Faria de Oliveira vê banca portuguesa com “muito razoável nível de consolidação”

Faria de Oliveira, presidente da APB, considera que sistema bancário português já está bem consolidado. Mais consolidação? "É necessário acautelar concorrência e preservar interesse nacional", disse.

Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), considera que o sistema bancário nacional já está bem consolidado e diz que uma maior concentração na banca portuguesa terá de “acautelar a defesa da concorrência” e “preservar o interesse nacional”.

O nosso sistema bancário tem já um muito razoável nível de consolidação, é o próprio supervisor europeu que o reconhece”, sublinhou esta quinta-feira Faria de Oliveira no Fórum Banca, conferência organizada pelo Jornal Económico e pela PwC, em Lisboa. “Serão fundamentalmente o ajustamento da capacidade à procura existente e a ambição de crescimento de uma ou outra entidade que ditará o futuro” do mercado bancário, adiantou ainda.

A consolidação bancária é um dos desafios que os bancos nacionais enfrentam, prosseguiu o presidente da associação do setor.

Explicou que este processo resulta de dois tipos de objetivos. Um tem a ver com o objetivo de mercado, mais concretamente sobre a “necessidade de ajustamento à procura de crédito, com eventual redução da capacidade instalada, ou busca de maior rentabilidade e eficiência, que a dimensão, escala e sinergias facilitarão”.

O outro objetivo tem raiz política, que é o da existência de vários níveis de bancos, os pan europeus, os regionais e os nacionais, inserido no objetivo de criação do Mercado Único de Serviços Financeiros.

“No entanto, é necessário acautelar a defesa da concorrência e o interesse dos cidadãos e das empresas como condição fundamental nesses processos. Mesmo no âmbito da União Bancária e as realidades e os interesses nacionais devem ser preservados“, assinalou

Esta semana, Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, disse que “a aceleração de movimentos de concentração bancária transfronteiriça será neste contexto uma realidade a prazo”. E “esse processo de concentração será tão mais rápido quanto menos preparados estiverem os bancos para concorrer no espaço europeu”, disse Carlos Costa na conferência sobre os “4 anos do Mecanismo Único de Supervisão”, repetindo a ideia de que os bancos nacionais têm de ganhar escala e rentabilidade para enfrentar outras instituições financeiros internacionais.

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