Itália assusta bolsas europeias. Orçamento em risco afunda bancos
A praça nacional segue a tendência negativa dos principais índices europeus. O BCP está a condicionar a negociação na bolsa de Lisboa.
Lisboa volta a perder valor. Numa sessão marcada pela tendência negativa dos principais índices europeus perante os receios em torno do adiamento da votação do orçamento em Itália, a praça portuguesa recua 0,2%. O BCP pressiona, numa sessão em que os títulos do setor energético também pesam. A Galp Energia destaca-se pela positiva, beneficiando da subida do petróleo.
A bolsa nacional recua para os 5.380 pontos, com a maioria das cotadas com sinal negativo. Na Europa, as perdas variam entre os 0,1% e os 0,4%, com o Stoxx 600, o índice de referência para o Velho Continente, a desvalorizar 0,2%.
Os investidores mostram-se apreensivos com a política italiana. O Corriere della Sera revela que o Executivo italiano tem até esta quinta-feira para apresentar no Parlamento as metas macroeconómicas do orçamento. Contudo, poderá adiar essa apresentação. A reação não se faz esperar: os juros da dívida de Itália disparam 14 pontos base.
A escalada das taxas das obrigações nos mercados está a pesar nos bancos italianos, levando o índice do setor em Itália a afundar 1,8%, pressionando todo o setor na Europa. Em Lisboa, o BCP não escapa. Depois das fortes subidas com a expectativa em torno do regresso do banco aos dividendos, os títulos cedem 0,19% para 26,20 cêntimos.
Além do BCP, a pesar na bolsa nacional estão também os CTT, que recuam 0,36%, mas também as papeleiras e as empresas do setor energético, com, a EDP a deslizar 0,17% para 3,249 euros.
A Galp Energia, por seu lado, valoriza. As ações da petrolífera sobem 0,86% para 17,095 euros, uma evolução positiva que evita uma queda mais acentuada do PSI-20.
Os títulos da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva seguem a tendência dos preços do petróleo nos mercados internacionais. O Brent, negociado em Londres, sobe mais de 1%, estando a cotar bem acima dos 82 dólares, renovando assim máximos de mais de quatro anos.
(Notícia atualizada às 8h13 com mais informação)
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