menos seis mil do que na semana anterior), o que fica abaixo das estimativas dos economistas. Recorde-se, nesse sentido, que, em julho, a taxa de desemprego atingiu os 3,9%, a menor em quase duas décadas.

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